História Peeta e Katniss - Safe and Sound... - Como você está?

Pov Katniss.

Acordo-me no meio da noite sentindo uma enorme ânsia em meu estômago, corro até o banheiro a tempo de colocar meu estômago para fora, escovo os dentes e assusto-me ao ver o reflexo de Peeta no espelho.

— Como você está? – Ele pergunta se colocando ao meu lado.

— Bem... – Digo olhando em seus olhos. — Foi só um enjoo, é normal.

— Tudo bem... deita na cama, vou te buscar um copo com água. – Ele deposita um beijo em minha testa e sai.

Minutos depois ele volta com um copo com água e me entrega, bebo a água e me sento na cama, Peeta deita de bruços na altura da minha barriga e levanta um pouco minha blusa, ele passa a ponta dos dedos sobre minha barriga e sorri.

— Será minha imaginação ou sua barriga já cresceu um pouco? – Ele pergunta.

— Cresceu. E vai crescer mais a cada dia que se passar... não vai demorar até que eu esteja parecendo uma baleia. – Digo sorrindo.

— Não me importo com isso... pelo contrário, tratarei de te deixar bem gordinha. – Ele sorri. — Katniss...

— Sim?

— Temos que nos casar logo. – Ele diz.

— Por que?

— Primeiro, por que eu quero. – Ele me dá língua e sorri. — Depois por que não quero que essa gente fofoqueira fique falando mau de você. – Ele fecha a cara e eu sorrio.

— Não vejo problema algum em nos casarmos o mais rápido possível. Não quero perder mais nem um instante da minha vida longe de você. – Digo e ele sorri.

— Você tem ideia do quanto me fez feliz? – Ele pergunta e eu faço que não com a cabeça. — Nem eu tenho como te responder, não tem limites.

*-*

Acordo-me com a luz do sol entrando pela janela, levo meu braço para o outro lado da cama onde Peeta dorme e não encontro nada além do lençol frio.

— Procurando alguém, meu amor? – Ouço Peeta falar dando um beijo em minha bochecha. Abro meus olhos encarando o azul mediterrâneo dos seus e vejo que ele possui um sorriso no rosto.

— Sim..., mas já encontrei. – Sorrio. Peeta sela meus lábios com os seus em um beijo calmo. — Quantas horas são?

— Já passa do meio dia, vai querer almoço ou café? – Ele pergunta.

— Café. – Respondo bocejando.

Peeta deposita um beijo em minha testa a passa a mão por minha barriga, saindo do quarto em seguida. Tomo um banho relaxante vestindo uma roupa leve e desço até a cozinha. Encontro Peeta em pé de frente para o fogão, ele não parece ter notado minha presença, ando até ele e o abraço por trás, pego em seus ombros o virando para mim e deposito um beijo em seus lábios.

— Agora sim... Boa tarde. – Digo e ele sorri.

— Preparada para sua primeira consulta? – Ele pergunta passando o café e servindo a mesa.

— Sim, e você? – Sorrio e ele faz uma careta.

— Confesso que estou ansioso.

Tomamos nosso Café/Almoço e vamos para a sala, assistimos vários filmes e programas da Capital, Peeta dorme com a cabeça em meu colo e eu encaro as horas.

— Peeta...? – Chamo baixinho em seu ouvido. — Peeta...?

— Oi... Você está bem? – Ele se levanta preocupado.

— Sim, mas temos que nos arrumar. Eu preciso estar no hospital dentro de uma hora. – Digo para ele.

Subo para meu quarto para me arrumar enquanto Peeta vai até a casa dele, poderíamos estar morando juntos, mas Peeta insiste em esperar até que nos casemos, aí então, eu vou morar em sua casa. Desço para a sala quando estou pronta e vejo Peeta sentado no sofá. Ele está lindo como sempre, com uma calça preta e uma blusa marrom, os cabelos loiros bagunçados lhe dando um ar rebelde, que nos causa uma pequena confusão quando encaramos seu rosto de menino e seus olhos que transmitem tanta inocência.

— Pronta? – Ele pergunta.

— Vamos. – Digo pegando em sua mão.

Saímos de casa e andamos pela rua de mãos dadas, era a primeira vez que andávamos assim e eu confesso que estava me incomodando um pouco o olhar curioso das pessoas ao nosso redor. Chegamos de frente para o hospital e Peeta parou.

— Algum problema? – Pergunto.

— É que eu não gosto muito de Hospitais. – Ele diz sorrindo nervoso.

