E no dia seguinte a família sai de casa bem cedo como de costume e Aurora também resolve sair e chama a mãe de Regina pra ir com ela pra ajuda lá em umas coisas, deixando Regina e Suzana sozinhas com os capangas de Fortunato e os outros empregados.
Regina então passa pela cozinha e vê um notebook em cima da mesa e resolve usar pra tentar encontrar alguma notícia de sua filha.
Regina: Eu espero que dê certo, e que ninguém me veja aqui –diz e logo depois digita algumas coisas
E ela fica procurando até perder a noção do tempo e nem percebe Suzana descendo as escadas e parada á sua frente.
Suzana: Mas você é muito abusada mesmo né? –diz alto fazendo Regina levantar rapidamente da cadeira em que estava sentada de susto.
Suzana: Posso saber o que você estava fazendo mexendo nesse computador?, que alias não é nem seu pra inicio de conversa
Regina: Eu não posso contar, é uma coisa muito particular me desculpe
Suzana: Ah não pode?, pois eu posso muito bem contar pro seu Fortunato o que vi agora e ai você vai ser obrigada a resolver essa sua coisa particular bem longe daqui que tal?
Regina: Não, por favor, dona Suzana não conta nada pra ninguém, eu e minha mãe não temos pra onde ir
Regina: Eu faço o que a senhora quiser –diz vendo que ela não tinha a convencido
Suzana: O que eu quiser?
Regina: Sim –diz já um pouco arrependida de ter dito aquilo
Suzana: Bom pra provar que eu não sou essa pessoa ruim que você está pensando eu vou mandar você fazer uma coisa bem fácil, tenho certeza que você já deve ter feito isso várias vezes e já deve estar bem acostumada.
Regina: Ah que bom, eu acho
Suzana: Eu já volto –sai da sala deixando Regina preocupada
Ela volta logo depois trazendo um avental, um pano e um produto de limpeza
Regina: Eu vou ter que limpar a sala
Suzana: Não só a sala como a casa toda, ainda hoje
Regina: A CASA TODA?!, mas essa casa é enorme
Suzana: É isso ou você e a sua mãezinha querida podem dizer adeus pra essa casa ainda hoje
Regina: Me dá logo essas coisas
Suzana: Isso mesmo é assim que se fala, quanto mais rápido você começar mais rápido você termina olha que bacana
E Regina se ajoelha no tapete e começa a passar o pano com o produto na mesinha de centro
Laura: Ué porque que a Regina tá fazendo o meu serviço? – pergunta trazendo uma bandeja com um sanduíche e um suco
Suzana: Quem foi que te chamou aqui criatura? Fala
Laura: A senhora pediu um lanche eu vim trazer
Suzana: Tá bom deixa ai
Laura: Porque que ela tá tirando o pó?
Suzana: Ela que pediu pra fazer, vai entender né?
Laura: Mas...
Suzana: Já chega Laura você já falou demais vai embora
Laura: Sim senhora – e ela sai
Laura: Tadinha da Regina, a mãe dela não vai gostar nada disso –diz já longe das duas
Suzana: Tá com fome? –pergunta vendo ela olhar pra bandeja com olho grande e Regina confirma com a cabeça com a esperança de parar pra poder comer
Suzana: Quando você terminar de limpar você come, anda continua limpando
E ela termina de limpar a sala e depois ela vai pro quarto de Suzana e a mesma manda Laura levar todas as coisas dela pra Regina limpar
Laura: Olha tá aqui o resto – diz entrando no quarto com duas caixas
Regina: Resto?
Laura: É, ela disse que você tem limpar os chapéus dela também – e Regina faz uma cara desanimada
Laura: É a vida não tá fácil pra ninguém né?
Regina: É –diz triste
Suzana: Laura
Laura: Sim dona Suzana
Suzana: Vai pra cozinha, a Regina precisa de espaço, parece que ela tem uma longa lista de tarefas pra hoje
Suzana: VAI –grita
Laura: Sim senhora
Suzana: E você presta atenção assim que você terminar de limpar tudo por aqui você vai lá fora limpar os vidros entendeu?
Suzana: Eu realmente espero que sim senão quem vai sofrer as consequências é você mesma –diz e sai do quarto, e logo depois Regina começa a chorar enquanto limpa
Regina: Não, para com isso Regina, não chora, você não pode se entregar assim não pode
Regina: É o emprego e o teto da sua mãe que está em jogo –diz limpando o rosto molhado com as costas das mãos e voltando a limpar os sapatos de Suzana
Um tempo depois...
Ofélio: O que aconteceu pra dona Suzana tá obrigando você a fazer isso? –pergunta enquanto Regina molha o rodo que estava passando no vidro num balde com água e sabão
Regina: Por uma bobagem, eu vi um computador em cima da mesa de jantar e resolvi mexer ela viu e deu nisso.
