História Pedras - Desistir....

GARNET ON.

Eu não podia nem pensar direito, as mordidas de Jasper na minhas costas me arrepiavam e seus dedos entravam cada vez mais fundo dentro de mim. Os olhares da lápis não pararam por um minuto se quer, e aperola acabou a trazendo para a cama, ao meu lado.

OFF.

As quatro garotas estavam dividindo a diferente cama. A alaranjada mesmo concentrada em satisfazer os gemidos da morena, foi pega pelos lábios finos de Pearl. Ao observar a imagem, um rubor se instaurou no rosto da rubra mulher, que percebeu a aproximação da azulada. Seu coração batia forte, talvez com medo do que podia ocorrer... mais mesmo com seu corpo tremendo e querendo fugir, sua única reação foi encarar cada vez mais de perto o sorriso idiota na cara da garota de cabelos tingidos.

Toc...Toc...Toc...

Jasper se desprendeu das mãos da pálida garota desviando seu olhar para a porta.

-Quem é....

-Estou procurando as senhoritas, Perola e lápis.

A voz diferente fez com que qualquer movimento cessasse, as duas garotas chamadas se entreolharam de forma preocupada.

-Todo mundo, se veste.- Sem pensar duas vezes as menores se levantaram deixando garnet e Jasper a ver navios.

-Gente, pelo menos coloquem uma roupa, pode ser importante.- Lápis parecia preocupada.

-Tá bom... depois continuamos baixinha.- Jas disse isso depositando um beijo na testa da morena que revirou os olhos meio envergonhada.

Perola estava conversando com um homem de terno na porta, pelo visto o assunto era serio e talvez grave, pois a feição que estava no rosto da loira chegava a assustar. As demais estavam distraídas tentando arrumar a bagunça que haviam feito, mais tiveram suas atenções capturadas por um grito vindo da perolada que se desmanchava em lagrimas.

-PEROLA.- Naquele momento não ouve outra reação de ninguém a não ser correr para acudir a garota.

-Oque foi...

-Esse cara fez algo pra você, eu mato ele!- Jasper já queria socar o homem, mais só não o fez por perceber que o mesmo também estava chorando.

Lápis não conseguia compreender a reação da irmã, então se pois a ler uma carta que a mesma segurava com força. Depois de desamassar o máximo que pode, gotas começaram a molhar o papel.

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" Venho por meio desta carta, informar o falecimento da senhora Rose Quartz, e solicitar com toda urgência a participação e apoio de seus familiares na cerimonia de despedida.

Esperamos que a situação da empresa se esclareça com suas presenças. Com nossas sinceras condolências.

ASS: F.G."

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O ar da azulada parecia ter sido retirado, suas lagrimas a sufocavam, e a visão da perolada em um estado ainda pior a matava aos poucos. Sem entenderem a situação, as duas altas garotas só podiam dispensar o homem e tentar acalmar as menores.

-Calma, vocês duas, está tudo bem, vai ficar tudo bem.- Mesmo não sabendo oque estava acontecendo, ou o por que, a morena abraçava as duas a sua frente tentando as acalmar enquanto a grisalha lia a carta que acabou ficando quase indecifrável.

-Garnet.... GARNET!- A maior teve que gritar para ter atenção.

-Oque foi droga!

-Deixa elas chorarem.

-Oque, tá louca.

-Garnet, a mãe delas morreu.

Os olhos da rubra garota se abriram mais do que o normal, sua reação foi olhar para as meninas que pareciam não quererem ouvir nada. Parecia que não importava oque ela vise-se, nada poderia mudar oque as menores sentiam.

-Jasper.... não podemos fazer nada...

-Sei que é difícil velas assim, mais só vamos atrapalhar tentando impedir que chorem.

-Não quero sair daqui.

-Não precisa, só deixe elas chorarem.... por elas.

Garnet abraçou a perolada a pondo em seu peito para chorar, ao lado a platinada fez o mesmo. O grande abraço era a única coisa ao alcance das meninas. As horas foram se passando, o choro foi diminuindo e ambas acabaram pegando no sono. A morena podia sentir sua perna adormecer, mais não iria levantar dali, não agora que finalmente conseguiu despreocupar um pouco seu coração.

Jasper estava com o rosto virado para a parede, sua posição era autoritária mais em seu rosto finas lagrimas escorriam.

-Jas.... você tá acordada.- A pequena em seu peito havia aberto seus olhos.

Com a voz a chamando a alaranjada não se deteve em secar rapidamente suas lagrimas e por um sorriso em seu rosto.

-To sim... quer alguma coisa baixinha.

-Não minta pra mim, sei que estava chorando.- Mesmo tentando parecer forte a azulada não podia evitar algumas lagrimas brotando em seus olhos.

-Eu chorando hahaha, acho que está vendo coisas.

-Jas...

-Oi.

-Eu te amo...

A muito tempo aquelas duas tinham uma espécie de relacionamento, mais não se era comem palavras tão afetuosas, ainda mais vindas da menor, que sempre queria parecer independente e forte.

-Caramba...

-Vai me deixar aqui..... sem falar nada.- As lagrimas começaram a escorrer pela pele pálida da menor, que logo foram secas pelo polegar da alaranjada.

-Lápis, eu sempre amei e vou amar você.... sinto muito por sua mãe.

As poucas palavras despertaram mais e mais lagrimas; lázuli se prendeu ao pescoço da maior tentando afastar seus sentimentos doloridos. Ao lado, com todo o silencio e o sorriso singelo nos lábios a morena admirava a cena, acariciando levemente as bochechas de Pearl que dormia em seu colo.