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História Pedaço de carne - Capítulo Único


Escrita por: saturnofics

Notas do Autor


HELLO~~
DEPOIS DE LITERALMENTE ANOS EU POSTEI UMA OS NOVA
primeira fanfic que NÃO é de k-pop que eu posto depois de três anos, mds
Eu meio que escrevi essa fic ouvindo Dream de Imagine Dragons, por causa do FMV de Willford de deatharising (foi uma das coisas que me inspiraram a escrever essa fic lololol)

Inté, vejo vcs nas notas finais~

Capítulo 1 - Capítulo Único


Já fazia bastante tempo desde que Will Cipher trabalhava como demônio para os Gleeful. Chorava a maior parte do tempo com as gozações e maus tratos dos gêmeos, já que mesmo sendo um ser de outra dimensão, Mabel e Dipper tinham poderes que chegavam ser mais fortes que o do próprio Will, que apenas se limitava à mente das pessoas.

Pensava várias vezes em fugir, inclusive, já tentou. Mas o resultado não foi como esperava. Fora pego no flagra pela Mabel, fazendo ela e o seu irmão o torturarem por horas de várias maneiras diferentes e cada vez piores, o trancando logo depois num porão escuro e frio. Apenas ele e seus pensamentos.

As crueldades dos irmãos Gleeful desde então o impedia de fugir, mas também não era a única coisa. Havia algo naquele inferno em que vivia que o enchia de esperanças e de uma paixão consideravelmente doentia.




 

Dipper.


 

Coisas mudaram muito depois de três anos, e uma dessas coisas era a relação entre Dipper e Will. O demônio ficava cada vez mais íntimo do garoto, mesmo ele não demonstrando para manter sua pose de coração de pedra. Will adquiriu – com ajuda do próprio Gleeful – uma maneira de ter uma forma humana de vez em quando, e ainda se lembra do olhar que Dipper jogara para si. Fora como estivessem se sentindo conectados.

Mas além disso, os dois mantiveram algo muito mais íntimo relacionado a forma humana de Will Cipher. Dipper já era um garoto de dezessete anos, e logo com sua idade, veio sua fascinação pelo corpo de seu demônio.

Era algo extremamente secreto. Tanto que nem a Mabel sabia que os dois mantinham relações sexuais, o que deixava Will um tanto curioso, já que achava que fosse algo apenas para humilhá-lo e fazê-lo submisso ao garoto. Mas se realmente fosse isso, a Mabel já estaria sabendo disso. Tinha questionado ao seu mestre, mas o mesmo o dera uma resposta fria junto com seu olhar de desgosto, saindo do local logo em seguida.

Se perguntara o motivo de desejar tanto o seu mestre, mesmo o garoto ter arruinado sua vida e o tratar tão mal. Seria Síndrome de Estocolmo? Talvez. Porém, não gostava de pensar nisso. Não gostava de pensar no fato que era apenas um pedaço de carne, um brinquedo para o seu mestre jogar fora quando terminar de brincar. Só queria aproveitar a gritante sensação de que os dois se conectavam toda vez que se olhavam nos olhos quando estavam sozinhos, pois gostava de se sentir especial para o Dipper. Mesmo, talvez, não sendo.


 

Δ Δ Δ


 

Will Cipher estava trabalhando, como sempre. Era mais um show em que os Gleeful fazem todo mês para promover a Tenda da Telepatia. Como sempre, recebendo toda a tensão do trabalho e sendo descontado pelo nervosismo dos dois irmãos. Limpar banheiros. Vender os ingressos. Cobrar os ingressos. Vender docinhos e pipoca na entrada. A noite do demônio era apenas isso, e tudo ao mesmo tempo, já que os Gleeful também abusaram da sua técnica de se multiplicar. E o que mais se ouvira daquela noite era…

 

“— Como você é lerdo! Mais rápido, seu inútil!”

 

“— Pare de chorar, é nojento.”

 

“— Ugh, é desgastante olhar para você desse jeito…”

 

“— Sério que não consegue nem fazer isso direito?”


 

Δ Δ Δ


 

Finalmente. Eram três da manhã, o show finalmente tinha acabado, e Will tinha conseguido limpar toda a bagunça extrema que havia naquele lugar. Poderia finalmente ter sossego e um pouco de tranquilidade no porão onde habitava quando os Gleeful estão dormindo. Poderia chorar um pouco e restaurar suas energias.

