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História Peeta e Katniss - Safe and Sound... - Mais ou menos isso aí...


Escrita por: Day_Oliveira

Capítulo 17 - Mais ou menos isso aí...


Acordo-me em um sobressalto, havia tido um pesadelo terrível com bestantes correndo atrás de crianças perdidas. Viro-me para o lado encarando Peeta, não devo ter gritado já que ele permanecia dormindo tranquilamente. Observo cada detalhe em seu rosto, os cabelos loiros e lisos jogados sobre a testa, os cílios loiros e longos, os lábios rosados entre abertos. Senti vontade de beijá-lo, mas não queria acordá-lo e também não sabia se ele ia gostar disso.

Decido sair da cama, tinha perdido o sono mesmo. Deslizo devagar até a ponta da cama, tentando não acordar Peeta. Assim que ponho meus pés no chão Peeta se mexe virando para o lado, mas não parece acordar. Coloco minhas pantufas e desço até a cozinha. Abro a geladeira enchendo um copo com água e me sentando na mesa. Olho em direção à janela que estava aberta observando a fina chuva que caia fazendo meu corpo se arrepiar com o vento. Flashes do meu pesadelo vem em minha cabeça.

— Não foi real, foi apenas um sonho. – Digo olhando a chuva. — Ou talvez minha consciência me mandando um “Olá”.

Estico o braço direito sobre a mesa colocando minha cabeça sobre ele e começo a encarar o copo de água. Lembro-me de Johanna e do pavor que ela tinha de água assim que foi resgatada, lembro-me do olhar de Peeta quando chegou ao Distrito 13, cheio de ódio e magoa, lembro-me de Annie, do bebê que ela espera e que eles nunca vão poder desfrutar do carinho e proteção de Finnick novamente. Por que ele morreu, por minha culpa. Sinto um nó se formar em meu peito e deixo uma lágrima rolar.

— Eu teria poupado muito sofrimento se tivesse comido aquelas benditas amoras. – Digo para mim mesma.

— Você não sabe o que está dizendo.

Fecho os olhos quando escuto a voz de Peeta atrás de mim, quando os abro novamente vejo Peeta sentado ao meu lado, uma expressão séria em seu rosto mostrando que ele se sentia incomodado com o que eu disse.

— Peeta, não quero discutir.

— Então para de se culpar.

Ele dobrou os braços e deitou a cabeça sobre eles ficando com o rosto perto do meu, apenas o copo separava nossos lábios.

— Não é fácil, sempre que olho para vocês, uma enorme culpa me invade. É inevitável.

Não encaro os olhos de Peeta, sei que vou acabar chorando.

— Já falamos sobre isso. – Ele diz esticando o braço e enlaçando a minha mão direita com a sua.

— Sim, já falamos. – Digo passando minha mão esquerda sobre seus cabelos.

Ficamos assim por alguns minutos, ele acariciando minha mão, enquanto eu acariciava seus cabelos.

— Que tal a gente fazer um piquenique? – Ele pergunta de repente.

— Um piquenique? Aonde? – Pergunto arqueando as sobrancelhas.

— Na floresta.

— Não sei Peeta. – Digo.

— Ah vamos! Por favor! – Ele diz juntando as mãos com um sorriso no rosto.

— Você sabe que me pedir assim não é justo. – Digo sorrindo.

— Por que não? – Ele diz tirando o copo da nossa frente. — Por que você não resiste ao meu sorriso?

Os lábios de Peeta estavam próximos demais dos meus, eu sentia seu hálito quente bater em meu rosto me causando arrepios.

— Mais ou menos isso aí. – Digo sentindo minhas bochechas rosarem. Peeta passa sua mão direita sobre uma delas e se aproxima mais de mim, roçando nossos lábios. Sinto uma vontade imensa de beijá-lo e assim o faço.

Peeta levanta nossas cabeças colando suas mãos em volta do meu pescoço aprofundando o nosso beijo, e eu mordo seu lábio inferior fazendo-o arfar dentro do beijo e dar um sorriso, se já é bom vê-lo sorrir, sentir ele sorrir nos meus lábios é ainda melhor. Peeta passa a língua sobre meus lábios me fazendo arfar e sorrir ao mesmo tempo, ele termina nosso beijo dando um selinho em meus lábios.