— Eu estou aqui. – Digo acariciando sua mão com o meu polegar. — E nós precisamos saber como está nosso bebê.

Vejo o rosto de Peeta se iluminar por alguns minutos e ele assente seguindo comigo para dentro do Hospital. Chegamos a recepção e uma enfermeira nos encaminha até a sala da doutora Miley, minha médica pelos próximos meses. Sentamos na cadeira e esperamos que a doutora chegue, sinto os músculos de Peeta tensos do meu lado.

— Será que vai demorar muito? – Ele pergunta.

— Não Peeta, não vai. – Digo sorrindo para ele.

Minutos se passam e Peeta se levanta impaciente do meu lado e começa a mexer em uns instrumentos que estão em cima da mesa.

— Isso aqui pode matar alguém. – Ele diz apontando para uma pinça. Por um minuto deixo-me pensar no que eles usavam para tortura-lo, mas considerando a forma com que ele chegou machucado no 13, não era nada bom.

Sou tirada dos meus devaneios pela doutora que entra sorridente na sala.

— Katniss Everdeen e Peeta Mellark! – Ela nos saúda com um aperto de mão. — É uma honra!

— Obrigada.

— Então quer dizer que temos um garotinho ou uma garotinha a caminho? – Ela pergunta.

— Parece que sim. – Digo.

— Então, você fez o teste? – Ela pergunta.

— Fiz.

— Ótimo, esse teste é 90% confiável, então você está mesmo gravida. – Ela sorri.

— Mas, e esses 10%? – Peeta pergunta e eu o encaro.

— Não se preocupe Sr. Mellark, você será mesmo pai. – Diz a doutora e ouço Peeta suspirar aliviado. Fico feliz em saber que ele quer mesmo essa criança.

— Você tem tido enjoos e desmaios? – Ela me pergunta.

— Sim.

— E tonturas?

— Sim.

— E corrimentos?

— Não, quer dizer, uns dias atrás eu perdi um pouco de sangue. Mas essa foi a única vez.

— Não, isso é normal. Mas de agora para frente, todo corrimento que você tiver pode ser perigoso, então se mantenha atenta e qualquer coisa avise sua mãe ou a mim. – Ela diz.

— Tudo bem.

— Agora vamos ouvir o coraçãozinho dessa criança. – Ela diz, eu me levanto andando até uma maca e deitando-me sobre ela com Peeta do meu lado. A medica levanta minha blusa até a altura dos meus seios e passa um gel sobre minha barriga. Peeta segura firme em minha mão me transmitindo tranquilidade e eu sorrio para ele.

A médica liga um aparelho e começa a passa-lo sobre minha barriga, e eu começo a ouvir os batimentos cardíacos do meu bebê, sinto uma forte emoção e lágrimas rolam de meus olhos, mas pela primeira vez em anos. Estou chorando de alegria. Sinto o aperto da mão de Peeta na minha e olho para ele que me encara na mesma hora, vejo lágrimas em seus olhos azuis e vejo que ele faz de tudo para segurá-las.

— O coração do seu bebê bate regularmente, não tem nenhuma complicação nele, tenho certeza de que será uma criança saudável. – Diz a doutora para mim e eu sorrio.

Ela termina o exame e eu me sento novamente na cadeira, ela me faz mais algumas perguntas e eu respondo todas, ela faz algumas anotações, me passa algumas vitaminas e também algumas observações como: Não pegar peso, não me estressar e não ignorar nada que eu ache estranho.

— Vocês já podem ir. E não se esqueça, qualquer coisa avise a mim ou a sua mãe. Nos vemos daqui um mês. – Ela sorri e nós apertamos sua mão.

Assim que saímos do Hospital sinto Peeta afrouxar o aperto em minha mão, ele tem mesmo algo com Hospitais. Ele me abraça de lado e começamos a andar em direção a minha casa.

— Será que você ainda pode me fazer mais feliz? – Ele pergunta com um sorriso.

— Você está equivocado, quem me faz impossivelmente feliz aqui é você. Nada disso seria possível sem o seu amor incondicional por mim. – Digo olhando para o horizonte.

E sei que estou falando a verdade, nada seria assim se não fosse a garra de Peeta em me proteger, em me amar e em cuidar de mim mesmo quando eu o afastava, o desprezava e o humilhava. Agora sinto que tudo está se encaminhando como devia, estamos juntos e isso é realmente tudo o que importa.