 

Pelo menos era o que esperava.

 

Ouvira um rangir da porta e logo depois uma sombra se aproximando junto com o som de passos, Will já sabia quem era.

— Mestre? — Chamara, curioso. Saiu de sua cama e fora até a direção da porta, vendo Dipper parado em sua frente com um sorriso travesso. — O que está fazendo aqui?

— Você sabe o que eu estou fazendo aqui, Cipher. — Sua voz estava um pouco rouca, e junto com seu olhar ansioso e cheio de desejo, Will tinha entendido o que seu mestre queria, fazendo o mesmo corar e desviar o olhar. — Vamos, me mostre sua forma humana.

E como pedido de seu mestre, o demônio obedeceu. Fazendo a pedra que estava com Dipper junto com sua forma triangular formar um grande brilho azul que iluminou o porão inteiro, finalizando, assim, o corpo humano de Will Cipher.

A pele do quase-humano era bastante clara, que se formou com seu corpo esguio, porém, em sua cintura havia curvas, que se guiava até as poucas coxas que tinha. Seu rosto pálido era enfeitado por algumas sardas quais se espalharam até o seu ombro, juntamente com os fios azuis de seus cabelos. Seus olhos tinham a esclera tingida de um azul claro que brilhava um pouco, como se enxergasse o universo. Composto apenas pela pupíla, que era como a de um felino.

Seu corpo era observado por Dipper de cima a baixo, vendo as roupas que formaram junto com a forma humana. Um suéter azul por cima de uma camisa social branca, que era composta por uma gravata preta, a mesma cor de sua calça com um tecido desconhecido e de seu sapato de couro. O Gleeful mal esperava por tirar todas aquelas roupas que haviam no menor, o olhando com desejo e mordendo seu lábio inferior, deixando o servo totalmente corado e envergonhado.

— Você é lindo, sabia? — Dipper sussurrou em seu ouvido, puxando a cintura do menor para perto de si, arrepiando o mesmo e o deixando ainda mais corado. Seu mestre segurou com delicadeza o seu rosto, passando levemente o polegar em seus lábios, olhando profundamente os seus olhos azuis e sussurrando rouco. — E ficaria ainda mais sem essas roupas…

Will engoliu seco, mordendo fortemente o lábio inferior para não soltar um gemido ao sentir as mãos do maior deslizar de sua cintura até suas coxas, as carregando e colocando ao redor de sua cintura. Dipper aproximou seu rosto para um beijo singelo, que com o calor do momento se tornava cada vez mais selvagem de acordo do quanto as línguas se entrelaçaram, soltando gemidos abafados entre os lábios, quais estalaram-se quando separaram minimamente.

O menor fora jogado na cama velha em que dormia, murmurando baixo por sentir falta do toque de seu mestre. Estava ofegante e ansioso, seu olhar necessitado não saía do maior em sua frente. O ambiente era muito quente, o que fazia tanto Will – que ainda não se acostumou as sensações climáticas do corpo humano – quanto Dipper suarem bastante. As sensações novas em seu corpo o faziam mexer levemente o quadril, e o motivo estava bastante destacado em sua calça. E essa visão fazia Dipper olhar para o menor como um predador olha sua presa.

— M-mestre… — O servo murmurou, olhando nos olhos do outro. — S-seja gentil, por favor… — Isso o arrancou um sorriso largo, aproximando seu torso e rosto do menor, deixando seus lábios próximos a orelha do mesmo.

— O único que segue ordens aqui é você, Cipher. — Dipper sussurrou e mordeu o lóbulo da orelha do menor e ao mesmo tempo esfregou seu joelho entre as pernas do menor, já percebendo o quanto o mesmo estava necessitado. Ao sentir, o servo soltou gemidos manhosos enquanto apertava fortemente o travesseiro em que estava deitado. Dipper riu ao ver aquela cena.

O maior retirou levemente o seu suéter, fazendo o mesmo com a calça e os sapatos. Deixando Will com apenas a sua camisa social branca e sua roupa íntima que destacava um volume. Ansioso, Dipper se atrapalhava um pouco ao tirar a sua blusa social que vestia, logo depois tirando a sua gravata que continha o cristal, dando para Will observar melhor a estrutura física de seu mestre. Seu corpo era magro, mas era um pouco forte e definido, ele era lindo. E isso fazia as bochechas do servo corarem violentamente.

