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História Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo III


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Ola leitores :)
Então como foi esse domingo?
Aqui vai mais um capitulo. Vamos ver os que os deuses vão aprontar dessa vez. :P
Boa leitura :)

Capítulo 3 - Capitulo III


Fanfic / Fanfiction Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo III

                Alguns dias já se haviam passado, desde do encontro dos deuses com aquela menina loira e graciosa. Esta por sua vez, não conseguia tirar da cabeça aquele homem, que lhe dava calafrios mas ao mesmo tempo a fazia suspirar, devido a sua beleza. Não havia falado daquilo com ninguém, nem mesmo com Ângela, que era a sua melhor amiga. Também nunca mais vira os dois, o que a deixou um tanto frustrada, mas talvez fosse melhor assim.

                Na pausa do almoço, as duas amigas encontravam-se na esplanada daquele bar, aproveitando aquela breve pausa a que tinham direito. Conversavam sobre coisas de meninas, rindo que nem loucas pela estupidez a qual levava a conversa. No entanto, o semblante de Cristina altera-se de repente, intrigando a amiga.

- Que foi? – Ângela fica um tanto inquieta pela mudança da amiga. – Parece que viste um fantasma mulher…  

- Aqueles dois, de novo… - Cristina apenas solta no ar, ao ver os deuses entrarem no bar novamente.

- Eh pah… - A amiga apenas solta um assobio ao vê-los, lindos e imponentes, a entrar ali e a escolher uma mesa. – Conheces?

- Não propriamente…

- Fiquei a perceber o mesmo!

                A jovem respirou fundo e encarou a amiga, pousando o garfo no prato, perdendo completamente a fome. Contou tudo a ela resumidamente, deixando Ângela um tanto perplexa com o que ouvia, mas ao mesmo tempo com uma pontada de inveja.

- Ai! Sério, ele dá-me medo! – Cristina desviou o olhar para Thanatos, que se encontrava distraído a olhar pela janela.

- A mim dá-me outra coisa. – A amiga morde a ponta do dedo indicador, olhando os dois irmãos. – E o loiro, também é arrogante?

- Não, pelo menos ainda não foi. Mas deve ser tudo farinha do mesmo saco…

- Pois, roupa de griffe e tal. Possivelmente são mais dois riquinhos sem nada para fazer… - A moça desvia o olhar para um jovem que se aproximava das duas. O rapaz tinha porte atlético, alto e de cabelos castanhos-claros. A pele, bronzeada pelo sol, fazia os olhos esverdeados sobressaírem ainda mais. – Olha quem é ele… Então Filipe?

- Olá meninas! – O rapaz aproximou-se e baixou-se sobre Cristina, dando um beijo em seus lábios e logo em seguida senta-se a beira delas. – Tudo bem por aqui?

                O deus da morte, que reparara no rapaz, fechou a cara assim que o viu beijar a loira que prendera a sua atença, algo que não passou despercebido aos olhos de Hypnos.

- Oh que fofo, ela tem um namorado. – Brincava o loiro com a situação. – Não é uma ótima notícia?

- Quê? – Responde Thanatos confuso.

- Pára de olhar para ela Thanatos, estás a ser ridículo. – O deus, que lia o jornal, repreende o irmão pela sua atitude, começando a achar estranho todo aquele interesse da sua parte.

- Cala-te! – O deus da morte desvia o olhar para o seu copo, bebendo todo aquele liquido de uma vez.

                Sentia-se estranho desde da primeira vez que a vira, algo que começava a irritá-lo. Não compreendia porque se sentia incomodado com a presença daquela menina, nem por que motivo se sentia irritado ao vê-la junto daquele rapaz. Simplesmente tentou distrair-se, olhando o mar pela janela e quando reparou, já as duas amigas haviam voltado para o trabalho e o moço desaparecido.

                As horas foram-se passando e logo foi tempo de Cristina voltar para casa. Caminhava ela tranquilamente, com os livros da faculdade entre os braços, pensando naquele homem misterioso que insistia em não sair da sua mente, embora sentisse medo dele.

- Thanatos! – O nome saiu-lhe da boca quase num sussurro, ao lembrar-se do dia em que o conhecera.

Era um nome incomum, tal como a beleza que ele possuía, mas que ainda assim não soou de forma estranha aos seus ouvidos. Pensou que talvez ele fosse famoso, uma celebridade e decidiu fazer uma pesquisa rápida assim que chegasse em casa. A primeira coisa que fez, assim que lá chegou, foi ligar o seu computador e pegar um copo de vinho, para a entreter durante a pesquisa. Colocou uma musiquinha ambiente, um tanto agitada enquanto trocava de roupa, para uma mais confortável. Pegou no copo e foi a dançar até ao computador, onde se sentou um tanto animada. Escreveu aquele nome, um tanto estranho, no motor de busca, achando que seria necessário mais nada, pois certamente não haveria muita gente com o nome Thanatos. O sorriso animado de antes, dera lugar a uma expressão confusa. Os seus olhos fixaram-se na tela brilhante, chocados com o que ela lia ali. Estava a espera de um modelo, um ator ou até mesmo um político, mas tudo o que lhe apareceu foi artigos referentes a mitologia grega.