— Então, nosso piquenique está mesmo de pé? – Ele pergunta ainda perto de meus lábios.

— Você sabe que sim. – Digo sorrindo.

— Ótimo, podemos ir que horas? – Ele pergunta bocejando.

— Não sei, quando você quiser. – Digo.

— Podemos ir agora?

— Não...

— Ah, você disse a hora que eu quisesse...

— Peeta...

— Tudo bem... eu tenho que ir para a padaria de manhã, eu ia inaugura-la hoje, mas mandei adiar as coisas. Podemos ir depois do almoço.

— Ok, vamos voltar para cama? – Pergunto sentindo o sono voltar.

— Pode ser, ou vou acabar dormindo em cima dessa mesa. – Ele se levantou e eu o imitei.

— O que seria um banquete e tanto. – Digo para mim mesma.

— Você disse algo? – Peeta pergunta me abraçando de lado.

— Não...

Subimos para o quarto e nos deitamos novamente na cama, Peeta puxa a coberta sobre nós e me abraça. Fecho os olhos com força a afundo minha cabeça em seu pescoço sentindo o cheiro de seu perfume. O que fez Peeta segurar minha cintura com mais força e suspirar. Logo pego no sono.

*-*

Acordo-me no outro dia um pouco mais cedo do que nos dias anteriores, levanto-me indo tomar um banho e quando volto Peeta ainda está deitado, porém já acordou.

— Bom dia. – Digo sorrindo.

— Bom dia! – Ele diz levantando da cama e se aproximando de mim.

— Toma café comigo? – Pergunto.

— Tomo.

Descemos até a cozinha e Peeta começou a fazer torradas e chá, enquanto eu apenas o observava admirada.

— Hm, tenho que ir. – Ele diz, levantando-se e beijando minha bochecha.

— Mas, você nem terminou. – Digo.

— Eu preciso ir, não se preocupe eu trago as coisas para o nosso piquenique e se quiser, posso providenciar o nosso almoço. – Ele diz sorrindo.

— Meu Deus, as vezes penso que você caiu do céu. – Digo.

— Talvez eu tenha caído. – Peeta vem até mim parando alguns centímetros da minha boca. —Você vai ficar bem?

— Vou.

— Promete não tentar se matar? – Ele pergunta sério.

— Prometo. – Digo sorrindo.

— Ótimo. Até mais.

Dito isso ele se foi, me deixando com um sorriso bobo nos lábios. Termino de tomar meu café e lavo a louça, não posso deixar de derramar uma lágrima ao me lembrar de Greasy. Vou para sala me jogo no sofá soltando um choro que venho segurando por estar perto de Peeta.

A parte da manhã passou rápida. Logo ouço batidas na porta e vou abri-la encontrando Peeta com dois cestos, um em cada mão.

— Não vejo a hora de irmos. – Peeta diz animado, enquanto eu nos sirvo com o carneiro a molho de limão que ele havia trazido para almoçarmos.

— Quanto entusiasmo, é só a floresta. – Digo sorrindo. Logo colocando uma garfada de comida na boca, apreciando seu sabor. Realmente Peeta tem mãos de anjo.

— Sim senhorita egoísta. Mas eu nunca fui na floresta. – Ele diz sorrindo.

Almoçamos o mais rápido que pudemos, Peeta parecia uma criancinha, não parava de falar um só segundo do tal piquenique. Assim que terminamos de almoçar, lavamos a louça e Peeta me pegou pela mão me guiando até a porta.

— Vamos? – Ele diz.

Sinto tanta animação em sua voz que apenas assenti sorrindo. Saímos da minha casa em direção a floresta. Eu sabia exatamente onde levar Peeta, levaria ele ao lago. Aquele lugar lindo que me traz ótimas lembranças do meu pai. Caminhamos pela floresta falando sobre coisas aleatórias.