Dipper rira baixo maliciosamente ao perceber o rosto rosado do menor. — Gosta do que vê, hm? Eu também. — Murmurou, mas em um tom em que Will pudera ouvir. Para provocar, Dipper acariciou a glande do menor ainda coberto, o fazendo gemer ainda mais. — Mas você ainda não viu nada… — Logo o chão estremeceu, e subitamente saíram duas correntes de ferro com um brilho azul em volta. Will ficou confuso, mas logo entendeu quando as duas foram em sua direção e a lhe prenderam na cabeceira da cama, deixando os braços esticados, numa pose que o aparentava bastante submisso.

— A-ah… O-o que vai… fazer comigo…? — Will já sabia o que iria acontecer, mas mesmo assim não deixou de perguntar. Dipper soltou um riso soprado, olhando ofegante e completamente excitado para o menor. Durante todas as noites que tiveram, nunca teve uma corrente o prendendo. Era forte e apertava bastante seus pulsos, porém a dor apenas o dava mais prazer.

— Eu? — Dipper se aproximou do ouvido do Will, o deixando arrepiado. Entrelaçou as suas pernas e esfregava o seu membro coberto com o outro, o fazendo gemer mais.  — Eu vou te devorar, Cipher. Cada pedacinho delicioso seu é meu.

Os movimentos ficaram mais rápidos e os gemidos aumentavam de velocidade e volume, isso enquanto Dipper espalhava chupões entre o pescoço do menor. Pelo grande calor em que estava o porão, o mestre tirou lentamente a camisa social de seu servo, e depois a jogando em qualquer canto do local. desceu seus lábios até o mamilo esquerdo do menor, lambendo e chupando estes.

— A-ahn… M-mestre… p-por favor, d-deixa eu te tocar… — Will implorava, manhoso. Completamente suado e com o rosto fervendo de luxúria. Era a primeira vez que estavam usando aquela corrente. Já sabia dos poderes de telecinese, mas as corrente eram algo novo, e Dipper com certeza iria tirar proveito disso.

A língua do maior agora rodeava o botão direito do menor, enquanto usava o dedo indicador para o outro. Will estremecia e gemia manhosamente a cada movimento que Dipper fazia, e isso apenas resultava em olhares completamente excitados de seu mestre.

Logo, a boca do maior desceu, distribuindo chupões pelo seu torso até chegar em seu baixo ventre. Dipper sorriu ao se deparar com a roupa íntima do menor molhada pelo pré-gozo e com um certo volume na parte úmida.

— Alguém está animado aqui… — Disse o maior, rindo baixo ao admirar o menor tão submisso a si. Dipper sorriu maliciosamente e abocanhou o membro do menor ainda por cima do tecido, chupando e mordiscando o mesmo. O fazendo estremecer e gemer ainda mais alto.

— M-Mestre! — Will exclamou em meios aos gemidos, mexendo o seu quadril e aumentando a velocidade, o que fazia a cama e a corrente rangerem. O servo não conseguia pensar em mais nada que não seja Dipper o chupando em sua frente, olhando bem fundo em seus olhos. Murmurava pedindo por mais enquanto movimentava lentamente o seu quadril, até que em um momento seu mestre abandonou o tecido molhado com sua saliva e o pré gozo do menor. O mesmo grunhiu ao sentir falta da boca do maior.

— Você… Gosta de sentir, não é? — Dipper dissera puxando o menor para ficar sentado em sua frente. Ofegante, Will fez sim com a cabeça. O maior sorri de canto com a resposta de seu servo. — Dizem que… Quando você bloqueia sua visão, o tato fica mais aflorado, e você pode sentir mais. — Dipper terminara a frase com um riso, deixando o menor confuso. Logo se assustou ao ver uma fita azul voar com os poderes de telecinese até a mão do maior. Dipper mordeu seu lábio inferior, olhando nos olhos azuis do menor e fora lentamente amarrar a fita em sua nuca, tapando a sua visão e o deixando confuso e desnorteado.

— Eu sempre quis fazer isso com você… — Sussurrou suavemente no ouvido do servo, roçando seus lábios no mesmo, arrepiando sua pele. Mordiscou o lóbulo para provocar ainda mais o menor enquanto tirava a sua roupa íntima, o fazendo soltar um suspiro alto. Logo, as mãos do maior pararam no pênis do outro, acariciando levemente a sua glande. Will soltou um gemido alto e manhoso ao sentir as mãos do maior em seu membro apertando fortemente o colchão, fazendo Dipper sorrir largamente e começar movimentos lentos de vai e vem.

