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História Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo IX


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Ola meus amores :v
Aqui vai mais um capitulo dos deuses gémeos mais famosos do Universo ( e mais delicia também :v)
Espero que gostem :3
Boa leitura :)

Capítulo 9 - Capitulo IX


Fanfic / Fanfiction Perdição no Paraíso - O Caminho Para os Elísios - Capitulo IX

                Um tremor de terra fez Cristina acordar sobressaltada. A sua volta apenas gritos de agonia e desespero se ouviam. Lentamente foi abrindo os olhos, vendo um céu vermelho e negro por cima da sua cabeça. Ao apalpar o terreno, notou que não estava na sua confortável cama, mas sim no chão, sobre um solo compacto de tom acinzentado, o que a assustou de imediato. Levantou-se ofegante e olhou a volta, não reconhecendo nada por ali. Em seu pescoço pendia um colar, que ela jamais havia usado ou visto, em toda a sua vida.

- Thanatos? Hypnos? – Chamou pelos deuses com a voz fraca, tremendo por todos os lados. – Onde é que eu estou?

                Completamente perdida, respirou fundo e começou a andar pelo local, pensando que seria mais uma das partidas, que Hypnos gostava de pregar na sua mente. O lugar era decrepito e ao olhar para cima, viu uma ravina de onde pessoas se jogavam sem parar, caindo num buraco que não tinha fundo a vista. Sua respiração começou a ficar descompassada, pois mais parecia estar dentro de um filme de terror. Continuou a chamar pelos deuses, mas nenhum deles respondeu aos seus chamados e ela começou a não achar graça nenhuma aquela brincadeira. Decidiu manter-se calma e procurar uma maneira de sair dali, mas ainda assim procurando sempre pelos deuses conforme avançava.

- De todos os deuses que podias chamar, esses são aqueles que jamais responderão aos teus chamados… - Uma voz fria e um sorriso estridente, fizeram Cristina voltar-se de rompante para trás, encontrando um tipo asqueroso que portava uma espécie de proteção cheia de cravos.

- Quem é o senhor? – Ela pergunta assustada, recuando para trás, enquanto ele avançava lentamente sobre ela.

- Sou Flégias de Lycaon, da estrela celeste do crime… - Os ossos de Cristina gelaram, não pelo que ele era, pois ela não sabia, mas pelo sorriso sádico que ele lhe lançou. – Humanos vivos não são permitidos no Inferno. Pagarás pela eternidade por ter ousado entrar aqui, menina…

                A loira arregalou os olhos ao aperceber-se que aquilo não era partida nenhuma de Hypnos e que ela, realmente, estava no Inferno. Assustada, Cristina dá costa e começa a correr o mais depressa que conseguiu, tendo logo de imediato Flégias a cortar-lhe o caminho.

- Não tem para onde fugir! – Ele irrompe na frente dela, sorrindo sadicamente.

- Os deuses… Os deuses gémeos trouxeram-me para aqui. – Ela tentava explicar-se, mas o espectro parecia não querer importar-se e ainda parecia divertir-se com o medo expresso no rosto dela.

- Ai sim? E onde estão os teus queridos deuses? – Flégias divertia-se com tudo aquilo.

- Eu não sei! – Ela responde com a voz trémula e consoante andava para trás, tropeça numa elevação do terreno, caindo no chão.

- És patética, merecias apodrecer no Cocyto por falares nos deuses em vão! Mas não há problema, eu próprio ocupar-me-ei de ti… - Com um sorriso maquiavélico, ele começa a concentrar o cosmos nos seus punhos. – Uivo Infernal!

                Sem perder tempo, Flégias começa a correr a toda a velocidade de encontro a Cristina que apenas grita e encolhe-se, temendo novamente pela sua vida. Contudo, um estrondo tremendo fá-la abrir os olhos novamente, vendo um monte de poeira a sua volta. Assim que esta começa a baixar, o vulto de Thanatos aparece a sua frente, a segurar Flégias pelo pescoço. Este debatia-se desesperadamente para se livrar do aperto do deus, que permanecia com cara de poucos amigos a encará-lo. Sem grande esforço, o deus da morte levanta o espectro do chão, o segurando pelo pescoço, no ar. A loira apenas observava tudo aquilo de boca aberta, admirando a extraordinária força do deus, mas ao mesmo tempo a temendo.  

