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História Percy Jackson e o Rancor do Castigo - HIATUS - O Sangue de Um Inocente - Em revisão


Escrita por: rui_rui

Capítulo 3 - O Sangue de Um Inocente - Em revisão


Ian estava no chalé de Zeus, esperava tentar trocar uma palavra com Jason, porém o maior apenas estava reclamando, andando de um lado para o outro com raiva. Ele havia discutido com Piper novamente, era só a quinta vez naquela semana, quem via pensava que Afrodite tinha abandonando-os, a entidade demonstrou claramente que aprovava de toda forma aquele romance, tanto conflito do nada era algo preocupante. Essa semana de clima ruim não estava aumentando o astral de ninguém.

-Jason, relaxa um pouco, por favor. – Tentou o garoto.

-Eu não consigo! – Ele gritou com tanta irá que o garoto acabou indo ao canto levemente como uma criança na gigantesca cama do garoto relâmpago – Desculpe – o maior sentou ao lado de Ian na cama, e logo após, deitou em um longo bocejo de desanimo.

Jason e Piper não foram os únicos a iniciarem conflitos naquela semana, Percy e Annabeth também estava discutindo a todo momento, as de Afrodite estavam ficando preocupadas, não eram só esses dois relacionamentos que começaram a ficar caóticos, além de muitos amigos inseparáveis começarem a ficar mais distantes, no caso, esses eram Jason e Nico. Ian não viu os dois falando um com o outro desde o começo daquela chuva horrível.

-Sabe, Ian – Jason recitou palavras que distraíram a distração que o garoto estava valorizando – ás vezes penso que nossa relação é forçada. – Elas saíram como uns riscos fortes em um vidro, um som que ninguém ouviria com prazer. Nem Ian que gostava do menino de relâmpagos sentiu prazer em ouvir aquilo.

- Porque? Vocês parecem gostar muito um do outro. – O garoto virou o rosto para o maior que estava observando o branco acima deles, aquele branco o lembrava do céu, só que o céu era azul, o que não tinha sentido nenhum. Da onde ele pensou que o céu era branco? E relembrando que ele não estava desconfortável com a grande estatua de Zeus ali, até eu estaria, mas Ian sentia até uma leve proteção, talvez ela fosse para Jason, era uma boa pergunta. Ian voou até as orbitas azuis claras de Jason, elas sim, era de um azul real, diferente da abóboda celeste que estava vendo em seus pensamentos. Novamente Jason havia interrompido seus pensamentos, ali o desapontou um pouco.

- Ian, está ouvindo? – Ele perguntou, agora desviando a atenção para o garoto e ele para outro ponto, não queria que fosse reparado estar observando ninguém.

- Desculpa, eu fiquei avoado, mas porque acha?

- Eu acho que desde que Hera implantou aquelas memorias, sabe? Nada daquilo era real, e não era quando eu acordei...mas eu sentia que deveria ser real, tudo aquilo que eu sentia por Pipes, não achava que devia ser de completa artificialidade. Sabia que aqueles momentos tinham algo de especial, de alguma forma eles aconteceram e eu tenho certeza que ainda que estivesse sob controle de alguém, eu não ficaria com ela por obrigação, eu não sou desse jeito. Entende?

Ian nunca havia escutado aquilo do amigo e agora não iria ouvir mais, o maior pediu para que ele saísse dali, porque? A desculpa era que ele tinha de ficar apenas em companhia de seus pensamentos. Ian ficou extremamente preocupado e chateado, a altura dessa narrativa deve dar para perceber que esse garoto não sente pouco por Jason, claramente ele ficaria aflito com tal situação, adorava o menino relâmpago e o vê-lo tão mal machucava o resto de coração que o mundo não destruiu. Queria apenas socorrer Jason nos momentos de dor, mas sabia que seria mais sábio não ficar batendo naquela porta, talvez acabasse trazendo mais irritação que uma solução.

Caminhou até o refeitório na pequena chuva que estava formando nos céus, ficar encharcado estava ficando comum no acampamento. Sentou no chão, não queria cumprimentar ninguém a essa hora, nem Will Solace, um dos seus irmãos que era um dos mais gentis com ele, era uma das razões para ainda estar ali e aguentando tudo. Retirou seu pequeno caderno da blusa, gostava de escrever seus pensamentos ali. Havia também algumas canções, histórias, ilustrações e até alguns poemetos.

