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História Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo II


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Hello leitores.
Então, aqui está o segundo capitulo da fic.
Como o primeiro está curtinho, o segundo sai mais cedo. Espero que gostem.
Boa leitura :)

Capítulo 2 - Capitulo II


Fanfic / Fanfiction Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo II

Como planeado, os deuses foram para a Terra, em busca de quebrar um pouco aquele tédio em que haviam mergulhado. Começaram pela Rússia, um lugar extremamente frio, mas cheio de mulheres lindas, fazendo-os quase lembrar os Elísios. Contudo, puderam notar que muita da beleza era artificial e isso em nada os agradou, principalmente a Thanatos, que bufava de frustração. Para além disso, o lugar era frio demais e a única maneira de se aquecerem devidamente, era beberem um líquido estranho, que lhes queimava demasiado a garganta e os deixava tontos ao final de alguns copos.

                Decidiram mudar de país, desta vez para um mais quente. O destino escolhido pelos dois foi o México, depois de muito discutirem enquanto olhavam o mapa. O ambiente era bem mais descontraído que o anterior, contudo a música em nada lhes agradou. Para piorar, o calor era simplesmente sufocante, o que os confinava a pequenos tascos onde a sombra batia o dia todo. O deus da morte apreciava mais as mulheres do que o seu irmão, notando que também ali eram belas e menos artificiais, contudo ainda não faziam bem o seu género.

- Bom, Thanatos temos de escolher outro lugar, de preferência com um clima mais favorável… - O deus do sono faz uma pausa, analisando o irmão antes de continuar. - … c-como nos Elísios.

- Hypnos, não há disso aqui. Não há um clima temperado como nos Elísios!

- Mas certamente que há algum lugar, minimamente parecido! – O deus pega no mapa-múndi e começa a ver outros locais. – Ora bem, no hemisfério norte é primavera, já no sul é outono… Contudo não podemos ir muito para norte, nem muito para sul, pois está frio na mesma. Também não podemos ficar perto do equador, pois está calor…

- Se calhar o meio, num dos dois hemisférios, seria uma boa opção, senhor inteligência máxima… - De forma azeda, Thanathos intervém. – Que tal este aqui?

                O deus aponta para um pequeno país, esquecido no sul da Europa. Ambos analisaram a possibilidade e decidiram que não seria má ideia experimentar. O deus do sono ainda tentou sugerir a Grécia, mas deuses gregos na Grécia seria um tanto cliché, segundo Thanatos.

- Ora deixa ver como se chama este lugar… Portugal! Quase que o nome é maior que o país… - Thanatos riu ao ouvir o irmão dizer aquilo, algo que ele já não fazia há algum tempo.

- Vamos lá para o tal de Portugal! - Apressadamente, Thanatos levanta da cadeira, esperando o irmão de forma impaciente, como sempre. - Pude notar que os humanos vestem-se de forma diferente, talvez não fosse má ideia a gente vestir-se como eles.

- Daqui a nada estás a acreditar no pai natal também, não?

- Foi apenas uma sugestão… que eu acho totalmente válida.

- Tudo bem! Vamos lá…

                Ambos foram para o seu destino, começando a usar fato e gravata, como pessoas importantes que eram. Uma coisa era certa, nunca mais receberam olhares estranhos das pessoas quando passavam na rua e de certa forma, até se sentiram bastante elegantes nas aquelas roupas. Ao chegarem ao seu destino, decidiram começar pelo norte do país, constatando que ali, não fosse o vento, até que era bem agradável o clima. Caminharam calmamente ao longo da praia, descontraindo com a paz e o sossego do local, onde vários humanos corriam e outros simplesmente passeavam, como eles.

- Acho que finalmente encontramos o lugar ideal… - Pronuncia-se Thanatos, sentindo a brisa marinha bater no seu rosto. – Não fosse os humanos, isto seria totalmente perfeito…

- Não é como os Elísios, mas serve! – Hypnos responde calmamente. Tentava ainda chamar o seu irmão a razão, na tentativa que ele desistisse daquela ideia.

                Com a conversa, nem repararam numa menina que corria apressadamente pelo passeio. Esta, também distraída e atrasada para o trabalho, esbarra em Thanatos com violência e deixa cair um monte de livros que trazia nos seus braços. O deus nem se mexeu do lugar, fechando a cara perante o sucedido.

- Ai meu deus! Desculpe senhor, eu não o vi… - A menina simplesmente baixa-se para apanhar os livros, meia constrangida pelo sucedido. Assim que se levanta, dá de caras com Thanatos, mal-encarado a fita-la com raiva.

