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História Pelo nosso mundo - Interativa - Os últimos 5 minutos Parte IV


Escrita por: Guetoff

Notas do Autor


Capitulo novinho, espero que tenha esclarecido algumas duvidas com ele

Capítulo 13 - Os últimos 5 minutos Parte IV


Um ano antes.

Na base secreta dos aliens em Astana, Cazaquistão.

 

— Eu ordenei não atirar! - grita o líder dos aliens correndo até mim – tudo bem garoto? Claro que não, você vai morrer – ele fala com aparente desespero

— O que fizeram com você? - pergunto já sabendo a resposta

— Saiam daqui! - berra ele para os outros aliens ali presentes, eles obedecem

O alienígena vai até o computador, onde Rousny está observando tudo sem entender nada.

— Tire seus amigos daqui! Vou dar um jeito de ajudar John. Logo mandarei instruções para você, assim poderão achá-lo, sei como salvá-lo – diz ele e Rousny simplesmente concorda com a cabeça, desligando a webcan

— Pai? - a pergunta saí de minha boca sem ordem

— Oi filho – responde o alien – sei que tem muitas perguntas. Mas eu posso salvar sua vida. Depois responderei tudo que quiser

— Não quero a sua ajuda – digo chorando – você era o meu herói

— Se não vai ser por bem, vai ser por mal – ele me pega no colo, e mesmo eu lutando contra, não consigo fugir.

Ele me leva até uma sala do lado, tem um vidro conectado em um tubo cheio de água onde ele joga alguma substância. Me lembro do que o alien de plutão havia me falado “descendente do maldito Oscar, você vai precisar confiar nele, ou sua vida chegará ao fim logo”. Então é isso, minha vida depende de eu confiar ou não no homem que eu mais amei no mundo, que eu pensava estar morto, mas estava vivo e nunca me procurou.

— Eu não quero que me salve – digo com a voz fraca

— O tempo está passando. Preparei tudo. A escolha é sua – diz ele

— Então me deixe morrer – falo – e me deixe sozinho por favor

— Por que você precisa complicar tanto? - parece estar chorando por baixo da armadura

— SAIA! - grito

— Um dia você vai me agradecer – ele me joga dentro do vidro – Filho, me perdoe, mas isso vai doer

Apertando alguns botões, a água começa a entrar no vidro. Não demora muito para mim não conseguir mais respirar… e de repente tudo fica preto, frio e solitário.

 

— Eu te salvo, e você quase morre de novo – diz Antenesca rindo

Estamos no mesmo lugar que antes. No parque, no piquenique.

— Aqui é quente, eu gosto daqui – digo

— Infelizmente não vai durar muito. Eu morri, logo você voltará para…

— O que? - grito assustado

— Já faz quase uma semana que você está congelado. Eu fiquei todo esse tempo sem comer – ela diz sorrindo

— Eu sabia! Você me beijou, e assim roubou aquela doença mental que me impedia de comer… Porque fez isso? - pergunto triste

— Eu já respondi isso da outra vez – ela abre a cesta e pega um pão

— Sinto muito – digo simplesmente

— Pensei que nunca mais nos veríamos. Estou feliz por poder conversar com alguém antes partir… - fala Antenesca – Estou com medo

— A maioria das pessoas nem sabe que está partindo, é normal sentir medo – digo

— Seu idiota! - ela revira os lhos – era pra você me abraçar e dizer “tudo vai ficar bem, não se preocupe”

— Ah desculpe – digo fazendo o que ela mandou – Tudo vai ficar bem, não se preocupe – ela ri

— Está na hora – ela me olha nos olhos – me prometa duas coisas. Que não vai desistir, e que não se esquecerá de mim

— Eu prometo, sempre vou me lembrar de…

 

— … beterraba azeda – estou acordado. Tem um alien na minha frente, e um barulho ensurdecedor de tiros sendo disparados por todos os lados

