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História Pensamentos Proibidos - Girando


Escrita por: CeciliaBento

Notas do Autor


Oi Balinhas de Hortelã?


Dificil muito dificil, estou aqui postando esse capitulo por ter gostado muito de escrever ele. É um capitulo muito bonitinho de algo que eu queria a muito escrever, mas, infelizmente não consegui prender as pontas que ficaram soltas ainda. Esse capitulo é em especial para Bianca Lima, que me mandou a música em qual ele foi inspirado.
E para a Gabi Andrade que me ajuda pra caralho sendo a Gabi.

P.S: Notas finais com links como sempre.

P.S.II: Música que a Bianca mandou é I hate you, I love you.

P.S.III: Eu não sei se a história vai ou não entrar em HIATUS.


Dedicado à:

~Pandinha-Nee

~Rosetta01

~LorrannaGomes

~BTL-Masoli

~Haruno_Elisa

~JehHime

~Pimbolin

~Haru-chii

~Ladyweiwei

~jaqueliner

~bsrosa

~antikcius22

~JackieOFrost

~Uni_Yoongi

~ViihStella1

Capítulo 21 - Girando


 

 

 

 

A casa estava silenciosa e impecável como sempre quando Sasuke entrou, o capacete fosco pendurado no cotovelo e os cabelos portando um corte curto e comportado. É notável que ele precise de um bom banho ou qualquer outra coisa para relaxar. Os músculos dos ombros tensos denunciam que seu dia não foi o melhor, a noite também não dava expectativas de ser boa.

 

Subiu as escadas passando por uma das empregadas, sem nota-la ou dirigir-se a ela, quando criança sentia-se observado por todos os lados, agora sentia que elas faziam parte da decoração.

 

O trajeto do corredor até o quarto de Sakura estava iluminado e vazio, mas, para ele parecia muito com um corredor tirado diretamente de um filme de terror. Nunca havia sentido tanto peso em suas costas como naquele momento.

 

Tinha que resolver algumas coisas com ela, Sasuke nunca tivera que por tantos pingos no lugar como agora. Isso o assustava, mesmo que ele negasse a si mesmo.

 

Pela primeira vez desde que ela chegara naquela casa, ele hesitou a sua porta pensando se devia ou não bater antes de entrar. 

 

Levanta a mão por duas vezes em punho e desiste antes de tocar a madeira branca cheia de adesivos coloridos, não batia em portas antes e não ia pegar esse habito agora. Empurra a porta lentamente como se ela pesasse mais do que o normal, coloca a cabeça para dentro do lugar sem jeito, envergonhado demais para entrar de rompante como sempre.

 

Sakura está sentada de costas para a porta, mas, pode ver o reflexo dele no espelho de sua penteadeira. Com um olhar que beira a surpresa e a interrogação, pergunta:

 

- O que quer Sasuke?

 

O tom de voz dela o pega de surpresa, ele respira fundo antes de entrar no quarto e encostar a porta.

 

- Precisamos conversar Saky.

 

Sasuke tenta amenizar a situação chamando-a pelo apelido. É visível que ela ergueu muros envolta de si mesma, a conversa seria no mínimo difícil.

 

- Eu não quero conversar com você Sasuke.

 

Sakura não se dar o trabalho de olhar para ele, continua mexendo nas gavetas de sua penteadeira, escolhendo uma cor de batom que faça sentido com sua maquiagem.

 

- Engraçado, porque eu quero conversar com você! - ele afirma com a voz firme.

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- Agora não dá... - Ela inclina-se para frente, passa o batom cor de sangue nos lábios e esfrega um lábio no outro, olhando o reflexo dele pelo espelho. - Eu estou de saída. É algo importante, mesmo que para você essa palavra não tenha sentido. - Sakura gira a cadeira para encará-lo nos olhos. - Afinal, você não parece se importar com nada mesmo, não é?

 

Sasuke aperta as mãos em punhos, a raiva começando a tomar conta de seu estômago e garganta. O maxilar treme um pouco, ele logo o trinca erguendo a cabeça e respirando fundo. Não pode perder o controle com Sakura. Ela é sua última esperança de algo melhor.

