Mikaru se remexeu no colchão, virando de lado e gemendo baixinho, som que foi suficiente para despertar o rapaz que dormia na cadeira ao lado da maca.
Katsuya se levantou rapidamente, preocupado, tocando de leve o braço do loiro, agora deitado de costas para si, tentando chamar sua atenção sem sobressaltá-lo.
– Mikaru-san… como se sente? – Katsuya murmurou, recebendo um olhar cansado, mas um pequeno sorriso também.
– Bom dia… – Mikaru estendeu a mão, tocando-lhe o rosto num gesto familiar entre os dois, chamando-o para se aproximar – Parece que fui atropelado por um caminhão e não sei se estou feliz por sobreviver… – comentou enquanto recebia um beijo na testa, então desceu a mão por sua nuca, acariciando o local enquanto os lábios do moreno desciam até os seus, depositando um beijo casto.
– Hm… vou entender que está bem, já que está fazendo piadinha idiota tão cedo. – riu baixinho, afastando alguns fios loiros que caíam pelo rosto do namorado, observando-o com atenção. Havia ficado tão preocupado ao vê-lo inconsciente e sem saber o que fazer…
– Eu estou bem, não se preocupe. Só um pouco desconfortável, o corpo pesado… mas vai passar. – suspirou, voltando a deitar de costas na maca – Há quanto tempo estou aqui?
– Chegamos ontem a noite.
A conversa se estendeu entre os dois, alheios à presença de outros dois visitantes, que observavam pela fresta do biombo, um deles, o ruivo, sorrindo divertido com a cena, enquanto o outro, observava a cena com os lábios entreabertos, incrédulo com o que via.
Ele sabia ser carinhoso! Mikaru estava sendo atencioso e gentil com Katsuya! Aquilo sim era um milagre, ou talvez fosse consequência dos acontecimentos anteriores… Hayato não saberia dizer.
Takeo puxou o namorado para fora do quarto, antes que começasse a rir por lá e cortasse o clima entre o casal de amigos.
– Você viu aquilo?! – questionou Hayato, já no corredor do hospital, ainda encarando a porta por onde saíram com incredulidade.
– Vi sim.
– Então ele consegue ser romântico?!
– Você fala como se ele fosse uma criatura de outro mundo, Hayato. É claro que consegue. Ele só não demonstra como costumamos fazer.
– Não creio…
– Bom, acho que isso responde uma pergunta antiga sua, de como consegui namorar ele. – Takeo deu de ombros, passando o braço pelo ombro do namorado e puxando-o para fora do hospital – Vamos, voltamos pra visitar outra hora…
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