-está prestando atenção, senhor Williams?
-ah, peço-lhe desculpa por isso. Estava absorto em meus pensamentos... –eu olhei pela janela de novo.
-isso esta acontecendo muitas vezes agora, senhor. O que tanto pensas? –meu professor me perguntou, olhando para a janela também.
-quem é aquele? –falei apontando para um garoto, que devia ter entre uns 16 anos de idade, correndo apressado de um lado para o outro. Era um garoto muito bonito.
-não sei meu senhor. Por que estas interessado nesse camponês? –ele olhou para mim.
-ele me diverte. –sorri. Realmente, ver aquela atrapalhação toda, sempre me fazia rir. Ele me jogou um olhar acusatório, e voltou para a frente da sala pequena, retomando a aula particular.
***
-irmão, o que está fazendo?
-tirando o leite da vaca, Cecília. –expliquei.
-ah! Posso te ajudar, Oliver? –ela pegou no meu braço, e me olhou com aqueles olhinhos pidões. Afaguei sua cabeleira loira, rindo.
-só você para se interessar com algo tão chato quanto isso. –eu ri. –vem cá, vou te ensinar a fazer isso. –ela abriu um sorriso e se sentou ao meu lado. –assim, olha...- comecei a tirar o leite.
-ah! Entendi! Deixa comigo, Oliver! –ela começou a tirar o leite, animada. Sorri para ela.
Mesmo nossa família estando em uma condição deplorável, ela sempre trazia esperança para mim e para os meus pais. Claro que não a contamos que como somos camponeses de baixa classe, não temos nenhuma alternativa, pois não podemos nos casar com alguém da nobreza, e pouco sabemos mexer em produção de sapatos e essas coisas. Vivemos de pecuária e plantações, nada de extraordinário, e passamos o dia trabalhando arduamente. Mesmo assim ela inda acredita que um belo dia, irá aparecer um príncipe encantado, montado em um lindo cavalo branco, na nossa porta, e eles irão ser felizes para sempre juntos... bem, eu esperava muito que ela fosse feliz com alguém, e daria de tudo para conseguir que ela tivesse condições melhores de vida, junto é claro dos meus pais.
Olhei decidido para cima, morávamos perto de um castelo, aonde vivia a família Williams, os senhores dessa terra. Às vezes eu via pela janela do castelo um menino que parecia ter a minha idade me observando, e claro, rindo. Sempre ficava bravo com aquilo, mas as vezes, eu também me divertia com ele, pois quando ele via que eu o encarava ficava vermelho e olhava para frente de novo, e eu ria sozinho.
***
Um dia de verão qualquer, aconteceu algo que mudaria totalmente o curso da história dos dois meninos
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