 

- Tudo bem, você está com raiva e eu passei um pouco do limite...

 

Ele começa sem jeito olhando para as mãos fechadas em punho, mas, Sakura corta-o com os lábios franzidos.

 

- Um pouco é pegar pesado. Você passou de todos os limites ontem, a casa do seu pai Sasuke. Já imaginou o que vai acontecer agora?

 

- Não, e não quero imaginar. – Ele respondeu, enfiando as mãos nos bolsos da bermuda, cabisbaixo perguntou: - Aonde você vai?

 

- Resolver algumas coisas com a Shizune sobre a impressa. – Ela borrifa perfume em pontos estratégicos e Sasuke torce a boca a contragosto. – Sinto muito não poder conversar com você agora. Não me entenda mal Sasuke alguém precisa manter as cortinas fechadas.

 

Ela coloca os brincos de pedras tão verdes quanto seus olhos, pega sua bolsa carteira e coloca-se de pé pronta para ir embora. Quando faz a leve menção de passar por Sasuke, ele agarra seu pulso com firmeza.

 

- Eu me importo.

 

- Larga meu braço que eu já estou atrasada. – Sakura diz ríspida, decidida a ignorar qualquer que seja a artimanha que o moreno venha a utilizar dessa vez.

 

 - Eu disse que me importo com você. – Ele tentou mais uma vez, a voz rouca, o coração batendo descompassado e apertado dentro do peito. Tudo parece depender das suas próximas palavras. - Eu ainda mantenho minha camiseta suja, de areia e sangue daquele dia na praia.

 

Os olhos dela abriram-se em um vislumbre de entendimento, as lembranças daquela noite horrível enchiam sua mente, parece que passaram anos desde aquele fático ocorrido.

 

- Você me protegeu aquela noite, e depois cuidou de mim. – A voz triste e doce de Sakura fez o coração dele acelerar. Sasuke soltou o pulso dela com medo da descarga elétrica que passava entre eles. – Infelizmente, eu tive que descobrir da pior maneira todas as suas facetas e ainda estou tentando lidar com elas.

 

- Saky... – geme em frustação, mas, ela ergue uma mão para silencia-lo.

 

- Não. Por favor, não Sasuke. – Ela olhou de lado a mascara perfeitamente composta desmoronando um pouco. - Eu sei bem o quanto é fácil para você prometer, mas, também sei que é mais fácil ainda não cumprir nenhuma de suas promessas. Você nunca está aqui quando realmente importa, não é? – Sakura sustenta o olhar dele, irritada. – O que você está fazendo aqui mesmo?

 

- Eu... eu... – Sasuke desvia dos olhos investigativos dela. – Eu preciso de você.

 

 

A loira balança a cabeça, solta uma risada trêmula e descrente. Quando volta seu olhar para o rosto dele, seus olhos estão levemente marejados por detrás de toda aquela pose.

 

- Acho que nós dois sabemos bem do que você precisa Sasuke. Você precisa dela...

 

- Senhorita? – uma das empregadas está parada na porta do quarto. Sakura sustenta o olhar em Sasuke. – O senhor Uzumaki lhe espera.

 

Sem retirar seus olhos dos de Sasuke, que parece prestes a um de seus ataques, ela fala:

 

- Obrigada. – Molha os lábios com a ponta da língua. – Avise que estou descendo.

Assim que a empregada dá as costas, Sasuke dispara em tom acusatório.

 

- Você vai sair com o Naruto?   

 

- Vou. – Sasuke engoliu em seco, mas, ela não recuou. Não podia recuar agora, não quando eles estavam lutando uma batalha decisiva daquela guerra. – Naruto nunca falhou comigo, e você devia ser agradecido a ele por tomar o seu lugar sempre que é preciso.

 

- Sakura, eu... – Ele aproxima-se vacilante.

 

Outra vez é cortado, sem dó ou piedade.

