Sasuke está deitado em sua cama com as pernas para cima e os pés encostados na parede, joga uma bolinha de tênis na parede e pega com a mão para jogar outra vez, é algo relaxante exatamente pela monotonia, acabara de cobrir Sakura e nem ao menos sabia o motivo de ter feito tudo aquilo.
Sentira-se mal pelos cortes que ela havia feito em si mesma, nojo e repulsa era o que tinha daquele ato, Mikoto a primeira mulher de seu pai e a única mãe que ele teve morrera assim, na banheira, Sasuke encontrara seu corpo boiando em sangue, ele só tinha quatorze anos.
Aquilo o marcara de um modo que não tinha volta, ela era linda, doce e serena, ele nunca imaginou os problemas psicológicos que ela enfrentava sozinha. Sim, sozinha.
Fugaku quase não parava em casa, quando estava em casa eles discutiam muito. Sasuke não lembra as razões de tantas discussões, mas, os gritos nunca saiam de sua mente.
Achou que Sakura tinha nariz em pé quando a viu pela primeira vez em uma revista ao lado de sua mãe, claro que a julgou supérflua e fútil naquele dia, porem, percebera o quanto estava enganado no aeroporto quando a viu vestida de um modo despojado e único. Ela era forte, decidiu na mesma hora.
E quando ela limpou seus machucados e chamou seu pai de monstro, ele viu sua força ali nos olhos dela.
Como se enganara, ela era fraca e covarde, tão covarde que tinha que se cortar para lidar com a dor. Agora, restava a ele decidir se cuidaria de sua própria vida como sempre ou ajudaria a pequena Haruno a viver na prisão domiciliar que eles chamavam de casa.
Também poderia tocar fogo naquela merda toda, mas, mesmo assim não valeria a pena. Ele seria mandado para um reformatório na melhor das hipóteses e na pior delas iria para a prisão, afinal seu pai agora era quase um senador e tinham toda aquela postura de família perfeita na frente das pessoas.
Quem acreditaria que o charmoso Fugaku Uchiha com seu nome renomado era o monstro que realmente é?
Ninguém eu respondo a vocês. Sasuke tinham certeza disso, certeza absoluta do verdadeiro poder que seu pai tinha sobre as pessoas, além de todo o dinheiro em suas contas dentro e fora do país, ele não tinha dinheiro nenhum, não tinha contatos, era apenas um adolescente problema brincando de drogado.
Seu celular vibra na mesa de cabeceira, ele bufa e passa as mãos no rosto, esfregando com força os pensamentos que estavam lhe perturbando outra vez, de joelhos na cama estica-se para o celular era uma ligação perdida de Karin.
Será que ela não percebe o quão chata é mandando mensagens e ligando a cada hora? Claro que ela não percebia.
Sasuke ainda se meteria em uma furada por conta dessa garota, nem entendia o motivo de manter algo com ela, afinal, Karin era igualzinha a sua mãe biológica.
Ele sentia que a qualquer momento ela tentaria lhe dar o mesmo golpe que seu pai levara, bastava ela sentir-se ameaçada a perdê-lo, sorte que a garota também era uma porta de tão burra. Acreditava que um dia o pai dele a aceitaria em sua casa como sua nora, mal sabia ela que era apenas um passatempo e um modo de irritar Fugaku.
Contudo, ela estava irritando mais ainda o próprio Sasuke.
O celular vibra em sua mão, dessa vez é uma mensagem. Ele aperta o polegar na tela para desbloqueá-la com o reconhecimento de digital, a vadia mandou quatro mensagens seguidas em menos de um minuto, ele bufa lendo-as.
"Sasuke, cadê você?"
"Porque não me atende?"
"Sasuke você tem outra mulher?"
"Quem é essa loira azeda?"
Ela manda também um link, torcendo o nariz em uma careta ele clica e espera que abra, não demora nem dez segundos graças a melhor companhia de internet que o dinheiro pode pagar, era uma foto do jantar dias atrás, Sakura estava de braços dados com ele e vestia o seu melhor sorriso, Sasuke também sorria, mas não como ela que irradiava uma felicidade quase verdadeira.