- Thanatos! – Cristina levanta-se, sacudindo as roupas e respirando um pouco mais aliviada, agora que ele estava ali.

- Quem te deu autorização para atacar a humana? – Perguntava Thanatos ao espectro de forma irónica.

- Ninguém senhor, apenas… - O deus apertou mais o pescoço dele, fazendo-o engasgar-se. – Mil perdões vossa divindade!

                O deus apenas sorriu de canto e continuou a apertar o pescoço dele, deixando bem marcado no rosto de Flégia, a sua aflição. Cristina apenas engole em seco, vendo uma faceta de Thanatos que até agora ela desconhecia, chegando mesmo a sentir pena do homem que a tentou matar ainda a minutos atrás.

- Esta humana não é para os vossos dentes, espectros imundos! – Sem mais a acrescentar, Thanatos atira Flégias contra uma parede, sem qualquer piedade, voltando-se para Cristina com uma expressão séria. – Vamos!

                O deus passa por ela, sem nem mesmo perguntar se ela se havia magoado, algo que a deixa um tanto desagradada. No entanto, seguiu atrás dele sem discutir ou dizer o que quer que fosse, pois agora sentia verdadeiramente medo dele. Os dois andaram por um tempo, descendo para as profundezas do inferno, onde os gritos de agonia das almas condenada se intensificava cada vez mais. A loira apenas se encolhia, assustada com tudo o que via a sua volta, achando tudo aquilo completamente surreal.

- Thanatos, para onde vamos? – Ainda que recosa, ela decide perguntar, pois a sua curiosidade era imensa.

- Para a minha residência oficial. Tártaro! – O deus fala num tom sarcástico, sorrindo de canto. – A zona mais profunda e agonizante do inferno.

                A jovem apenas engoliu em seco, voltando a permanecer em silêncio atrás dele, já arrependendo-se de ter concordado com aquela loucura. Ao chegarem a um determinado lugar, escuro e húmido, completamente silencioso ao contrário dos restantes, Thanatos pára e retira o seu elmo, o colocando em cima de um rochedo. Uma por uma, o deus foi tirando as peças que compunham os seus trajes, enquanto Cristina apenas o observava atentamente. Ao retirar a toga, o corpo bem definido do deus ficou exposto aos olhos da loira, que apenas abriu a boca com o que via. Cada traço do corpo dele era perfeitamente delineado por uma camiseta sem mangas e umas calças justas, ambos de cor cinzenta. A única peça, dos trajes divinos, que ficou no corpo do deus foram as pesadas botas metalizadas de cor preta.

- Vamos começar o nosso treino… - O deus volta-se para trás e Cristina fica logo em sentido, tentando não dar bandeira como fizera das outras vezes.

- Sim… - A voz dela parecia querer falhar, pois a beleza do deus era ainda maior daquela maneira. 

                Sem grandes cerimonias, o deus aproximou-se dela e colocou as mãos sobre o seu corpo, moldando-o para que ficasse numa posição defensiva. Apesar dos calores que começaram a percorrer o corpo dela, tentou ouvir tudo o que Thanatos lhe dizia com a maior atenção, apanhando rapidamente o jeito de alguns movimentos de luta. Respirou fundo, ao pensar que aqueles treinos seriam uma autêntica tortura de sedução, mas ainda assim estava determinada a conseguir chegar longe e deixar os dois orgulhosos.

                As horas foram passando, assim como muitas lições introdutórias, as quais a loira prestava o máximo de atenção. O deus fazia questão de a cansar ao máximo, para que os pensamentos que voavam na mente dela, a cerca dele, a abandonassem e após um tempo conseguiu. Cristina nunca correra ou exercitara tanto o seu corpo, como naquele dia, não vendo a hora de aquilo acabar. Contudo, o deus sempre a sobrecarregava mais com o passar do tempo, até que o seu corpo não mais aguentou e acabou por se sentar no chão, completamente suada e ofegante.