 

- Você devia desculpar-se com a Karin, ela é a única que sabe exatamente como lidar com seus problemas e... – Ela toma folego, como sempre faz antes de falar algo que é necessário. – Eu não posso ser como ela Sasuke. – Antes de sair do quarto e fugir em alta velocidade dali, ela diz: - Eu sinto muito.

 

 

                                      **********

 

- Tem certeza que quer fazer isso? – Sakura concorda com a cabeça. – Tudo bem, mas, você tá muito estranha.

 

Ela olha para ele com a cabeça levemente tombada e sorri de forma singela, porém, sincera.

- Está tudo bem, Naru... – Apoia a testa na mão direita e suspira, cansada. – Estou sendo uma péssima companhia não é? É que eu estou com muitos problemas na cabeça, sabe? – Sakura balança a cabeça e volta a olhar para o rosto concentrado de Naruto. – Você é maravilhoso sabia?

 

Naruto concorda com a cabeça, sem segurar aquele sorriso fácil sempre presente. Os dois estão sentados dentro do Jeep laranja chamativo do loiro, sentados no escuro depois de terem jantado em um bom restaurante e demonstrado toques inocentes para as fotos. Tudo plano de Shizune para segurar as notícias da festa na mansão, e por enquanto estava dando certo.

 

- É você já disse isso. – Naruto olha pela janela do carro outra vez. – Ele tá ali. Está vendo? – Sakura se apruma discretamente e olha na direção que o loiro aponta o queixo. – Atrás da cerca viva.

 

Sakura concorda com um único aceno de cabeça, Naruto liga o carro e sai da vaga enquanto os dois colocam os cintos.

 

- Me explica outra vez. – O loiro pede em tom de descrença, Sakura revira os olhos na direção dele. – Porque nós estamos fazendo esse joguinho mesmo?

 

- Shizune disse que eles vão segurar as fotos e manchetes sobre a festa se tiverem algo maior para seguir. Ou seja, nosso novo relacionamento.

 

Ela amarra os cabelos loiros para cima com um elástico vermelho e Naruto aperta o volante com força.

 

- Você está arrependido de ter entrado nessa comigo? – ela pergunta, passa a ponta dos dedos pelo ombro do loiro brincando com a gola polo de sua camisa. – As garotas da faculdade não vão mais cair aos seus pés.

 

- Você está brincando não é? – Naruto ri, apesar de sua testa está franzida. – As gatas adoram homens comprometidos! 

 

Sakura bate de leve no ombro dele.

 

- Ai! Não tá mais aqui quem falou. – Ele faz o retorno em uma das saídas principais de Los Angeles, o feixe de luz vinda de fora deixa visível a preocupação no rosto dele. – Sereia eu não me incomodo em ajudar você, mas, não posso dizer que não estou preocupado com as consequências dessa brincadeira.

 

- Você não precisa se preocupar com a minha mãe, ela não vai ligar se for positivo na mídia. – Ela observou os lábios dele se curvarem até se tornarem uma linha fina. – O problema é o Sasuke, não é? 

 

A pergunta de Sakura fica suspensa no ar por alguns segundos, a luz que vem da rua conforme o carro desliza para frente mostra o rosto de Naruto tenso e suado.

 

- Naruto, é difícil prever como o Sasuke vai reagir a qualquer notícia. Mesmo assim, não acho que deva preocupar-se com o que ele vai ou não achar do nosso namoro. – Sakura explica, mexendo em seu cordão de ouro. – Deus sabe que eu tentei entender tudo o que ele sente, mas, não dá. Tem horas em que ele é a melhor pessoa do mundo, e em um passe de mágica ele muda completamente comigo.

 

- Ele gosta de você. De um modo perturbado e distorcido... – Naruto tira os olhos da pista por alguns segundos. – O Sasuke não sabe demonstrar seus sentimentos, principalmente os bons.

 

- Isso eu já percebi, só queria entender o motivo.

 

- Sakura, eu...

 

- Eu sei. – Corta-o, a voz tão seca quanto seus sentimentos. – Você não pode me falar nada. Eu conversei com a Ino sobre isso outro dia...

