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História Pela luz dos olhos teus... - Capítulo 15


Escrita por: _LadyJeh e Jssicag

Notas do Autor


Olá, como já avisei estou de volta!
E com muitos capítulos prontos!

Espero que gostem!

Capítulo 15 - Capítulo 15


O sol surgiu e subiu anunciando um novo dia. E por uma pequena fresta na cortina, seus raios banharam o rosto de Hermione a despertando. Ela abriu os olhos e se arrependeu no mesmo instante. Sua cabeça parecia que explodiria a qualquer instante. Fechou rapidamente e tentou se localizar no espaço tempo. Algumas recordações do casamento vieram a sua mente e se lembrar do champanhe fez seu estômago se revirar.

Droga! Por que ela beberá tanto?

Tentou unir os pontos de como saíra da festa e fora parar no seu quarto no hotel, pelo menos ela esperava que fosse o seu quarto.

Abriu os olhos novamente e viu sua mala, assim como seu vestido dependurado em uma poltrona. Bom pelo menos ela não dormira com o vestido. O que a fez instintivamente olhar em baixo dos lençóis para descobrir  com o que ela dormira. Alívio percorreu sua alma quando percebeu que estava de pijama.

“Tudo bem Hermione, tente se lembrar… Você saiu da festa porque alguma coisa aconteceu e então você foi para a varanda e… Ah sim, Severus apareceu e vocês conversaram. Por Deus ela havia falado sobre sua mãe e seu pai! E tinha lhe contado sobre seu desejo por amor. Garota estúpida, o que será que ele deve estar pensando agora? Bom no mínimo que eu sou uma menina tola, com sonhos de contos de fadas! Idiota!” Ela disse a si mesmo voltando a se afundar no travesseiro.

O flash de um beijo pulou em sua mente… Parecia tão terno, tão bom, estava perfeito até ela se dar conta da outra pessoa com quem partilhava o beijo. Ela se assustou, por Deus, ela havia beijado Severus! E vários outros flashes foram aparecendo. Será que… Será que… Ela respirou fundo e olhou para o outro lado da cama.

Estava vazia. Ela olhou pelo quarto e não o localizou. Será que fora real? Ou não passava de um sonho?

Bom, teria de dar um jeito de perguntar… De alguma forma, ela precisava saber…

Foi interrompida por seus devaneios quando a porta se abriu.

— Bom dia dorminhoca. - Severus disse entrando com uma caneca e uma bandeja.

Hermione bocejou e se sentou na cama, sua cabeça ainda doía e seu estômago revirava.

— Bom dia.

— Eu não sabia bem o que você gostaria, então trouxe um pouco de cada já que a Srta perdeu o horário do café que é servido pelo hotel.

— Obrigada, mas eu acho que preciso de um… - ele a interrompeu entregando um comprimido e um copo com água.

— Imaginei que fosse precisar de algo para a cabeça depois de todo aquele champanhe.

— Me desculpe…- ela pediu depois de beber - e obrigada.

— Não por isso.

— Não deveria ter bebido tanto, a noite passada é um verdadeiro borrão na minha cabeça.

Severus ficou tenso mas não desviou o olhar.

— Do que se lembra?

Como responder aquela pergunta sem parecer uma idiota? Como responder aquilo sem contar o que poderia ter sido apenas um sonho? Se fosse um sonho e ela contasse a relação deles jamais seria a mesma. Se tivesse acontecido alguma coisa ele contaria não era mesmo? Ele não mentiria para ela. Severus jamais faria aquilo.

— Eu sai da festa e nós conversamos e… Não me lembro. Você me trouxe para o quarto?

Ele enrijeceu mais um pouco e ela compreendeu tudo errado.

— Sim, eu a ajudei a vir até o quarto. E depois você dormiu e eu voltei para a festa.

— Ah sim. - fora apenas um sonho, um sonho que a estava fazendo ter arrepios, mas apenas um sonho. E por algum motivo aquilo a decepcionou.

— Nós vamos voltar para Londres em duas horas, tome o seu café e arrume as coisas. Vou dar uma volta e ver se encontro Rose. - disse ríspido.

— Aconteceu alguma coisa Severus?

— Não Hermione, nada que mereça ser lembrado. Com licença. -disse seco e saiu rapidamente.

Assim que chegou ao corredor sentiu vontade de socar uma parede ou até mesmo alguém. De preferência ele mesmo.

Idiota, idiota, idiota!.” Resmungava para si mesmo, se odiando a cada passo, odiando aquela maldita noite e desejando que ela nunca tivesse acontecido. O que não era verdade, jamais se esqueceria dela, jamais esqueceria os momentos em que acreditou que seria feliz… Jamais se esqueceria, mesma que ela nunca se lembrasse, mesmo que ela quisesse esquecer…

Caminhou pelo exterior do hotel meio sem rumo até encontrar um banco de frente para o mar, se sentia aturdido e sem saber o que fazer. A melhor noite da sua vida ao lado da pessoa que tanto amava e ela nem mesmo se lembrava. Ele sempre a desejara tanto que nunca pensou que o destino faria uma brincadeira tão cruel com ele. E agora passaria duas horas preso em carro com ela. Com ela e todas as recordações da noite anterior, o cheiro dela, a voz suave e melodiosa, as curvas do corpo.

