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História Percy Jackson - Uma nova profecia - EM REVISÃO - Júlio e Reyna. -Aprendendo á conviver com elaele part. I


Escrita por: storyteller_

Notas do Autor


Oiii : )
Como voces estão?
O motivo de estar postando TÃO tarde é porque esse domingo foi um dia muito especial e não consegui mexer no computador, mas aqui estou eu com mais um capitulo : D

Para os curiosos e ansiosos em saber o que estava acontecendo com nossa querida pretora e nosso ex-soldado temperamental, aqui está!
Espero que gostem, desculpem os erros ortográficos e até as notas finais ; D

Ps; A capa não tem NADA a ver com o capitulo, eu fiz como uma homenagem á TODOS os Pais.

Capítulo 36 - Júlio e Reyna. -Aprendendo á conviver com elaele part. I


Fanfic / Fanfiction Percy Jackson - Uma nova profecia - EM REVISÃO - Júlio e Reyna. -Aprendendo á conviver com elaele part. I

Júlio:

 -Podemos montar o acampamento aqui essa noite, é um lugar afastados e ficaremos livres dos mortais curiosos.

  Falei apontando para um ponto entre as montanhas cobertas de neve, ela porem, me ignorou, de novo, assim como tem feito desde que saímos do acampamento.

  Respirei fundo, estava começando a me irritar; já estávamos voando á mais de 24 horas, era possível sentir o cansaço do Pégaso, não deveria estar sendo fácil suportar o peso de dois semideuses por tanto tempo assim.

  Confesso que me impressionei com sua capacidade e velocidade (atravessamos quase dois Países inteiros). Resolvi tentar mais uma vez, as vezes o vento deve tê-la impedido de escutar.

 -Acho que vi uma caverna um pouco mais a frente, assim não morreremos de frio.

  Era incrível como o barulho do vento ecoava em nossos ouvidos, mas seria ainda melhor se ela me escutasse.

Cerrei a mandíbula. Quem estava agindo como criança agora?

  Isso mesmo, não precisamos dela, acabe logo com isso e fuja.

 Não! Seus amigos precisam de vocês dois para salvá-los.

Puff! Que amigos? Tudo que eles fizeram foi trocá-lo por eles e o abandonaram com uma garota que se acha no direito de mandar em todos.

Não é verdade. A profecia que mandou ser desse jeito, todos estão contando com vocês, não pode desistir agora.

Desistir do que? Ele nem conhece essas pessoas e já teve que sacrificar a vida diversas vezes, estava muito mais seguro quando passou aquelas décadas sozinho.

  Respirei fundo tentando me concentrar; a única coisa boa daquela época era que não haviam vozes falando dentro da minha cabeça.  Mas infelizmente, por mais que eu detestasse admitir, ambos os pensamentos faziam parte de mim, e era óbvio que no fundo tinha receio de que realmente fosse esse o verdadeiro motivo de ser mandado para essa missão.

  Mas é claro que esse é o único...

  Me imaginei colando uma fita em mim mesmo (a parte negativa) para que fechasse a matraca.

  Tinha que fazer as coisas de outro jeito, fechei os olhos e me concentrei.

 “Não importa o que aconteça, seremos sempre uma família e estaremos te esperando quando você voltar.”

  A imagem de Tainara apareceu em minha mente, com seu sorriso simpático e acolhedor; poucos minutos antes deles partirem em outra missão marítima.

 “Isso mesmo irmão. Nem se deixe levar pelos obstáculos. Não falharemos com ninguém. Lembre-se disso quando estiver com dúvidas ou irritado.”

  Luke disfarçado de Tobias também apareceu, com a mão em meu ombro e um sorriso confiante.

  Respirei aliviado, toda a tensão havia desaparecido; assim como acontecia quando via qualquer um dos dois. Não iria descumprir a promessa que fiz para eles.

  Em toda a minha longa vida nunca me senti tão em casa e aceito do jeito que realmente sou como quando estou perto daquelas duas pessoas; eles são minha família e não iria decepcioná-los.

 -O que está acontecendo?