                A menina possuía cabelos loiros, que lhe davam pelo meio das costas e que possuíam ondas perfeitas. Para completar o cenário, uns olhos de um azul cristalino e uma pele alva. Esta ao olhar o deus, não pode deixar de admirar a sua beleza, um tanto incomum era facto, mas ainda assim muito bela. Contudo, perante o semblante sério de Thanatos, ela apenas baixou o seu olhar, corando pela vergonha de ter esbarrado nele.

- Desculpe senhor, foi sem intenção.

- Não há problema. Acidentes acontecem. – Hypnos intervém, ao notar que o seu irmão recorria a toda a sua calma para não a pulverizar.

- Eu tenho de ir, mais uma vez desculpem o incómodo. – A menina não pode deixar de reparar também em Hypnos, que em quase tudo era igual ao homem em quem ela tinha esbarrado. Mas como estava atrasada, deixou o assunto de parte e seguiu viagem.

                O deus do sono voltou-se para trás e ficou a vê-la ir embora, apenas perdendo de vista os belos cabelos loiros, no horizonte.

- Bonita, não? – O loiro encontrava-se com um sorriso estupido no rosto, quando se voltou para o irmão.

- Maldita humana! – Resmunga Thanatos. – Devia mata-la por se atravessar no meu caminho!

- Estás a ver! É precisamente por isso que eu vim contigo… - Hypnos logo volta a caminhar, deixando o irmão para trás. – Foi sem querer Thanatos, estás na Terra! Tens de ser um pouco mais tolerante.

- Ah mas não mesmo! – Ainda a remoer o sucedido, Thanatos dá costas ao irmão, seguindo o mesmo percurso que a menina havia feito, determinado a fazê-la pagar por aquilo.

- Thanatos!! Volta aqui… - Hypnos apenas revirou os olhos e logo foi atrás do irmão, pronto a impedi-lo de cometer uma loucura. – Definitivamente, não ganho para isto!

                Os tacos dos sapatos pretos do deus da morte ecoavam fortemente pelo caminho, demonstrando o descontentamento do próprio. Caminhou ainda um bom bocado, mas nem sinal da moça, o que o deixou frustrado.

- Pra onde ela foi? – O prateado olhava para todos os lados, mas nem sinal dela.

- Talvez tenha voado para longe de ti!- Hypnos riu, divertindo-se com a cara do irmão.

- Não tem graça Hypnos!

- Claro que tem… Foste tu que quiseste vir para aqui. Não podes sair por aí a matar humanos só porque esbarram em ti…

- Maldição! – Solta Thanatos entre dentes, capaz de matar um qualquer, só para aliviar a sua fúria. No entanto, uma música chama a atenção do deus, vinda de um bar a beira da praia.

- Que tal ir beber algo, enquanto olhamos o mar e imaginamos mil e uma formas de acabarmos com Poseidon? – Hypnos parecia quase a imaginar a cena dali, o que o fez rir descontraidamente. Tocou no braço do irmão com o cotovelo e começou a descer para a praia em direção ao bar. – Anda Thanatos, estás a precisar relaxar.

                Contrariado, o deus lá seguiu o irmão, colocando as mãos nos bolsos das suas calças. Ao chegar ao local, não pode deixar de reparar no seu requinte. Todas as paredes eram em vidro, dando uma perfeita visão para o exterior, sobretudo para o mar. Devido a esse facto, era também bem iluminado, contrastando na perfeição com a mobília preta e os espelhos atrás do bar e no teto. Os dois escolhem uma mesa a beira da janela, onde se sentaram descontraidamente a apreciar a paisagem.

- Mais calmo? – Pergunta Hypnos, imensamente divertido com tudo aquilo. – Vou-te dizer, não esperava divertir-me tanto!

- Já me arrependi de ter vindo para cá… Estes humanos são nojentos!

- Menos Thanatos! – Hypnos repreende o irmão, sorrindo de canto ao ver a empregada de mesa aproximar-se.

- Olá, boa tar-d-e… - A emprega era a mesma menina que havia esbarrado em Thanatos. Ela, que chegara toda simpática, perdera a voz ao olhar novamente o mal-encarado do deus. Não sabia por que razão mas ele provocava-lhe calafrios. – Em que posso servi-los?

- Para mim pode ser um chá preto… - Pede Hypnos com a maior simpatia que conseguia. – Thanatos?!