Estava a escrever com tinta roxa, atualmente a cor que mais o agradava, aquelas páginas em sua maioria estavam todas de cores diferentes. Ian partiria a progredir em seu pequeno conto quando uma mão ficou entre ele e a próxima linha.

- O que temos aqui? – O garoto pegou o diário levantando e rindo, Ian tentou pegar ele, mas era inútil, era mais um brutamontes de Ares.

-Fique então.

 

Hoje o dia havia começado ruim, tanto para Ian quanto para Aline.

 

Em vez de estar observando a discussão entre o recém descoberto irmão como todo o acampamento tem feito nos últimos dias após a semana em que Aline recebeu sua proclamação como mais recente descendente do senhor dos oceanos, ela era o motivo dessa discussão. Era Annabeth, a namorada de Percy, estava gritando com a garota pela quinta vez, e foram apenas dois dias de conflito, mas parecia de Aline tinha cometido um homicídio para receber tanta reclamação. O real motivo, ela achava que Annabeth estava com ciúmes dela, porque? Certeza ela tinha, mas ela sabia de algo: era uma garota como a namorada de Percy.

Percy começou a gritar com Annabeth no exato momento que a menina tentou avançar em Aline, que estava distraída e farta de ouvir a voz da outra, então, entediada começou a imitar disfarçadamente a voz dela de uma forma um pouco mais irritante.

Até agora ser proclamada como irmã de Percy Jackson não tinha lá algo tão prospero quanto pensava, a primeira conhecida de Poseidon após eras, apenas trouxe para Aline energias negativas de todos. Então, porque não ir para um canto onde ninguém iria na chuva? Pelo menos iria poder ficar em paz por alguns minutos, ela caminhou até a floresta e ficaria por ali, provavelmente até a chuva passar, acabou por achar um pequeno lago.

 

Voltando, Ian desistiu imediatamente daquele bloco idiota e saiu andando. Sabia que daqui para frente seria importunado e muito, aquele maldito de alguns minutos atrás recebia o nome de Harry, nunca teve a preocupação de descobrir seu sobrenome, pois, só sabia que ele tinha um mestrado em Harvard de idiotice, nada demais. Não era a primeira vez que Ian conhecia um ser tão insensível com os sentimentos dos outros como ele, quando estava com sua única família adotiva o seu irmão era pior que Harry.

 

Um detalhe: o garoto não lembra o que havia acontecido com seus cuidadores, sabia que uma semana antes de fugir de casa, seu irmão estava em uma viajem para a França.

 

Caminhou na chuva como Aline havia caminhado a alguns minutos atrás e por coincidência do destino ele trilhou passo a passo o mesmo caminho que ela tinha feito. As arvores ali eram grandes e acabavam não permitindo que as gotas de agua atingissem quem quer que estivesse abaixo delas com total eficiência. Seria aqui onde ele ficaria para refletir um pouco, só tinha um pequeno detalhe, existia outro alguém em frente ao lago, mais especificamente ao outro lado do lago.

Era Aline, ela pensou em mandar o garoto sair, mas ele não chegou perto dela, então decidiu ser educada desde que o garoto não chegasse perto dela.

Após muitos minutos ali, observando um ao outro e vendo as gotas ricochetearem nas aguas do lago, Aline finalmente levantou e andando até o garoto, estava de saída.

- Está chovendo muito, deveria ir para o seu chalé. – Comentou dando um pequeno conselho.

-É, talvez. – No final das contas, até que eles eram parecidos, ou tiveram um dia similar.

-Te vejo alguma hora menino da chuva. – Aline saiu da floresta passando entre as grandes arvores, o garoto pensou em sair também, ele começou a sentir um gélido ar desconhecido. Sair dali era uma sabia opção, ou acabaria resfriado.

 

O garoto voltou para o chalé de Apolo. Quando adentrou pela porta e seguiu até sua cama viu Jason deitado nela, o esperando, com as mãos sobre o rosto sem nenhum chão para poder sustenta-lo do que tivesse acontecido, seu rosto estava rubro e inchado.

