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História Pelo sangue. - Encontro


Escrita por: Gabriel_Toligado

Notas do Autor


Yo, Minna-san. Mantenho meus agradecimentos á quem esperou até este momento para ler a fic, mas infelizmente chegamos ao fim. Alguns devem estar estranhando o sumiço de um cap, mas isto tem explicação. Pelo sangue era pra ser uma fanfic importante pra mim, minha despedida, sendo mais exato. E a história estava seguindo um romo que as pessoas estavam adorando, mas quer saber? Eu não estava.

Eu não estava gostando nem de ler e muito menos de escrever. Estava um sacrifício fazer cada capítulo, e por isso decidi terminar a fic. Acrescentei uma muito, mas muito pequena mesmo finalização, e ela acaba neste capítulos. Na minha opinião, ficou um bom ending pra história, apesar de curta.

Porém, venho deixar uma pequena proposta. Eu tenho uma ideia bem diferente pra Pelo Sangue, pra fazer uma história bem longa mesmo, porém não sei se vou ter vontade de fazer. Então, aqueles que estiverem interessados, podem tentar me convencer. Não digo isso por estar pedindo favoritos e comentários para terminar a fic. Apesar deles me incentivarem a escrever, como incentivam á qualquer autor, não preciso deles para me alegrar, o que me alegra é gostar das minhas histórias e depois saber que teve gente que gostou. O motivo deu pedir que quem estiver interessado peça e comente, é por que eu não estou interessado nessa nova história. Talvez vocês consigam com que eu me interesse, mas não prometo nada.

Bem, desculpem toda essa enrolação, espero que tenham aproveitado á fic e que talvez nos encontremos em trabalhos futuros. Muito obrigado á todos que acompanharam até aqui, e lembrem-se:
Estamos ligados por bem mais do que o sangue.

Capítulo 7 - Encontro


 

Eu estava no meio do meu treino de futebol e mais uma vez não estava no meu melhor. Estava longe disso. Sentia-me distraído, lento, e para completar, injustiçado. Gakupo-kun colocou-me para jogar com o time dos reservas versus os titulares.

Entenda, não tenho nada contra os reservas. Os respeito tanto quanto respeito os meus companheiros normais, mas a diferença existe. E eu sozinho não estava conseguindo compensa-la, de forma que chegamos ao intervalo do jogo e o placar estava dois á zero para eles, e eu estava exausto.

-Melhor não perder o jogo Len, falei que te queria duas vezes melhor hoje. –Gakupo falou, em parte para provocar, mas eu sabia que não escaparia de uma “punição” se o desobedecesse.

Gakupo-senpai é muito severo quanto se trata dos treinos.

E por isso fui, suspirando e preocupado, lavar o rosto numa torneira ali perto. Na verdade, me apoiei nos joelhos e deixei a cabeça em baixo dela para refrescar bem, sacudindo-a depois.

-Ei! –Fiquei surpreso ao ouvir a voz de Rin perto de mim e por isso abri os olhos. Ela tinha vindo me ver treinar. –Calma aí, cachorrinho, use a toalha. –Ela falou rindo e tirando a toalha da minha mão, a jogando na minha cabeça, mas depois a usando para secar meu cabelo sem dizer nada.

Corei de leve, mantendo a cabeça baixa para evitar que a Rin percebesse isso. Meu coração começou a bater mais rápido só dela estar perto e... Sim. Rin era o motivo deu estar jogando mal hoje.

Desde que nos declaramos, continuamos nos dando bem. Mas nada mudou. Não tocamos nos assuntos, sem abraços mais “quentes”, nada de “encontros” e sem... beijos.

Antes que ache que estou sendo fresco ou passivo, quero me defender. A própria Rin tem dado um corte em todas as minhas tentativas. Chegava a casa queria que fôssemos estudar, no máximo ver alguma série depois. E neste sábado, ela saiu pra comprar coisas com minha mãe e eu fiquei sozinho. Eu não tive nenhuma chance realmente boa.

-Está difícil né? –Ela perguntou terminando de secar como dava o meu cabelo, mas deixando a toalha na minha cabeça.

