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História Peeta e Katniss: Out Of The Woods... - Maluca!


Escrita por: Day_Oliveira

Notas do Autor


Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim! Eu sei que demorei muuiito para postar, eu realmente queria ter tido tempo de postar antes, porém meu notebook estava com problemas e eu demorei um pouco para consertá-lo.

Boa leitura! Responderei os comentários do capítulo passado em breve!

Capítulo 20 - Maluca!


Fanfic / Fanfiction Peeta e Katniss: Out Of The Woods... - Maluca!

O céu está começando a clarear quando Peeta me cutuca pedindo para que eu acorde. Saio de dentro do saco de dormir e vejo que o dia está começando a nascer. Ele mexe em algo e tira algumas frutas de dentro da mochila.

— Achei essas frutas perto do riacho. – Ele me dá uma maça e dois cachos de uvas.

— Pegou isso hoje? – Pergunto e ele assente. — Quando? O dia mal amanheceu.

— Na verdade, eu não consegui dormir. – Ele diz, parecendo um pouco desconfortável. — Ao menos não por muito tempo. – Ele me encara. — Pesadelos.

— Você os tem com frequência? – Pergunto mordendo um pedaço da maça.

— Piorou nos últimos meses. – Ele diz sem me olhar.

Sei que isso tem algo a ver comigo, então não digo nada, apenas termino de comer minhas frutas e ajudo Peeta a guardar as coisas para seguirmos caminho.

— Vamos. Temos que dar um jeito de sair daqui hoje. – Ele diz, segurando o facão em sua mão direita e seguindo na frente.

*-*

Andamos por horas e horas. Na hora do “almoço” paramos apenas para comer algumas frutas, nem nos damos ao trabalho de caçar algum animal, não temos tempo, precisamos achar o caminho de casa, porém, com o passar do tempo, eu vejo que isso está cada vez mais longe de acontecer.

— Vamos descansar um pouco. – Peeta diz e se senta perto de uma arvore.

Sento-me ao seu lado e encaro o ceu, observo que nuvens grossas e escuras nos rodeiam, em breve vai cair uma tempestade.

— Peeta. – Chamo.

— O que foi?

— Olha o céu. – Digo ainda encarando as nuvens.

— Droga. – Ouço ele praguejar baixinho.

— Temos que achar um lugar seguro antes que ela chegue. – Digo, colocando-me de pé e Peeta faz o mesmo.

Começamos a andar novamente, porém, com uma nova meta. Arrumar um lugar seguro para ficar durante a tormenta. Andamos mais alguns metros até encontrarmos uma gruta, assim que entramos eu fico paralisada com a cena: A gruta é enorme e até mal iluminada, mas os poucos raios de sol que entram por sua abertura dão um reflexo impecável nas águas cristalinas da lagoa que possui dentro da gruta. Vamos para um lugar mais afastado da abertura.

 

— Esse lugar existe mesmo? – Ele pergunta encarando a água.

— Existe. É o paraíso. – Digo pegando meu arco. — Vamos temos que achar algo para comermos.

Saímos da gruta e seguimos uma trilha por dentro da selva, Peeta anda pegando algumas raízes e frutas enquanto eu atiço meus ouvidos para qualquer animal que esteja próximo. Consigo pegar dois esquilos, não sei quanto tempo a tempestade vai durar então, melhor prevenir. Assim que termino de limpar os dois enquanto Peeta vai atrás de mais algumas frutas sinto uma gota cair em meu braço. Olho para o céu, droga! Algumas gotas começam a cair e eu me levanto pegando os esquilos.

— Peeta! – Grito seu nome e ouço ele me responder um pouco longe. Apenas alguns minutos depois, parece que o céu vai cair sobre nossas cabeças. Peeta pega a minha mão e saímos correndo em direção a gruta ignorando arbustos que de vez em quando batem em nossos rostos e braços. Raios atravessam o céu e trovões cortam o silencio da mata, em determinado momento, eu piso em falso e sinto uma dor excruciante no meu tornozelo, fazendo-me quase cair, se não fosse Peeta ser mais rápido. Ele não pergunta nada, apenas me pega no colo estilo noiva e corre mais alguns metros até chegarmos na gruta. Assim que entramos Peeta me coloca sentada no chão. Estamos pingando água e eu estou me segurando para não começar a chorar, a dor no meu pé é muito forte.

— Vamos tirar essa roupa molhada e eu dou uma olhada no seu pé ok? – Ele fala e eu assento.

Ele tira nossas roupas de dentro da mochila e eu agradeço a Deus por tê-las lavado ontem e elas terem secado.

— Acha que consegue vestir sozinha? – Ele pergunta.

— Consigo. Só me ajuda a tirar as botas? – Peço, ele tira primeiro a do pé bom, mas assim que ele toca meu outro pé um grito estrangulado sai de minha garganta fazendo ele me encarar sério. — Pode tirar. Só, faz isso rápido.

E assim ele faz, mas, dói, e dói muito mesmo, sinto meus olhos lacrimejarem e Peeta me olha com uma expressão incompreensível.

