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História Peeta e Katniss - Safe and Sound... - Eu acho que ele está com ciumes...


Escrita por: Day_Oliveira

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 31 - Eu acho que ele está com ciumes...


Abro meus olhos e respiro fundo mergulhando novamente em direção à praia, vejo que demorei um pouco de mais a chegar até lá quando todos já estão me esperando, Johhana, Effie, Annie e minha mãe estão com risinhos discretos no rosto, enquanto Haymitch, Peeta e Gale parecem querer me matar. Sorrio andando até eles. Assim que me aproximo Peeta me pega pelos ombros e me sacode, encaro seus olhos e vejo suas pupilas dilatadas, não muito, mais dilatadas.

— Você quer me matar Katniss? Nunca mais faça isso de novo. – Ele diz com a voz seria.

— Seus olhos... – Digo.

— Eu não estou tendo um flashback, eu só estava com medo. – Ele diz passando a mão pelo cabelo.

— Você é mesmo uma desmiolada. – Johanna me abraça de lado e eu sorrio.

— Nunca mais faça isso em toda a sua vida. – Haymitch diz severo.

— Calma gente, foi só um mergulho. – Digo gargalhando.

— Em grande estilo por sinal... nosso tordo só queria ver se ela pode ou não voar, que mal tem isso? – Johanna brinca. — Mas agora Katniss, você não voa, então não faça mais isso ou dá próxima vez o Peeta sofre um ataque cardíaco.

Encaro Peeta que me olha sério. Mas logo sorri debochado.

— Muito engraçado Johanna.

Nos sentamos na área até eu caminhar novamente para o mar, desta vez Annie deixa Finnick com a minha mãe e me acompanha, logo Johanna faz o mesmo. Não sem antes Gale lhe encher de observações e protestos. Começamos a mergulhar e jogar água umas nas outras. Até que Johanna começa a brincar de tentar me afogar e eu decido passar um susto nela, respiro fundo e quando ela me afunda eu permaneço durante um tempo dentro da água. Ouço ela chamar meu nome, de início sorrindo nervosa, para logo começar a gritar e chamar pelos outros. Então eu volto para a superfície gargalhando e ela suspira aliviada.

— Quer que eu morra? – Ela põe a mão no coração e todos riem. — Pensei que tinha te matado.

— Não é como se eu fosse fácil de matar. – Sorrio jogando água nela.

Logo todos estamos nadando e brincando dentro d’água. Até mesmo Effie vem com a gente. Já Enobaria passa o tempo todo agarrada a Peeta dizendo que tem medo de se afogar. Mas ela se esfrega tanto nele que eu penso em afoga-la mesmo.

Saímos da água e esperamos Gale, Peeta e Haymitch voltarem com nossos sorvetes, eu, Johanna e Effie quase os obrigamos a ir comprar algo para comermos. Assim que eles chegam trazendo sorvetes, refrigerante e um tipo de salgado delicioso, não esperamos um minuto para começarmos a comer.

Peeta divide o seu com Enobaria que antes dele sair disse que não estava com fome, eu pergunto se minha mãe quer algo mais ela diz que não. E assim passamos a tarde, nadando, conversando e eu quase matando a Enobaria por suas investidas em beijar Peeta, ou tentar seduzi-lo. Como quando ele foi tomar o sorvete e sujou o canto da boca, e ela passou a língua para limpar, juro que se minha mãe não tivesse me segurado e sorrido discretamente eu teria matado ela. Mas acabei por me divertir com a cara assustada que Peeta direcionou a ela. Por fim, sentamos todos na areia, os casais sorriam abraçados enquanto presenciávamos o pôr do sol, já eu intercalava meu olhar entre Peeta e o pôr do sol. Ambos lindos e atraentes demais para um roubar a atenção do outro. Apesar de que eu olhava para Peeta mais do que para qualquer coisa, pena que ele não me olhou assim nenhuma vez, e quando nossos olhares por acaso se cruzavam ele logo tratava de desviar.