- Levanta menina, isto ainda não acabou! – O deus ordena, rispidamente.

- Eu estou cansada, Thanatos! – Em busca de ar desesperadamente, Cristina responde-lhe, tentando levantar-se novamente. – Mal consigo respirar neste lugar.

- Ataca-me!!

- O quê? – A loira fica admirada com aquele pedido.

- Usa o que aprendes-te hoje para me atacar!

                O ar era bastante rarefeito naquele lugar, dificultando a vida de Cristina em busca de oxigénio. Ainda assim, a loira fechou os punhos, encarando o deus seriamente. Sem aviso, ela parte para cima dele, tentando iniciar uma sequência daquilo que ela pensava ser socos e chutes. O deus apenas se desviava sem grande dificuldade, rindo da velocidade que ela empregava em cada movimento, pois para ele era simplesmente ridículo. A um dado momento, ele agarra o frágil punho dela, puxando o seu corpo de encontro ao joelho dele, que se crava no estômago dela sem piedade. Thanatos simplesmente a larga e ela cai de joelhos no chão, agarrada ao estômago, sem se conseguir mexer por causa das dores que sentiu naquele momento.

- O teu oponente não vai estar a espera que tu ganhes fôlego para te atacar… - Thanatos começa a andar a volta dela, falando de forma irónica, o que a faz chorar por causa dos nervos daquela humilhação. – É bom que tomes consciência de que isto não é um jogo, ao qual podes ceder só porque estás cansada.

- Tá, eu já entendi… - Tentando recompor-se, ela limpa as lágrimas, respirando devagar para se acalmar.

- Levanta, vamos lá novamente! – O deus ordena sem piedade, voltando a colocar-se na frente dela.

                Com dificuldade, ela voltou a colocar-se de pé, encarando o deus com raiva. Sabia que aquilo era necessário e que possivelmente ainda iria cair muitas vezes antes de atingir o auge, mas ainda assim, achava que toda aquela frieza era desnecessária. Não compreendia aquela mudança de atitude e começou a achar, que se havia enganado em relação a ele. Ao vê-lo segurar aquele espectro, teve a real perceção daquilo que ele era capaz de fazer, sem se importar minimamente com a dor alheia.

                Voltou a ataca-lo, dando tudo aquilo que podia e levando ao extremo as forças, que existiam em seu corpo. Caiu várias vezes no chão, mas sempre se levantou, empregando sempre mais de si em cada ataque, determinada a tirar o sorriso sarcástico do rosto de Thanatos.

                Sob aquelas condições, os dias e os meses foram-se passando. Ao final de seis meses a trabalhar exclusivamente com Thanatos, parando apenas quando o seu corpo não permitia mais, ela já havia evoluído um pouco. Encontrava-se mais ágil e mais rápida, contudo o seu corpo encontrava-se coberto de hematomas e arranhões, provocados ao longo dos exaustivos treinos. Ainda não havia conseguido tirar o sorriso do rosto do deus da morte, mas sentia-se mais confiante que antes e definitivamente mais forte.

                Após mais dois meses de treinos, Hypnos decidiu juntar-se a eles. O seu método era em tudo diferente do de seu irmão, pois este sempre recorria a mente dela para treinarem. O deus do sono, simplesmente entrava na mente dela, mostrando-lhe detalhadamente como executar cada movimento e fazendo com ela lutas de igual para igual, para que ela pudesse encontrar as suas falhas de uma forma mais eficaz. Com o passar de mais alguns meses, Cristina já era capaz de enganar Hypnos dentro do seu próprio jogo, conseguindo sair por cima em vários treinos.

                Em suma, Hypnos exercitava a mente dela, ao passo que Thanatos exercitava o seu físico. Todos os dias, Hypnos e Cristina sentavam-se a beira do rio Lete, o rio do esquecimento, e meditavam por longas horas, horas essas que sempre eram aproveitadas pelo deus para lhe transmitir alguma lição e principalmente, conversar com ela. Sem darem conta, os dois haviam criado uma ligação de amizade, sendo que era apenas com Hypnos que ela se abria totalmente. Contudo, havia algo que deixava o deus do sono intrigado. Um lugar na mente de Cristina era completamente inalcançável ao deus, como se uma barreira o impedisse de olhar o que aquele recanto de sua mente escondia. Por mais que ele tentasse, nunca conseguia ler aquilo que ele pensava ser alguma memória de uma vida passada.