Regina: Agora eu daria tudo pra não ter tido a ideia de mexer naquele computador
Ofélio: Não devia ter tido mesmo, onde já se viu mexer nas coisas dos patrões assim do nada
Regina: Você não tá ajudando Ofélio
Ofélio: A me desculpe é que eu fico com pena de ver você trabalhando tanto
Regina: É eu nunca tinha reparado a quantidade de janela que a essa casa tem, parece que eu não vou terminar nunca
Regina: E eu to morrendo de fome
Ofélio: Aquela bruxa ainda não te deu nada pra comer? –Regina nega
Ofélio: Eu não acredito nisso, olha eu vou te ajudar
E Regina acaba derrubando o balde de água e sabão na cabeça do Ofélio e a mesma começa a rir
Regina: É... desculpa Ofélio, foi sem querer –diz ainda rindo
Ofélio: Aé, daqui então um abração no tio dá sua tampinha sem vergonha
Regina: Não para hahahaha, para
Vargas: oooh pode parando com isso, que isso? que brincadeira é essa?
Vargas: Ô Regina é pra você tá aqui trabalhando é pra limpar todos os vidros não é pra brincar não entendeu?
Vargas: E você Ofélio a dona Suzana mandou você vigiar a baixinha –e Regina olha pra ele de cara feia por ter á chamado de tampinha
Ofélio: Não mas eu posso te explicar amigão sabe o que aconteceu, é que eu tava ali limpando o carro ae eu vi ela fazendo o que ela tem que fazer e aproveitei assim pra dar uma força pra ela, uma ajudinha
Vargas: Ah sei entendi, oh eu vou falar pra você a ordem que a dona Suzana passou pra mim e mandou passar pra você que é pra ela fazer sozinha, ou seja sem a ajuda de ninguém
Ofélio: Mas isso é trabalho escravo não tá certo
Vargas: Não gostou não?
Ofélio: Claro que não
Vargas: Então vai lá falar com a dona Suzana reclama com ela, vai lá você
E o tempo passa a noite chega e Regina ainda continua limpando os vidros sob a supervisão de Vargas
Regina: Ai que frio –diz passando as mãos nos braços enquanto se direcionava pra começar a limpar a outra janela
Vargas: Pra te aquecer pequenina –diz colocando sua blusa no ombro dela
Regina: Obrigada Vargas –agradece sorrindo sem mostrar os dentes e sem animo
Vargas: Dinada, falta muito?
Regina: Agora não
Mais um tempo depois...
Vargas: Saúde –diz pela terceira vez enquanto Regina estava sentada sem conseguir parar de tossir e espirar
Suzana: Ah tá chega de drama, pode parar de se fazer de vitima que ninguém aqui tá com dó de você
Regina: Eu não to me fazendo de vitima
Suzana: Acho bom porque você só ia perder seu tempo, você só sai daqui depois de terminar o último vidro
Regina: Eu já limpei tudo esses foram –espirro-
Regina: Os últimos
Suzana: Ai que nojo criatura espirra pra lá
Regina: Desculpa
Suzana: Agora some da minha frente com essa cara de mosca morta vai sai
Regina: Obrigada Vargas –diz entregando a blusa pro mesmo
Suzana: Ai que coisa linda ajudando a filhinha da empregada –diz fingindo estar com dó
Vargas: Ô dona Suzana ela tava morrendo de frio
Suzana: Ah jura?, pena que eu não pedi a sua opinião
No dia seguinte...
Rosângela: Bom dia filha –diz abrindo a cortina
Rosângela: Acorda Rê
Rosângela: Vamo preguiçosa rs –diz rindo e estranha ao tocar no braço da filha e ver que ele estava muito quente
Rosângela: Meu Deus do céu, você tá pelando de febre meu amor
Rosângela: Acorda meu amor fala com a mãe
E Regina se mexe um pouco na cama e tenta abrir os olhos
Rosângela: Como é que você tá se sentindo?
Regina: Tô com muita dor no corpo –fala com muita dificuldade
Rosângela: Você tá muito quente deve tá com febre alta, vem cá senta um pouquinho pra comer –diz indo pro lado dela na cama e ajudando ela a ficar sentada
Rosângela: Toma, bebe um pouco de suco, vai te fazer bem – E ela bebe um pouco e devolve o copo pra mãe
Regina: Não quero mais –e se deita de novo deixando Rosângela preocupada sem saber o que tinha acontecido pra filha estar naquele estado
Rosângela: Pode entrar –diz depois de escutar batidas na porta
Aurora: Bom dia
Rosângela: Bom dia –diz ainda preocupada
Aurora: Desculpa entrar no quarto de vocês assim mas é que vocês demoraram pra acordar e eu resolvi vir aqui pra ver se tinha acontecido alguma coisa
Rosângela: Que isso pode ficar a vontade até porque a casa é sua né?, e sim aconteceu sim
Aurora: O que?
Rosângela: Minha filha acordou pelando de febre, eu não sei o que aconteceu ela estava tão bem quando eu sai com a senhora ontem
Aurora: Deixa eu vê, ai ela está quente mesmo precisamos leva-la pro hospital imediatamente, eu vou falar pro motorista ir tirando o carro –diz saindo do quarto de empregada
Rosângela: Muito obrigada Dona Aurora, de verdade
Rosângela: Vem filha vamo se trocar que nós vamo pro médico
Regina: Hum, eu não gosto de hospital mãe –diz e se joga nos braços de Rosângela por não conseguir parar sentada
Rosângela: Mas você vai ter que ir, querendo ou não
Rosângela: Vem a mãe te ajuda a se trocar
E Rosângela coloca um roupa em Regina e carrega ela até a sala
Aurora: O motorista já está esperando
Fortunato: O que significa isso?
