Descobri esta história ontem e desde então li sem parar. É maravilhosa. A algum tempo buscava por algo complexo a fazer-me pensar sobre a história e ficar com ela na cabeça até achar-la. Espero que não importe-se com minha crítica.
A história é cheia de camadas. A primeiro ver, parece um romance raso, mas aos poucos vamos entrando na mente confusa da personagem central, logo nota-se a crítica social pelo uso do ac e das causas em mulheres jovens. A personagem é descrita e desenrolada como uma pessoa real e não a protagonista feita para amarmos. Amo-a e a detesto e a história está nesse circulo de amar e detestar. Quando pensamos que o personagem é legal, conhecemos um lado que o faz mais chato, diria real, como é o caso de Carl. Vc descreve tão bem a cidade e a mentalidade do povo sueco que me pergunto se vc mora aí, e descreve de uma maneira gostosa, imaginativa e até poética. Adorava Carl nos primeiros capítulos e torcia para ele ser feliz sem ela, achei ele tão sereno e centrado algumas vezes perfeito, e não merecedor para ela, até chegar nos seus capítulos que a história faz uma reviravolta interessante. Lemos Carl, travado, quebrado e carente pela presença mesmo que medíocre da Effy. Nos capitulos de Carl, vemos a egomania pela arte que Effy representa e os simbolismos e representação jogados em frases para descrever corretamente cada um dos personagens. A pintura representada pela Effy, o imaginário solto, colorido, criativo, perdido (uma vez que conhecemos seu passado )e a analogia ao seu senso de orientação perdido por ela estar na cidade onde as cores neutras preto e branco predominam, cidade onde ela escolhe viver e relaciona-se com um pátrio com caracteristicas de seu país, razão e organização, Carl,que na corrida pela afeição do pai com tantos filhos, acaba encaixando-se perfeitamente psicologicamente na fotografia, controlador da imagem como vc descreve, e imagem, seria ela? Essa parte nesta história acaba com o romance dos dois e ao ler vamos nos tornando detetives à caça da verdadeira história dos dois.
Todos os personagens bem profundos, construídos e com o mesmo senso de amor e ódio em cada capítulo. Com Effy aprendemos uma aula de observar o mundo ao redor com o olhar artistico e com Carl com o olhar matemático, racional e aí pra fazer um combo dos dois, a narrativa começa envolver Física e astrologia, também muito cheio de simbolismo e representatividade.
Outro personagem que gosto é Henrik, aparecendo repentinamente, parecendo a conciencia de Carl. Alex é cativante e espero muito que apareça em mais capítulos e adoro a dinâmica que os dois tem. Gosto como ele representa Effy jovem, imatura e como ela tem que voltar até ele para poder crescer. Entendi que nada que é descrito está por acaso nessa história e assim como a personagem Effy, cada palavra tem importância na construção da mesma, principalmente na descrição da arquitetura ao redor onde os personagens estão, como é o caso de Londres e a esquina onde Effy e Alex encontram-se. Perdida em mim é uma história de sentimentos, perdas e conquistas, enfeitado com arte muito bem elaborada e jogo piscológico dos personagens. O relacionamento que atrai Effy e Carl é o peculiar, a solidão preenchida pela arte de ambos. Ambos se frustam, negam, afirmam, reiniciam e negam denovo e as pistas entram no meio da história à fisgar seu controlador amante, como se todo o amor precisasse ser posto a prova ou se como se desejassemos somente enquanto o que queremos nos é inacessível. Toda a narração se confunde em metamorfose. Sentimentos de Carl por Effy, que não consegue compreende-la ou dominar a situação, e Effy que as vezes parece correspondê-lo e ama-lo, mas subitamente o despreza e não se importa. Nos capitulos de Effy, ahistória é de indecisão e incompreensão e superação e de encontro consigo mesma, estando fora, no exterior e em busca de si mesma, para casa. Mas há outro aspecto que o romance capta, que é o amor transferível. Ao viajar pela memória de ambos os personagens, vemos que ambos já amaram outras pessoas e que de fato a história central seja como o que nossas lembranças e o nosso passado tem poder sobre nós. É sem dúvida uma viagem.
Tirando alguns errinhos de português de concordância mas nada que não permita a apreciação da narrativa. Os diálogos algumas vezes são repetitivos, mas por muitas vezes chocantes e cheio de crítica social e questionamento inteligente sobre si mesmo.