— Hnm… Ahn… M-Mestre… — Will trilhou as mãos no corpo de seu mestre até conseguir achar os seus ombros. Cada vez mais ofegante, se movimentava de acordo com a velocidade da mão do maior. Estava quente, muito quente. O espaço ficava cada vez menor entre eles e isso apenas deixava o local mais abafado. Will se sentia quente, e queria mais calor. Estava indo a loucura.

Quando Dipper percebeu que o menor estava prestes a se desfazer em sua mão, logo a tirou do membro do mesmo, e o menor acabou resmungando baixinho. — Hmph… Por que está parando? — Will reclamou manhosamente, fazendo um bico com os lábios. Dipper riu com a reação do menor e aproximou seu rosto para mordiscar os lábios do menor.

— Porque eu estou preparando algo maior para você… Não se preocupe… — O Gleeful, com os poderes de sua pedra, trouxe um lubrificante que estava muito bem escondido no porão, abrindo o mesmo. Pegou um pouco do produto adquirido e passou em seu membro, se masturbando lentamente e mordendo seu lábio inferior para conter os gemidos. Depois, o maior pegou um pouco mais do líquido viscoso e focou em três dedos seus.

Dipper pegou o seu servo pelos braços e o virou de costas, segurou a sua cintura e a puxou para cima, deixando Will confuso. — M-mestre… O que está fazendo? — O maior riu, e penetrou lentamente um de seus dígitos na entrada do seu servo, o deixando gemer alto. De surpresa, de dor, e, depois de um tempo, de prazer. Logo, o dedo médio penetrou o menor, movimentando os dois como uma tesoura, deixando os gemidos de dor mesclados com prazer ficarem ainda mais altos.

Will gritou quando sentiu o terceiro dedo do Gleeful penetrar sua entrada, movimentando cada vez mais rápido até finalmente alcançar a sua próstata, fazendo o menor soltar o gemido mais alto que tinha soltado naquela noite. Não estavam preocupados em serem pegos no flagra.

— Ótimo… Está pronto… — Após retirar os dedos da entrada agora úmida do menor, Dipper puxou o corpo do mesmo até o mesmo sentar em seu colo de frente a si. Will ficara confuso até ouvir o barulho das correntes se arrastando no chão até chegarem a cama. O objeto prendeu os pulsos do menor e puxou para as suas costas, o impedindo de mexer seus braços e o dando um pequeno desespero por isso.

— M-Mest- — Dipper pôs seu dedo indicador nos lábios do menor, em pedido de silêncio. Retirando seu dedo, o maior se aproximara do rosto vendado, conectando os seus lábios e sugando o inferior. Logo pondo a sua língua e ambas dançarem em sincronia em suas bocas enquanto murmurava um gemido. Dipper puxara a cintura do menor para o seu colo, olhando em seu rosto vendado com desejo.

— Eu vou colocar… — Fora as últimas palavras do maior antes de penetrar seu membro lentamente na entrada de Will, o fazendo gritar e estremecer de dor de dor. Dipper tentara morder fortemente seu lábio inferior não soltar um gemido, mas acabou falhando.

O servo, mesmo sentindo dores, estava gostando. Gostava de se sentir tão conectado assim com seu mestre, de ver que conseguia o satisfazer, então apenas rebolava lentamente no membro do maior, E ambos soltavam mais gemidos.

 

— W-Will… V-você é tão apertado… — Disse antes de descontar o prazer no pescoço branquinho do menor, o deixando com manchas roxas, gemendo e rebolando mais rápido. A cada estocada, Will estremecia, gemendo tão alto que talvez todos da casa pudessem ouvir.

O tempo passava e a velocidade das estocadas e o som dos gemidos variavam o volume. Entre algumas vezes, Dipper devorava os lábios do menor, os deixando completamente vermelhos. Até que, o maior alcançara sua próstata. O servo estremeceu e teve espasmos como reação.

— M-mestre… D-de novo… P-por favor… — Implorava, completamente ofegante e suado, fazendo o maior sorrir maliciosamente e estocar a sua próstata como pedido. Sussurrando coisas quentes no ouvido do menor, e dedilhando seu corpo completamente marcado por sua culpa. O membro do Will já estava completamente molhado de pré gozo, e ao ver isso, Dipper começara a masturbar o menor e estocar mais rápido, vendo que ambos estavam quase chegando em seu ápice.