— Eles nos encontraram – fala aquele que um dia foi meu pai

— Então vamos nos entregar – digo

— Eles só querem nossa morte dessa vez. Descobriram minha traição e levaram vocês como cúmplices – diz ele, enquanto me dá uma coberta

— Vocês? Quem mais está aqui? - pergunto ficando de pé

— Derrick, Anthony e Elizabeth – responde ele – tem uma coisa que você precisa saber. Se passou um ano desde que te coloquei aí dentro

— Um ano!? - grito surpreso

— Não temos tempo pra isso

Vamos até a sala, vejo meus amigos

— Jonathan! - grita Elizabeth vindo até mim, abro os braços mas ela não me abraça. Me dá um tapa – nunca mais minta pra mim! Qual o seu problema? Eu disse que DETESTO mentiras e o que você faz? Esconde aquele idiota de mim – berra ela

— Estou vivo! Estamos no meio de um ataque! Vamos morrer! E você está preocupada com isso? - digo, mas eu me surpreenderia se ela não tivesse feito o que fez

Tony e Rick estão do outro lado da sala. Aceno para eles, mas Derrick ainda não se lembra. Os sofás que trancam a porta, estão quase caindo, os aliens estão quase entrando

— Vamos todos para o banheiro – sugiro correndo

Todos me seguem, entramos e trancamos a porta.

— Se tivéssemos alguma coisa que rastreasse a presença dos aliens, teríamos nos livrado dessa… Como um animal por exemplo – diz Derrick – Os cães são muito bons nisso. Por que não temos um cão?

— Me desculpe – digo para ele, mas Rick não entende

Os alienígenas chegam, sabem que estamos aqui. Chutam a porta, que Oscar segura com toda a força que pode. E depois nada. Os tiros do lado de fora parecem estar duas vezes maiores. Assim como uma troca de tiros. Uma bomba explode e tudo treme, logo após outra e outra. A porta volta a ser chutada, com mais força dessa vez, e logo é aberta

— NÃO TENHO A NOITE TODA – os cabelos de Kaya parecem da cor de puro sangue. A roupa de exército e a arma nas suas mãos dão a impressão que está mais agressiva do que nunca

Nos levantamos, mas ela não olha para nós

— Kaya você está viva? - digo indo abraçá-la

Sem responder ela me empurra e me olha com nojo

— Estão chegando reforços para os aliens, não podemos esperar a boa vontade de vocês, por aqui me sigam – Berra Kenny aparecendo do nada com as mesmas vestimentas de Kaya

Kenny vai na frente, mostrando o caminho e Kaya nos protege pela retaguarda. Do lado de fora entramos em um helicóptero, e logo estamos no ar fugindo. Olho para o chão e vejo muitos aliens mortos, além de vários destroços… as explosões que ouvimos foram nossos salvadores.

Kaya está pilotando… quando foi que ela aprendeu? Ahh, eu fiquei um ano preso, lógico que algumas coisas mudaram

— Kenny, Kaya, obrigado por nos salvarem! - exclamo feliz

— Cala boca – responde a ruiva

— Mas o que foi que aconteceu nesse último ano? Estão todos tão… diferentes – pergunto triste

— Preciso falar com você – diz Elizabeth

— Tudo bem, mas quando foi que vocês descobriram que a Kaya e o Kenny ainda estavam vivos? - pergunto para Anthony, Elizabeth e Derrick – E como vocês fugiram dos aliens? - pergunto para os dois

— Chegamos – informa Kenny, enquanto Kaya desce o helicóptero

— Onde estamos? - pergunto olhando para fora

Vejo que estamos na parte superior de um prédio. Ao menos nesse tem um lugar para os veículos aéreos aterrissarem

— Bem-vindos ao inferno! - fala Kaya sorrindo e continuando a andar ao lado de Kenny até uma porta que deve levar a escadaria. Um homem de terno parece estar nos esperando, e de cada lado seu, tem um homem armado, com o mesmo uniforme de Kaya.