Aurora: Depois eu te explico Fortunato
Safira: Mas eu quero saber agora o que aconteceu com a Regina mãe
Aurora: Ela tá muito mal e precisa ir pro hospital agora mesmo
Safira: Então vamos, eu vou junto
Fortunato: Nada disso Safira
Fortunato: SAFIRA –grita vendo que ela sai com as três e não lhe ouvidos
Fortunato: Vocês viram isso né? , ela nem ligou pra o que eu falei
Priscila: Ai vô calma ela parecia não estar bem mesmo, o que tem de mais a minha mãe ir junto?
Suzana: Tem que ela é filha dos patrões e ela não tem nada que ficar andando com as empregadas da casa, não pega bem –diz tomando um copo de suco
Enquanto isso no hospital Raul examina Regina e constata que ela estava com pneumonia e Safira que estava esperando liberarem o horário de visita pra poder ver Regina vê um vasinho de flores vermelhas na mesa da recepção e resolve falar com a mulher que estava atendendo.
Safira: Olá tudo bem?
Recepcionista: Oi, tudo sim no que posso ajudar?
Safira: É eu não sei nem como dizer mais é que uma pessoa muito especial pra mim tá doente aqui nesse hospital e eu queria saber se você poderia me dar essas flores que estão no vaso rs
Recepcionista: Ah pode sim claro
Safira: Eba –diz rindo
Recepcionista: Olha eu tenho até um lacinho pra ajudar o seu buque ficar mais bonitinho –diz mostrando pra ela um laço rosa
Recepcionista: Posso fazer?
Safira: Claro
E ela coloca o laço no vaso dá pra Safira a mesma agradece e o horário de vista é liberado.
Regina: Obrigada são lindas Safira
Safira: Fico feliz que você tenha gostado
Aurora: Ela não via a hora de te entregar essas flores
Safira: Mãe –diz rindo e Regina ri também
Regina: Obrigada de novo Safira,dona Aurora eu fiquei muito feliz que vocês vieram
Aurora: Aposto que você já tá até se sentindo melhor com a nossa presença
Regina: Com certeza
Rosângela: E não me dá mais outro susto desse pelo amor de Deus hein filha –diz dando um beijo na testa dela
Regina: Tá bom mãe –diz rindo e Safira e Aurora se olham e sorriem
E uma enfermeira entra no quarto avisando que o horário de visita tinha acabado e Aurora se despede de Regina e sai
Safira: Eu prometo que isso nunca mais vai acontecer com você tá? –diz pegando na mão de Regina e fazendo carinho
Safira: Tchau –diz dando um beijo na bochecha dela
Regina: Tchau –diz sem conseguir parar de sorrir
Mais tarde...
Rosângela: Filha eu vou conversar com o médico sobre o seu estado de saúde se importa de ficar um pouco sozinha ?
Regina: Não, pode ir mãe sossegada assim eu aproveito e continuo a ler meu livro –diz sorrindo e pegando o livro
Rosângela: Tá bom,já volto
Regina: Tá
E ela pega seu óculos de grau que usava pra ler e começa a ler
Safira: Oii
Regina: Safira –diz sorrindo feliz
Safira: Posso entrar?
Regina: Claro não precisava nem perguntar né?
Safira: Então você já tá se sentindo melhor?
Regina: Tô sim obrigada por perguntar
Regina: As flores que você meu deu ficaram muito bonitas aqui, deu até uma cor pro quarto
Safira: É verdade rs
Regina: Sua mãe falou que você canta isso é verdade?
Safira: Ah não acredito que ela te falou isso rs, é verdade sim
Regina: Canta pra mim?
Safira: Não melhor não
Regina: Ah porque não?
Safira: Porque meu show é só lá no meu chuveiro, eu vou passar vergonha haha
Regina: Para vai eu queria tanto te ouvir cantando, eu tenho certeza que eu me curaria bem mais rápido, por favor
Safira: Tá
Regina: Então começa logo eu quero te ouvir
Safira: Linda
Do jeito que é
Da cabeça ao pé
Do jeitinho que for
É, e só de pensar
Sei que já vou estar
Morrendo de amor
De amor
Coisa linda
Vou pronde você está
Não precisa nem chamar
Coisa linda
Vou pronde você está
Linda
Feito manhã
Feito chá de hortelã
Feito ir para o mar
Linda assim, deitada
Com a cara amassada
Enrolando o acordar
O acordar
Ah...
Se a beleza mora no olhar
No meu você chegou e resolveu ficar
Pra fazer teu lar
Pra fazer teu lar
E Safira sorri pra ela nessa parte e ela retribui encantada
Coisa linda
Vou pronde você está
Não precisa nem chamar
Coisa linda
Vou pronde você está....
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