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História Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo XVII


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Olá leitores...
Aqui vai mais um capitulo fresquinho.
Boa leitura :)

Capítulo 17 - Capitulo XVII


Fanfic / Fanfiction Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo XVII

Na Terra os dias iam correndo normalmente, não fosse então toda aquela história dos deuses, mexer um pouco com o cotidiano humano. Os deuses lá se haviam reunido e chegado a um acordo a cerca do assunto “torneio”, onde os presentes ficaram a olhar para Hades feito burros. Os motivos que ele apresentara para entrar foram os mesmos, que Cristina e Aiacos haviam dito, sendo que o deus apenas teve de plagia-los. As condições dele eram simples, ninguém no submundo se envolveria em assuntos humanos durante o torneio e teriam de ter uma área reservada a eles, para não haver misturas. Seguidamente, também Poseidon exigira a Athena uma área reservada para si e para os seus Marinas, onde a deusa se viu obrigada a pensar numa forma de dividir o coliseu, para que cada divindade tivesse o seu canto.

                Nenhum deus estava autorizado a participar, sendo que aquelas batalhas seriam unicamente para os guerreiros. Tal decisão foi tomada por dois motivos. Devido a desigualdade de forças, seria desleal colocar um deus contra um guerreiro. Mas o motivo mais importante era o facto de ter que se proteger os humanos que assistiam, tendo assim de se arranjar uma forma de conter a força dos guerreiros, apenas no recinto de luta. Para isso, seriam criadas duas barreiras de proteção, recorrendo ao cosmos dos deuses. A primeira barreira ficaria situada no limite das bancadas e a segunda ficaria na zona central, precisamente onde as lutas iriam decorrer.

                Com tudo definido, o torneio seguiria em frente. Este não demorou a ser anunciado, onde Athena fez questão de frisar que todo o dinheiro da bilheteira seria revertido a causas humanitárias. Ao ver aquela notícia, Ângela fica animada, dando pulinhos de alegria ao ver uma possibilidade de encontrar a amiga novamente.

- Qual é o motivo de tanta felicidade? – Filipe aproximava-se com um sorriso, ao ver a loira contente atrás do balcão.

- Nada que te interesse! – Ao vê-lo, Ângela fecha a cara, pois encontrava-se chateado com ele e os restantes, por terem vendido o relato daquela noite.

- Ah vá lá! Vais ficar amuada até quando?

- Até deixares de ser idiota, seu vendido! – Ela cruza os braços e afasta-se, não querendo mais conversa com ele.

- Então não estás interessada no que tenho para te dizer? – Ele sorri de canto, analisando-a. – Já soubeste que vai haver um torneio?

- Já, por acaso já soube… E tenciono ir!

- Os bilhetes já esgotaram… - O moreno solta no ar.

- Ai não! – A desilusão, no rosto da loira, fica estampada, não acreditando que aquilo esgotara assim tão rapidamente.

- Sorte a tua que tens um amigo espetacular que conseguiu comprar dois bilhetes! – Filipe vai ao bolso das calças e tira de lá os dois bilhetes, abanando-os a frente dela. – Pena estares chateada comigo, parece que vou ter de arrumar outra companhia.

- NÃOOOOO, NEM TE ATREVAS!! – Ela grita com ele, e corre para fora do balcão, tirando os bilhetes da mão dele rapidamente. – Capo-te se fazes isso!

- Então, já não estás chateada comigo?

- Estou na mesma, mas acho que consigo suportar a tua presença… - Ela frisa, tentando mostrar-se superior. 

- Ainda bem… Deves-me 550€ pelo bilhete. – Filipe pisca-lhe o olho e dá costas, deixando a loira de boca aberta por conta do exagerado preço.

                Apesar de tudo o que acontecera, Filipe havia sido a pessoa que mais a apoiara ao longo daqueles anos. Várias vezes se haviam chateado por conta daquele assunto, principalmente quando ele contara a Ângela, que se havia envolvido com algumas garotas, pouco tempo depois do desaparecimento de Cristina. Ainda assim, a loira sempre acabava por o desculpar, pois ambos haviam sentido na pele a perda de uma pessoa que lhes era muito querida.

                No submundo, mais propriamente nos Campos Elísios, Thanatos e Hypnos discutiam mais uma vez. O assunto do dia era a participação de Cristina no torneio, a qual o deus da morte se opunha a força toda. Os dois encontravam-se no templo de Hades, sentados numa grande mesa, tendo o soberano a observar os dois com cara de estúpido.

- Qual é o problema? – Questiona Hypnos, já a perder um pouco da paciência que o caracterizava. – Ela está mais do que pronta para rebentar alguns cavaleiros…

- Eu não a treinei para isto! – Thanatos bate com a mão na mesa, fazendo Hades levantar o olhar do bolinho que comia tranquilamente. – Não a treinei para ser uma atração de circo, mas sim para ser uma guerreira!

