1. Spirit Fanfics >
  2. Pela Primeira Vez >
  3. Coincidência

História Pela Primeira Vez - Coincidência


Escrita por: me-ninha

Notas do Autor


Oie amores! ❤
Agradeço muito pelos comentários e os favoritos. Vocês são realmente uns amorzinhos! Fico muito feliz em saber que vocês estão gostando da fanfic.😊 Obrigada de verdade
Agora... Boa leitura! ❤

Capítulo 7 - Coincidência


 O universo está conspirando contra mim, só pode! De tantas pessoas pra jantar comigo e minha família, tinha que ser logo ele. Logo ele!

— Boa noite — escutei ele dizer entrando na casa. Ele olhava pra todos os lugares, mas eu percebia que também me encarava discretamente. Talvez se divertindo com a situação.

— Oh, então esse é seu filho? — minha mãe disse o olhando. De qualquer forma, o cara era gato mesmo.

— Meu nome é Cebola, prazer. — disse.

Educado com minha mãe ele é né?

— Sua mãe me falou de você a tarde toda. Deixa eu te apresentar. Esse é meu marido Souza e minha filha Mônica. — minha mãe falou

Fica quieta dona Luiza...

— Mas vejam só, como o mundo é pequeno. — Cebola disse se aproximando mais de mim

— Vocês se conhecem? — o pai dele perguntou

— Sim... Ele é o supervisor do meu trabalho. — esclareci de uma vez

— Melhor ainda, todo mundo se conhece e fica a vontade! — D.Cebola falou

Pra mim não. Com certeza não ficarei nada a vontade.

Eles pararam de conversar e fomos para a cozinha jantar e jogar mais papo fora. Enquanto comiamos, eu não falava nada e apenas escutava a conversa deles. As vezes falei com a Maria, que ao contrário do irmão, era muito gentil comigo. Depois do jantar, eles voltaram para a sala e conversaram mais

Onde eles conseguem tantos assuntos?

Eu já estava ficando entediada, então deixei minha máscara de que estava adorando e a noite e falei que iria dormir. Já eram 22:00 horas. Cebola já tinha ido pra casa antes. Eu não ia com a cara dele, acho que depois eu perguntaria a D.Cebola se ele é bipolar. Ele tinha um ar de misterioso, que me deixava intrigada. O que também despertava minha curiosidade era o modo como me olhou a semana toda. O que será que ele pensava de mim?

Depois que subi, vesti meu pijama e fiquei deitada na cama olhando pro teto, esperando o sono chegar. Quando senti meus olhos ficarem pesados e não aguentarem mais abertos, fui até minha janela fechá - la, e me deparei com ele, na sua janela sem camisa como eu havia visto quando nos conhecemos.

O que ele fazia aqui? Parecia que olhava pra cá, e assim que me viu, se assustou e fechou a janela e as cortinas. Fiquei confusa, mas deixei pra lá, acho que gente doente é assim mesmo.

...

— Achei o Cebola muito simpático. O que achou dele Mônica? — minha mãe perguntou enquanto tomávamos café de manhã

— Nada — falei simplesmente

— Você não vai com a cara dele?

— E pra quê isso Luiza? É bom ela não gostar de ninguém mesmo — meu pai disse com seu jeito ciumento.

Também, do jeito que minha mãe estava perguntando dele pra mim, era como se quisesse que eu namorasse com ele. Meu pai deve ter percebido. O grande defeito da dona Luiza era que quando ela gostava de alguém, que fosse amigo meu, ela sempre dizia que queria a pessoa como genro. Eu até entendo isso agora. Eu estou ficando velha e preciso desencalhar. Bom... É o que ela fala.

Não falei mais nada a partir daquele momento. Então, depois do almoço eu resolvi sair pra espairecer e fui até a pracinha ali perto. Me sentei em uns dos banquinhos embaixo de uma árvore e me permitir relaxar ali. Joguei a cabeça pra trás e fechei os olhos, sentindo uma brisa suave e escutando o tão conhecido canto dos pássaros

— E nos encontramos novamente. — escutei alguém falar e se sentar ao meu lado. Eu sabia quem era

— Está me perseguindo?

— Não, por que acha isso?

