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História Perdida no País dos Horrores - Beijo, Doce Beijo.


Escrita por: AnonimousDirect

Capítulo 4 - Beijo, Doce Beijo.


Acordo e ouço uma voz dizer ao longe “Tem certeza Alice?”, “Alice? Alice?”. 

— Meu nome é Rabbie! — Grito e automaticamente me assusto com minhas palavras. 

— Aconteceu alguma coisa, Alice? — Pergunta Charlie, não, Ally! 

— Só outro pesadelo. 

Ela me abraçou com carinho e logo começaram a brotar lágrimas dos meus olhos. 

— Esse mundo está acabando Alice, se salve. 

Ouço novamente a voz distante. 

— Está tudo tão confuso, tão difícil. — As lágrimas pesadas escorrendo e molhando o ombro e os cabelos negros de Ally, que tenta, de algum modo, me confortar. 

Eu estou morrendo, nem mesmo a minha loucura ia mudar isso, muito menos as minhas lágrimas. 

Chegou a hora de mudar. Mesmo confusa e querendo acordar desse pesadelo, sei que tenho algo para fazer, mesmo com medo tenho que seguir esse mundo de loucura. 

Preciso encontrar o meu país das maravilhas. 
 
*** 
 

— Alice parece uma criança, mas há algo poderoso dentro dela. 

— Tão ingênua. — Diz o príncipe, negando com a cabeça. — Não vai dar certo. 

— Aqui quem diz se sim ou não sou eu, enquanto for rei. Portanto, limite-se a falar apenas quando eu pedir. — Fala firme e calmamente. 

O garoto suspira, enquanto se levanta de seu trono. Após uma reverência extremamente reta, talvez pelos anos de prática, ele põe-se a caminhar pelo corredor, quando ouve a voz da rainha. 

— Ela é uma ameaça! 

Aproxima-se do quarto do Capitão da Guarda Real, onde escutara a conversa. 

— Acabe com a garota, ora! — Outra vez o ar foi preenchido com a voz estridente da rainha 

O garoto encosta-se perto da porta, esperando que ela saia. 

— Aceite “mãe”, ela será a minha rainha. — O comentário sarcástico foi acompanhado de um sorriso vitorioso. 

— Porque estas a defendê-la? Deveria estar ao meu lado, você é meu filho. — Dá-lhe um tapa entornando as palavras sobre o ruivo. 

O qual não parece ter sido atingido, sorri e a prensa contra a parede. 

— Em primeiro lugar, foda-se, em segundo, você nunca ligou para mim por ser filho ilegítimo, porque meu pai nunca te amou e, porque... — Diz fixando os olhos. — Não teve filhos seus para suceder o trono, e também que… — Aproxima-se, quase tocando os lábios. — Você não me quer como filho. 

O garoto afasta-se rapidamente, vira as costas, e, rindo, põe uma das mãos no bolso e solta um “sonhe” enquanto dá tchau com a mão. 

Ele anda um pouco mais por aqueles corredores, os conhece muito bem. Não há uma passagem que ele não use, cada lugar ele sabe que existe, por ser um grande bisbilhoteiro, afinal ele é uma raposa, não é mesmo? 

Sobe a escadaria do salão principal em direção ao seu quarto, onde se joga na cama, puxando um porta-retrato de sua estante. 

— Você é minha. 

Depois de algum tempo sente-se observado. 

— O que você quer, Agadore? 

— Vim comunicar. 

— Quando?  

— Amanhã, majestade. 

— Pode se retirar, deixe-me sozinho. 
 
*** 
 

— Estou insegura, Ally. — Conta Alice, com uma expressão de dúvida. 

— Apenas faça o que eu mandar. — Responde a garota, lendo um livro. 

Alice sai logo que percebe: não ia adiantar insistir, pois, Ally não iria prestar atenção alguma em qualquer coisa que ela fosse dizer. 

Pega sua xícara de café, ao qual não deveria beber, pois, já estava agitada até demais. Caminha em direção ao quarto em passos lentos e entediados, deita-se em sua cama e começa a pensar sobre o que acontecera nos últimos dias. 

Leva a xícara à boca, assopra o líquido escuro e dá alguns goles. Está confusa, com medo e sozinha, aquilo é o que mais a perturba nesse momento. Bebe o líquido que resta e senta-se. 

— Está com medo de novo? — Alice deixa a xícara escorrer de suas mãos e cair no chão, espatifando e espalhando-se em milhares de pedaços. 

— Você? — gagueja e enrola-se com as palavras, tentando explicar.  

O garoto se aproxima pegando a mão de Alice, e, a segurando pela cintura, ficando perto, perto demais, porém, ela continua firme. 

— O que você quer? 

— Cuidado com o modo que fala garotinha. Você não sabe quem sou. 

— Você é um idiota, egoísta, que pensa que pode ter tudo o que quer. Você sim, não sabe quem eu sou. 

Ele se afasta bruscamente, faiscando de raiva. 

— Sou o dono das chamas negras. — O dele corpo começa a ficar em chamas. — Sabe Alice, essas chamas destroem qualquer coisa. O que você tem contra mim? 

Alice recua, tensa e hesitante. Dá alguns passos para trás e nega com a cabeça. Pensa que não deve mostrá-lo seu poder. 

— Espero que não queira ser minha inimiga. 

As chamas começam a se dissipar e logo não há mais nenhuma, ele volta ao seu sorriso sarcástico de sempre. 

Torna a se aproximar e segurar a mão de Alice, colando os seus lábios, e, até mesmo ele se surpreendeu, pois, ao contrário do que pensava, ela não negou, retribuiu. 

Entregou-se completamente. 



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