- Como é possível dizeres uma coisa dessas, Thanatos? – Daquela vez, Hypnos irrita-se realmente. - Deixa a menina viver, pára de cortar as asas dela constantemente…

- Hypnos tem razão! – Hades pronuncia-se, chupando os seus dedos, para retirar o açúcar que tinha ficado neles. – Ela está viva, ainda…

- Não quero que ela se magoe ou fique em risco por conta de uma futilidade! – Thanatos responde friamente.

- Já te disse que nada de mal acontecerá. Tudo o que acontecer dentro das barreiras, fica nas barreiras, Thanatos. Ninguém vai morrer e mesmo que se firam, basta saírem da barreira e tudo volta ao normal. – Hades pega mais um bolinho, sorrindo maliciosamente para ele. – O nosso cosmos é milagroso e combinado então nem se fala… Aquilo irá tornar-se um território neutro, onde a morte nem sequer tem espaço! Além disso, vocês acham mesmo que Athena iria permitir que os seus preciosos cavaleiros corressem risco? Claro que não!

                O bolinho não demorou a ser devorado por Hades, que se deliciava com os doces daquele pequeno paraíso. Os irmãos apenas o observavam, estranhando o facto de ele agora se dedicar aos bolos.

- Mesmo assim… - Thanatos abana a cabeça e volta ao assunto de antes.

- Deixa-a Thanatos! Se alguma coisa de mal tiver de lhe acontecer, duvido muito que as Moiras te deiam tempo para agir, desta vez. – Aquelas palavras de Hypnos fizeram-no arregalar os olhos, pois nunca mais havia pensado nelas e na ameaça que estas poderiam ser para a frágil vida de Cristina. – Deixa-a viver enquanto pode.

                Com aquelas palavras do irmão, Thanatos levanta-se e não diz mais nada. Saiu do salão com a cara fechada, deixando Hades confuso com aquela atitude.

- Que bicho é que lhe mordeu? – Hades olha Hypnos, na esperança que ele o elucidasse.

- Não é nada. Deve ser stresse por causa de toda esta nossa exposição. – Hypnos mentiu, sabendo muito bem qual era o real motivo para aquela atitude de Thanatos.

                Embora tivesse incentivado o irmão a seguir em frente com aquele envolvimento, Hypnos sabia que um dia aquilo teria um fim, quer Thanatos quisesse ou não. Não iria adiantar colocar Cristina numa redoma, na tentativa de a proteger de todos os males, pois até mesmo essa redoma podia quebrar e os estilhaços caírem sobre ela. O deus do sono pensava de forma racional a cerca de tudo aquilo e como sempre, tentava aconselhar o irmão da melhor forma, uma vez que este se deixava facilmente levar pelas suas emoções.

                Enquanto descia a elevação, onde o templo de Hades estava situado, Thanatos olha Cristina ao longe, enquanto esta meditava a beira de um pequeno lado de águas cristalinas. Respirou fundo, apenas comtemplando aquela imagem, não conseguindo conformar-se com as injustiças que ambos podiam sofrer a qualquer momento. Caminhou pesadamente até ao local onde ela estava, sentando-se ao seu lado, observando unicamente as águas do lago para não incomodar a meditação dela.

- Sinto um cosmos particularmente agitado por aqui… - Ainda de olhos fechados, ela sorri, fazendo o deus olhar para ela. – Que aconteceu?

- Nada, este torneio está a dar comigo em doido! – Cristina finalmente abre os olhos, pegando a mão de Thanatos, onde deposita um beijo.

- Relaxe, vai correr tudo bem. – Ao ouvir aquelas palavras da boca dela, Thanatos fecha ainda mais o cenho, como se sentisse um mau pressentimento a volta de tudo aquilo. – Além disso, vai ser a minha oportunidade de demonstrar aquilo que aprendi com vocês.

                O deus nada respondeu, perante a ansiedade dela de se querer mostrar diante deles. De mostrar que estava a altura dos deuses que dedicaram o seu tempo a treiná-la.

- Não é por minha vontade que vais participar neste torneio. – Thanatos solta finalmente, deixando-a admirada. – Mas visto que tenho Hypnos e Hades contra mim nessa questão, acho que vou ter de ser obrigado a ceder.

                O deus simplesmente levanta-se, deixando Cristina confusa, pois ela não tinha qualquer conhecimento do desagrado dele naquela questão.

- Thanatos! – A loira ainda chama o deus, mas este segue o seu caminho, sem olhar para trás.

                Ela não consegue deixar de ficar um tanto abanada ao saber daquilo, contudo não iria recuar na decisão de entrar no torneio. Decidiu que iria dar o melhor de si, para ganhar aquilo e mostrar a Thanatos que não havia nada para se preocupar. Encolheu os ombros e voltou a meditar, desligando completamente de tudo a sua volta.