  Reyna segurava com força as rédeas de Guido, tentando leva-lo para o alto novamente, enquanto olhava em todas as direções á procura do mostro ou deus responsável.

  Assim que o Pégaso pousou os cascos no chão coberto de neve saltei de seu tronco e á encarei com a melhor expressão simpática que consegui.

 -Como não conseguia me ouvir resolvi nos tirar daquela nevasca antes que virássemos picolé, e não sei você, mas eu e seu garanhão não trouxemos muitas roupas de inverno.

  Guido relinchou em resposta, porém Reyna me fulminou com o olhar e cerrou os punhos.

 -Quem te deu o direito de dizer o que eu devo ou não fazer? Você não é...

 -Ninguém eu sei. -Baixei a cabeça e sorri desanimado. -Sabe; já ouvi muito a seu respeito Reyna Ávila Ramírez-Arellano. -Á encarei vendo a surpresa de saber seu nome completo. -Mas nessas últimas 48 horas você está sendo o oposto de tudo que me falaram. Não sou nada de importante para lhe dizer o que fazer ou não, mas se realmente quer completar a missão precisa ao menos salvar a si e seu Pégaso.

  Não esperei que ela respondesse, virei as costas e entrei na caverna à minha frente sem olhar pra trás.

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Reyna:

  O crepitar do fogo era a única coisa que se podia ouvir naquele lugar; Júlio havia colocado o feitiço de proteção em todo o perímetro e a barreira magica na entrada da caverna impossibilitava que a nevasca entrasse, além disso ele também trouxera dois cobertores que se encolhiam até ficarem do tamanho de uma ervilha (isso me deixou ainda mais receosa com seu poder), mas mesmo com essas ambas proteções, fui obrigada a colocar meu moletom roxo com as iniciais do acampamento em letras douradas. Não o utilizava muito, já que o clima lá era sempre agradável, e se Nico não tivesse insistido estaria congelando agora.

 É claro que esse não teria sido o único motivo que me levaria a congelar. Por mais que detestasse admitir Júlio falou a verdade, não estou agindo como uma verdadeira líder desde o dia do ataque, fui treinada por uma feiticeira, piratas, lobos e semideuses; recebi o posto de pretora para protege-los e comandar de acordo com as leis e normas, todos em Nova Roma confiavam em mim e tudo que fiz foi  abandoná-los e ser uma completa inútil quando realmente precisaram.

  As lembranças vieram à tona, abracei os joelhos e me encolhi ainda mais; Guido deitou em cima das patas atrás de mim e passou o focinho em meu cabelo, sorri tristemente e acariciei seu pescoço. Eu quase o havia matado hoje e mesmo assim aqui estava ele tentando me consolar.

 -Sinto muito.

  Sussurrei e ele relinchou; nossas testas se colaram por alguns instantes. Júlio limpou a garganta.

 -Huuum... Aqui está.

  Ele estendeu um dos pratos do acampamento (que graças à Morpheu e Terminus não passava de um objeto comum).

 -Obrigado...

  Dentro do prato havia um enorme x-Burger que estava dando água na boca, o encarei surpresa; ele, porém não olhava na minha direção.

 -Não é tão difícil materializar ingredientes para se preparar uma refeição.

  Ele voltou a comer, concordei com a cabeça e fiz o mesmo, sem ter mais nada a dizer.

  Não havia notado o quanto estava com fome até me pegar lambendo os condimentos do lanche que haviam caído no prato. Enquanto comíamos dei para Guido algumas maças que trouxera justamente por esse motivo. Não dissemos absolutamente nada durante todo aquele tempo, e confesso que o silêncio estava um tanto quanto constrangedor.

  O barulho de algo se abrindo chamou minha atenção, olhei na direção de Júlio que desembrulhou uma barra de chocolate, partiu ela no meio e estendeu uma parte em minha direção.

 -Quer? -Ele ainda não me encarava, hesitei em aceitar e um leve sorriso brotou de seu rosto. -Não é magico se é o que está pensando. Eu sempre trago um estoque disso comigo; tenho de vários tamanhos, mas esse é o maior, já que não caberia uma barra de um Quilo no meu bolso.