— Obrigada, sigo daqui agora. – Ele se levanta e vai para longe, dar um mergulho na lagoa eu acho. Tiro a blusa e visto a outra, ficando com o mesmo sutiã. Porém, na hora de tirar a calça é terrível. Assim que faço força meu pé começa a latejar mais do que antes, fazendo-me gemer alto de dor.

— O que houve? – Pergunta Peeta chegando perto de mim.

Olho para ele, partes da sua roupa está molhada por ele não ter enxugado antes de vesti-las, assim como eu, seu olhar está preocupado, mas, mesmo assim eu ainda sinto vergonha quando digo:

— Não consigo tirar a roupa, quem dirá coloca-la. – Digo olhando qualquer lugar menos seu rosto.

— Vai permitir que eu te ajude? – Ele pergunta e eu apenas assinto. Ele se agacha na minha frente e coloca as mãos em cada lado da minha cintura, enganchando seus dedos nas laterais da calça e eu fico ofegante. Minhas bochechas queimam tanto que eu juro que deve estar saindo fogo delas.

Com cuidado e toda delicadeza ele tira minha calça e mais do que depressa pega a limpa, e eu agradeço ele silenciosamente por essa calça ser mais larga e não pressionar meu pé na hora de vestir. Assim que ele levanta vejo que ele mesmo esta corado e quase rio. Quantas vezes esse homem deve ter me visto nua mesmo? Ah sim, com certeza varias. Como chegamos na situação dele sentir vergonha de tirar minha roupa? “Da mesma forma que chegamos a situação de você sentir vergonha dele”... Sussurra minha consciência.

— Vem aqui. – Diz Peeta, colocando-me encostada na parede da gruta e colocando a mochila embaixo do meu pé, com cuidado para não me machucar. — Vou dar uma olhada no seu pé, tudo bem?

— Tudo. – Digo, mas quando ele faz menção de tocá-lo eu grito. — Só, cuidado. Está doendo muito, muito mesmo.

— Está bem. – Ele diz. Peeta tira minhas meias e analisa meu seu sem tocá-lo. — Está muito inchado Kat. – Ele diz e eu sorrio mesmo com a dor. É raro as vezes que ele me chama por esse apelido carinhoso.

— Eu acho que torci, ou quebrei. – Digo, começo a sentir frio e esfrego as mãos. — Está fazendo frio aqui né?

Peeta e encara e depois leva sua mão até a minha testa, por fim deslizando seus dedos por minhas bochechas. Seu olhar preocupado fica três vezes pior.

— Você está com febre. – Ele murmura. — Precisamos manter você aquecida. – Ele olha ao redor. — Não temos nada para aquecer você aqui. Duvido muito eu encontrar alguma madeira seca lá fora. Não temos como fazer uma fogueira. – Ele para um pouco. — Já sei, eu trouxe uma blusa de frio, deve estar dentro da mochila.

Ele tira uma blusa de frio de dentro da mochila e me ajuda e vesti-la. Depois, estende o saco de dormir no chão e me ajuda a entrar dentro dele. Talvez eu esteja imaginado coisas, mas, ele me trata com tanto cuidado e delicadeza que parece estar cuidando de um bebê. Após eu estar o máximo confortável possível dentro do saco de dormir, ele se afasta deixando um beijo na minha testa.

— Vou pegar um pedaço de pano para fazer umas compressas frias com a água da lagoa. – Ele diz. — Ouvi falar que pode ajudar.

Ele pega uma blusa dele e a rasga em alguns pedaços, molha um deles na lagoa e depois coloca ele sobre minha testa. Assim que o pano frio encosta em minha testa quente eu começo a bater queixo. Peeta me olha sem saber o que fazer e eu o encaro de volta pensando se talvez eu devesse fazer o pedido que está entalado em minha garganta.

Por fim, resolvo que não.

*-*

Não sei quanto tempo passa, talvez minutos ou horas, a tempestade ainda cai lá fora, fazendo eu me sobressaltar a cada estrondo de trovão. Peeta está sentado do meu lado, me vigiando, atento a cada minúsculo mexido que eu dou e sempre trocando os panos da minha testa. Ele parece aflito pelo meu estado, eu ainda sinto muito frio, meu corpo todo treme e meus lábios ainda estão trêmulos.

Ele conseguiu me fazer ingerir alguns pedaços de frutas que tínhamos dentro da mochila, já que as coisas que pegamos depois que chegamos na gruta ficaram pelo caminho com a chuva. Percebi que ele não comeu nada, bebeu apenas alguns goles das duas garrafas térmicas que ele me fazia esvaziar de vez em quando, sempre enchendo-as de novo na lagoa. Tivemos sorte com isso também, graças a Deus a lagoa é de água doce.

Uma nova onda de calafrios me envolve. Encaro Peeta que parece inerte em seus pensamentos. Olho para o espaço que temos dentro do saco de dormir... porque não?

— Peeta? – Chamo criando coragem para fazer a pergunta que eu tanto quero a muito tempo. Ele me encara. — Deita aqui comigo?