                Um ano passou-se, sem que a loira desse por isso. O tempo não mais importou para ela, pois ficar boa no que fazia era a única coisa que realmente importava. Antes mesmo que os deuses mandassem, ela já estava no campo de treinos improvisado a exercitar-se, para felicidade dos mesmos. Não se podia dizer que ela já estivesse no nível de um soldado de exército, mas naquele curto período de tempo, já havia conseguido muito mais do que vários aspirantes a cavaleiros de Athena. A jovem encontrava-se mais focada que antes e o medo excessivo que sentia, durante a sua vida mundana, havia desaparecido quase por completo. Nem mesmo os espectros a intimidavam mais, sendo capaz de os peitar mesmo que a sua derrota fosse mais do que certa.  

                Num dado dia, os gémeos chegam ao local de treino com algumas coisas entre as suas mãos, as quais eles atiram para o chão aos pés dela. Cristina apenas pisca os olhos e fica a analisar aquelas peças com cara de estupida, sem entender para o que aquilo servia.

- Isso é um presente para ti… - Hypnos pronuncia-se com um sorriso falsamente amigável.

- Que isto? – Ela ergue uma sobrancelha, olhando para eles.

- As tuas proteções! – Responde Thanatos secamente.

                A loira baixa-se e começa a analisar cada peça. Estas continham uma cor preta e roxa, completamente ornamentadas. Uma por uma, ela foi colocando cada uma daquelas peças, sentindo-se intrigada. Começou por colocar as ombreiras, pequenas e milimetricamente perfeitas para o seu corpo. A ombreira direita protegia apenas o ombro e era completamente ornamentada com entalhes roxos e pretos, já do lado esquerdo protegia não só o ombro, como a parte do seu braço e era completamente lisa e preta. Esta peça estava ligada a uma outra, que cobria a parte superior direita do seu peito, contendo os mesmos ornamentos da ombreira, sendo presas ao corpo por uma correia de couro preta. Seguidamente colocou as joelheiras, também elas ornamentadas, seguidas das manoplas, que para além da ornamentação, ainda possuíam três cravos negros extremamente afiados nos antebraços.

                A loira sentiu-se estranha a usar aquilo, mas ao mesmo tempo, todo aquele traje até lhe proporcionava bastante agilidade. Por último, duas armas repousavam no chão, as quais ela analisou atentamente antes de pegar. Começou por pegar numa foice afiada e pesada, a olhando um tanto desconfiada, pegando em seguida numa corrente prateada.

- Isto é para que? – Olhou os deuses em busca de uma resposta.

- Irás aprender a lidar com várias armas. – Responde Thanatos calmamente. – Começaras com essas duas.

                Sorrindo de canto, Cristina levanta-se de repente e ataca os dois deuses com a foice, os quais esquivam o ataque, ficando surpresos com a má-fé dela em ataca-los daquela forma.

- O que pensas que estás a fazer? – Pergunta Thanatos indignado.

- A começar o treino, já passa em muito da hora… - Ela responde sarcasticamente, voltando a atacar os dois com a foice.

                Ambos esquivam novamente, entreolhando-se com um sorriso de canto, pois estavam a conseguir moldá-la a imagem de ambos. Naquele dia, eles decidiram treiná-la juntos, dando-lhe algumas noções de como usar tanto a foice quanto a corrente. Os deuses ficavam cada vez mais orgulhosos com os progressos que ela tinha a cada dia, pensando que daquela forma, ela rapidamente chegaria onde ambos queriam. 


Notas Finais


oh pah, finalmente a Cris começou os treinos e conheceu o Inferno, literalmente XD
Vamos ver como as coisas vão correr por lá. Thanatos começou a mostrar sua verdadeira face, será que a admiração de Cristina continuará a ser a mesma? Hmmmm vamos ver nê?
Espero que tenham gostado. Bjnhs e até ao próximo :)


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