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História Perdida no País dos Horrores - Me Sinto No Inferno!


Escrita por: AnonimousDirect

Notas do Autor


Olá! Eu reescrevi essa história, espero que gostem. Obrigada!

Capítulo 1 - Me Sinto No Inferno!


 

Assim estava a minha cabeça: dando giros alucinados enquanto eu tentava me apoiar no mármore da pia, lotado de remédios rotulados. Corri os olhos rapidamente por eles procurando o correto e passando para dentro rapidamente, enquanto repetia mentalmente que ia ficar tudo bem, para me acalmar.  

Mesmo que eu soubesse que era uma grande mentira, eu queria me convencer de que eu ia ficar bem, eu não ficaria. Joguei uma água no rosto voltando à realidade do meu banheiro totalmente bagunçado. 

 Balanço a cabeça freneticamente, espalhando meus pensamentos no ar, enquanto caminho pelo corredor escuro do meu pequeno apartamento em direção a porta da frente, a qual abro e, instantaneamente, dou um pulo de susto ao ver aquela garota. 

Ela abre um sorriso. 

— Como está, Alice? Espero que esteja pronta, porque seu tempo está acabando. 

Tento falar, mas minha garganta fraqueja, assim como as minhas pernas. Meus olhos percorrem o cômodo, tentando fugir daquela situação, quando volto o meu olhar à porta, ela não está mais lá. 

— O tempo corre. — Sinto o hálito quente batendo nas minhas costas, arrepiando todos os pelos do meu corpo enquanto tento girá-lo para ver o que eu temia. 

A garota sorri e, de repente, começo a ouvir gritos agudos e insuportáveis. Coloco as mãos nos meus ouvidos, acabo caindo de joelhos, quando sinto o líquido quente escorrer por meus dedos. O sangue que escorre acaba tomando conta do cômodo, conforme as cores das coisas ao meu redor parece derreter e se misturar, fazendo tudo girar. 

Tento me levantar, mas minhas pernas não obedecem, penso em gritar, mas a minha voz falha. Minha garganta dói, minha cabeça parece ser prensada com toda a força do mundo, mas sem êxito em me matar, como eu queria que me matasse. 

Acordo num sobressalto, com o corpo suado, meu peito subindo e descendo com rapidez. Passo a mão no cabelo e procuro no cômodo algo anormal. Tudo parece no lugar. 

Tomo uma de minhas pílulas calmantes enquanto encaro o relógio, que marcava oito da manhã. Me levanto devagar calçando as pantufas, logo após caminho em direção à porta do quarto, enquanto me espreguiço acostumando o corpo ao movimento. Abro a porta de madeira a qual solta um longo e alto rangido que ecoa pelo quarto. 

Pulo fora do cômodo e ando até o fim do corredor, onde se encontra o banheiro e olho o espelho, encaro o meu reflexo por algum tempo. Volto à pia e prendo os cabelos com um elástico, passo uma água no rosto e fecho a torneira. 

Vou até à cozinha e ponho água em uma chaleira para fazer um chá, afinal, agora sofro insônia, não tomo café. Além de achar um pouco amargo demais e de amarga já me basta a vida. Lavo uma pequena quantidade de louça que se acumulava na pia e bebo água. Meus nervos começavam a se acalmar. 

Tomo meu chá e fico no banho durante horas tentando relaxar o máximo possível. Até ouvir a campainha tocar, provavelmente a Charlie esqueceu das chaves novamente.  

— Já estou indo. — Grito. 

Caminho rapidamente pelo corredor, respiro fundo e abro a porta. 

— Ally está? 

— Naã-não, porquê? Quem é você? — Digo, um pouco confusa, para a menininha de, aparentemente, cinco anos. 

— Ora, mas que pena, será que posso esperá-la aqui? 

— Ah! Sim, claro, entre. Ela deve estar chegando, já que hoje é sábado. 

— Mas, hoje é domingo. 

— Que? É, é verdade hoje é domingo. — Digo sorrindo nervosamente, os remédios estão me derrubando — Sente-se, qual seu nome? 

— Lissa. O meu nome é Lissa. 

— O meu é Alice. 

Ela abre um sorriso meigo, convido-a para sentar. 

A campainha toca novamente, abro a porta novamente. 

— Lissa… — Aponto a garota no sofá da sala-de-estar. 

Um sorriso se estampa no rosto de Charlie, que corre para abraçar a garotinha. 

Termino meu banho e visto uma roupa aleatória, mas bem confortável e vou até à varanda ler um livro. Passando o olho, vez ou outra, nas duas, que brincam. 

Tento lembrar da minha infância, mas não consigo. De repente, um flash de um local escuro veio, eu ouvi uma voz maternal que me acalmava. 

— Shiii… A Ma está aqui para cuidar de você. 

Acho estranho, mas apenas continuo lendo. 

 



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