Minha pergunta o assusta. Sei disso pois seus olhos azuis estão levemente arregalados e seus lábios entreabertos. Ele tira seus próprios sapatos e se deita ao meu lado, mal espero tal ato e me agarro ao seu corpo, sentindo-o ficar tenso, enfio minha cabeça na curva de seu pescoço e meus lábios tocam a pele macia de seu pescoço, vejo sua pele se arrepiar, mas não digo nada.

— Calor humano ajuda e abaixar a febre e me mantem aquecida também. – Sussurro. Seu corpo se relaxa totalmente e ele passa um de seus braços por minha cintura. Ok, talvez. Só talvez mesmo, eu não tenha pedido ele para deitar comigo só por isso.

Ele continua sem dizer nada. Porém, depois de alguns minutos eu fico desconfortável nessa posição, então, eu desço minha cabeça até a altura de seu coração. Isso parece pegá-lo de surpresa, já que ele fica ofegante e seu coração – até então calmo –, dispara.

— Tenta dormir um pouquinho. – Ele diz, sua voz está diferente, parece meio embargada. Mas eu não pergunto nada, apenas mexo minha cabeça em uma posição mais confortável, onde eu posso escutar bem as batidas de seu coração, agora, já calmas.

Logo Peeta começa a fazer um carinho em meus cabelos e assim eu não demoro muito para pegar no sono.

 

Acordo-me sobressaltada, não sei quanto tempo exatamente eu dormi. Mas foi suficiente para me fazer ter um pesadelo terrível, onde Peeta estava morto e eu ficava sozinha com Rye. Lágrimas começaram a sair dos meus olhos e por um momento eu reparei que Peeta não estava mais comigo. Sentei-me bruscamente no saco de dormir, limpando um pouco as lágrimas que ainda teimavam em sair dos meus olhos.

— Peeta?! – Chamei, mas minha voz saiu quase como um sussurro, baixo e falha. Pigarrei — Peeta! – Gritei, agora, minha voz saiu como um grito rouco e desesperado. Mas, onde aquele loiro se meteu?

Logo vi uma figura entrando na gruta com alguns pedaços de madeira nas mãos. Assim que Peeta se aproximou de mim, jogou tudo no chão e se ajoelhou na minha frente. Não esperei nem um segundo para me jogar em seus braços.

— O que aconteceu? – Tinha um quê enorme de preocupação em sua voz.

— Onde você estava? Você sumiu. – Digo, minha voz volta a ficar embargada e eu o aperto mais no abraço.

— Só fui lá fora ver se encontrava madeira para ascender a fogueira. Você ainda está tremendo de frio. – Ele responde.

— Não sai daqui quando eu estiver dormindo. – Digo não escondendo a raiva em minha voz. — Eu fiquei preocupada, achei que você tinha sumido, sei lá.

— Tudo bem. – Ele me afasta um pouco olhando em meus olhos. — Eu não vou a lugar algum sem você. — Ele diz, vejo confiança em sua voz e Deus! Ele está tão perto, tão perto que eu posso sentir sua respiração calma bater em meu rosto, e sentir seu cheiro natural, tão gostoso. Suas mãos descem por minhas bochechas limpando o rastro das lagrimas. Meus olhos que até então estavam presos nos dele, descem para sua boca, que já está dando sinais de ressecamento, mas ainda assim, continua com o mesmo tom rosado e convidativo. Logo sinto seus lábios sobre os meus, não faço ideia de quem começou o beijo, e muito menos sei quem terá a audácia de termina-lo, mas sei que, talvez, essa pessoa não seja eu. Ele morde meu lábio inferior e eu entreabro os lábios para dar passagem para sua língua. Eu poderia tentar explicar alguma coisa sobre os efeitos dos lábios dele sobre os meus. Mas, devidas as circunstancias, eu acho melhor desistir disso e me concentrar apenas em senti-los.

Se tem uma coisa que eu faço muito quando estou com Peeta Mellark essa é entrar em contradição. Se eu disse quando chegamos que aqui era o paraíso. Agora eu já mudei de ideia, se existe paraíso esse lugar na verdade é uma pessoa. Pessoa essa que continua beijando meus lábios com avidez e delicadeza. Quando o ar nos falta, Peeta termina o beijo com um selinho colando sua testa na minha e respirando fundo, ambos estamos ofegantes. Percebo o que acabei de fazer, eu beijei ele! Mas, Deus! Como eu estava com vontade de fazer isso a dias! Porém, lembro-me que ele defendeu a Delly e se tem uma coisa que eu sou é rancorosa. Afasto-me dele e estapeio seu peitoral, ele me encara confuso e eu fecho a cara, mas sei que tem uma sombra de sorriso em meus lábios.

— Para de ficar me beijando. – Digo cruzando os braços.

— Só para constar... – Ele diz se aproximando. — Foi você quem me beijou.

Ridículo. Ele ainda joga na minha cara. Tudo bem, agora eu estou sorrindo.

— Boboca. – Murmuro.

— Vou ascender a fogueira – Ele se levanta. — Maluca.


Notas Finais


Oii de novo! Espero que tenham gostado. ❤


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