Se puder, venha ver meu blog.
www.leitoravoraz.blogspot.com.br
A história é cheia de camadas. A primeiro ver, parece um romance raso, mas aos poucos vamos entrando na mente confusa da personagem central, logo nota-se a crítica social pelo uso do ac e das causas em mulheres jovens. A personagem é descrita e desenrolada como uma pessoa real e não a protagonista feita para amarmos. Amo-a e a detesto e a história está nesse circulo de amar e detestar. Quando pensamos que o personagem é legal, conhecemos um lado que o faz mais chato, diria real, como é o caso de Carl. Vc descreve tão bem a cidade e a mentalidade do povo sueco que me pergunto se vc mora aí, e descreve de uma maneira gostosa, imaginativa e até poética. Adorava Carl nos primeiros capítulos e torcia para ele ser feliz sem ela, achei ele tão sereno e centrado algumas vezes perfeito, e não merecedor para ela, até chegar nos seus capítulos que a história faz uma reviravolta interessante. Lemos Carl, travado, quebrado e carente pela presença mesmo que medíocre da Effy. Nos capitulos de Carl, vemos a egomania pela arte que Effy representa e os simbolismos e representação jogados em frases para descrever corretamente cada um dos personagens. A pintura representada pela Effy, o imaginário solto, colorido, criativo, perdido (uma vez que conhecemos seu passado )e a analogia ao seu senso de orientação perdido por ela estar na cidade onde as cores neutras preto e branco predominam, cidade onde ela escolhe viver e relaciona-se com um pátrio com caracteristicas de seu país, razão e organização, Carl,que na corrida pela afeição do pai com tantos filhos, acaba encaixando-se perfeitamente psicologicamente na fotografia, controlador da imagem como vc descreve, e imagem, seria ela? Essa parte nesta história acaba com o romance dos dois e ao ler vamos nos tornando detetives à caça da verdadeira história dos dois.
Todos os personagens bem profundos, construídos e com o mesmo senso de amor e ódio em cada capítulo. Com Effy aprendemos uma aula de observar o mundo ao redor com o olhar artistico e com Carl com o olhar matemático, racional e aí pra fazer um combo dos dois, a narrativa começa envolver Física e astrologia, também muito cheio de simbolismo e representatividade.
Outro personagem que gosto é Henrik, aparecendo repentinamente, parecendo a conciencia de Carl. Alex é cativante e espero muito que apareça em mais capítulos e adoro a dinâmica que os dois tem. Gosto como ele representa Effy jovem, imatura e como ela tem que voltar até ele para poder crescer. Entendi que nada que é descrito está por acaso nessa história e assim como a personagem Effy, cada palavra tem importância na construção da mesma, principalmente na descrição da arquitetura ao redor onde os personagens estão, como é o caso de Londres e a esquina onde Effy e Alex encontram-se. Perdida em mim é uma história de sentimentos, perdas e conquistas, enfeitado com arte muito bem elaborada e jogo piscológico dos personagens. O relacionamento que atrai Effy e Carl é o peculiar, a solidão preenchida pela arte de ambos. Ambos se frustam, negam, afirmam, reiniciam e negam denovo e as pistas entram no meio da história à fisgar seu controlador amante, como se todo o amor precisasse ser posto a prova ou se como se desejassemos somente enquanto o que queremos nos é inacessível. Toda a narração se confunde em metamorfose. Sentimentos de Carl por Effy, que não consegue compreende-la ou dominar a situação, e Effy que as vezes parece correspondê-lo e ama-lo, mas subitamente o despreza e não se importa. Nos capitulos de Effy, ahistória é de indecisão e incompreensão e superação e de encontro consigo mesma, estando fora, no exterior e em busca de si mesma, para casa. Mas há outro aspecto que o romance capta, que é o amor transferível. Ao viajar pela memória de ambos os personagens, vemos que ambos já amaram outras pessoas e que de fato a história central seja como o que nossas lembranças e o nosso passado tem poder sobre nós. É sem dúvida uma viagem.
Tirando alguns errinhos de português de concordância mas nada que não permita a apreciação da narrativa. Os diálogos algumas vezes são repetitivos, mas por muitas vezes chocantes e cheio de crítica social e questionamento inteligente sobre si mesmo.
Se puder, venha ver meu blog.
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