  Seu sorriso aumentou e seus olhos roxos se encontraram com os meus, mas foram apenas segundos antes dele desviá-los e fechar a cara novamente.

  Agradeci pelo chocolate e o silêncio reinou mais uma vez. A sobremesa depois daquela refeição fez meus olhos pesarem e meu corpo começou a doer por voar o dia inteiro em Guido.

 -Se quiser descansar um pouco. -Júlio falou meio hesitante. -Sei que não tem dormido nesses últimos dias e estou sem sono, não me importo de assumir o primeiro turno.

 -Como sabe que...

 -Chute. -Ele deu de ombros. -Apenas juntei os fatos discutidos no acampamento com sua postura rígida durante a viagem, mesmo que consiga manter a expressão neutra, dá para ver o quanto está cansada. -Júlio fez uma pausa enquanto desenhava com os dedos no chão da caverna. -Mas não irei te obrigar a nada.

  Suspirei cansada e com uma pontada de surpresa, como que ele conseguia dizer tudo isso sem nem ao menos conversarmos direito?

  Deixei esses pensamentos de lado e me encostei em Guido, tentando cobrir a nós dois do melhor jeito possível; o Pégaso deu um último relincho baixo antes de pegar no sono; não demorou muito para que ocorresse o mesmo comigo.

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Júlio:

  Toda a minha noite se resumiu em observar, não tinha muito o que fazer naquele momento; o local estava protegido, tínhamos tido uma ótima refeição e nem sinal de perigo; é claro que na maioria das vezes me pegava á olhando.

  Não entendia como uma garota tão mandona, arrogante, ignorante, nariz empinado, inteligente, dedicada, cuidadosa, boni...

  Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos, nada fazia sentido; era impossível que a deusa estivesse falando realmente dela. Quer dizer, poderiam existir outras garotas com essa aparência certo?

  Errado! Nunca havia visto alguém como ela e mesmo que a maioria de nossas conversas acabassem em discussões ou sucatas, não conseguia evitar. Desde que passei por aquela experiencia as coisas só pioraram e agora ela aparece. Isso estava me deixando louco.

  Reyna suspirou, o que me fez encará-la novamente; estava meio sentada meio deitada em Guido; sua trança, jogada para um dos ombros e um pouco bagunçado pelo vento que enfrentou durante a viagem; a expressão era tranquila e bela, nem mesmo parecia a garota que discutira algumas horas atrás.

  O Pégaso acidentalmente arrancou sua coberta, á fazendo tremer; levantei-me por impulso e á cobri novamente, não podendo evitar olha-la...

  Desviei o olhar e tentei me concentrar em qualquer outra coisa, mas não havia

absolutamente nada para fazer naquele lugar; então simplesmente voltei a encostar na parede da caverna e fechei os olhos entrando no modo hibernação.

***

  Não tem jeito fácil de explicar como os meus métodos de pegar no sono funcionam (as vezes nem eu entendo), mas desde que os aperfeiçoei eles nunca falharam e foi graças a isso que consegui despertar antes deles;  colher gelo ao redor da caverna (em locais de difícil acesso); reacender a fogueira; derreter os pedaços; preparar o café da manhã enquanto deixava a água esfriar um pouco antes de reabastecer os cantis; lavar o rosto com um pouco do liquido; e acima de tudo, fazer um maravilhoso chocolate quente (minha bebida preferida) com uma de minhas barras.

  O cheiro á fez despertar, ela se espreguiçou e me encarou um pouco sonolenta, não consegui manter o olhar por muito tempo e me limitei a acenar com a cabeça, Reyna pareceu querer dizer algo, mas resolveu espreguiçar-se. Empurrei uma tigela com água morna; se ela estranhou o objeto ou o liquido não comentou apenas agradeceu.

  Durante o café, ovos com bacon (ser feiticeiro tem suas vantagens), não houve conversa alguma, apesar dos diversos olhares que ela me lançava toda vez que dava um gole no chocolate quente, não dissemos absolutamente nada; o silêncio era incomodo, mas por algum motivo não conseguia proferir uma única palavra.