Assim que o vento gélido bateu contra nossos corpos e o céu começou a escurecer, tratamos de voltar para a mansão. Já estava quase na hora do jantar, então eu tomei um banho longo e coloquei uma roupa leve, apenas um short jeans preto e uma camiseta laranja, deixando meus cabelos soltos e passando um pouco de perfume, logo caminho em direção a sala de jantar. Assim que entro lá vejo Peeta e Enobaria conversando, junto com Gale e Haymitch, Enobaria passa sua mão pelo corpo de Gale e sinto que alguém vai morrer se Johanna chegar aqui. Logo ela muda de vítima e começa a acariciar o corpo de Peeta. Pigarreio e eles lançam seus olhares para mim, sento-me na mesa e os funcionários me servem com um pouco de vinho enquanto ouço a conversa animada entre eles. Já estou na minha segunda taça quando as meninas chegam. Johanna lança um olhar de “Não mexe no que é meu” para Enobaria que parece entender bem, já que se afasta de Gale e volta toda sua atenção para Peeta. Jantamos em silencio e quando eu já estou na minha terceira taça vejo Peeta e Enobaria saírem para o jardim, vou atrás deles parando em uma distância segura. Vejo Enobaria falar algo para Peeta e ele parece bastante desconfortável. Porém sinto meu sangue ferver quando Enobaria se joga nos braços de Peeta e o beija na boca. Ele no início parece estar surpreso e tenta afastá-la mais ela só se prende mais a ele com isso. Vou até eles sem mais delongas e a puxo pelos cabelos jogando-a no chão, subo em cima dela e começo a lhe desferir tapas e socos até que Peeta me tira de cima dela e peça para que eu me acalme. Enobaria dá um risinho triunfante e sai passando a mão pelo rosto.

— O que deu em você? – Ele pergunta me soltando de seus braços.

— Você beijou ela... – Digo com raiva.

— Não Katniss, ela me beijou. E sabe de uma coisa? Você não tinha o direito de bater nela assim, nós não temos mais nada. E se você pode ficar com aquele Nathan, por que eu não posso ficar com ela? – Ele diz e sai em direção a mansão novamente.

Fico um tempo parada enquanto o vento da noite toca meu rosto, até que por fim decido entrar, vou direto para meu quarto e deito-me na cama chorando um pouco. Logo levanto-me indo até o banheiro e voltando a vomitar, não sei o que há de errado comigo, se continuar assim terei que ir ao médico. Ou melhor, pedir para minha mãe me examinar. Escovo os dentes e volto a me deitar, logo me deixando levar pelo sono.

Acordo-me no meio da noite após ter um terrível pesadelo com Prim morrendo e Peeta sendo torturado, sento-me na cama ainda ofegante e vejo a porta do meu quarto abrir bruscamente, encaro Peeta que parece ter vindo correndo até meu quarto, já que também respira com dificuldade.

— Ouvi você gritar meu nome... – Ele diz me encarando.

— Desculpe-me, foi um pesadelo. – Digo olhando para o chão.

— Ainda são sobre mim? – Ele me encara sem mover um passo.

— Sim... Sempre são sobre você... – Digo sentindo lágrimas em meus olhos.

— Sinto muito...

— Não sinta... isso é só a minha consciência me lembrando do que eu tenho culpa. – Digo deixando uma lágrima rolar de meus olhos.

— Você quer que eu fique com você? – Ele me pergunta e eu o encaro surpresa.

— Quero. – Digo e vejo ele caminhar até a minha cama, ele se deita ao meu lado e eu me aconchego em seus braços e deito minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas de seu coração enquanto ele acaricia meus cabelos. Minutos se passam assim, devagar minha respiração vai ficando calma, e é isso o que Peeta faz, ele me acalma, de forma tão grande que nem mesmo eu sei explicar.

— Eu te amo... – Ouço ele sussurrar em meu ouvido. Mas permaneço imóvel, com certeza ele pensa que eu já estou dormido, e tocar nesse assunto agora não vai ajudar em nada. Só pode fazer ele ir embora. Então após mais alguns minutos eu adormeço, com suas palavras ainda em minha cabeça como se fosse minha canção de ninar.

*-*

Acordo-me no outro dia e Peeta não está mais do meu lado, olho para o relógio e ele marca que já são 13:00. Levanto-me e vou até o banheiro tomar meu banho, visto-me com uma calça preta e uma blusa da mesma cor. Vou até a sala de jantar e peço para me prepararem um sanduíche, termino de comer e vou até o jardim procurar pelos outros, assim que chego vejo todos sentados na grama conversando animadamente e sorrindo.

— Aí está o meu docinho. – Diz Haymitch e eu sorrio.

