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História Pecado Original - Dramione - A mordida envenenada


Escrita por: ckai

Notas do Autor


Olá, pessoal!! Bom, eu escrevi e reescrevi esse capítulo diversas vezes, então me perdoem se houver algum errinho, alguma coisa confusa demais (embora esse capítulo seja nada mais do que uma bela confusão de sentimentos, de qualquer forma). Espero que gostem!! ;3

Capítulo 5 - A mordida envenenada


Ele estava próximo e eu não fazia nada para que não estivesse. Podia senti-lo tão, mas tão perto que doía, como a mão que retesa antes de encontrar o fogo ardente. Ele não era fogo, nunca fora. Entre nós, sempre fui eu quem queimou e engoliu o mundo com minhas labaredas descontroladas, mas ele era pior: ele era gelo. Gelo que queima, arde e cura, gelo translúcido e duro que não permite o alívio sem também gerar a dor. Por um momento eu jurei que fosse me beijar, jogar por terra tudo no que acreditávamos ou deixávamos de acreditar, mas esse momento foi tão breve que não vi quando escapou por meus dedos. Fui presa. Presa entre as mentiras, os segredos e presa entre aquelas mãos firmes no meu pulso. Não tive tempo de escutar minha própria exclamação de surpresa e desalento – porque eu esperava um beijo mesmo sem merecê-lo – antes de ser arrastada aos tropeços pelo infinito salão do ministério. Quis que ele me arrastasse para sempre, se fosse para me deixar longe de tudo.

De forma súbita ele me jogou dentro da sala que o pertencia, uma sala cara, fria e cheia de móveis de extremo bom gosto na qual eu nunca tinha colocado meus pés, e me encantei com cada detalhe que existia ali. Poderia ter ficado ainda mais encantada, não fosse a situação na qual estávamos. Congelei dentro do meu próprio corpo, a consciência do que eu tinha feito caindo sobre mim de repente, as rosas que ele deixara sobre meu corpo ardendo todas ao mesmo tempo: Draco. O nome cruel ressoou em minha mente e em toda minha pele, causando calafrios. Eu me virei para ele ao mesmo tempo em que avançava sobre mim, o que me obrigou a tropeçar para trás, evitando seu toque frio. Queria ter gritado qualquer coisa, inclusive para retirar aquele dedo inóspito da minha frente, mas não fiz nada. Aparentemente, quando eu estava com ele havia tanto para esconder que minhas emoções entorpeciam-se e não davam sinal de existência. Eu era vazia por não poder amá-lo.

“Qual é o seu problema?” Aquela única frase que me fez querer rir, de tão estúpida. Meu problema era ele. Era ele e seu cabelo de platina, que eu queria ajeitar, colocar no lugar certo os fios que caiam sobre seus olhos; meu problema era, também, aqueles olhos de vidro. Meu problema era ele tão perto e minha mão tão quente temendo tocá-lo. Eu não possuía reação quando ele chegava tão próximo assim.

Talvez por puro descuido, ou por estar perdida na imensidão branca de seu braço pulsando rente à minha face, não o respondi, só me tocando do fato quando ele, autoritariamente, cobrou uma resposta que eu não podia dar por ser muito ridícula. Preferi encará-lo, o coração rasgando o peito num silêncio abrasador, porque nada fazia barulho senão meus sentimentos enjaulados. Eu queria... Eu queria tanto... Eu... Eu... Ele abriu minhas pernas e eu deixei que se alojasse entre elas, angustiante tortura que era ter seu corpo e não ter nada além disso, mesmo que o corpo dele fosse tudo.

                A mão de dedos longos, muitos deles cobertos por anéis tão caros que custariam minha vida, apertou meu rosto e eu já sentia meus dentes cortarem as bochechas, podia ver as marcas roxas que aquelas digitais deixariam em minha pele e eu não podia fazer nada, não queria fazer nada, porque ele me deixava viva. Eu só vivia quando o derretia de súbito, quando queimava sem alarde e sem antes perceber... Sem antes perceber seu lábios já roçavam os meus, sua respiração tremulava em meu rosto como a chama de uma vela e eu o queria novamente porque sentir dor era melhor do que não sentir nada. Sangue-ruim. Dor. Poderia ter levado um tapa que seria melhor do que ouvi-lo dizer aquilo, sentir aquelas palavras escorrendo por minha pele, pegajosas. Estavam tão próximas que eu não conseguiria me desvencilhar delas nem se soubesse que viriam. Eu não me lembrava da última vez que ele me chamara assim, mas não tentava me enganar pensando que não era aquele o nome que usava quando queria pensar no que fazíamos, em quem eu era. Antes da noite anterior, fatídica noite que parecia ter menos sentido a cada segundo, sequer sabia que se lembrava do meu nome.