  Depois de comermos, juntamos tudo e saímos da caverna. Guido relinchou com o frio e não foi o único a reclamar, lá dentro estava muito mais quente e aconchegante, mas tínhamos que continuar; então sem mais delongas Reyna subiu no Pégaso, fiz o mesmo e logo depois de redirecionar apenas para nós a barreira de proteção, alçamos voo pelo céu, deixando pra trás as montanhas cobertas de neve da Groelândia.

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Reyna:

  Três horas depois fizemos nossa primeira parada do dia, não foi necessário que alguem descesse á força meu Pégaso para saber que ele precisava de nutrientes.

  Se meus calculos estivessem certos estavamos prestes a sair do Pais, iriamos voar sobre uma boa quantidade de água antes de conseguirmos parar novamente, por isso decidimos que seria melhor descer. É claro que nosso diálogo não progrediu nem um pouco, só conseguimos chegar em um acordo porque ambos pensamos a mesma coisa.

  Ficamos por tempo sulficiente para que Guido se recomposse e pudéssémos reabastecer os cantis, depois seguimos a longa viagem pelo oceano não tendo nada além do vento cortante como som.

  Ao fim do dia estávamos na cidade de Isafjordur na Islândia, além de não ser muito povoada foi um dos primeiros pontos de terra firme que avistamos e não arriscaria novamente.

  Paramos no topo de uma montanha, apesar da neblina era possível ver as luzes da pequena cidade adormecida.

  Suspirei com a visão de tirar o folego, as vezes esses pequenos momentos eram o que fazia tudo valer a pena.

 -A vista é muito bonita, não é?

  Júlio apareceu ao meu lado com seu cantil na mão, ele fitava horizonte com os olhos brilhando; voltei a olhar a paisagem e concordei.

 -Às vezes as paisagens mais bonitas são aquelas menos vistas, por isso que os momentos são tão importantes.

 -É por esses momentos que faz tudo valer a pena.

  O encarei, sem saber mais o que dizer; havia pensado a mesma coisa segundos antes e ele mais uma vez me pegou de surpresa. Júlio notou meu olhar e o sustentou por com um leve sorriso, mas imediatamente ambos desviamos juntos, voltando à olhar para a vista.

  Cada um montou sua própria barraca, já que trouxera a minha Satchel (bolsa um pouco parecida com a das caçadoras, da qual guardava poções de cura, dardos tranquilizantes e uma tenda altamente portátil); não havia sido necessário armá-la na caverna, mas agora estávamos ao ar livre.

  Enquanto me distraia com a vista, Júlio foi em busca de galhos para acender a fogueira; não achei que faria isso sem magia, mas ao que parece ele prefere do jeito mais difícil, ou estava cansado de mais pra isso.

  Sou capaz de transmitir minha força para a pessoa que eu desejar, consequentemente sinto quando ela está esgotada, e era esse o caso de Júlio; o fato de estar nos mantendo sob o feitiço de proteção, preparar comidas magicamente e

não dormir á mais de 24 horas o exauriu completamente, e isso estava me deixando um pouco preocupada., 

  O barulho de Júlio chegando com a madeira me tirou dos pensamentos; o encarei enquanto ele juntava tudo em uma pilha e com duas pedras fazia faíscas, segundos depois o fogo estava acesso; Júlio havia feito uma espécie de cabana para que a fumaça não alcançasse o céu e nos deletasse para qualquer monstro, deus ou mortal curioso; as técnicas que ele utilizou para conseguir a medida exata de espaço entre as chamas e a “capa” só eram possíveis com treinamentos especializados e isso gerou ainda mais perguntas á seu respeito.

  Ainda era estranho partir em missão sem conhecer ao menos um pouco da pessoa que me acompanha; quando viajei pela primeira vez nas sombras com Nico e o Sr. Hedge, Piper me passou algumas informações para que eu me entendesse com o sátiro viciado em Karatê; e em relação á Nico, já o conhecia fazia um tempo, e apesar de não conhece-lo muito bem, tinha ao menos uma ideia de como interagir com o garoto; além do mais, a viagem serviu como uma forma de nos aproximar, e agora o via como um irmão mais novo.