-É... –Concordei, virando para o campo e vendo o pessoal retornando para ele. –O senpai está pegando pesado comigo. Já é difícil jogar contra os titulares, mas a marcação dele e o Kaito-kun no gol são o pior de tudo. Acho que esse jogo eu já perdi.

-Hey, está muito desanimado. –Ela disse afagando minhas costas de leve. –Precisa se animar. De um incentivo talvez.

-Hã? Preciso? –Falei estranhando o que ela disse enquanto virei meu rosto para ela. E foi quanto uma ideia iluminou minha mente e meus lábios formaram um sorriso. –Preciso. Preciso muito. –Falei e ela deu uma risadinha, mas decidi não me abalar. Segurei gentilmente uma das suas mãos e ela olhou nos meus olhos, enquanto eu olhava nos dela. –Se eu ganhar... Quero ir a um encontro. Hoje mesmo, quando acabar o treino.

Suas bochechas se enrubesceram levemente, assim como as minhas, mas mantive o olhar firme. Ela deu um sorrisinho.

-Hoje mesmo?

-Sim. –Falei, sorrindo de volta e soltando sua mão, querendo evitar que alguém visse e pensasse qualquer coisa errada (ou melhor, qualquer coisa certa).

-Certo... –Disse e empurrou de leve meu braço. –É bom não perder depois de me deixar com esperanças. –Disse aquilo brincando, mas seu rosto corou bem mais e não consegui parar de sorrir.

Este pequeno ato me deixou muito feliz e motivado. Hora de mostrar por que eu era o ás do time de futebol.

***

Ao som do apito, a bola que eu chutei contra o gol caiu da rede, enquanto todos os reservas atrás de mim gritavam em comemoração. Eu estava muito suado e cansado, mas um sorriso imenso se formava no meu rosto enquanto as pessoas que dividiam o time vinham até mim para comemorar. Foi o gol da virada, o placar final foi de quatro á três para nós.

Troquei vários toques de mão, abraços e cascudos, enquanto o time dos titulares resmungava, estando cansados e sem acreditar que perderam. Gakupo mesmo parecia surpreso e levemente irritado, porém foi me dar os parabéns e dizer que era assim que queria que eu jogasse.

Deveria me importar mais com a reviravolta que consegui fazer no jogo, mas estava mais feliz pensando o que eu ganhei com ela. Virei-me para onde minha irmã estava e juro que consegui notar um sorriso se formar em seu rosto, ao mesmo tempo em que corava um pouco.

***

Estava tão empolgado para isso que esqueci um detalhe importante para um encontro. Dois, na verdade: o que fazer e aonde ir.

Bem, uma coisa de cada vez. Tomei um banho e me troquei no vestuário e depois fui falar com a minha irmã.

Ela ficou um tempo, enquanto íamos para casa, falando sobre como eu joguei bem e estava incrível. Confesso que fiquei constrangido e me perguntando se ela realmente ficou tão impressionada ou estava “massageando meu ego”, mas não pude deixar de ficar feliz.

Chegando em casa, nos arrumamos e disse que iriámos almoçar fora. Nossa mãe não iria estar em casa mesmo.

...

Ainda estou me acostumando a chama-la de “nossa mãe”.

Aproveitei pra deixar a Rin decidir onde almoçaríamos pra ter tempo de pensar no que fazer depois. Tivemos uma refeição calma e com pouca conversa, mas gostei muito da companhia da Rin, e ficava feliz só de pensar que estávamos tendo um encontro.

Mas esse não era o único motivo das minhas preocupações e eu queria resolve-los hoje.

Saindo de lá, Rin estava prestes a abraçar meu braço, como sempre faz, quando... Ao em vez disso, passei a mão pela sua cintura e a puxei para perto, nos deixando colocados lado a lado. Nenhum problema na proximidade, mas a questão agora era quem estava segurando em quem. Ou melhor, como eu estava a segurando. O rosto da minha irmã corou levemente, mas ela sorriu.

Fiquei... Sem jeito, mas tratei de devolver o sorriso e começar a andar. Já tinha decidido onde iriámos.