— Não enche Haymitch.

— Estávamos aqui comentando o que iremos usar hoje à noite. Soube que depois da entrevista vai ter uma festa em comemoração. – Diz Effie.

— Comemoração de quê? – Pergunto tirando Finick dos braços de Annie e o aconchegando nos meus, assim que sorrio para ele, ele se mexe um pouco e retribui o sorriso.

— Comemoração a nós. – Diz Annie sorrindo. — Acho que ele gosta mesmo de você.

— Quem não gosta de mim? Sou a pessoa mais amável que eu conheço. – Digo fingindo modéstia e Haymitch gargalha.

— Mentira que você conhece o Peeta. – Ele diz e eu dou de língua.

Passamos um tempo ali conversando até que Effie avisa de teremos que ir para o programa de Caesar. Assim que chegamos ao edifício somos levados para os bastidores, onde várias pessoas vêm até mim, depilando-me, lavando-me, maquiando-me e por último, vestindo-me. Quando finalmente olho-me ao espelho, mal me reconheço. É claro que eles não são Flavius, Vênia ou Octavia ou o próprio Cinna, mas eles conseguiram me deixar incrivelmente bonita. Encaro meu rosto, o pó de arroz fez desaparecer todas as minhas olheiras, meus olhos estão em um tom cinza escuro, quase preto, um delineador da mesma cor, as bochechas levemente rosadas e a boca em um tom rosa médio, meu cabelo está solto, porém com uma trança cascata deixando minha franja cair sobre ela.  Meu vestido é tomara que caia e vai até um palmo acima dos meus joelhos, ele é todo preto e de renda. Com uma fita da mesma cor dando ênfase em meus seios e minha cintura, meus sapatos são de salto alto, infelizmente, também preto. Ouço batidas na porta e saio de lá seguindo uma mulher. Enquanto ando até de frente para a porta do palco vejo os outros. Todos estão lindos e bem vestidos mais uma pessoa em comum me deixa totalmente sem ar. Peeta está vestido com uma calça jeans preta de correntes, uma blusa de manga longa azul e preta com gola v, seus cabelos estão penteados impecavelmente para trás lhe dando um ar sexy. Tiro meus olhos dele quando percebo que ele também está olhando para mim.

— Então pessoal, vai ser como nos jogos, Caesar vai chamando e fazendo suas perguntas, e vocês após responderem vão se sentar em seus lugares até tudo acabar. Tentem serem gentis. – Ela olha para mim e todos riem.

— Entendi Effie. Serei gentil. – Digo revirando os olhos.

De repente aparece Plutarch acompanhado por uns guardas.

— Olá pessoal! – Ele cumprimenta.

— Oi. – Digo secamente.

— Ainda com ressentimentos? Era preciso tirar você primeiro, eu juro que íamos tirar o Peeta depois. – Ele diz e todos riem.

— Sei bem... 

Logo Caesar começa a chamar nossos nomes, olho ao redor e só estou Peeta e eu. Caesar chama seu nome e ele vai levando o público feminino a loucura. Caesar lhe faz algumas perguntas sobre sua vida e como ele está tratando o assunto dos flashbacks e ele responde tudo calmamente. Logo vejo Peeta se sentar ao lado de Johanna e meu coração gela.

— Agora pessoal, com vocês... Nossa garota em chamas... – Sério isso? Só o Cinna tinha o direito de me chamar assim, bufo de raiva e tento me controlar. Ouço o público gritar desesperadamente e chamar por meu nome.  – Katniss Everdeen.

A luz do palco invade meus olhos e eu caminho graciosamente até Caesar que pega em minha mão e faz uma reverência.

— Katniss Everdeen, você está... encantadora, como sempre... – Ele joga charme e eu sorrio. — Sente-se por favor. – Nos sentamos no pequeno sofá e Caesar tem que pedir um pouco de silêncio para que comecemos a falar.

— Katniss eu te amo! – Grita uma voz masculina da plateia.

— Obrigada! – Digo sorrindo largamente. Tentando ser gentil e não sair correndo daqui. 

Após alguns segundos as coisas se acalmam um pouco e Caesar se remexe um pouco na cadeira.

— E então Katniss, como anda sua vida? — Caesar perguntou isso para todos os outros sem exceção, e todos disseram que “bem”. Talvez por ainda estarem de frente para uma câmera da Capital e sentirem que por isso eles têm que mentir, ou talvez por que estejam realmente falando a verdade.