-Jason, o que aconteceu?? – Ele sentou ao lado do maior, logo recebendo um abraço desajeitado e apertado de melancolia, ele também estava a tremer um pouco.

-Pipes...acabou tudo entre nós. – Tentou pronunciar cada palavra, mas entre elas havia um grande soluço.

Ian tentou de todas as formas relaxar e distrair Jason, mas estava difícil, ainda que ele estivesse em conflito com a namorada era evidente que ele gostava muito dela ainda. Os meios irmãos de Ian estavam começando a ficar irritados com aquilo, alguns tentaram aumentar o astral do maior, outros pediram educadamente para que ele calasse a boca, mas nada adiantava. Ian pensou enquanto Jason estava com total atenção sobre ele e talvez tivesse uma ideia.

- Jason, você conhece o som de piano? – O garoto passou entre alguns garotos e garotas até chegar a ele.

-Nunca ouvi ninguém tocar. – Progrediu Jason, que segurava outras lagrimas com força.

“Ótimo” pensou ele, limpando o rosto do amigo. Pegou a mão dele, que com toda certeza era maior que a sua, ele pensava as vezes em certos detalhes de Jason, eram aqueles detalhes que ninguém estava afim de tentar encontrar, pois, apenas viam o que estava em sua frente, que era o que mais queriam.

 

Um comentário: eu próprio vi que o som de um instrumento tão elegante pode descontrair humanos. Ainda mais quando é tocado corretamente. Meu sonho é ouvir meu amado tocar Moonlight de Beethoven, seria uma realização de minha existência.

 

Ian regulou o tamanho do banco, infelizmente Jason era muito alto e acabaria que seria difícil para ele lhe acompanhar. Seria um sonho agradável que Jason o acompanhasse, mas não seria hoje que iria acontecer.

-Não sabia que tocava piano.

-Porque você nunca entrou aqui, mas eu prometo que vai aumentar seu astral. Vou te mostrar Clair de Lune, de Debussy.

Jason concordou, ele estava vendo as teclas do piano e apertando-as, emitindo alguns sons desordenados, Ian o mostrou que as teclas brancas eram as notas naturais, e as pretas eram chamadas de sustenido, quando subia meio-tom e bemol, quando descia meio-tom, ou para generalizar, chamadas de acidentes. Não que Jason estivesse entendendo aquilo, mas estava feliz pelo amigo tentar algo para anima-lo. Ele soltou os dedos do instrumento e permitiu que que o menor tocasse para ele. Quando ele tocou a primeira nota, era uma sensação tão extraordinária que até eu fiquei boquiaberto, talvez fosse o instrumento abençoado por Apolo, ou talvez fosse as suas mãos, ninguém podia acertar o real motivo.

Seguiu as sequencias de notas da composição, Jason observava com toda atenção, aquela melodia tinha o relaxado demais e até lhe dava novas energias, infelizmente não parecia estar acontecendo algo lá de tal grandiosidade com Ian.

Ian prometeu mil vezes que apenas tocaria, em especial Clair de Lune, para alguém que lhe fosse extremamente especial – no caso, não em forma romântica, pois essa promessa ele concordou que deveria cantar uma de suas composições para o tal alguém, elas ficam escondidas a sete chaves, nem Apolo tinha a visão delas, mas aqui só entre nós, ele tinha uma composição particular para um certo garoto romano – e quando começou a tocar para Jason lembrou de um garoto, não sabia quem era, pois na sua lembrava não via o seu rosto, apenas o escuro, mas sabia que ele segurava sua mão com força e um dos seus braços estava segurando seu corpo, de minuto a minuto ele fazia questão de repetir “nós podemos e iremos conseguir, só não durma, por favor”.

-Ian, tudo bem? – Jason colocou uma mão sobre a do amigo, que ainda estava no piano, o que proporcionou um último acorde de Lá maior que não deveria existir. O garoto confirmou com a cabeça que estava e designou o rosto para o do outro.

- Você toca muito bem. Sério, parecia que eu estava em outro mundo! – desta vez era Jason que tentava o animar, mas ele parecia, nem que fosse ligeiramente, um pouco mais feliz após o pequeno conserto.