***

Não pude deixar de rir do entusiasmo da Rin ao segurar o microfone e olhar bem pra ele.

-Realmente você nunca foi a um karaokê né? –Falei me sentando no sofá em “U” que revestia toda a sala, com exceção da porta.

-Chato. –Ela disse dando a língua, mas logo sorrindo. –É, nunca. –E sentou do meu lado.

Coloquei levemente uma mão sobre os dedos da sua, os sentindo... Minha mão só era um pouco maior que a sua e eu era pouco maior que ela, o que me fazia um dos jogadores mais baixos do time, mas ainda assim parecia tão delicada se comparada com a minha. Segurei dois de seus dedos e falei suavemente.

-Quer ter a honra de começar então?

-Não. –Falou olhando baixo, ainda envergonhada e dando um risinho. –Começa você. –Falou me empurrando o microfone e só consegui sorrir.

Tratei de obedecer. Não me fiz de rogado e simplesmente escolhi a primeira música que eu gostava. Cantei, divertindo-me muito pelas expressões da Rin. Gosto muito de cantar, mas cantar com ela assistindo daquele jeito foi bem mais divertido.

Após isso ela criou coragem de cantar também. Fiquei bem surpreso ao ver que ela cantava muito bem. Afinal, nunca ter ido ao karaokê não quer dizer nunca ter cantado.

Fiquei bem impressionado e apreciei muito sua voz... De forma que ela pensou que eu estava tirando com a cara dela, mas não estava.

-Está sim! –Reclamou, mas dando uma risadinha.

-Não estou. –Falei, achando graça.

-Claro que está! –Empurrou meu peito bem de leve, e o que me fez rir mais. –Viu?! Só me trouxe pra tirar onda! –Ela estava pra empurrar de novo, com mais força, mas segurei suas mãos e a puxei por elas para mais perto.

Nossos rostos ficaram bem pertos.

-Já falei, não estou tirando onda. Não foi pra isso que te trouxe aqui. –Disse e, por mais surpreendente que seja, nenhum de nós dois ficou corados.

-É mesmo? –Falou e levemente soltou seus pulsos, apoiando as mãos no estofado e aproximando mais o rosto do meu. Fiz o mesmo.

-Mesmo, te trouxe aqui pra cantarmos. –Falei sentindo sua respiração em minha pele já. Tinha menos de dez centímetros entre nossos rostos.

-Só pra isso? –Insistiu, com a voz saindo mais sugestiva. Me senti provocado, no outro sentido da palavra. E bem, esta era a intenção da Rin.

-Não, pra outra coisa também. –Admiti, e minha mão foi do estofado, até sua coxa, e então até um dos seus braços.

-E qual seria essa outra coisa? –Agora sim corou, abaixando de leve a cabeça mas mantendo o olhar em mim.

Minha mão foi até o seu ombro e o segurou firme.

-Isso aqui. –E no momento que terminei de falar eu beijei seus lábios.

Rin fechou os olhos, mas manteve o beijo enquanto o fiz. Mas não demorei de mais. Separei nossos lábios e ela voltou a me olhar, bem vermelha.

-Foi meu primeiro beijo. –Admitiu.

-Não foi o meu. –Talvez não tenha sido a melhor forma de confessar, mas foi como fiz.

-Não foi? –Ela não parecia triste, mas perguntou mesmo assim.

-Não. –Minha mão foi até o seu rosto e o segurei gentilmente, a beijando mais uma vez, mas dessa logo forcei minha língua na sua boca.

Minha língua tocou na sua, pronta para se mover, entretanto a da Rin já foi mais rápida, movendo-se atrapalhada, porém curiosa, o que compensava até. Meus lábios fechavam-se nos seus enquanto isso e dessa vez aproveitei bem o beijo.

Quando nos separei, estava bem corado, assim como ela.

-Mas eu gosto muito de te beijar. –E sorriu corada, apoiando as mãos no meu peito.

-Baka. Eu também. 

E foi um bom encontro, assim como um bom beijo... Porém, estavam longe de serem os últimos. Acho que vou me acostumar dessa minha nova relação com minha irmã... Uma relação bem maior que pelo sangue. 



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