— De mal a pior. – Digo e sorrio, logo todos caem na gargalhada. Eu ainda não sei o porquê deles me acharem engraçada.

— Sabemos que os Jogos e a Revolução custaram muito para você, tanto fisicamente como emocionalmente. – Caesar para um pouco e me encara. — Mas, você se arrepende de algo?

Penso por alguns segundos e encaro o público.

— Em partes sim, toda Revolução tem seu preço, assim como os Jogos. E mesmo que um tenha vindo para aniquilar o outro, para mim eles não tiveram muita diferença. – Digo curvando minha boca.

— Como assim? Explique-se.

— Pois bem... Nos Jogos, mesmo que você queira defender e proteger seus amigos e aliados, de toda forma eles acabam morrendo. Isso aconteceu comigo, duas vezes nos Jogos, e na Revolução não foi diferente. Mas a pior parte para mim é que... em nenhuma delas eu tomei partido para participar, posso até ter me voluntariado nos Jogos, mas fui obrigada, era isso ou ver minha irmã ser morta de forma brutal. Não que isso não tenha se realizado de uma forma ou de outra. E na revolução, era ser o tordo, ou ver Joanna, Peeta e Annie morrerem nas mãos de Snow. Eu acho que quando você aceita fazer parte de algo, você aceita estar sujeito a ganhar e perder, só que eu não aceitei, não estava preparada para minhas perdas. – Digo.

— Bom, eu fiquei sabendo do seu estado durante a revolução... Boatos corriam na Capital que você queria vir resgatar seus amigos... de fato naquela época não sabíamos que seus amigos estavam sendo torturados por Snow. Você queria mesmo vir até aqui? – Caesar pergunta.

— Sim, eu queria.

— Soubemos também que você estava muito mal por saber que Peeta estava aqui... – Ele enfatiza o nome de Peeta. — Soubemos que ficou desesperada para tê-lo de volta.

Pisquei por alguns minutos e tentei achar uma resposta à altura. Mas não sabia o que dizer.

— Sim, realmente eu fiquei muito preocupada com meus amigos que estavam aqui... Snow já tinha me ameaçado uma vez, eu sabia do que ele era capaz. Temia pela vida deles. – Digo tentando sorrir um pouco.

— Mudando de assunto Katniss...

— Katniss sua gostosa! – Grita outra voz masculina e eu me limito a sorrir.

— Parece que você tem sucesso com os rapazes. – Caesar diz sorrindo.

— Só depois que peguei fogo. – Digo sorrindo e todos gargalham.

— Realmente acho que ninguém resiste a uma garota em chamas... Então Katniss... como está sua vida sentimental? – Caesar pergunta arrancando gritos masculinos da plateia. Eu não sei o que está acontecendo com esses homens hoje.

— Estou solteira. – Mal acabo de dizer e vários homens começam a chamar por meu nome.

— Katniss, casa comigo? – Um deles pergunta.

— Me ligue mais tarde e nós conversamos. – Sorrio.

— Katniss, vem pegar fogo na minha cama... – Outro grita e eu fico séria, mas logo sorrio.

— Vai com calma rapaz, aposto que você não aguenta meu fogo. – Digo piscando e o público vai a loucura.

"Somente o Peeta aguenta.". Penso, mas logo me reprimo, isso não é coisa que eu deva pensar. 

Após Caesar me fazer algumas outras perguntas, todas sobre minha vida. Graças a Deus ele não tocou mais nos assuntos dos Jogos ou da Revolução, ele nos libera. Andamos pelos corredores até chegar até a garagem onde carros estavam nos esperando para nos levar de volta a mansão, onde a festa seria.

— Você foi simplesmente perfeita Katniss, gentil, brincalhona, descontraída. Eu adorei! – Diz Effie.

— Quando aqueles homens se insinuaram para você, eu pensei que você fosse xingá-los. Ainda bem que você levou na brincadeira. – Hatmitch sorri piscando para mim.

— Claro que levou, parecia até gostar. – Peeta disse passando por nós e caminhando na frente. Logo Enobaria se juntou a ele e eles começaram a conversar.

— Eu acho que ele está com ciúmes. – Haymitch me cutuca com um sorriso.



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