Andando em passos consideravelmente largos e rápidos, indo em direção ao hospital, estava confuso contudo o que havia acontecido, eu não podia imaginar, parecia mentira a trinta minutos atrás estava com a minha esposa grávida de oito meses havia completado oito e resolvemos sair para comemorar, mas derrepente um carro em alta velocidade veio e bateu em nosso carro, ela estava inconsciente, liguei para a ambulância que inesperadamente chegou rápido e sem demora eu fui a acompanhando ainda machucado e com uma forte dor no ombro.
Estava a caminhado pelos corredores tentando avisar ao resto da família a mãe dela já se encontrava lá, e sua irmã, o pai havia morrido quando ela era uma simples criança, foi quando a médica chegou e deu uma noticia inesperada, ela havia sofrido de morte cerebral mas a criança estava bem, na hora senti meu corpo gelar e minhas forças indo embora, a mãe e sua Irmã estavam abraçadas chorando atrás de mim foi quando eu senti uma mão em meu ombro, era meu pai.
A cirurgia se iniciou ptipo fazer a cesariana para a retirada da criança, da ela ainda era pré matura, eu não podia se quer pega lá no colo foi direto para a incubadora, me deixando só, somente eu e minha dor.
No dia do enterro pessoas que se quer tínhamos intimidade veio me dar palavras de consolo e afeto pensando que aquelas simples palavras iam confortar meu coração cheio de dor.
Quando derrepente recebo uma ligação, era da delegacia com informações sobre o acidente.
-João martel?
-sim é ele quem fala?
- Delegado Viana, estou ligando para solicitar sua vinda aqui imediatamente, graças as testemunhas na rua conseguimos a placa do carro e o inconsequente que provou a morte de sua esposa dona Joana.
- Assim que acabar o enterro irei para para a delegacia.
O enterro foi dois dias depois do acidente logo pela manhã, tínhamos que realizar o seu ultimo desejo que era ser doadora de órgãos então permitimos a doação de todos os órgãos possíveis a serem doados.
Infelizmente o enterro aconteceu com o caixão fechado pedido de sua mãe que não queria ver a filha naquele estado.
Acabando o enterro fui direto a delegacia ver o cara que tinha cometido aquilo, ele era um bêbado, tinha que olhar nos olhos do homem que matou o meu amor.
- Olá delegado- comprimenei e analisando o infeliz em outra sala de vidro, era ele fiquei me perguntando por que não ele, por que tinha que ser justo a minha mulher?
-Você o reconhece?- pergunta o delegado com uma voz fria
-Sim foi ele- respondi com ódio
- Olá delegado boa tarde- ouvi uma voz feminia logo atras de mim, me fazendo virar para tras.
- Boa tarde, pode se sentar
- O que foi que ele aprontou dessa vez?
- Olha Areta- o delegado falou apreensivo- dessa vez não tem como livra lo ele matou uma pessoa- falou pondo a mão na cabeça- estava dirigindo embriagado.
-Calma ai não pode ser ontem eu mesma a levei para casa depois da reunião do AA (Acolicos anônimos) ele me garantiu que o carro estava ruim- falou quase em desespero- posso ver a placa- Ela perguntou .
O delegado prontamente deu a foto com a placa em suas mãos.
- Não pode ser, desgraçado, mentiu para mim- disse com um tom diferente.
-Você pode me dizer se vocês discutiram ou algo desse tipo que possa ter dado algum motivo para ele beber e dirigir?- o delegado perguntou
- Sim, mais uma vez pela minha "profissão" -disse fazendo com as mãos
- Seu pai está bastante encrencado - disse o delegado pondo a mão na cabeça
- Então que dizer que o infeliz é o seu pai, e que matou a minha esposa e quase matou a minha filha por uma briga besta com a filha mimada? - disse aquilo furioso- qual foi o motivo dessa vez? Heim? Para ver ser você dava ou não para o seu namoradinho na cozinha da lanchonete que você trabalha- disse apontando para o rapaz que a acompanhava.- Eu perdi a minha mulher você tem noção disso garota?- disse balançando ela com as mãos.
- Eu entendo o seu nervosismo Senhor, mas você tem que entender que eu não tive culpa, será que o senhor tem como me soltar por favor- Disse nervosa tirando a minha mão dela- e outra coisa ele não é o meu namoradinho ele é meu irmão e eu exigo respeito- disse mais alterada- Até porque não fui eu que matei a sua esposa meu caro.
-Olha aqui você não tem o direito de falar dela....- falei nervoso mas logo fui cortado pela moça
-Olha aqui você, ou você acha que eu estou satisfeita com o que ele fez? Acha que eu estou alegre em ter um pai bêbado? E agora assassino? Acho que você precisa rever os seus conceitos- ela disse séria olhando para mim pegando sua bolsa que estava em cima da mesa- se te serve de consolo não irei contratar um advogado, até pelo fato da sua ficha ser extremamente longa e acho que ele tem que pagar pelo erro irreparável que cometeu a você.
- Será que posso embora?- ela perguntou olhando para o delegado com a bolsa na mão.
-É claro Areta, venha amanhã com mais calma prestar seu depoimento aliás você esteve com ele momentos antes do acidente.
-OK- disse virando para ir embora mas ela parou e virou para mim- Se um dia me encontrar na rua ou eu ou meu irmão finja que não nos conhece e sabe o por que? Não somos o meu pai, e NÃO somos responsáveis pelo o que aconteceu com sua esposa e filha, aliás sinto muito e as minhas mas sinceras desculpas, desculpa não- pausa- Perdão por tudo- e depois disso saiu sem olhar para trás me deixando só naquela sala com o delegado.
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