— Hnm… W-Will… V-você é t-tão delicioso… — Murmurou, com sua voz rouca, já por ter sido levado pela luxúria. A frase do maior fizera o menor quicar rapidamente no colo do mesmo. Em resultado, ambos soltaram gemidos altos enquanto se beijavam ferozmente.

— M-mestre… e-eu sinto que vou… explodir… Aahn… — Will dissera antes de se desfazer na mão de seu mestre, gemendo alto o nome do mesmo. Vendo o outro se desfazer não conseguiu mais se segurar, acabou se desfazendo na entrada do menor.

Dipper tirara a venda que cobria a visão do menor o fitando em seus olhos. Logo depois, o cadeado das correntes estavam destrancados, e os pulsos do menor, finalmente, estavam livres. Estava hipnotizado e seus olhos encharcados com lágrimas, mas mesmo assim, Will sorriu, até a ponta de cada bochecha, vendo o maior se entregando tanto assim. Se sentia especial para seu mestre.


 

— Eu… Eu te amo, Dipper.


 

Δ Δ Δ


 

Depois de algum tempo, ainda se deitavam na velha cama do porão. Ambos suados e ofegantes, lúcidos com o que acabara de acontecer. Will estava maravilhado, com seu rosto ardendo e corado, sorria toda vez pensando no maior dentro de si. Já, seu mestre, estava sério e pensativo. Parecia estar preocupado por algum motivo que não queria divulgar.

Dipper se levantou, pegando suas roupas jogadas no chão e começando a vestir-se com as mesmas. O servo estava confuso com a expressão vazia de seu mestre. Mesmo depois de tudo que acontecera, e do que disse, não soltava nenhuma palavra.

— M-mestre…? — Will sentou na cama onde estavam, ainda um pouco corado. — Por que depois de fazer… isso… Você nunca me olha, ou diz alguma coisa? — Dipper não mostrou nenhuma reação com a pergunta do servo, apenas prestava atenção em abotoar sua camisa social, logo depois colocando o seu laço com sua jóia. Olhou de lado para o menor sentado e soltou um sorriso malicioso.

— Ninguém quer ver o prato sujo depois que você come ele, certo? — Dipper respondeu, rindo sarcasticamente em seguida. Will arregalou os olhos, surpreso com a resposta do maior. Parecia que seu mundo havia desmoronado.

— Mas… Mas… — Lágrimas começaram a cair de seus olhos azuis, enquanto o desespero lentamente o dominava. — Eu não sou só isso para você, certo? Eu não sou só um… Prato de comida para você, c-certo? — Dipper começava a vir em passos lentos até o menor, com o mesmo sorriso estampado em seu rosto. Tocou em seu ombro ainda despido, e soprara em seu ouvido.

— Você é só um pedaço de carne, Cipher. — Lágrimas escorreram mais rápidas no rosto do servo, além de seu corpo começar a estremecer de ansiedade e desespero. Seu mestre se preparou para sair do local, e antes disso, piorou ainda mais o estado emocional do menor. — O jantar foi ótimo, virei aqui para comer mais vezes.

Após a porta fechar, apenas o silêncio habitava o local. Will estava paralisado, e a única coisa que se moviam, eram as lágrimas. O demônio não conseguiu mais estabilizar a sua figura humana, voltando à sua forma original. Suas mãos foram parar em seu olho enquanto se recolhia cada vez mais na cama. Estava em prantos, e chorava mais do que antes.

Se perguntava o porquê de amar o Dipper mesmo o garoto o tratando como apenas uma diversão. Já entrou na mente de seu mestre uma vez, e já vira coisas maravilhosas que o maior pensava sobre o servo, com certeza, nunca dizendo. Não fora afundo em sua mente, mas via várias frases como “Eu queria poder protegê-lo” e “Eu acho que eu o amo… ”. Porém, fora há anos atrás, e por entrar na mente de um dos Gleeful fora drasticamente castigado. Nunca ousou a perguntar sobre isso para o seu mestre, com medo de ter alguma punição, então ,não pode tirar suas conclusões.

Por pensar nisso, Will chorava ainda mais. Se perguntava o porquê do amar tanto, e do porquê dele o tratar tão mal assim.




 

E com isso, a sua noite fora infestada com lágrimas.