— Eu já disse o quanto você está bonita? – Ele diz sorrindo.

— Não... – Digo sentindo minhas bochechas arderem.

— Você está linda! – Ele diz alargando o seu sorriso.

Caminhamos por entre as arvores e Peeta começou a tropeçar nos galhos e raízes que estavam para fora da terra. Eu olhei para ele e sorri ele me encarou por alguns segundos antes de tropeçar em um galho e cair para cima de mim, quase caímos no chão, se não fosse eu estar bem equilibrada

— Cuidado. – Digo sorrindo segurando em seus ombros, até ele se equilibrar novamente.

— Desculpa. – Ele pede olhando para o chão.

— Tudo bem, só toma cuidado para não se machucar.

Andamos mais alguns minutos até chegarmos ao lago, eu não havia voltado aqui desde que cheguei no distrito 12. Não me sentia preparada, agora era diferente. Peeta estava comigo.

— É lindo. – Diz Peeta encarando a água que caia de uma pequena cascata dentro do lago.

— É mesmo. – Digo sorrindo.

Peeta tirou uma toalha da cesta colocando-a frente ao lago, debaixo de uma árvore. Logo ele se sentou tirando várias coisas da cesta e colocando sobre a tolha dentre elas, sucos, frutas, pães, bolo, alguns salgados e doces.

— Como coube isso tudo dentro dessa cesta? – Pergunto me sentando ao seu lado.

— Magica.

— Hm, então quer dizer que além de ótimo padeiro ainda é magico? Está me surpreendendo cada vez mais. – Digo sorrindo.

— E pretendo te surpreender ainda mais. – Ele diz de uma forma maliciosa me fazendo corar.

Começamos a comer e mais parecia que estávamos voltando da guerra.

— Peeta, esse bolo está divino. – Digo fechando os olhos e saboreando sua cobertura cremosa.

— Obrigado, e como você está? – Ele pergunta me encarando.

— Não estou divina, isso garanto.

— Não seja boba, eu quis dizer... Greasy.

— Shhh, não quero falar dela agora. – Digo colocando o dedo indicador sobre seus lábios, e ele sorriu dando um beijinho no meu dedo.

Eu me levanto caminhando até o lago e encaro Peeta deitado na toalha. Sinto um formigamento subindo por minha barriga. “Hora da vingança.”. Penso enquanto finjo cair de frente para o lago.

— Peeta! – Grito fingindo dor e vejo que ele corre até mim.

Mais fácil impossível.

— O que foi? – Ele diz agachando na minha frente.

Não digo nada, apenas o empurro com toda minha força para dentro do lago. Ele afunda jogando água para todo lago. Eu não aguento e começo a rir, mas assim que se passa alguns segundos e Peeta não volta para a superfície, eu fico seria. “Não é tão fundo assim.”. Penso me inclinando para frente. Assusto-me quando vejo Peeta emergir na água.

— Por que você fez isso? – Ele pergunta.

— Vingança! Isso é para você aprender a não se aproveitar dos mais fracos que você. – Digo sorrindo.

— Isso tudo por causa da tinta?

— Sim.

— É melhor você correr Everdeen. – Ele diz com um ar ameaçador nadando até a borda do lago e eu saí correndo.

Olhei para trás algum momento e vi Peeta vir atrás de mim, logo escalei uma árvore próxima e sentei em um galho grosso.

— Desce daí sua medrosa. – Gritou ele, me encarando lá de baixo.

— Não, nunca! — Grito de volta sorrindo.

— Vamos lá Kat, não vou fazer nada de ruim com você. – Ele diz e posso ouvir a malícia na sua voz.

Encaro sua blusa branca, agora grudada em seu corpo definido, o que faz um calor subir por meu corpo e eu suspiro me deitando sobre o galho.

— Não vou descer. – Grito sorrindo.

— Então eu vou subir aí. – Ele ameaça.

— Esperarei ansiosamente. – Grito para ele.

Peeta ronda a árvore procurando uma forma de subir nela.

— Vai demorar muito? – Pergunto gargalhando.