- Que foi? – Pergunta o deus da morte, amuado.

- A menina está a espera! Vais querer alguma coisa?

- Que ela suma!! – Responde ele de forma arrogante, fazendo a menina sentir-se constrangida.

- Então Thanatos? Deixaste a educação em casa hoje? – O irmão repreende-o, olhando depois para a menina, que estava notoriamente desconfortável com aquela situação. – Traga-lhe um Whisky, o melhor que tiver aí. Alguém está a precisar de animo hoje.

- Com certeza! – A menina dá costas aos deuses, fazendo Thanatos fechar ainda mais a cara.

- Ainda por cima, vira-nos as costas. Sério, estes humanos… - Resmunga ele, passando a mãos pelos cabelos acinzentados para os tirar da frente do rosto.

                O deus do sono apenas abana a cabeça e ri. Não demora para a menina trazer os pedidos, pousando-os a frente de cada um, sentindo-se nervosa com a presença de Thanatos. Tudo correra bem, mas assim que ela se volta para ir embora, a mão forte do deus agarra o pulso dela, assustando-a ainda mais.

- Qual é o seu nome? – Thanatos fita os olhos dela, como se lhe lesse a alma, o que prendeu a sua atenção como se fosse um feitiço.

                Naquele singelo momento, o deus da morte viu nela, algo que nunca havia visto em nenhum humano, o que fez toda a sua raiva pela menina simplesmente desaparecer. Através dos olhos azuis cristalinos da jovem, ele conseguia ver a sua alma e o que ela sentia naquele preciso momento. Ela o temia, mesmo sem saber quem ele era.

- Cristina! – Responde ela, um tanto receosa.

- Está bem! – Tão depressa como a agarrou, ele a solta, voltando a sua atenção para o copo a sua frente.

                Aquela atitude suscitara uma certa intriga em Hypnos, não pela pergunta em si, mas pelo facto dele a ter tocado, algo que ele abominava, por achar os humanos nojentos. A loira, confusa com aquela situação, apenas dá costas, voltando para o seu serviço. Contudo, não pode deixar de nota que a pele da mão dele era macia, macia até demais para um ser humano comum, o que a fez olhar para ele novamente, intrigada. Os deuses ficaram por ali um tempo, aproveitando para ver o por-do-sol, que era magnífico naquele lugar.

- Aqui está algo que não se vê nos Elísios. – Pronuncia-se Hypnos, admirando aquela bela imagem. 

                O irmão nem lhe responde, pois estava demasiado interessado em observar a loira, que trabalhava incansavelmente. Notou que ela tinha um sorriso bonito e não compreendia porque apenas ele não o havia recebido, afinal era um deus e devia ser tratado melhor que qualquer humano.

- Porque que ela não me trata da mesma forma, que trata aqueles humanos? – Solta Thanatos no ar.

- Ah não sei Thanatos. Talvez porque a tua simpatia com ela foi tão grande, que até chegou aos céus! – Responde Hypnos sarcástico, enquanto terminava o seu chá.

- Eu sou um deus, não tenho de ser simpático com ela para receber a sua simpatia. – Realça Thanatos mal-humorado.

- Um deus disfarçado de humano… - o loiro relembra-o, pousando os cotovelos em cima da mesa para o encarar. – Cada um tem o que merece, Thanatos. Assim dizia o velhinho, que encontrei mal cheguei neste lugar.

                O prateado fechou ainda mais a cara e levantou-se, decidido a ir embora dali. O irmão apenas respirou fundo e levantou também, atirando uma nota para cima da mesa, caminhando para a saída logo em seguida. Ao saírem, Thanatos olha a loira profundamente enquanto passava, fazendo-a arrepiar-se.

- Que se passa Cristina? – Uma colega de trabalho, que se encontrava ao seu lado, não pode deixar de notar na palidez da amiga naquele momento.

- Não foi nada Ângela! – A loira dá um sorriso amarelo a amiga e dá costas, voltando ao trabalho.

                A sua amiga possuía cabelos, igualmente, loiros e compridos e uns olhos azuis-esverdeados. As duas eram um tanto parecidas, embora não tivessem nenhum grau de parentesco. Ângela apenas encolhe os ombros e volta também para o seu serviço, nem reparando em Thanatos e Hypnos que abandonavam o local.  


Notas Finais


Thanatos é mesmo assustador quando quer, para não falar mal educado. Pobre moça XD
Enfim, vamos ver o que segue com os gémeos e se vão gostar da estadia.
Bjnhs e até ao próximo


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