- “Thanatos, ou a Morte, é um nome grego masculino.” – Ela começou a ler em voz alta, tentando assimilar aquilo que li, usando o vinho no copo para a ajudar nesse quesito. – “Filho da Noite, que o concebera sem o auxílio de nenhum outro deus, irmão do Sono, Hypnos, e inimigo implacável do gênero humano, odioso mesmo aos Imortais. Fixou a sua morada no Tártaro, segundo Hesíodo, ou diante da porta dos Infernos, segundo outros poetas.”. Não pode ser…!

                A loira fica petrificada a olhar para a tela, não que acreditasse muito no que a sua mente estava a tentar dizer, mas a verdade é que ele dava-lhe medo e provocava-lhe calafrios apenas com um olhar. Movida pela curiosidade, Cristina continuou a sua pesquisa, na esperança de encontrar algo mais, diferente de tudo aquilo que lia. Uma coisa que lhe suscitava uma certa curiosidade, o irmão dele. Não sabia o seu nome, apenas o de Thanatos, mas e se o irmão se chamasse Hypnos? Seriam eles deuses ou apenas loucos que tentavam fazer-se passar por um? Sinceramente ela preferiu a segunda opção. Olhou para o pulso que Thanatos tinha agarrado, quando perguntou o seu nome e sentiu medo. Medo de ter sido marcada pela morte em pessoa!

- “Thanatos era representado por um homem de cabelos e olhos prateados…”. – Aquela informação choca um pouco mais a loira, precisamente por causa das semelhanças. – Só pode ser coincidência! Aquilo só podem ser lentes de contacto! “… ou então como uma nuvem, também ela prateada. Também podia aparecer na figura de anjo morto ou anjo vivo, de aspeto juvenil. Era dito que o seu coração era feito de ferro e as entranhas de bronze.”. Bem, coração de ferro ele aparenta ter…

                Riu sozinha diante da tela, achando toda a sua suspeita uma verdadeira idiotice. Afinal, deuses gregos mitológicos, não eram mais que isso, mitologia. A campainha da sua casa toca, assustando a jovem que estava concentrada naquele assunto. Fechou rapidamente o browser e foi até a porta, surpreendem-se com quem se apresentava diante dela.

- Filipe? – Ela pergunta um tanto sem graça. – Que estás a fazer aqui?

- Vim-te buscar! – Responde ele como se frisasse o óbvio.

- Ai eu esqueci-me! – Olhou o relógio, vendo que o tempo havia voado enquanto fazia aquela pesquisa sem sentido. – Eu vou arranjar-me rapidinho.

                O jovem apenas abana a cabeça e entra na casa, fechando a porta atrás de si. Enquanto Cristina se arranjava, Filipe sentou-se no sofá a ver televisão, completamente distraído e fazendo de conta que estava na sua própria casa. Haviam combinado com a Ângela e mais alguns amigos, de saírem naquela noite, para poderem aproveitar do fim-de-semana e de algum tempo de folga. A loira rapidamente se arranja e junto com o namorado, sai de casa em direção a um restaurante, onde alguns amigos já os aguardavam. Entre copos e comida, Cristina foi esquecendo o assunto Thanatos e simplesmente entregou-se a diversão daquela noite. O pequeno grupo decidiu ir até a praia depois do jantar, levando algumas garrafas com eles.

                Bebiam e riam descontraidamente, aproveitando aquele pequeno momento de embriaguez parcial para jogar alguma conversa fora, sem qualquer sentido ou nexo. Contudo, aquela distração poderia sair-lhes bastante cara. Um grupo de homens começa a aproximar-se do grupo de amigos, com intenção de os assaltar e quem sabe, fazer mais alguma coisa. Os rapazes do grupo, incluindo Filipe, logo se levantaram e peitaram os homens, porém tiveram de recuar pois estes estavam armados.

- Passem para cá as carteiras! – Ordenou um dos homens, apontando a sua arma. Como nenhum deles obedeceu, oferecendo resistência, este apenas agarra o pulso de Cristina, que se havia afastado um pouco do grupo, ao assustar-se com tudo aquilo. Puxou-a bruscamente, apontando a arma para a lateral do corpo dela. Esta encontrava-se aflita, não só pela arma apontada a si, como também pelo braço a volta da sua garganta que a sufocava. – VAMOS, OU ELA MORRE.

- Calma! Podes levar tudo… - Filipe logo atira a sua carteira e o relógio para perto do homem, temendo pela vida da loira.

                Enquanto se encontrava naquela situação, Cristina lembrou-se do que lera e o medo tomou conta dela novamente, pensando que realmente havia sido marcada pela morte em pessoa. Chorou pesadamente ao pensar naquilo e não tanto pela situação em que se encontrava!

