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História Pensamentos Proibidos - Lágrimas Contidas


Escrita por: CeciliaBento

Notas do Autor


I am baaack... Balinhas de Hortelã!

Gente... fiz um grupo no facebook chamado... TÃM TÃM TÃM... Balinhas de Hortelã.

Vou deixar o link nas notas finais. Entrem!
Vai ser muito legal e vocês vão poder interagir com os personagens mais de perto.

Capitulo dedicado à:

~marifihgueiredo

~kathkardashian

~mike_uchiha01

~dalycavalcanti

~sweet1biaa

~sasusaku2015

~Luuh12

~Rosetta01

~Clara9812

~mverner - Clan Fantasy

~wtfclara2

~Ally-chan-Babi-

Capítulo 4 - Lágrimas Contidas


Fanfic / Fanfiction Pensamentos Proibidos - Lágrimas Contidas

Seis dias.

Passaram-se seis dias e nada do Sasuke aparecer, a porta do porão estava sempre trancada, nenhum funcionário dava abertura para perguntas. Sakura também não teve tempo para fazê-las pulou de uma sessão de fotos para outra.

Sua mãe na cola em cada entrevista, no primeiro dia ela tentou resistir, foi um erro. Mebuki torceu seu braço com tanta força que foi uma sorte não tê-lo quebrado, mas, seu ombro ficara bastante dolorido e sempre que ela saia um pouquinho da linha, a mão de sua mãe pousava nele em um aperto firme lembrando-lhe da dor.

- Vamos lá, Sakura apenas um sorriso, é só o que eu te peço, ok? – Nicolle pede fazendo um sinal com a mão, apertando o dedo indicador e o polegar um no outro.

Significa que ela quer um pouquinho de esforço ou até mesmo consideração. É difícil, muito difícil ter consideração pelo trabalho de Nicolle, principalmente quando ela é uma fotógrafa de modelos famosas.

- Você já está ficando conhecida como "coração de gelo" Sakura...

Ela fala detrás da lente de sua câmera frisando o apelido, os flashes agora quase não incomodam mais. A preparação incomodava mais, não ter controle do seu próprio corpo, eram mãos demais pegando, puxando, alisando.

E a mídia estava sempre em cima.

"Coração de Gelo" havia sido a matéria de uma revista muito famosa essa manhã, falava basicamente que a garota não tinha emoções, seis páginas com fotos tiradas em diversas situações, algumas ela nem percebera que havia sido fotografada, provavelmente algum paparazzi e em nenhuma dessas fotos Sakura estava sorrindo.

Ela sempre tinha aquela mesma expressão de superioridade que havia aprendido com sua mãe, ombros retos, cabeça erguida e nariz em pé.

- Tudo bem, se é pedir demais...   - Nicolle fala agachando-se em busca do melhor ângulo. - Tempo! Alguém passa um pouco mais de pó nela!

A equipe de preparação correu para cima no mesmo instante, spray de cabelo era borrifado para todos os lados, batidas com uma esponja de algum pó compacto caríssimo em sua  testa, pescoço e queixo, brilho labial. Aquilo era loucura.

Loucura total.

                                                                                                       *******

Os pequenos bíps sonoros que indicam que a porta está sendo destravada, Sasuke vira a cabeça em direção ao som.

Fugaku Uchiha em pessoa fora solta-lo, isso nunca acontecia, geralmente ele apenas jogava o garoto lá depois de uma boa surra para pensar sobre o que tinha feito, mas, na hora de tira-lo qualquer funcionário de confiança servia.

Claro que Fugaku não iria ver o estrago que tinha feito, nunca. Ele era um homem ocupado, estava tentando um cargo eleitoral e além de tudo, não era um sádico completo.

Tudo começara quando Sasuke havia perdido o controle, fora de primeiro aluno do país para um verdadeiro problema, estava descompensado, andando com garotos barra pesada e usando drogas.

- O que diabos você fez aqui?

O fedor no porão faz com que ele cubra o nariz com um lenço de seda cinza, ele sempre andava bem vestido, seus ternos eram caros e de corte italiano, sempre tinha um lenço de seda no bolso externo do paletó para combinar com a gravata.

- Você urinou o assoalho como um animal, Sasuke? - pergunta, mesmo com a voz abafada pelo lenço dá para perceber que está furioso.

Sasuke sorri fraco, balança as pernas, sentado em cima da máquina de lavar.

- Você me trancou aqui como um animal... animais cagam e mijam em todo lugar.

Sasuke havia feito de propósito, o lugar inteiro coberto por dejetos, Fugaku recua alguns passos, sobe no último degrau da escada, seus sapatos de couro importado nunca haviam pisado em nada tão imundo quanto aquele chão.

- Sasuke, você ficou aqui por agir como um lixo humano. Você merecia muito mais do que apenas esses dias aqui sem drogas ou bebidas, a cena que você fez no aeroporto.

- Vai me deixar sair ou não? - Ele balança o corpo para frente e para trás, segura na borda da máquina com força.