Eu procurei seus olhos e neles não vi nada senão a dor que eu também sentia, espelhos cinzentos e cheios de rachaduras. Não me desvencilhei; poderia dizer que foi por medo – o mesmo medo que correu meus olhos quando ele chegou tão perto –, mas a verdade é que não me desvencilhei porque não tinha para onde ir, envolvendo sua cintura magra com minhas pernas, o tecido leve do vestido deslizando por minhas coxas enquanto arqueava a coluna para tê-lo. Me consuma no seu inferno, por favor. Mesmo se abrisse a porta e saísse dali, ele não sairia de mim, voltaríamos para a mesma posição degradante de sempre, voltaríamos a pecar e pedir perdão outras e outras vezes, era inútil tentar dizer que não. Éramos, certamente, ridículos.

                Eu o escutei rir, e aquele riso rouco, sem expressão, afiado em tantas pontas... Céus, era aquele riso que eu não gostaria de escutar jamais, porque nele não havia nada senão o desespero que eu também sentia. Meu corpo estava arrepiado de cima a baixo ao perder a compostura pouco a pouco diante de seus braços alvos.

                Sangue-ruim. Ele repetiu e suas mãos tentavam não me tocar, mas falhavam, encontravam espaço na pele de minhas coxas arrepiadas, tomavam lugar no meu pescoço que miseravelmente eu lhe entregava para que tocasse, e tocasse, e tocasse quantas vezes quisesse. Não dizia nada, não poderia dizer que o queria porque isso seria a sentença final de minha miséria. Queria dizer que o amava. Não, não o amava. Ao menos não quando me tocava daquela forma, não quando invadia meu espaço, minha mente, quando se alojava em meus pensamentos e me fazia esquecer de tudo que era ou deixava de ser. Naqueles momentos eu o odiava e queria que sua vida fosse nada mais do que insignificante. Eu o amava quando não estava perto, quando o via de soslaio, mais bonito cada vez que meus olhos o encontravam, quando tirava, distraído, um longo fio de prata da tez macia, quando brincava com as mangas de suas vestes sem notar o que fazia, quando tamborilava os dedos – que ainda comprimiam minha face violentamente e eu não ligava, porque me lembrava dos motivos pelos quais o amava e fingia que não – sobre os lábios finos e rosados. Eu o amava quando ele não sabia que podia ser amado.

                Sangue-ruim pela terceira vez, e eu ainda me recusava a respondê-lo, prendendo-o contra meu corpo com minhas pernas longas. Seja meu e de mais ninguém que eu prometo te amar mesmo quando não merecer. O que eu estava fazendo? Não tinha respostas, não tinha perguntas, tinha apenas o vazio que me consumia pouco a pouco desde que o mundo ruíra aos meus pés e eu me vira consolada em seus braços também repletos de fissuras. Eu acordava, trabalhava, sorria, ia ao seu encontro, morria e fazia tudo outra vez. Era uma boneca vazia em um escritório escuro e bem mobiliado, sentindo a madeira de uma mesa cara em minhas palmas, me agarrando às beiradas de qualquer coisa que me prendesse ao chão. Quem eu tinha me tornado, afinal? Minhas unhas estavam tão firmes naquelas beiradas que poderiam quebrá-las ao meio e fazer companhia para meu coração. Me perguntava se meu sangue era tão ruim ao ponto de não merecê-lo. 

                O olhava nos olhos não por opção, mas por obrigação, mexer o rosto doeria e ele não permitiria que eu o fizesse, o conhecia bem o suficiente para saber. Seus lábios deixaram de torturar os meus e decidiram torturar a pele do meu pescoço, o que me fez gemer baixinho. Eu estaria enlouquecendo ou morrendo, talvez os dois, porque eu queria ficar ali para sempre. Olhos consumidos por um desejo tão louco e por uma emoção tão avassaladora, e eu...  Senti seu beijo em mim. Não era como se ele me beijasse por amor, por prazer: ele me beijava porque queria algo mais, algo que eu parecia ser incapaz de lhe dar, algo que eu escondia de nós dois para torturar minha pele. Sua língua era minha, suas palavras eram minhas, eu controlava tudo o que aparentemente lhe pertencia, mas ele também tinha total controle sobre o que eu tinha. Céus... Céus. Tinha quase certeza de que nossos nomes se encontravam dentro das nossas bocas. Quando me soltou com um estalo oco e quente, deixando-me arfando entre suas mãos, eu mal sabia o olhar sendo olhada daquela forma, não conseguia lhe dizer muito com minhas íris castanhas porque nunca lhe dissera nada. Mentira. Uma vez, uma única vez lhe dissera palavras das quais me arrependia até aquele momento, lhe dissera, lhe dissera que...

                Eu não te amo.