 

Δ Δ Δ


 

Dipper estava angustiado, amargurado e arrependido. Sentia seu coração cortar a cada suspiro que ouvia do menor. Andava sobre os corredores de sua casa indo em direção ao seu quarto em passos pesados de sono e cansaço. “É para o nosso bem.” Pensava. “Ele não pode me amar… ”

— Pensando muito, irmãozinho? — Mabel Gleeful aparecera em um cômodo de sua casa, fazendo o garoto revirar os olhos ao ver a imagem de sua irmã ao seu lado. Estava com as mesmas roupas que usava diariamente. Uma camisa social azul escura, junto com a gravata com o símbolo da Tenda da Telepatia. Com um colã preto por baixo da camisa e de sua meia calça preta e transparente. Usava os seus saltos azuis turquesa e sua tiara com a mesma jóia que Dipper tem.

— Vai à merda, Mabel. — Tentou ignorar a presença da outra Gleeful, até a mesma o barrar em sua frente.

— Cheio de segredinhos, não é mesmo? — Riu. — Que maldade, nem conta para a irmã que está… Com um ficante novo. — Dipper arregalou os olhos ao ouvir a frase, mas tentara demonstrar naturalidade perto da garota em sua frente.

— E-Eu não sei do que está falando. — Tentou mentir de uma péssima maneira, sendo respondido ao olhar e o sorriso cínico de sua gêmea, o fazendo grunhir de irritação.

— Não? Então acho que devo ser mais clara. — Fingiu uma voz doce, se aproximando ainda mais de seu irmão. — Os gemidos, a luz estranha que sai do porão e de minha pedra quase toda noite...  Eu sei que você está fodendo com o Will.

Dipper estremecera de raiva, não tinha sido nem um pouco discreto enquanto a isso. Respirou fundo para não acabar de vez com a vida de sua irmã. A relação entre os dois irmãos era boa, mas eram dois parasitas. Com certeza Mabel se aproveitaria do que descobriu para alguma coisa à favor dela.

— Foi um tanto surpreso, sabe? Você se atrair por aquela coisa, mesmo com aquela… figura humana. — Mabel rodeava seu gêmeo, brincando com os dedos em seu peito e suas costas. — Eu não sei e nem quero saber como você toca aquilo sem sentir nojo. Mas sabe, irmãozinho, Você sabe que o Tivô Ford não vai gostar nada disso…

Os irmãos sabiam — secretamente — que Stanford e Will Cipher tinham um caso no passado. Mesmo com seu tio avô se negando a revelar, estava claro entre as passagens de seu diário que tinham um relacionamento. Will um dia revelou, que ele era o motivo da sua cicatriz em seu olho.

— Conte para ele e você morre. — Cuspiu a frase em um tom de raiva, fazendo sua irmã gargalhar cinicamente.

— Calma irmãozinho… Eu guardarei o seu segredo. Mas eu não acho que vá demorar para deixar de ser um. — Sua voz estava distante a cada passo que dava entre as escadas, indo para o andar de baixo. Dipper suspirou de alívio a não ter mais a visão de sua irmã, e fora direto ao seu quarto.

O garoto de cabelos castanhos se jogara em sua cama, cansado, nervoso e preocupado. Nunca sequer chorou na vida, mas sente seu coração completamente apertado. Literalmente morreria se alguém sequer desconfiasse de algo. Mas a sua preocupação não era apenas ele, e sim Will Cipher. Sabia que o servo estava loucamente apaixonado por si, e que ignoraria qualquer limitação para ambos ficarem juntos, e por conta disso, eles teriam que se afastar o máximo possível.

 

Cada xingamento, cada palavra fria,



 

Cada coração partido,



 

Era para protegê-lo de si mesmo.

 


Notas Finais


NOTA: Se você não entendeu sobre a forma humana do Will, eu posso dizer que eu me baseei na mesma situação da forma "humana" das gems em Steven Universe
Mas se você não assiste SU e não entendeu, eu explico melhor
A pedra do Dipper tem poderes, certo? E eles evoluem cada vez mais, de uma forma que possibiltou a dar formas a seres de outas dimensões, tipo o Will.
"tá, e como se forma?" Com uma manifestação de luz que faz uma cópia perfeita da forma humana e se materializa.
E, é isso aí

Espero que tenham gostado <3 Me deu muito trabalho pra escrever, socorr, pq toda hora que eu escrevia, ou não me agradava, ou eu achava incompleto (tem até partes que eu acho que estão "incompletas")
Enfim, bOOI! o/


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