- Quero que você volte a ser um bom aluno, ou pelo menos tente parar de sair em manchetes de revistas. Nossa família é melhor do que isso.

- Claro, claro! - Sasuke sorri, pula ficando em pé, revira os olhos esticando os braços.

Fugaku sobe as escadas deixando o rapaz sozinho para ficar livre outra vez.

                                                                                                         ********

- Você não vai comer isso, vai? - Mebuki pergunta.

Aproxima-se de Sakura, segura seu pulso com delicadeza disfarçada, toma a torrada dos dedos da filha.

- Estou estou morrendo de fome mamãe!

- O jantar será servido em uma hora e além disso você já está ficando com uma papada. - Mebuki sorrir docemente.

Sakura revira os olhos, vira-se e sobe as escadas de dois em dois degraus, seus olhos ardem com lágrimas contidas, torce o tornozelo na pressa, morde os lábios com força, o gosto de sangue enche sua boca, encosta-se na parede e arranca os saltos que machucam seus pés.

Bate a porta do quarto com força, sua amiga está lá lhe esperando no armário do banheiro pronta para lhe aliviar de qualquer dor emocional que a sufoca-se.

Um corte, o sangue escorre vermelho vivo, o alívio tão esperado e conhecido não chega, ela corta mais fundo paralelo ao primeiro corte, o sangue jorra pingando pelo piso do banheiro, Sakura tateia pelo banheiro derrubando produtos à esmo.

- Você deveria corta na vertical se quer mesmo se matar. Não dá pra suturar.

Sasuke está parado, encostado relaxadamente na porta do banheiro, ele sorri um sorriso torto e amargurado quando seus olhos pousam no sangramento que flui do corte e vaza pelos dedos apertados dela. 

- Saia daqui! - Sussurra com desespero.

Aquele era o seu segredo! Ninguém deveria saber disso, era errado e sujo. A fraqueza dela agora visível para Sasuke contar a quem quisesse até mesmo ameaça-la em busca de benefício próprio. 

O garoto passa as mãos pela cabeça, uma, duas, três vezes em movimentos de vai e vem, aproxima-se dela com o coração acelerado e sem nenhuma delicadeza agarra seu braço ensanguentado um pouco abaixo do cotovelo, ela aperta ainda mais os dedos em cima do corte, usa toda sua força, fincando as unhas perfeitas na pele.

- Não... não... por favor... - choraminga.

Sasuke retira os dedos dela um por um de cima do corte, são dois recentes, um fundo demais que sangra constantemente, outro que até já parou de sangrar, curva-se sobre o braço dele, sua respiração roçando no machucado causa um leve ardor, Sakura nunca poderia se preparar para o que acontece em seguida. 

Ele encosta a boca em seu pulso e beija suas marcas, sobre protestos da mesma e empurrões, Sasuke suga sangue diretamente da fonte. 

Segundos arrastam-se como horas, Sakura chora ruidosamente, fungando e soluçando, por vezes puxando os cabelos dele, tenta em vão tirar-lo dali, porém, Sasuke mantem-se firme.

Quando o sagramento para ela já está sem forças para chorar, andar ou retrucar alguma coisa com ele, Sasuke a guia até a borda da banheira, empurrando-a levemente para sentar-se, ele liga as torneiras da mesma preparando um banho, o vapor enche rapidamente o local.

Com delicadeza levanta os braços dela, tirando o vestido da mesma sem desviar o olhar de seu rosto,  deixando-a somente de calcinha, pega-a no colo como uma criancinha e coloca-a na banheira, ele lava o cabelo dela com xampu como fazia com Mikoto, Sakura não protesta em nada, apenas funga e soluça, Sasuke continua seu trabalho massageia as costas e ombros dela com uma esponja fofa.

Ela recua quando ele toca em seu ombro machucado, Sasuke levanta o cabelo dela, uma mancha esverdeada em alguns pontos começa a aparecer por baixo da maquiagem. 

De rompante ele levanta-se e soca a parede ao lado da banheira, encosta a cabeça no box de vidro por alguns instantes, recompondo-se. 

Ela precisava de ajuda, não tinha a menor condição de segurar as pontas para ele. Pega um roupão branco e felpudo, Sakura fica de pé mais calma, mas, com o nariz vermelho demais, os olhos inchados demais. Sasuke passa o roupão pelos braços dela amarrando-o na cintura, leva-a para a cama onde ela se ajeita empurrando o edredom para o lado com os pés.

Eles não trocam uma palavra durante todo esse tempo, ele some por alguns minutos, reaparece com uma caixa de primeiros socorros embaixo do braço, faz um curativo desajeitado no pulso da meia irmã, beija-a no topo da cabeça e volta a desaparecer.

O sono ganha da fome, Sakura adormece os olhos ardendo pelas lágrimas contidas se fecham.

Amanhã tudo parecerá um sonho. Pensa antes de apagar.


Notas Finais




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