— Imbecil desgraçado! - esbravejou depois de um tempo absorto olhando para o horizonte.

— Olha a boca rapazinho! - a voz soou as suas costas.

— Rose? Bom dia, pensei que já tivesse ido para casa.

— Bom dia querido, decidir ficar mais um dia por aqui. Robert só vai precisar voltar para a empresa na terça.

Severus aquiesceu. E eles ficaram em silêncio.

— E então, vai me contar por que estava com um vocabulário tão mal educado, e a quem você direcionava aquelas palavras.

— Não é nada Rose. Só estou irritado comigo mesmo.

— Entendo. Algo relacionado a jovem que estava lhe acompanhando, como é mesmo o nome dela- disse fingindo se esquecer por um minuto - Ah sim, Hermione.

Severus riu sem achar graça.

— Em partes, Rose.

Ela sorriu. O conhecia bem demais.

— Rose, tem algo que eu preciso te contar… - ela o analisou curiosa e esperou que ele revelasse - Eu e a Hermione, nós… Bem, nós não somos… Nós não estamos juntos. Me desculpe por mentir e…

— Não precisa se desculpar meu querido, eu já sabia.

— Já sabia?

— Ah sim. Era óbvio.

— Como? Por que não me disse?

— Severus, querido, eu o conheço. E sei que se você trouxe aquela garota aqui, para nos conhecer, você realmente gosta dela. E vocês pareciam, realmente, estar se divertindo com tudo aquilo. Não iria acabar com a sua brincadeira. Mas receio que Lily ficará desapontada, ela realmente  gostou da sua Hermione.

Minha Hermione” como aquilo soava doce aos ouvidos. Severus sorriu e Rose deu uma batidinha em sua perna.

— Eu preciso ir Robert estava me esperando para darmos uma volta na praia. Foi ótimo vê-lo. Não se esqueça de me ligar. E por favor, diga logo o que sente a ela, ou vai se arrepender depois.

Severus assentiu e se permitiu ficar mais alguns minutos naquele banco. Ele precisava dizer o que acontecera, precisava lhe contar o que sentia, toda a verdade. Afinal, nem tudo o que Hermione fizera poderia ser culpa da bebida. Ele precisava que fosse mais, desejava que fosse, e não desistiria tão cedo dela.

Hermione ouviu batidas na porta do quarto e foi atender. Estava terminando de arrumar a mala e se arrumar para voltar a Londres. Sua cabeça estava confusa e não conseguir se lembrar do que acontecera precisamente na noite anterior a estava enlouquecendo. Provavelmente era Severus, e ele batera na porta com a intenção de não pega-la desprevenida se trocando.

Surpresa e decepção, em partes, lhe assomaram assim que abriu a porta.

— Draco? O que você está fazendo aqui?

— Hermione me desculpe, me perdoe. Eu fui um completo idiota. - o loiro dizia em um tom desesperado que a assustou um pouco.

Ela permitiu que ele entrasse, mas não fechou a porta completamente.

A aparência dele era de dar dó. O cabelo estava sujo e despenteado, suas roupas amassadas e olheiras de um tom que nem mesmo Hermione conseguira. O sofrimento visível em seus olhos.

— O que? Como você me achou?

— Sua amiga Gina, ela me disse onde você estava. Você não tem ideia do que eu passei. Hermione, quando você me deixou naquela noite… Primeiro eu achei que estava tudo ótimo, que era melhor assim, que eu estava me deixando envolver demais. Mas depois, meu Deus, cinco minutos depois que você saiu eu me senti tão perdido. Não sabia o que fazer. Eu não consegui ir trabalhar, não consegui dormir, eu não consegui nem mesmo me vestir aquele dia. O sábado foi uma tortura sem fim, até que eu percebi… Eu não consigo mais ficar sem você. Então fui até a sua casa e sua amiga me contou tudo. Me disse que você estava com medo da viagem, que ainda não se sentia pronta para esse tipo de intimidade. E foi quando eu percebi que eu tinha sido um idiota egoísta…  Eu só estava preocupado em dar o próximo passo, sem nem ao menos te perguntar se era o que você queria também. Eu te pressionei, e me sinto um bastardo por isso.

— Você falou com a Gina? Mas como chegou até aqui? - ela estava aturdida e um pouco emocionada com tudo aquilo.

— Sim, ela me disse que estaria em Bristol, então eu liguei para todos os hotéis daqui, até conseguir encontrar onde você estava. Não foi fácil, mas o nome Malfoy abre algumas portas. Eu precisava me desculpar, precisava implorar se fosse preciso. Hermione, eu preciso de você. Por favor, volta pra mim. Me dê uma segunda chance.

Hermione não sabia o que dizer, ou o que fazer. Vê-lo naquele estado a estremeceu. E ela apenas assentiu, não experimentando a felicidade é alegria que imaginou que sentiria em um momento como aquele.

— Eu te amo tanto! - Draco disse a abraçando e lhe enchendo de beijos.

— Eu também. - ela respondeu automática.

E sem que ninguém se desse conta da presença dele, Severus saiu pelas sombras desejando não ter ouvido aquilo, desejando que não estivesse vivendo aquilo. Era como dormir no céu e acordar no inferno. Mas aquele não era um inferno qualquer, não, era o seu próprio inferno particular.



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