-Obrigado, é muito vindo de você. – Ian sorriu tímido, era na verdade, uma montanha de felicidade todo elogio que Jason fazia sobre ele. Era um desgosto que esse momento acabou tão rápido, Ian percebeu que havia algo errado quando viu o rosto preocupado de Jason e sentiu o gosto de sangue passar pelos seus lábios.

-Seu nariz esta sagrando, Ian... – Não havia nada para acabar com o sangramento, Jason estava quase lhe dando a sua camiseta para estancar o sangramento quando o garoto saiu correndo, quase caindo sobre seus próprios erros, ele apenas sentiu que não deveria estar com ninguém naquele momento e que não era um sinal nada agradável que esse sangramento estava trazendo.

 

Aline após sair correndo da floresta seguiu diretamente para o pavilhão, não estava com o mínimo de paciência de discutir novamente com Annabeth. Sentou onde deveria sentar e como de costume todos apareceram aos poucos, Percy lhe deu um “oi” tímido e ela o retribuiu. Enquanto Quíron esperava todos chegarem ela ficou observando o seu braço, logo achou algo que nunca tinha notado desde que nasceu, uma tatuagem, ou algo parecido com uma. Eram três pequenas formas, pareciam ondas ou talvez rajadas de ar e no centro de cada uma havia um pequeno círculo. Ela ficou massageando o local com o dedo indicador quando uma lembrança peculiar veio a sua mente.

Então lhe veio à mente um rosto de um menino, não o conhecia e nem tinha a mínima ideia de tê-lo cumprimentado uma vez sequer. Ele dava-lhe a mão e ela a segurava, com segurança e puxava-a para longe da morte. Acabou acordando de seus pensamentos quando Quíron gritou para que todos ali ficassem quietos, ele estava com um semblante preocupado, algo de muito ruim deveria ter acontecido. Talvez algo como uma das grandes profecias que aconteciam de tempos em tempos.

- Infelizmente, tenho más notícias. - Ele estava com duas garotas ao lado dele, uma delas chorava mares e mares de lágrimas, estava com uma coloração azul marinho na cabeça e a outra, que estava mais relaxada e tentava reconfortar a que estava em prantos. - Jade, diga a todos o que viu.

Então eles trocaram de canto, agora ela estava em frente a todos do acampamento. Enquanto ela estava quieta, parecia que o lilás de sua cabeça estava ficando mais vibrante e que das pontas até a última grama de raiz estava aderindo uma cor parecida com salmão. O acariciava de todas as formas possíveis tentando desviar a atenção do público, apenas estava adiando o inevitável.

- Hoje de manhã eu estava andando pelo chalé de Íris, normal até então, mas... eu vi sangue, muito sangue - Ela passou a mão no cabelo descontrolada e o prendeu acima da cabeça, antes que começasse a acaricia-lo em desespero. - Era minha irmã, Helena, ela estava morta... havia um enorme corte nela, parecia que alguém tentou abri-la ao meio, e na cama, quando finalmente conseguimos pegar o corpo dela, também estava escrito algo, em sangue. Ninguém entendeu como aquilo ainda estava ali, mas estava.

- O que estava escrito?  - Gritou alguém da plateia, representando todos que não tinham voz, ou coragem para manifestá-la.

- "Esse é apenas o primeiro". – Mas quem pronunciou aquelas palavras não era Jade, muito menos sua irmã morta, mas sim uma menina desconhecida que estava na entrada do pavilhão. Usava manto, parecia um quimono, porem era totalmente branco, alguns ali podiam achar que a cor real fosse transparente. Ela sorriu e movimentou o guarda-chuva que segurava, impedindo que as gotas tocassem seu objeto.

Logo uma grandessíssima nevoa veio até todos e ela desapareceu. Com aquelas palavras, o ótimo clima de jantar que parecia nunca morrer no Acampamento Meio-Sangue, pois as notícias ruins vinham após ele, morreu.

 


Notas Finais


Espero do fundo do coração que todos estejam entendendo a forma de narrativa, peço muito que caso algo esteja confuso me pergunte.
Espero que tenham gostado do capitulo e até a próxima.


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