— Vai. – Ele começa sério, mas logo ouço ele sorrir. — Não sei subir em árvores.

— Se eu descer, promete não me jogar no lago? – Digo com a voz calma.

— Prometo.

— Por tudo que você mais ama? – Encaro Peeta lá em baixo e ele assente.

— Prometo.

Começo a descer tranquilamente, até que por um acidente meu pé escorrega e eu caio com tudo em cima de Peeta. Nos observamos por certo tempo até cairmos na gargalhada.

— Desculpa. – Peço ainda rindo.

Peeta não diz nada, apenas me puxa para um beijo calmo. Nossos lábios se movem com tranquilidade e as vezes ele dá uma leve mordida em meu lábio inferior. Assim que nos separamos eu me levanto e ele faz o mesmo, o encaro por alguns minutos até ele vir e me pegar nos braços. Peeta entra comigo no lago, tento me soltar, em vão, ele é mais forte do que eu.

— Peeta, não acredito que fez isso comigo. – Digo seria, mas logo sorrio.

— Olho por olho, dente por dente.

— Você prometeu! – Digo espirrando agua nele.

Peeta vem até mim e me beija, enlaço minhas pernas ao seu redor e ele tira meu short e minha blusa, vou até uma das pedras e coloco minhas roupas para secar, Peeta faz o mesmo. Começamos a brincar e até apostamos quem chegava primeiro na borda do lago. É incrível como mesmo estando triste, Peeta consegue me fazer sorrir. De repente Peeta mergulha e eu espero um pouco até ir atrás dele, começamos a nadar juntos até eu sair de perto dele, ele balança um pouco a cabeça até me encontrar, nadamos um em direção ao outro e quando nos encontramos eu coloco a mão sobre seu peito, Peeta sorri e murmura um “eu te amo”, me sinto paralisada por alguns segundos até que caio na real. “É agora ou nunca Katniss.”. Penso e sorrio colocando a mão sobre meu próprio peito murmurando um “eu te amo também.”.

Peeta vem até mim e me beija, com certa dificuldade por estarmos debaixo d’água. Logo subimos até a superfície sem parar o beijo. Assim que nos separamos eu me afasto de Peeta, ainda não acredito que disse que o amo.

— É melhor irmos, já está escurecendo. – Digo nadando até a borda, porém sinto Peeta me puxar, me dando mais um beijo.

— Vamos.

Saímos do lago e vestimos nossas roupas, por incrível que pareça elas estavam quase secas. Juntamos nossas coisas e voltamos para o distrito. Não me atrevo dar uma palavra durante o caminho, Peeta também não parece se incomodar com isso, muito pelo contrário, ele se manteve calado e distante o tempo todo. Assim que paramos de frente para minha casa eu o encaro.

— Você vem dormir comigo hoje? – Pergunto sem olhar em seus olhos.

— Eu venho, se você quiser. – Ele murmura.

— Eu não quero te incomodar, mais não queria ficar sozinha. – Digo olhando para o horizonte, o sol já estava se pondo dando uma cor alaranjada no céu.

— Não é incomodo algum, eu venho. – Ele encara o céu e dá um sorriso.

— Sua cor preferida. – Digo sorrindo.

Peeta se aproxima de mim me dando um abraço apertado.

— Nos vemos daqui a pouco. – Dito isso ele me dá um beijo na bochecha e sai rumo à sua casa.

Entro em casa e me jogo no sofá. “Que dia foi esse?”. Penso indo para meu quarto tomar um banho. Encho a banheira enquanto me olho ao espelho. Toco meus lábios onde Peeta me beijou. Será que fiz a coisa certa? Ele não parece ter acreditado muito em minhas palavras. Tomo meu banho, agora era tarde demais para me arrepender. Visto-me com algo simples e desço para preparar o jantar, assim que Peeta chega jantamos e subimos para a cama.


Notas Finais


Oii de novo! Espero que tenham gostado! Não deixem de comentar, a opinião de vocês é muiitoo importante para mim. Até mais!
E que a sorte, esteja sempre a seu favor! ♥


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