Uns dias antes do início do torneio, os deuses e os espectros haviam-se deslocado para o castelo na terra, aguardando ansiosamente a chegada daquele dia. A lua encontrava-se alta naquela noite, refletindo a sua luz na varanda onde Thanatos bebia um vinho, tranquilamente. Seus pensamentos voavam para longe, nomeadamente para Cristina e para o corpo despido da mesma, fazendo o deus sorrir maliciosamente, sem dar conta disso.

- O que te faz sorrir assim, Thanatos? – Ao ouvir a voz de Hades atrás de si, o deus apenas se ajeita na cadeira, olhando o mesmo que não demora a sentar-se a sua frente.

- Nada de especial. – O deus da morte dá um gole no seu vinho, empurrando um copo e a garrafa para Hades.

- E a Cristina onde está? – Enquanto enchia o copo, o moreno faz questão de perguntar, pois até que gostava da companhia da loira.

- A dormir… - Thanatos responde de forma indiferente, ao sentir-se analisado por Hades que saboreava o vinho tal como ele.

- Pena! Tinha esperanças que ela estivesse por aqui.

- Amanhã começa o torneio e ao contrário de nós, ela precisa descansar.

- Não pude deixar de reparar o quão protetor és com ela. – Hades ergue uma sobrancelha, o fitando. – Era suposto ser ao contrário. Ou estarei eu enganado?

- Não está! – Thanatos cruza os braços, temendo o rumo que aquela conversa poderia levar. – Acho que me afeiçoei a ela, só isso…

                O deus do submundo coça o queixo, analisando as palavras e a expressão de indiferença de Thanatos.

- Não é só isso! – Ao dizer aquilo, Hades prende a atenção do prateado de rompante. – Tu estás diferente em algum ponto. Tu tens medo de a perder!

                Apanhado completamente desprevenido, Thanatos fica sem saber o que dizer, apenas fitando Hades diretamente em seus olhos. Não podia mentir, mas certamente que conseguiria ocultar factos que não tencionava revelar.

- Eu tenho sim... – Aquilo em nada admira Hades, que apenas dá um gole no seu vinho. – Eu a salvei porque vi algo diferente nela, que ainda não consegui descobrir o que é. Mas que não deixou de ser o meu objetivo, mesmo que meu foco se tenha perdido um pouco.

- Mas não é só isso, Thanatos…

- Não, claro que não. Eu habituei-me a presença dela, de conversar com ela… - Thanatos sorri de canto e enche o seu copo antes de prosseguir, na esperança de rematar aquele assunto. – Mas isso até o senhor aprecia, não é mesmo?

                Um subtil levantar de sobrancelha da parte de Thanatos, fez Hades dar um gole no vinho, pois não contava que o prateado tivesse reparado nisso.

- Quer dizer, não é bem assim… - Hades começa a engasgar-se, sob o olhar atento do prateado.

- As vezes tenho até inveja do Hypnos. – Ao ver que havia conseguido desviar um pouco o assunto, Thanatos corta as palavras de Hades e encosta-se na cadeira descontraidamente. – É sempre ele que ela procura para conversar ou simplesmente, para pedir conselhos.

- Possivelmente identificou-se mais com ele. Ou então ele tem mais paciência pra ela.

- Pois, vai entender… - Ao ver que daquela vez tinha-se livrado, Thanatos levanta-se. – Vou dar uma volta por aí, até mais tarde.

- Bom passeio… - Hades levanta o copo e encosta-se tranquilamente na cadeira, deixando que o silêncio daquela noite o levasse para longe.

                O mais rápido que conseguiu, Thanatos afastou-se daquela varanda, respirando um pouco mais aliviado. Era impossível mentir a Hades e dar a volta aquela situação, não havia sido fácil. O deus simplesmente caminhou pelo corredor, parando diante da porta do quarto, onde a loira dormia tranquilamente. Decidiu entrar, abrindo a porta devagar, para que ela não acordasse. O quarto encontrava-se mergulhado na mais perfeita escuridão e Cristina completamente tapada com a roupa da cama, incluindo a cabeça.

                O prateado apenas sorriu ao ver a cena e lentamente, foi retirando as suas roupas, para poder deitar do lado dela e repousar um pouco, na sua companhia. Ao levantar os lençóis, Thanatos encontrou Cristina ferrada a dormir, completamente esgotada devido aos últimos treinos que tivera com ele. O deus simplesmente se deitou ao lado dela, a puxando para os seus braços com cuidado, como fizera todas as noites desde que haviam chegado ali. Mas ao contrário das outras noites, hoje deixá-la-ia dormir, ficando apenas a velar o seu sono e a aquece-la, naquela noite que se mostrava fria. 


Notas Finais


Thanatos dando a volta, impecável XD
Se bem que eu acho que ele conquistava o Hades, mais facilmente, com bolo de chocolate :v
Espero que tenham gostado.
Bjnhs e até ao próximo :3


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