— Você sabe porque. — abro os olhos e encaro Cebola, mas não imaginava que seu olhar estaria tão intenso sobre mim — Você é bipolar? — pergunto e ouço seu riso baixo

— Você é engraçada. — fala — Eu queria pedir desculpas por naquele dia ter sido implicante com você. Eu estava com um problema na cabeça. Na verdade... Ainda estou

— E o que seria? — isso mesmo Mônica, ultrapassa seu limite de curiosidade

— É... Um assunto pessoal. — encara o chão

Eu não sabia o que falar ou o que fazer, ele tinha o dom de me deixar desconfortável. Encontrei um fiapo saindo da minha blusa preta, então me ocupei em brincar com ele. Ficamos calados, e mais uma vez percebi a respiração dele entrecortada. Será que ao invés de ter bipolaridade ele tem asma? Mas isso não justifica o jeito dele comigo.

Sinto que ele tinha alguma coisa... Uma semana apenas que nos conhecíamos e ele talvez não tenha ido com a minha cara.

— Caham. — ele pigarreou e se levantou do banquinho, logo em seguida puxando uma lufada de ar. Achei estranho isso — Tchau Mônica

O vi ir embora e percebi como estava desgastado o pobre fiapo da blusa que eu brincava antes. Suspirei pesadamente e resolvi ir embora dali. A curiosidade ainda me dominava. O que ele tinha contra mim eu não sabia.

Mas eu iria descobrir.

...

Eu poderia jurar que havia acontecido um terremoto no meu apartamento. O colchão e alguns travesseiros e lençóis que os meninos usaram pra dormir no dia em que fizemos a noite dos amigos estavam jogados pelo chão. Algumas caixas de pizza se encontravam do lado da mesinha de centro. A cozinha estava mais suja ainda, com a pia cheia de louça pra lavar.

É tão ruim você chegar em casa um domingo a noite, louca pra dormir pois sabe que amanhã é segunda e de repente se depara com uma bagunça dessas. Eu não ia fazer nada por agora, deixaria pra amanhã se conseguisse terminar rápido o trabalho. Apenas peguei as caixas de pizza e as coloquei no lixo, guardei o colchão e os lençóis que estavam no chão da sala, coloquei os travesseiros em cima do sofá e arrumei um pouco meu quarto.

Não passava nada interessante na televisão, então resolvi ir tomar um pouco de ar no jardim do prédio. Coloquei um casaco por conta do vento frio daquela noite, peguei o elevador e em pouco tempo, lá estava eu, sentada na grama bem cuidada admirando as estrelas e a lua, que brilhavam intensamente. Eu sempre gostei de vir nessa parte mais isolada do jardim. Gosto de pensar na vida aqui.

Uma vez Magali veio aqui me visitar, uma semana depois de me mudar pra cá. Encontramos essa parte do jardim e conversamos a noite inteira, observando as estrelas. Lembro - me que uma estrela cadente passou naquela noite, e Magali me disse para fazer um pedido. Eu falei a ela que não acreditava nessas coisas. Fechei os olhos me lembrando.

— Faz um pedido! — ela tentava me convencer

Para fazê - la parar de me encher, resolvi pedir, porque o que ninguém sabe, é que Magali consegue ser mais teimosa que eu. Na verdade, eu não fiz pedido nenhum, só fechei os olhos por alguns instantes e pronto, ela acreditou.

— O que você pediu? — perguntou

— Se eu contar não se realiza — me esquivei

Não entendo isso, como uma estrela poderia nos conceder um desejo? Com certeza não, é impossível. Quando somos crianças acreditamos em bobagens, como em fada dos dentes, coelho da páscoa, Papai Noel e até mesmo em fadas madrinhas. Recordo como se fosse ontem, quando eu e Magali tínhamos 8 anos e bricavamos no quintal da casa dela. A gente queria juntar casais com os bonecos

— Maga, quem combina pra ser namorado da Tina? — apontei para a boneca de pano, com o cabelo loiro preso em duas tranças que usava um vestido de crochê rosa.

— O Fofucho combina. — ela pegou o boneco de cabelos lambidos pretos, que tinha aquele nome por causa de suas bochechas grandes e corpo fofinho e gordinho

— Como você consegue juntar casais tão bem?

— Porque sou a fada madrinha. Todo casal tem uma — Magali me explica enquanto colocava um urso de pelúcia marrom ao lado de uma ursa cor de rosa — As fadas madrinhas sempre dão um jeito de aproximar o casal, porque ela sabe que eles são feitos um para o outro.