Tinha também uma matéria sobre a mais nova família e uma nota falando sobre o inicio da carreira de Sakura Haruno no mundo da moda, ele clica no link que direciona a um site sobre a carreira de sua meia-irmã. O titulo chama sua atenção "O Coração Congelado", sorri enquanto passa as fotos uma a uma, como já sabia ela era linda.
O único problema era que estava sempre de cara fechada ou séria, não que fosse sempre a mesma expressão, não era. Em uma das fotos ela estava excepcionalmente sexy, os lábios entre abertos mesmo que não estivesse sorrindo, o olhar fixo diretamente para a câmera e uma das sobrancelhas levemente arqueadas, parecia desafiar Sasuke a tê-la em seus braços.
"Essa garota mora na sua casa?"
- Que droga! – Pragueja ele.
"Mais é claro, sua anta! Ela é minha irmã." Ele digita rapidamente com uma mão, enquanto se ocupa em acender um cigarro, a resposta vem rapidamente.
"Você está transando com ela?"
"Quando te dei essa liberdade toda?" Sasuke traga seu cigarro profundamente engole a fumaça, expelindo-a pelas narinas.
A resposta não veio, ele sorri, havia enfim calado Karin mais uma vez, só que agora não estava mais com saco algum para ficar dentro de seu quarto, na verdade não tinha saco algum para ficar em casa. Levanta-se calçando um tênis vermelho, bate a porta ao sair, para na porta do seu quarto e olha em direção ao quarto de Sakura, sabe que ela está adormecida do mesmo jeito que a deixou a poucos minutos e mesmo assim segue em direção ao seu quarto, xinga-se mentalmente dos piores nomes que consegue encontrar... Ela não devia ser sua responsabilidade, ele já tinha um plano de vida, é claro que o plano dele era uma verdadeira merda.
Ele tinha planejado irritar seu pai e todas as mulheres com que ele chegasse a se casar, mesmo que aquilo fosse à última coisa que fizesse, no meio desse caminho descobriu as drogas e o álcool. Bem, ser um verdadeiro viciado não fazia parte do plano, contudo, era o que estava se tornando e mesmo assim não se preocupava nem um pouco com isso, pois ao seu ver era apenas outro modo de curtir a vida, um modo que tornava tudo mais interessante ainda.
Acabou entrando nesse ciclo vicioso horrível, onde ele saia com sua moto, bebia mais que seu fígado podia aguentar e jogava-se nos braços de qualquer uma que fosse gostosa o suficiente para seu porte, no meio de tudo isso usava de êxtase a cocaína. Saia em manchetes de revistas, era castigado e tudo começava outra vez, mas, agora com aquela garota ali... Alguma coisa dentro dele estava mudando.
Não aguentara de raiva ao ver as marcas em seu braço, aquilo teria sido sua madrasta ou seu pai? Oque ela teria feito de tão errado? Por que estava buscando refugio na dor física?
Eram tantas perguntas que não podiam ser respondidas por ele próprio, eram tantas coisas que ele nem deveria querer saber. Já tinha muitos problemas, além disso, tinha que pensar em como se vingaria de sua última temporada no "cativeiro".
A verdade era que Sasuke não tinha tempo para ninguém que não fosse ele mesmo.
A porta do quarto dela está aberta, como é ingênua, sem a experiência certa murcharia mais rápido do que as rosas do jardim.
Sakura está de bruços, largada na cama com as cobertas jogadas de lado, o roupão folgado deixa seu ombro à mostra, as marcas em tons diferentes de roxo e amarelo mexem com a chama dentro dele, borbulha de ódio por dentro.
"Ela é tão branca... Parece tão pura. É quase um pecado que marquem sua pele." Pensa ele ao sentar na cama ao seu lado.
O cheiro de flor de laranjeira preenche o ambiente sutilmente, e em uma atitude impensada ele se deita no espaço livre de frente para ela, seu nariz bem próximo dos cabelos dela que estão frisados e cheios de nós, sorri inalando profundamente aquele cheiro de sabonete líquido.
Era o mesmo cheiro de Mikoto, sua mãe.
A respiração de Sakura e o aroma familiar o acalmam e embalam até que ele dorme ressonando baixinho. Sonha com Mikoto, ele está de pé em meio a uma praia de areia branca e mar azul profundo sem ondas, ela aproxima-se dele desfilando em sandálias altas e trançadas, um vestido de praia branco e rendado esvoaçando em volta dos seus joelhos, os cabelos pretos e ondulados estão compridos emoldurando seu rosto em formato de coração, ela sustenta o mais belo sorriso de todos.