                Se a alma pudesse quebrar, a minha estava quebrando naquele exato instante. Quebrando seria bondade, escutei a desgraçada estilhaçar em milhões de pedacinhos e cair no meu colo ao mesmo tempo em que ele, feliz com sua crueldade, soltava meu rosto e se desvencilhava das minhas pernas, deixando-me sozinha. Eu conhecia aquela sensação de vazio, de cair no abismo frio da solidão, e a odiava. Consegui vê-lo virar de costas, passar os dedos pelo cabelo longo, caminhar um pouco por aquela sala grande e ao mesmo tempo claustrofóbica para dois corações tão enormes que se engoliam, mesquinhos. Via tudo isso, mas a cena era diferente, ao mesmo tempo: de repente era mais baixo, um pouco mais novo, tinha cabelos ruivos, curtos, ombros largos e pele cheia de sardas que transpareciam atrás da blusa branca. E eu? Eu continuava a mesma, sentada sobre uma mesa, lutando para jogar ar dentro dos pulmões, olhos arregalados em uma batalha para não deixar uma única lágrima que fosse escapar; minha alma, ou o que restava dela, soluçando em meu peito. Gritei para mim mesma que aquilo não aconteceria de novo, mas já estava acontecendo. Engoli em seco, fechando as pernas lentamente e colocando ambas as mãos em meu colo: tudo parecia tão lento que doía. Estavam frias e eu sequer havia o tocado para que assim estivessem. Algo em mim tinha apagado outra vez.

Nunca pedi que amasse. – O autocontrole me fugia, e a respiração que eu mantive calma durante todo aquele tempo não era absolutamente nada comparada ao meu descompasso enquanto meu peito chiava, esperando o momento certo para explodir. Eu poderia começar a contar os segundos, se quisesse. Nada parecia tão horrível quanto o som do silêncio quebrando meu corpo. Ele estava de costas, me forçando a encarar sua roupa perfeita, seus cabelos perfeitos e seu tronco perfeito. Um flash de seu corpo de sombras veio a minha mente, certeiro, e logo em seguida um flash mais tardio, de anos atrás. Dissera-lhe que não devia me amar, porque eu nunca o amaria de volta. Senti o mundo inteiro rir, porque ele cumprira a promessa. Ele cumprira a promessa e agora eu estava ali, me segurando naquela mesa para não cair no vazio da minha mente, relutando contra todos os sentimentos, afogada nas certas incertezas de que fazer aquele pedido fora o maior erro da minha vida, porque agora ele estava de costas me impedindo de ver seus olhos, estava perto com a pele nevada e não podia tocá-la, as veias pulsavam em todo aquele corpo do qual eu mesma me privara, um traço negro e curvo escapando de sua manga como se escorresse por seu antebraço. Se aquilo não era o inferno eu não saberia mais o que poderia ser. Estava condenada a queimar eternamente.

Tentei me levantar, cambaleei, minhas pernas se recusando a aguentar o peso do meu corpo moribundo, mas logo me coloquei firme outra vez, apoiando uma das mãos na mesa e com a outra sentindo a temperatura de minha testa. Eu fervia, certamente meu rosto estava vermelho, e meu coração... Meu coração batia muito forte para que eu me importasse com qualquer coisa. Eu estava de pé, desafiando todas as leis que poderiam existir. Sobrevivia a mais um dia, aparentemente. Sobrevivia às lágrimas que queriam cair e eu não permitia. Eu tinha que ir embora dali como fora embora da última vez.

De alguma forma, ele pareceu notar meu descompasso e ousou virar seu rosto para mim, cada detalhe retirava um pouco mais do oxigênio que me restava. De onde me encontrava, conseguia ver a luz âmbar das velas iluminar suas bochechas angulosas, criando vincos e sombras profundas, fazendo com que aqueles olhos de vidro, repleto de rachaduras, brilhassem para mim. Sua pele alva deixava transparecer as veias e as olheiras arroxeadas, deixavam sua boca cor de rosa saltar para frente, trêmula. Não sei se a vi, realmente, pois não teria realmente acreditado tê-la visto não fosse a luz. Não teria visto aquela única lágrima rasgar seu rosto não fosse a luz trêmula que o envolvia. Achei que ele pudesse ser um anjo se despedindo do céu.