— Sou Bajananans, e vocês devem ser os novos recrutas – diz ele sorrindo – muito bem, o treinamento começa amanhã cedo – informa ele

Reparo em seus traços, ele deve estar na casa dos 50 anos, é loiro, com o cabelo comprido, caindo até os ombros. Tem uma barba e olhos azuis, não é muito alto, seu terno é inteiramente preto com exceção da gravata vermelha.

— Desculpe… que treinamento? - pergunta Oscar

— Nós salvamos vocês para trabalharem para nós. Serão treinados e logo vão para o campo de batalha combater os aliens – explica ele

— Não vai rolar. Temos… - ia dizendo Beth

— Vocês não tem opção! - grita Bajananans

Enquanto os outros seguem o homem, Oscar me para e pede para ouvi-lo:

— Escuta filho, peço que me…

— Como você está vivo? - pergunto

— Naquela noite, depois que me separei de você, os aliens disseram que eu tinha uma habilidade que poderia ser útil pra eles. Mas eu teria que me aliar a eles, eu concordei e fizeram isso de me deixar congelado por um ano. Isso acaba com o efeito da injeção da morte. Mas depois que fizeram isso, eles me converteram em alienígena, ou quase isso… é complicado. Por isso nunca te procurei – declara ele

— Você achou que eu ia te odiar? Se você tivesse aparecido eu teria te amado ainda mais. Não me importa sua aparência – digo – mas você não me procurou, matou milhares de pessoas… Adeus Oscar – saio de perto dele

— Filho me perdoe… - suplica ele

— MEU PAI MORREU. NÃO SEI QUEM É VOCÊ. NÃO ME PROCURE MAIS – grito e vou me encontrar com meus amigos

Cada um vai para um quarto, tem chuveiros, comida e até uma televisão.

 

Depois de comer, tomar banho e descansar um pouco, Beth aparece no meu quarto, já deve se passar da meia-noite

— Oi, desculpe vir falar com você agora. Mas é tanta coisa pra contar – ela diz sorrindo, como uma menina que adora contar fofocas – mas antes, você precisa falar com seu pai, perdoe ele

— Como você…? - ia perguntando, mas ela já sabe a pergunta

— Eu e ele ficamos muito amigos nesse ano. Oscar me contou tudo que aconteceu, e acho que você deve perdoá-lo – diz ela com ar de mãe

— Fala sério… - eu ia dizendo, mas ela me interrompe de novo

— Ele está morrendo – ela diz sem rodeios – vai falar com ele logo. Depois volta que vou te contar quem realmente é Anthony Claus, e como ele vem nos enganando todo esse tempo

— Tudo bem – digo e vou correndo para a porta.

Quando encontro o seu quarto, entro e o vejo deitado na cama, fraco.

— Os alienígenas descobriram minha traição. E reativaram o veneno da morte. Tenho mais 5 minutos – diz ele

— Então vamos te congelar! - falo tentando levantá-lo, mas ele se recusa

— Não adianta. Eles fizeram isso através da armadura – explica ele – e antes que pergunte, não, eu não posso tirar a armadura. Essa é a desvantagem de ser um humano “transformado”

— Então eles conseguem fazer esse tipo de coisa com todos os aliens? - pergunto

— Sim, através da armadura. Engenhoso não? Ah e tem mais uma coisa – ele pega um caderno que estava na cabeceira da cama – consegui o endereço que vocês estavam procurando

— Que endereço? - pergunto confuso

— Mostre isso para Rousny e ele te explica – Oscar treme ao segurar a folha – está na hora…

— Obrigado… pai – digo

— Jonathan…

— Sim pai, eu te perdoo – digo com lágrimas nos olhos. Papai não responde, e nunca mais vai responder


Notas Finais


Ate terça ^^


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