 

Naruto pisa no freio com um pouco mais de força, o carro derrapa um pouco na pista e um motorista que vem atrás deles buzina alto, ultrapassando-os ele xinga alto pela janela aberta. Os dois mostram seus dedos do meio para a rua, mas, o motorista já vai longe.

 

Sakura gargalha baixo e sem jeito, Naruto sorri fraco.

 

- O que ela disse? – ele pergunta olhando-a.

 

- Ela me disse que Sasuke teve uma infância difícil e que eu deveria conversar com ele sobre, ou perguntar para você.

 

Naruto via o desafio brilhar de modo sugestivo nos olhos de sua amiga, a garota aparentemente frágil que ele vislumbrava brevemente não estava ali, naquele olhar tudo o que ele via era a Sakura que conhecera na noite do surfe noturno sorridente e de braços dados com Sasori.

Naruto volta a por o carro em movimento, eles estavam a poucos metros da mansão Uchiha.

 

- E? – questiona com desinteresse, mantendo sua atenção voltada para a pista.

 

- E oque?

 

Naruto rola os olhos contendo um sorriso tímido que não faz parte de seu pacote.

 

- Você perguntou a ele?

 

A loira balança a cabeça levemente.

 

- Eu estou perguntando a você.

 

- Não vou falar nada sobre o passado do Sasuke, mas, posso falar sobre o meu a qualquer hora que você quiser, só não hoje. – Naruto para o carro em frente à casa imensa e iluminada. – Espera. – Inclina-se para perto dela pescando uma mecha de cabelo que escapa pelo seu penteado, acaricia o maxilar delicado com o polegar. – Vou abrir a porta para você.

 

Sakura estremece sozinha dentro do carro quando Naruto sai para dar a volta e abrir sua porta.

 

- Madame? – ele brinca ao abrir a porta.

A loira faz uma breve menção de reverencia quando sai, Naruto fecha a porta com uma batida seca, pressiona o corpo de Sakura contra a lataria do carro.

 

Ela sente as mudanças de temperaturas, o carro gelado sobre suas costas e o corpo quente de Naruto sobre o seu. Sua mente entrando em um transe catastrófico as mudanças inesperadas, perdida no êxtase que antecede um beijo ela não consegue raciocinar o como e muito menos o porquê de tudo aquilo.

 

- Naru... – sussurra.

 

Mas, tem sua boca coberta pela do loiro alto a sua frente. O mundo para, só para depois começar a girar bem devagar.

 

Sua boca é invadida pelo sabor de canela e banana da sobremesa que ele havia comido a pouco com ela, o cheiro de refrescante de alguma erva ou fruta cítrica que se soltava dele lembrava um dia de verão. A pele é apertada e massageada em lugares certos, Sakura tem uma de suas mãos enterradas nos fios loiros com tanta força que parece segurar-se na atmosfera pelos fios dele.

 

Tão rápido quanto começou, acabou.

 

Naruto afasta-se e retira com delicadeza os dedos dela de seu cabelo, acaricia seus lábios com o polegar e inclina-se outra vez em direção ao rosto coberto pelo rubor de uma Sakura paralisada. Ela fecha os olhos e entreabre os lábios preparando-se para ser beijada uma vez mais.

 

Pórem, ele sussurra em seu ouvido.

 

- Desculpe por isso Sereia. Precisava manter a bola em jogo.

 

Então a sua ficha cai.

 

Naruto estava encenando para possíveis fotos, ela ensaia um aceno de despedida quando ele dá a volta no carro. Obriga suas pernas bambas a lhe levarem para dentro de casa onde é seguro, encosta-se a porta de entrada e escorrega até o chão respirando rapidamente pelo ocorrido, o mundo parece voltar a girar em seu eixo com o dobro da velocidade anterior.

 

Passos altos fazem com que ela olhe para a escada, Sasuke desce batendo palmas e com uma cara nada boa.

 

- Bonito. Muito bonito.                                                          

 

O mundo para outra vez.


Notas Finais




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