— Mas fadas madrinhas só existem em livros e desenhos.

— Não, elas existem de verdade e passam despercebidas pela gente. Elas tem uma protegida e ficam a vigiando até encontrar o verdadeiro amor da protegida. Ela então dá um jeito de juntar os dois.

— Você anda vendo coisas demais Magali. — eu falava enquanto penteava o cabelo de uma boneca. Eu ainda podia sentir o cheiro de terra molhada, pois naquele dia havia chovido e eu e ela estávamos brincando escondidas na grama molhada do quintal dela. Sabíamos que nossas mães nos dariam uma bronca, mas ainda sim corríamos o risco, pois era boa a sensação de sentar - se no chão molhado.

Magali sempre foi ingênua, a meu ver. Naquele dia perguntei onde ela havia visto essa coisa de fada madrinha, mesmo desconfiando de que isso viesse da história da Cinderela. Ela me falou que tinha lido alguns livros infantis de contos de fadas e na maioria deles as mocinhas tinham fadas madrinhas.

Ridículo!

Se isso realmente existisse, eu já teria encontrado o amor da minha vida a muito tempo.

Ora, não me subestime! — escutei um sussurro no meu ouvido — Você é muito impaciente!

Assutada, abri os olhos que ainda estavam fechados e vi que estava no meu quarto, deitada na cama, já vestida com um dos meus pijamas bregas. Mas como eu vim parar aqui? Andei até a janela do quarto, e vi que já estava amanhecendo. Ainda desnorteada, sem lembrar quando foi que eu sai do jardim e vim pra casa, voltei para a cama e fui dormir o pouco tempo que me restava.

...

Meu estômago se revirava de fome ao encarar todos os cupcakes, tortas, bolos, salgados e tantas outras gostosuras que serviam de atração em uma padaria. Pra quem não come desde meio - dia, até agora quase sete da noite, eu até que estava aguentando bravamente, enquanto esperava uma mulher — muito lerda — cortar uma fatia de um pedaço de bolo de chocolate pra mim.

Acontece que eu, Denis, Magali e Denise, depois do trabalho, resolvemos vir em uma padaria que ficava ao lado da empresa. Saímos tarde hoje, e acho que eu deixaria pra fazer uma faxina na minha casa amanhã.

— Aqui moça — a mulher de pele mulata me deu o bolo e eu peguei agradecendo e indo até a mesa onde meus amigos já estavam sentados

— Demorou pra pegar esse bolo Mônica — Denis fala

— Culpa daquela tartaruga aleijada — xingo a mulher

— Continua Mo, o que o boy magia do Cebola disse quando vocês estavam na pracinha do Limoeiro? — me pergunta Denise.

— Ele me pediu desculpas por estar implicando comigo naquele dia. Disse que tinha um problema na cabeça — termino de contar sobre meu fim de semana, comendo meu bolo quando escuto meu estômago roncar alto — Mas sabe, eu não engoli essa história não. Por que ele pegou só no MEU pé, e não no de TODO MUNDO?

— Concordo Mo, isso é estranho — Magali disse, pensativa

— Falando no diabo... — sussurro quando vejo a pessoa que estávamos falando entrar na padaria

Ele vai até a mesma mulher que havia cortado meu bolo. Ela estava atrás de um balcão e ele pede alguma coisa. Enquanto esperava pacientemente, seu olhar observa o local e para na mesa onde estamos. Um brilho aparece nos seus olhos. Como eu odeio isso! Por que onde eu vou, esse cara vai?A mulher entrega a ele o pedido e o vejo ir embora.

— Ele tá me seguindo, só pode! — falo

— Não exagera Mônica — Denis diz

Suspirando volto a comer meu bolo, esquecendo isso. Se ele estava em todos os lugares que eu estava, era só coincidência.

.


Notas Finais


Não sei se ficou como esperavam, se a Mônica ia se aproximar mais do Cebola nesse jantar, mas é que ela ainda é um pouco pé atrás com ele, mas não se preocupem, logo nosso casal vai se aproximar mais 😉
Eu tive uma ideia bem maluca pra colocar na fic e é provável que vocês perceberam o que é. Acho que vai ficar legal. Digamos que é a cereja do bolo 😁
Espero que tenham gostado. Beijos! 😘😘😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...