Senti, naquele instante, minha alma se desgarrar do corpo e me jogar para frente, para ele. Os poucos metros que nos separavam de repente não existiam mais, e eu senti meu corpo queimar como se estivesse em um prédio em chamas, agarrando-me aos seus braços imóveis e enterrando o rosto em seu peito duro como aço. Eu mesma forjara aquele peito, e me arrependia tanto das queimaduras em minhas palmas... Fechei as mãos em punho sobre seu terno, amassando-o sem a menor cerimônia, não me importando com nossas meticulosas regras de etiqueta. Quem precisava dobrar roupas? Quem precisava de criados mudos? Se Deus não dobrava suas vestes, por que precisávamos nós? Enquanto o segurava, pernas bambas e o coração suspenso em um eterno momento de desespero, meus dedos beliscavam sua pele por baixo da roupa com seu maior esforço para não me deixar cair no chão. Estava pendurada no infinito de um amor não dito – Não chore. – eu implorei, firmada naquele corpo que antes me esmagava contra minha própria consciência, um tanto surpresa com minha voz trêmula e rouca. – Por favor, por favor, não chore. – era um pedido estúpido, visto que, com o rosto imerso em seu peito, sentia que eu mesma chorava, deixando que um ou outro soluço torto emergisse das profundezas da minha garganta, quebrando mais promessas que havia feito. Não acreditava mais que elas valiam alguma coisa. E o pedido era mais estúpido ainda por saber que eu mesma tinha lhe dito para não me amar na primeira vez em que pequei por seus lábios. Precisava mesmo pedir perdão por tê-lo feito? Deus? Deus ainda me escutava? Ainda existia?

Minhas bochechas doloridas por causa de seu toque estavam pressionadas contra o tecido sedoso de sua gravata, e seu cheiro era um entorpecente que ao mesmo tempo me cegava e adormecia, deixando-me letárgica como suas palavras de algumas horas antes. Meu nome. Como um único nome causara tudo aquilo? Por que ele não o dizia de novo? O lugar onde me alojara, dentro daquela prisão imensa, seu corpo, ficava cada vez mais quente e úmido, e aos poucos eu mal conseguia diferenciar o que era minha face e o que lhe pertencia, talvez porque eu era dele por completo. Ridículo. Sim, ridículo, mas necessário. Eu precisava de alguém na vida, e esse alguém era ele, rígido e indiferente à minha súplica, mas que não me empurrara para longe como eu esperava que fizesse. Só aquilo já era um alívio, saber que ele... Que eu... Que... Nós?

Os braços magros envolveram meu corpo tão subitamente que engasguei com minhas lágrimas, arregalando os olhos vermelhos, ardidos e inchados, erguendo-os para ele cheia de medo. Fechou-me contra seu corpo, deixou que eu ficasse ali dentro e o observasse, seu terno de alta costura ameaçando rasgar com a pressão que fazia sobre ele. Se nossa pele não havia rasgado até aquele instante, provavelmente nada o faria. Aquele gesto me dera um único traço de esperança. Talvez, apenas talvez, ainda existisse algo para ser salvo. Nós. Dentro daqueles braços, naquele momento, eu não senti que ele queria meu corpo, meus carinhos. Era a primeira vez em todos aqueles meses que sentia alguma coisa de seu toque, que ele era mais do que meramente carne. Havia algo ali, uma única faísca que trouxe mais lágrimas à minha face. Apertei-me contra seu peito, escutando o coração acelerado dele e suas batidas que ribombavam em minhas veias elétricas. Seus olhos não eram nada senão pupilas e lágrimas, ambas tão quentes que poderiam competir comigo, se quisessem. Desde quando ele era sol e eu era lua? Desde quando seu calor poderia me queimar?

Suas lágrimas caiam em meu rosto rubro, fervente, se misturando às minhas num curso fatídico até às curvas do meu pescoço, sumindo na gola de meu vestido. Não chore... Ele ergueu um braço e retirou mechas escuras e encaracoladas das minhas bochechas úmidas, traçando caminhos delicados pelo meu rosto, sentindo-o como se jamais o tivesse feito ou o visto na vida. Eu sentia como se o visse pela primeira vez, e ele era lindo. Todos os detalhes que eu via de longe eram ainda mais bonitos de perto, iluminados precariamente pelas luzes alaranjadas. Nunca antes tinha me encostado assim, a ponta de seus dedos roçando minhas bochechas e os arredores da minha boca, trazendo um arrepio ao meu corpo. Naquele momento, encontrei a coragem estúpida para dizer algo, temendo por todos os meus pecados.

Apertei-o com mais intensidade do que antes, querendo-o mais do que nunca, se é que isso era possível. Meu peito ardia por ele, tremia com um desejo puro e singelo, esperando que eu encontrasse as palavras certas em um mundo tão errado. Queria retirar tudo o que já havia dito, e até não dito antes:

Me perdoe pelo que eu disse, eu te perdoo pelo que não falou. Por tudo. Por favor, por favor... Se me perdoar... Se me perdoar, eu prometo que te amo. 


Notas Finais


Eu e minha mania de sempre acabar com uma fala... Bom, espero ter agradado vocês com o maior capítulo até agora! Fiquei até animada, porque nunca tinha escrito algo tão grande para uma fic de muitos capítulos... Deixo avisado que o capítulo seis já está prontinho, e semana que vem estará aqui para vocês sem falta!


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