- Mamãe! Mamãe, eu estou aqui!
Sasuke corre em direção a ela, não existe alegria o suficiente no mundo que se compare ao que ele sente naquele momento. Ao aproximar-se ela o espera com os braços abertos e um sorriso ainda maior, se isso é mesmo possível, Sasuke joga-se em seus braços sem lembra-se que agora é um homem e não mais um menino, mesmo assim ela o segura entre seus braços e o aperta com toda a força que a saudade pode ter.
- Meu menino de ouro... – Fala segurando o seu rosto entre as mãos, beijando toda a extensão de seu rosto. – Meu garotinho tão amado! Meu filho do coração... Eu sinto tanto Sasuke, meu Sasuke!
Ela fala entre os beijos, agora com lagrimas em seus lindos olhos verdes, iguais aos de Sakura. Sasuke abraça-a outra vez sem conseguir se controlar chora, chora todas as lágrimas que havia guardado, chora por todos os sorrisos cínicos que deu e todas as outras coisas que ele sabia que a magoariam, mais principalmente chora de saudades.
- Me perdoe filho... me perdoe por ser fraca e desistir.... – Ela fala com a voz embargada.
- Não precisa. Não peça desculpas mamãe. – Interrompe.
- Precisa sim. – Ela é firme quando fala. – Sasuke, meu filho, precisa saber que eu nunca desisti de você, entendeu? Eu nunca desisti de você.
- Eu sei, sempre soube.
Acorda com o sol batendo no seu rosto, abre os olhos e enxerga o dourado dos cabelos de Sakura que em algum momento da noite aninhou-se em seu peito intencionalmente ou não. Levanta-se com cuidado para não acorda-la, o relógio ao lado da cama marca seis horas da manhã, ele cobre Sakura antes de sair pela varanda.
*******
Velocidade, sem dúvida alguma essa é a palavra preferida de Sasuke Uchiha.
Sair em sua moto cortando o trânsito da Califórnia era tão divertido e relaxante quanto entrar nas pernas de uma mulher. Só que sem pensar em riscos ou preocupações desnecessárias.
Sua moto nunca iria lhe trair, nunca colocaria no mundo uma criança indesejada que só faria com ele sofresse mais, ela seguiria sempre as suas vontades prontamente, acompanharia seu ritmo facilmente. Sem sentimentos, sem drama desnecessário e principalmente sem cobranças.
Derrapa ao estacionar em frente ao Angel'sHell's, um barzinho com música amadora, sinuca e outros jogos porém, o ponto forte do local eram as drogas.
Ali facilmente ele conseguiria a melhor cocaína da cidade, tira o capacete e sacode a cabeça arrumando o cabelo, entra no bar cumprimentando com acenos de cabeça alguns conhecidos.
As garçonetes circulam pelo lugar com suas roupas de época, shorts de cintura alta escuros e curtíssimos, tops vermelhos de bolinhas brancas e lenço dá mesma cor nos cabelos. Todas de batom vermelho vivo e olhos bem delineados. Ele ama aquele lugar, é como entrar em um túnel do tempo ao passar pela porta dos dias atuais diretamente para a década de sessenta.
Por ser cedo estava bem vazio, Sasuke segue em direção a mesa onde alguns caras jogam poker.
- Olha quem apareceu Orochi!
Um cara entroncado e careca solta uma grande baforada de fumaça, rindo.
- Te soltaram raio de sol? - Orochimaru pergunta levando um grosso charuto aos lábios.
- Vejo que seu cabelo não parou de cair Orochi. - Sasuke fala com sarcasmo.
Os outros três rapazes soltam pequenas risadas por trás de suas cartas, Orochimaru o careca traga seu charuto de com um sorrisinho torto.
- Então raio de sol o que manda?
Sasuke vira uma das cadeiras, senta-se com uma perna de cada lado e os braços apoiados nas costas da cadeira, sorri descarado olhando as cartas na mesa.
- Eu poderia dizer que me importo com seu apelidinho tosco mas, na verdade eu não me importo mesmo! Então vamos direto ao ponto Orochimaru.
