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História Penhasco (Malec) - Intrigas


Escrita por: Lull02

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 16 - Intrigas


Encaro Izzy pedindo socorro com o olhar, à mesma apenas balança a cabeça em negação. Minha mãe encara Magnus, como um leão encara sua presa, avaliando o melhor momento para atacar. Minhas mãos estão soando e sinto quando levo minha mão inconscientemente até a de Magnus em busca de ajuda. Ele se vira e sorri para mim. O céu se abre sobre os meus pés, e é como se cada vez que eu visse o seu sorriso, eu fosse ao paraíso. Remexo-me um pouco na cadeira, e me mãe direciona seu olhar para mim. Engulo em seco e aperto um pouco a mão de meu companheiro.

- Você tem certeza Alexander? – Ela pergunta pela segunda vez. A mesa a nossa frente está repleta de coisas, e imagino que muito em breve possam ocorrer comidas voando para todos os lados. Embora no momento minha mãe pareça estar calma – Tudo bem! – Ela diz.

Abro e fecho meus olhos inconformado com o que acabo de ouvir. Seria possível minha mãe aceitar tranquilamente meu relacionamento com Magnus, sem nenhuma objeção.

- Tudo bem? – Magnus diz, antes mesmo que as palavras possam escapar de meus lábios.

- Tudo bem! – Repete – Se você quer viver desta forma ao lado de outro homem eu não impedi-lo, mas saiba esse mundo é cruel Alexander, espero que tenha força para enfrenta-lo, meu filho.

Fico aliviado ao ouvir suas duas ultimas palavras e suspiro, soltando todo o ar que não sabia que prendia. Sorrio para Izzy e ela sorri para mim, feliz por saber que apesar do jeito de nossa mãe, ela entendia o quanto aquilo era importante para mim.

(...)

Caminho pelo apartamento usando apenas um short de dormir, descalço, aproveitando o momento em que Josh não está em casa e posso ter liberdade para me sentir mais a vontade. Apesar de ótimo companheiro e bom amigo, Josh ainda é um invasor segundo Magnus, o que me faz rir ás vezes, pois Josh não é nada mais que um isso, um amigo e companheiro de apartamento.

Pego uma lata de soda dentro da geladeira e caminho para sala, ouço a porta da frente se abrir, mas não me importo com isso, pois sei que é Josh chegando do trabalho. Nossos olhos se encontram e ele sorri, sorrio para ele, mas seus olhos não permanecem nos meus, descendo meu corpo e me avaliando da cabeça aos pés. Engulo em seco um pouco desconcertado com sua atitude. Ele caminha em minha direção e segura em meu braço erguido, ao qual eu usava para tomar a soda.

 - Oqu-... - Não termino de dizer, pois as mãos se Josh erguem meus braços, fazendo a lata cair e se esparramar, olho assustado para ele. Logo Josh toca seus lábios nos meus e sinto um choque percorrer meu corpo. Espanto-me de imediato e tento sair de seu aperto.

- Não lute contra isso Alec – Josh diz separando-se rapidamente de mim, logo voltando a beijar-me, pressionando com força seus lábios nos meus, cerro os meus lábios impossibilitando que passe dali.

As mãos que antes me prendiam agora estão longe de mim, abro os olhos e encaro a cena diante de minha.

Magnus pressiona Josh contra a parede, enquanto segura-o pela gola da camiseta, suas respirações estão rápidas. Magnus sem a mão levanta e pronta para acertar Josh em seu rosto, quando seguro em seu braço, impossibilitando que Magnus o acerte.

- Seu desgraço! – Esbraveja Magnus – Quem você pensa que é para agarrar o meu namorado!

Meu companheiro então lhe acerta um soco no rosto de Josh, fazendo com que um filete de sangue escorra pelo canto de sua boca. Magnus tenta se desvencilhar de mim quando agarro seu braço lhe impedindo de bater em Josh de novo, aperto forte seu braço. Josh mantem o rosto baixo e inexpressivo.

- Magnus, já chega – Digo – Ele já entendeu! Vamos embora!