- Vocês humanos são mesmo nojentos. – Uma voz rouca que demonstrava desprezo, assustou o homem que mantinha a loira presa.

                Tanto os seus amigos como os assaltantes olharam assustados, para a penumbra de onde vinha a voz. A silhueta de um homem, com cabelos longos e incomuns, começou a formar-se e a caminhar em direção a eles, com as mãos dentro dos bolsos. Não demorou para que os cabelos e olhos prateados ficassem expostos, revelando a identidade de Thanatos, que seguira a loira desde que ela sairá de casa até aquela altura. O homem, que detinha Cristina, recou alguns passos enquanto o deus aproximava-se. Ângela, que assistia a tudo e tremia de medo, não demorou a reconhecê-lo e arregalou os olhos, ao ver a coragem que ele tinha ao peitar um bando de homens armados.

- Nem mais um passo! – Ordenou o homem ao deus, que apenas riu.

- Eu não aceito ordens de humanos! – O grupo de homens armados apenas se entreolharam, começando a ficar receosos, pela falta de medo que Thanatos demonstrava e apontaram as suas armas a ele, na tentativa de o demover a aproximar-se.

                Um deles sucumbe ao medo e atira sobre Thanatos, sendo seguido pelos outros. As balas que eles atiravam, nenhum efeito tiveram sobre o deus, estragando-lhe apenas e unicamente as roupas elegantes. Todos recuaram perante aquilo, ficando atónitos. Os amigos de Cristina ficaram confusos, não entendendo como era possível aquele homem não ter morrido, depois de receber dezenas de balas.

- Solta a moça, verme! – Ordena o deus, avançando novamente sobre o homem, já começando a ficar irritado.

                Ao ver tudo aquilo, a loira fica ainda mais aflita, não querendo acreditar naquilo que os seus olhos lhe mostravam com clareza.

- Fica longe, coisa dos infernos!! – O homem começava a temer pela sua vida e recua, usando o corpo de Cristina como escudo. No meio do desespero, a sua arma dispara um tiro sobre a loira.

                Os amigos ficam em choque e Ângela grita, tentando desesperadamente alcançar a amiga, contudo é impedida por Filipe que tentava manter o seu sangue frio perante aquela situação. O assaltante simplesmente atira o corpo da loira para os braços de Thanatos, que a agarra, e começa a correr juntamente com o resto do seu bando. O deus olha para o rosto de Cristina, tirando alguns fios de cabelo do seu rosto e vendo a agonia da dor nos olhos dela, onde a luz da sua vida em breve se apagaria. O deus ficou ainda mais revoltado, deixando que todos os acontecimentos dos últimos tempos se juntassem.

- Fobia do Tártaro. – O deus pronuncia aquelas palavras e logo os seus olhos emitiram uma luz roxa, que suscitou ainda mais curiosidade nos amigos de Cristina que assistiam a tudo aquilo, incrédulos.

                Thanatos não mais conseguiu tirar os seus olhos de Cristina, que perdia a consciência aos poucos em seus braços. Nesse mesmo instante, enquanto os assaltantes fugiam, almas vindas do nada intercetaram o caminho deles. Gritos de agonia foram ouvidos por todo o lado, vindos daquelas almas que sem dó nem piedade começaram a atacar aqueles homens, até eles caírem mortos no chão. As almas deles, foram de imediato levadas pelas outras para o profundo Tártaro, o local mais profundo e agonizante de todo o Inferno. Perante aquela visão, os amigos de Cristina ficaram petrificados e alguns caíram na areia, chegando mesmo a gritar com medo do deus. Este, por sua vez, apenas pegou Cristina em seus braços e começo a caminhar para fora da praia, sob o olhar atento dos amigos que nem se conseguiam mexer com o medo.

                Enquanto caminhava, o sangue da loira ia caindo no chão, deixando um rasto vermelho por onde Thanatos passava, até que do nada o deus desaparece sem deixar rasto.

- Que foi isto? Oh meu deus!! – Filipe, desesperado, agarra o telemóvel a pressa e liga para a polícia.

- A Cristina!! Nós temos de fazer alguma coisa… - Ângela apenas chorava, deixando o seu corpo cair sobre a areia, incapaz de se mexer.

                A polícia não demorou a chegar ao local, encontrando os corpos dos assaltantes, o sangue de Cristina e aquele pequeno grupo em estado de choque. Tentaram explicar o sucedido mas ninguém acreditou neles, achando que aquilo possivelmente tinha sido uma ilusão provocada pelo medo que sentiram naquele momento. Contudo, o cadáver dos assaltantes era deplorável, dando mesmo vontade de vomitar a quem os visse. O corpo de Cristina nunca foi encontrado, sendo este o maior mistério para o sucedido daquela fatídica noite. 


Notas Finais


Muito medo do Thanatos O.O
Esse deus deve comer limões todos os dias ao pequeno almoço XD
Enfim, espero que tenham gostado, até ao próximo :3


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