Um homem loiro com a barba por fazer empurra uma fileira de fichas azuis para o meio da mesa.
- Aposto mais cinquentinha... - ele dá um longo gole na sua cerveja. - Porque não joga, Sasuke?
- Tá louco, Suigetsu! Chamar esse Shark para nossa mesa? - Fala um moreno de cabeça lustrosa, excessivamente musculoso.
Sasuke sorrir antes de falar.
- Relaxa, Juugo não vou jogar hoje. Não precisa dar Tilt por minha causa.
Juugo sorri nervoso, aperta o leque de cartas entre os dedos. Sasuke acabaria com todas as economias deles se resolvesse jogar e sua situação não estava nada boa, já havia perdido quinhentos dólares.
Orochimaru coça a cabeça mordendo seu charuto, sorri maldoso, sinaliza para uma das garçonetes que passa entre as mesas com uma bandeja de copos sujos. A moça de cabelos pretos para ao lado de seu chefe e curva-se quando ele sinaliza para falar em sua orelha, Sasuke tem uma visão privilegiada de seu traseiro.
- O meu doce não faz assim não... - Sasuke morde o lábio com força. - Eu tô a dias só na mão.
Ele dá um tapa no traseiro da moça que solta um gritinho, ela sai deixando todos os marmanjos da mesa em meio as gargalhadas, as meninas já estavam acostumadas a serem tratadas assim pelos amigos e fregueses especiais do patrão. A menina volta com um envelope de carta feito em papel pardo, entrega nas mãos de Sasuke e retira-se o mais rápido que pode dali.
- Ai tem duzentas gramas Sasuke. Passa logo essa grana pra cá, que eu quero apostar tudo!
Sasuke levanta-se conta algumas notas, entrega nas mãos de Orochimaru guardando o envelope no bolso de sua jaqueta.
- Você vai revender na festa do Naruto, Sasuke? - Juugo pergunta.
- Vai ter uma festa hoje? - Sasuke dá meia volta, espalmando as mãos em cima da mesa. - Como é que ninguém me avisou?
- Vai sim no píer, sua cachorra não disse não? - Suigetsu caçoa.
Sasuke estava ponderando se valia ou não a pena responder o deboche quando ela apareceu, nos três telões pendurados na parede do bar, Sakura Haruno.
- Só pode ser brincadeira... - ele sussurrou.
Ela vinha caminhando em direção a câmera, vestia somente um blusão de mangas compridas cinza, as pernas à mostra, brancas demais, Sakura engatinhava pela cama olhando de maneira sensual diretamente para ele, morde os lábios e joga os cabelos para trás como uma verdadeira fera.
- Olha sua leoa, Suigetsu! - Orochimaru grita com o charuto entre os dentes.
- A minha garota! - Suigetsu exclama.
- Essa daí eu dava um trato... - Juugo sorri malicioso.
No final do comercial, ela borrifava perfume em si mesma e vestia apenas um casaco por cima da camisa que parecia um pijama, entrava no elevador elegantemente descabelada. O elevador parava em um andar e o Zac Efron entrava todo arrumado, lhe lançava um olhar e eles trocavam um breve sorriso, terminava a propaganda em um forte amasso.
- Que baixaria é essa? - Sasuke pergunta possesso.
- Essa daí já é minha pode tirar o olho!
Suigetsu brinca, ele faz movimentos de vai e vem com o quadril, sorrindo com um brilho doentio nos olhos.
Os outros três gargalham.
Sasuke puxa o pobre homem pela camisa, torcendo o tecido em suas mãos. A feição tensa revela a mais pura raiva, maxilar trincado, narinas dilatadas, olhos ainda mais negros do que de costume revelam toda sua cólera. O pobre e mirrado Suigetsu treme sobre aquele olhar, os outros olham atônitos aquela cena, talvez esperando uma boa briga acontecer para animar o dia.
- Qual foi cara? - Suigetsu pergunta nervoso. Ele tem noção de que o rapaz pode derrotá-lo com um único soco e mesmo que mantenha um canivete em sua bota, jamais furaria o único herdeiro de Fugaku Uchiha.