Posso ver as veias de Magnus saltando de seu pescoço e me perco no pensamento que talvez eu não possa conte-lo e ele acabe batendo mais em Josh. Mesmo que motivo não lhe faltasse, pensava que aquele não era o tipo de solução para o nosso novo problema.

- Eu arrebentar esse moleque – Magnus diz – Me solta Alec!

Solto Magnus aos poucos e encaro suas costas.

- Se você não vier embora comigo, eu vou sozinho – Digo.

Magnus se vira para mim e me encara soltando aos poucos Josh, o mesmo cai no chão e se matem ali, até que nós saímos pela porta de entrada.

(...)

Meu corpo se arrepia assim que passo pela porta de entrada do prédio, pois apesar da pressa, havia pegado apenas os chinelos e uma camiseta de manga curta.

Vejo Magnus caminhando com passos firmes até seu carro e destravar a porta. Entro junto a ele e encaramos os dois nossa frente no estacionamento.

A respiração de Magnus ainda é muito rápida e suas veias ainda estão saltando.

- Eu deveria voltar lá e arrebentar aquele moleque! – Magnus diz após um tempo, apertando com força o volante.

- Não, não devia – Digo.

Magnus então se vira bruscamente para mim, meus braços então abraçando meu corpo tentando conter o frio que sinto. E sinto seu olhar feroz em cima de mim.

- Porque você continuou naquele apartamento mesmo quando eu disse que não? – Pergunta – Por que você é tão teimoso Alexander? Eu senti assim que vi aquele cara olhando para você, que ele não queria só morar debaixo do mesmo teto que você, mas também te arrastar pra cama! Por que não me ouviu? Ele poderia ter feito coisa pior com você se eu não tivesse chegado àquela hora! Você é um idio-

Interrompo Magnus, pois não posso mais ouvi-lo. Minhas mãos então apertadas, em cima de meus joelhos agora. Estou de cabeça baixa e meus olhos lacrimejam. Eu não queria nada daquilo. Nada!

Eu não queria ter que ouvir da pessoa que gosto, que sou irresponsável, um idiota e ingênuo, quando sei que sou tudo isso. Ofego um pouco e sacolejo a cabeça.

- Apenas cala a boca! – Digo baixo para ele, mas o suficiente para que posso ouvir.

Magnus entende minha angustia, por isso não diz nada por um tempo. Logo o alto móvel começa a se mover e agradeço a ele mentalmente por isso.

Assim que chegamos ao seu apartamento, respiro um pouco mais aliviado. Magnus joga seu casaco em cima de mim, seguindo para seu quarto. Encaro o tecido tempo o suficiente para entender, que é para vesti-lo por conta do frio.

Ouço o som do chuveiro e me sento no sofá, encarando a grande televisão em minha frente. Após um tempo, Magnus aparece ao meu lado, secando os cabelos com uma toalha.

Mantenho meu olhar para frente, enquanto o ouço suspirar.

- Eu sinto muito – Ele diz. Viro-me para ele, o encarando. – Eu sei que você não tinha culpa, eu apenas pirei, está bem? – Levanta um pouco a voz – Eu apenas não conseguia imaginar você beijando outro cara e quando aquele moleque te agarrou eu quis machuca-lo!

Direciono meu olhar de volta para a televisão e fecho os olhos.

- Eu entendo – Digo.

- Você entende? – Questiona.

- Entendo – Respondo – Não sou capaz de te ver com outro e sei o quanto pode ser avassalador presenciar essa imagem – De repente a imagem de Sebastian me vem à mente, e aperto os lábios – Eu também sinto muito.

 Magnus assente e sei que entende o que quero dizer. A partir de um momento, não são precisas palavras para que possamos nos entender. Magnus entrelaça nossos dedos e deixo minha cabeça pender para o lado, encostando-se a seu ombro.

 

- Alec? – Magnus me chama, mas o sono começa a me consumir e não respondo – Eu não sei o que é isso, mas eu acho que... Que eu te amo.

Antes mesmo que as palavras possam entrar  em meu ouvido, me perco no sono, sentindo o seu cheiro.


Notas Finais


Obrigado por ler :)


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