  De volta á realidade, lembrei-me de algo que poderia livrá-lo de praticar mais magia por essa noite. Peguei minha mochila e tirei dois envelopes lacrados á vacuo com sanduiches, os desembrulhei e o encarei.

 -Não precisa invocar comida dessa vez. -Ergui um dos sanduiches. -Trouxe direto do acampamento e como foram embalados para a viajem ainda estão bons.

 -Invocar magia? -Julio franziu a sobrancelha.

 -O que você fez ontem á noite, hoje de manhã e a tarde. -Tentei explicar. -Com a comida... Sei que fazer muitos feitiços ao mesmo tempo podem prejudicá-lo, então hoje poderemos comer sanduiches... Á não ser que não gotes de frango desfiado, maionese e tomate.

  Ele sorriu e seus intensos olhos roxos brilharam, por algum motivo essa simples mudança de expressão fez meu coração falhar uma batida, respirei fundo e esperei pela resposta.

 -Eu gosto de qualquer coisa que seja comestivel. -O sorriso ainda era visivel. -E ter a honra de comer pela segunda vez os alimentos de Nova Roma seria ótimo. -Seu comentário deixou meu rosto levemente corado, já que fora eu que havia preparado o almoço deles (pois não havia nada nem ninguem desperto no acampamento). -Mas antes...

  Júlio pegou sua mochila com estampa verde escuro, verde e preto (como se fosse camuflada) e aproximou-se de mim; ele á abriu e começou á tirar varias coisas, primeiro um saco com dois pães para lanche, depois dois pacotinhos de hamburgueres, logo em seguida apareceram os saches de condimentos e como se não fosse o sulficiente, ele pegou uma frigideira.

 -Então é dai que voce invoca a comida? -Chutei.

 -Na verdade isso é apenas uma verssão muito melhor e bem mais aprimorada das bolsas das caçadoras. -Júlio fez uma pose orgulhosa.

 -Até onde eu sei Diana não gosta muito dos garotos e não acho que ela tenha lhe presenteado com algo dese patamar.

 -Por isso que não contavam com a minha astucia. -Ele piscou.- ...Passei um bom tempo da minha vida as observando... depois tudo que precisei fazer foi coletar algumas amostras, fazer alguns acordos e juntar tudo em uma maravilhosa engenhoca.

 -Ou seja, você só ultilizou sua magia para fazê-la?

 -Foi usado poder para criá-la, mas não meu. Os acordos que fiz me forneceram objetos mágicos necessários para que eu apenas os juntasse e aprimorasse do meu jeito.

 -Além de tudo é inventor? -Levantei uma das sobrancelhas e ele riu fracamente.

 -Não é nada comparado aos filhos de Vulcano, Atena ou Belona, já que são eles que inventam e criam as coisas. -Fiquei levemente corada com a mensão de minha mãe como uma inventora. -Mas foi graças ao Little mister celpet que nós tres não passamos fome, quando éramos apenas Tainara, Luke e eu.

  Franzi as sobrancelhas. -Litle Mister celpet?

 -Ei! -Ele fez cara de ofendido. -Uma coisinha como essa precisa de um nome bacana.

 -Pequeno senhor Celpet? -Indaguei novamente. -O que especificamente é Celpet?

 -Apenas um nome que inventei. -Ele deu de ombros e sorriu. -Também tenho um pouco de imaginação guardadas aqui comigo.

  Apontou para a prória cabeça, nós dois rimos e nossos olhares se encontraram, mas diferente das outras vezes, nenhum dos dois desviou; seus misteriosos olhos roxos causavam em mim algo que nunca pensei que sentiria novamente...

 -Riirrirrin!!!

  O relinchar de Guido nos trouxe de volta á realidade, olhei para a direção do pégaso que parecia impaciente e com fome.