- Qual foi? Qual foi? - As palavras saem de sua boca como o rugido de um animal feroz, gotículas de suor acumulam se em sua testa avermelhada pela fúria. - Vou lhe dizer qual foi... Aquela ali é a minha irmã seu bosta!
Ele aponta em direção as telas de televisão, os demais tomam as suas devidas expressões que variam entre surpresa e incredulidade. Suigetsu abre sua boca com puro espanto, nunca estivera tão ferrado por conta de sua boca grande.
- Co-mo e-eu saberi-a? - Gagueja, seus pés balançam freneticamente e um de seus sapatos escorrega caindo no chão. O barulho de metal no piso de porcelana chama a atenção de todos.
Sasuke soca o rapaz franzino com um gancho perfeito na altura do queixo, solta-o na cadeira que arrastasse alguns centímetros devido o impacto.
- Nunca mais. Nunca mais ouviu, bem? - Aponta o dedo em direção ao rosto vermelho dele. Suigetsu encolhe-se de medo. - Não quero ouvir o nome da minha irmã na boca de nenhum de vocês. Não quero que sonhem com ela, nem que acompanhem a carreira dela. Se ela cruzar a rua você mudará imediatamente seu rumo entendeu?
Suigetsu balança a cabeça freneticamente. Orochimaru sorri de lado, Juugo assovia baixinho com os braços cruzados e o terceiro rapaz que até aquele momento estava aleio a tudo da um gole em sua cerveja, ele era novo naquela mesa de poker, Sasuke nunca tinha reparado em sua presença devia ter sua idade ou talvez alguns anos a mais, cabelos lisos e negros e um bigode ralo.
- Relaxa aí, Sasuke! - Orochimaru sorri, mas, seus olhos permanecem duros.
- Relaxa, o caralho! Eu posso muito bem cortar meus negócios com você por culpa desse merdinha!
Orochimaru torce a boca em desgosto, detesta ser ameaçado. É certo que o garoto de longe é seu melhor cliente, paga em espécie e nunca tem problemas com nada com cobranças , pois o garoto compra apenas para consumo, nunca para revenda e até se alegra quando a polícia apreende a droga dele. Sasuke nunca o entrega e sempre retorna para comprar mais.
Contudo, além de tudo isso quem ele pensava que era para ameaçar Orochimaru assim? Ainda mais na frente de outros. Aquilo ainda ia render alguma para o moleque, ele precisava de uma lição, não agora, mas, mais tarde.
- Calma aí garotão! - Orochimaru fala calmamente. - Ninguém aqui sabia que você tinha uma irmãzinha agora, capiche? E garanto a você que o Suigetsu aqui... - ele dá uma breve palmadinha na perna do rapaz que ainda treme. - Não vai nem sonhar mais com ela.
- Melhor que seja assim...
Ele dá meia volta e sai do local a passos largos, sobe em sua moto sacudindo a cabeça para retirar alguns fios de cabelo da testa, coloca o capacete, para então sair cantando os pneus.
Já na estrada sua mente começa a trabalhar novamente, porque havia agido de tal maneira? Sakura não é sua irmã e muito menos sua responsabilidade. Talvez seu ciúme indevido tenha algo a ver com a falta de sexo, está a quase uma semana sem saber o que é uma mulher e Sakura estava extraordinária naquela propaganda, é isso mesmo, seu problema é falta de sexo. Melhor ir na festa e arrumar uma garota bem gostosa que esteja louquinha para saciar todos os seus desejos, seria fácil seu nome e todo o dinheiro por trás dele fazia com que chovesse mulher em sua horta, não que precisasse disso.
Chega no píer por volta das uma, decide comer em sua hamburgueria preferida, o lugar está lotado de turistas e crianças correndo apontando para os brinquedos, os pais vinham desesperados atrás dos filhos que riam de orelha a orelha, ele gosta disso dos cheiros diversificados, da maresia e também dos sons. Mastiga seu lanche lentamente, saboreando cada mordida, um lampejo dourado chama sua atenção quando uma garota passa correndo por ele, "Tô precisando tirar essa garota da minha cabeça!" pensa, levanta-se sem terminar seu lanche e caminha até o banheiro, precisa imediatamente de uma carreira de seu pozinho mágico para tirar Sakura da cabeça ou então começar de vez a ter alucinações com ela.
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