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História Pequeno Infinito - Capítulo 8


Escrita por: Fckzscabeyo

Capítulo 8 - Capítulo 8


Capitulo 8

Já fazia 20 minutos desde que Camila e eu se sentamos frente a frente dos nossos pais. Papai estava com a cabeça baixa e minha mãe com aquela postura de sempre.

-Quer falar Alejandro? Ande. –O homem a minha frente levantou a cabeça pela primeira vez e se pôs a falar.

-Quando eu fiz 18 anos, meu pai disse que eu assumiria a empresa dele. Eu fiquei louco. Completamente maluco. Eu assumi tudo e tinha uma responsabilidade fora do normal. –Ele suspirou. –E então chegaram dizendo que eu precisava me casar ou a empresa passaria para o filho do subdiretor. - Camila cruzou as pernas ao meu lado e suspirou. – Michael Jauregui era meu melhor amigo. –Arregalei os olhos, mas não disse nada. - E eu queria compartilhar e não perder tudo aquilo. Jogaram-me pra cima de Sinu Estrabão. A família dela era rica e meu pai e o pai dela achavam que conseguiríamos manter a empresa. Se casamos e precisávamos de um herdeiro. –Ele parou e se acomodou na cadeira, colocando a cabeça pra cima. – Mike chegou uma noite, dizendo que tinha engravidado a namorada e ficamos tão felizes. Sinu e eu criamos uma amizade diante de tudo e viramos padrinhos da criança. A garota era a melhor amiga de Sinu. Lembro-me que os visitamos no hospital no dia que a criança nasceu. Ela era linda. Linda e curiosa. Olhava tudo ao redor e o tempo todo se movimentava. 1 semana depois recebemos um telefonema dizendo que Mike e Clara sofreram um acidente de carro voltando do hospital. – Olhei pro meu pai que chorava silenciosamente. –A criança estava viva e segura. Mais os dois não. –Sinu olhou com aquele olhar prepotente e voltou a virar a frente bufando.

-Eles colocaram a gente como pais adotivos caso acontecesse algo com a criança. E então, ela era nossa. –Alejandro fez sinal pra que ela parasse e continuou.

-A imprensa achou que fosse nossa filha biológica, e continuamos assim. –Comecei a chorar quando me dei conta que era eu. – tentamos adaptá-la com a gente. –Sinu me olhou com os olhos meio tristes.

-Mas ela não me disse “mamãe” e muito menos “papai” pro Ale. –Sinu negou com a cabeça. – A primeira palavra foi “Titi”. Ela me quebrou aquele dia. – Alejandro continuou.

-Estávamos exausto. Minha mãe ficou com ela e fomos pro Havaí. Ficamos 1 ano lá e quando voltamos, a criança estava grande e esperta. E Sinu, grávida. –Camila segurou minha mão enquanto lagrimas e mais lagrimas rolávamos. – Camila nasceu e meu pai idolatrava a neta. A legitima Estrabão Cabello. – Ele fez uma pausa. – Aos seis anos, minha mãe chegou e disse “Ela tem potencial. Ela é inteligente, esperta e tem um coração de ouro. Ela merece ser sua herdeira, mesmo não sendo legitima”. – Alejandro olhou com ódio para Sinu. –Eu nunca pudi ama-la como minha porque meu pai e minha própria esposa negavam. Um dia, Camila chegou até Sinu e questionou a gravidade. Aquilo foi de mais pra uma criança de quatro anos. Sinu pirou e disse que ela estava crescendo muito. Xingou e me disse pra se livrar da criança.

-Você me colocou em um internato. –Pronunciei as primeiras palavras desde que entrei no local. Alejandro balançou a cabeça negativamente.

-Eu coloquei. –Sinu disse me olhando. – Você era igual a sua mãe. Esperta, inteligente e curiosa. Eu tive medo de você colocar algo na cabeça de Camila e te colocar lá dentro, preveniu isso.

-Eles me confiaram a vocês. –Funguei sentindo meu coração se quebrar.

-Não querida, eles confiaram você a Alejandro. Eu só tive que aceitar. –Neguei com a cabeça.

-Quem eu sou?! –Praticamente gritei.

-Você é Lauren Michelle Jauregui Morgado. Filha única de Michael e Clara Jauregui. Herdeira da indústria de arquitetura da sua mãe em Londres. –Neguei quando Camila quis me abraçar. Olhei pros olhos daquela mulher com um ódio que nunca senti na minha vida.

-Eu odeio você. Odeio e odeio. Você está morta pra mim. –Me levantei.

-Que bom querida, por que você esta morta pra mim desde que nasceu. –Neguei e mais lagrimas caíram. Sai da sala mais parei na porta.

-Eu odeio você. –Fitei meu pai. –Obrigada por tentar. –Olhei pra Camila por mais uma ultima vez. –Me perdoe, eu não posso fazer isso. 



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