 -Bom. Já que vamos comer sanduiches. -Júlio começou á guardar tudo de volta no pequeno celpet. -Acho que podemos abrir uma excesão para o garanhão ali.

  O cavalo galopou em nossa direção ao ver a caixa com meia duzia de donuts que Júlio tirou da mochila.

  Percy me falou uma vez que os Pégasos eram viciados em donuts, mas só passei realmente a acreditar nessa teoria depois de ver Guido devorar sozinho cerca de cinquenta  de uma vez só; haviamos feito para uma reunião do Senado que demoraria horas e acabamos sendo obrigados á inventar outra coisa em cinco minutos.

 -Como soube que ele gostava disso?

 -Já tive experiencias com outros Pégasos. -Júlio acariciou o pescoço do animal. -E descobri que o melhor jeito de conquistá-lo é pela barriga. -Ele pegou um donuts e deu á Guido. -Pelo menos assim não virão atras do meu cabelo. -Ambos rimos.

 -Tenho certeza que se não estivese oucupado comendo ele teria agradecido.

  Nós dois sorrimos, peguei um dos sanduiches e entreguei á Júlio. As tres primeiras mordidas ocorreram em completo silêncio, estava pronta para voltar á como eramos antes de mister celpet, mas então...

 -Em quantos dias voce acha que chegaremo no Afeganistão?

  Suspirei um pouco cansada, já faz tres dias que estamos viajando e não chegamos nem na metade do caminho; olhei para as estrelas e depois o encarei.

 -Se continuarmos vijando durante o dia, com algumas pausas, e descansando á noite... Acho que pelo menos mais uns seis ou sete dias, isso se não houver contratempos.

 -Acha que temos todo esse tempo? -Júlio parecia preocupado.

 -Sinceramente? -Ele balançou a cabeça. -Não faço a minima ideia, se Will ter sucesso em seus medicamentos será de grande ajuda, assim como Tyson tem que conseguir levar os ingredientes para o acampamento meio-sangue, além da missão dos outros que precisa ser comprida o quanto antes... -Passei a mão no cabelo, tentando manter a calma. -São tantas probabilidades e é simplesmente horrivel não saber o que esta acontecendo com eles... Se ao menos Nico conseguisse se comunicar...

  Ele pousou uma de suas mãos no meu ombro, o encarei e vi que sua expressão compreensiva e determinada.

 -Tenho certeza que todos estão bem, ficar se preocupando com isso, além de não ser saudável pode prejudicar seu desempenho na missão. -Ele sorriu. -E sei que uma lutadora como você não irá permitir que nada fique em seu caminho, muito menos falhará.

  Fiquei o encarando sem saber o que dizer, como era possivel um garoto completamente desconhecido me fazer sentir tantas coisas ao mesmo tempo?

  Menos de 24 horas antes não podiamos trocar uma única palavra sem que acabassemos  brigando; naquela mesma manhã evitávamos o olhar um do outro. E agora aqui estavamos; dividindo o calor da fogueira lado á lado, rindo de coisas bobas e compreendendo a mais pura e simples verdade, que por conta de nossa ignorância, nos recusávamos á enxergar.

  Estamos enfrentando a mesma situação, fazendo o possivel para salvar á quem amamos, ao nosso lar, o motivo pelo qual levantamos todos os dias e continuamos lutando.

  E não iremos descansar enquanto não conseguir o que queremos. 


Notas Finais


Então o que acharam?
Que confusão a deles não é mesmo? Uma hora estão brigando... E na outra estão compartilhando segredos...
Mas a aventura deles está mal começando então aproveitem ansiosos o próximo capitulo.

O brigada pelos comentários, favoritos e seguidores que estão aumentando cada dia mais. É uma honra escrever para vocês ; D

E UM FELIZ DIA DOS PAIS (bem atrasado). QUE DEUS ABENÇOE A TODOS COM MUITO CARINHO.
Que seu dia tenha sido maravilhoso ao lado das pessoas que realmente importam em nossas vidas.
Não se esqueçam que Pai é quem cria e não quem gerou; independentemente de quem sejam ; D
Tenham uma ótima semana e até a próxima : )


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