Tudo começou quando eu e minhas irmãs, Lúcia e Isabelle, resolvemos ir ao parque tomar sorvete depois da aula.
Lúcia é minha irmã gêmea, não nos damos muito bem , mas nos toleramos por Belle. Belle tem 7 anos, e é por ela que a família continua unida.
Belle é pequena pra idade, tem compridos cabelos pretos e lisos, olhos castanhos-iguais aos de minha mãe- e pele branca, ela é um doce, e se alguém mexer com ela, vai se ver comigo.
Já Lucia, é alta e tem cabelos curtos, também pretos e lisos. Tenho pena de quem namorar essa garota, ela não tem paciência com ninguém a não ser Isabelle.
Voltando à história, fomos tomar sorvete na praça, Belle estava toda feliz contando sobre seus amigos da escola e o que ela aprendeu, até que um desgraçado resolveu roubar a bolsa de Lúcia, que saiu correndo atrás do bandido. Eu não sabia se ia atrás dela, ou ficava ali com Belle.
-LÚCIA! Téo, a Lu, vai ajudar ela.-Disse Belle enquanto puxava minha mochila.-Eu seguro sua bolsa, corre Téo, corre.
-Não saia daqui! -Disse e sai correndo na direção que Lúcia tinha ido.
Corri por um bom tempo e não consegui encontrar nem um sinal de Lúcia ou do bandido. Parei para recuperar o fôlego, e sinto uma pancada na cabeça e desmaio.
***
Acordei um lugar que nunca tinha visto na vida, parecia uma cidade abandonada. Todas as casas eram pequenas e de madeira.
Comecei a andar por aquele lugar sinistro, procurando alguém.
Eu devo estar louco, ou isso é só mais um dos meus pesadelos.
Andei uns 100 metros, até ouvir um grito vindo de uma das casas, peguei uma barra de ferro que estava jogada ali perto e entrei, na casa de onde o grito veio.
Era Lúcia, caída no chão, e uma garota assustadora indo em sua direção, não pensei duas vezes antes de lhe bater com a barra de ferro. Ninguém mexe com minhas irmãs e sai impune.
Assim que eu bati com a barra de ferro na garota, ela evaporou, como se fosse apenas uma fumaça, aquilo me assustou, eu não conseguia me mexer, parecia que cada perna minha pesava uma tonelada cada.
Tá, eu definitivamente estou sonhando.
-Téo! Atrás de você. TÉO!-Gritou Lúcia. Demorei um pouco pra processar o que ela estava falando, até que eu entendi e olhei para trás com a barra de ferro pronta caso fosse preciso usar novamente.
Era um garoto alto, mas não tão alto quanto eu, loiro, com os cabelos por cortar, magro, mas forte, e com uma aparência de quem não dorme a dias. Trazia na mão uma outra barra de ferro que estava apoiada no ombro e a outra mão dentro do bolso da calça.
-Vejo que conseguiu se livrar do fantasma-Disse o desconhecido com um sorrisinho no rosto, aquilo me irritou.
-Quem é você? Que lugar é esse? E cadê a minha irmã?-Perguntei com frieza.
-A questão não é quem eu sou, e sim quem você é. E esse lugar é onde estamos presos, todos que entram aqui, jamais saem, já tentamos de tudo. E a julgar pela aparência, sua irmã está logo atrás de você.-Disse o desconhecido.
-E como é que eu posso acreditar em você?-perguntei.
-Não pode.-Respondeu depois de pensar um pouco.-Aliás, prazer, me chamo Max.-Disse se dirigindo à Lúcia que deu uma risadinha.
-Sou Lúcia, e esse é meu irmão Téo. E sobre a irmã que ele perguntou, é nossa irmã mais nova, Isabelle.
Esse pesadelo está cada vez pior, agora só o que me faltava, o desconhecido dando em cima de Lúcia.
-Vocês deram sorte que chegaram aqui no meu turno, vamos, talvez a irmã de vocês tenha entrado pelo outro lado.-Disse Max indo em direção à porta. Lúcia começou a ir em sua direção até eu segurar seu braço.
-Tá louca garota? Você nem conhece o cara, não é porque você quer dar pra ele, que você vai ir saindo assim com ele sem nem saber quem ele é.-Sussurrei pra ela, que me olhava com uma expressão de vou te matar.
-Em primeiro lugar, me solta. Em segundo, você viu o que eu vi, você bateu naquela coisa, seja lá o que aquilo seja. E em terceiro lugar, eu não quero dar pra ninguém, eu quero encontrar a minha irmã, se não quiser vir com a gente, ótimo, não vou precisar olhar pra essa sua cara de cú o caminho todo.
-Vocês vão ficar discutindo ai o dia inteiro? Temos que ir logo, antes que anoiteça.
-Já estamos indo-Respondi friamente. Soltei Lúcia e fomos atrás do cara.
Andamos um bom tempo em silêncio, até Lúcia resolver puxar assunto com o loiro oxigenado.
-Você está a quanto tempo preso aqui?
-2 anos.
Nossa que dózinha.
Revirei os olhos e fiquei pensando em Belle, e em como será que ela estava.
-E aí Max. Novos moradores então. -Disse um cara baixo, e loiro-Ah pelo amor de Deus todo mundo nesse inferno é loiro?- aparenta ser uns 5 anos mais velho que Max.
-Oi Jack, esses são Lúcia e Téo.-Max nos apresentou.- Lúcia e Téo, esse é Jackson, nosso vice líder.
Acenei com a cabeça e Lúcia deu um sorriso em direção ao cara. Ah pelo amor de Deus, Lúcia.
-Téo e Lúcia, os irmãos de uma garotinha doce?
-Sim, cadê ela? Cadê minha irmã? -Perguntei desesperado.
-Calma cara, vou levar vocês até ela. Só preciso conversar com Max antes. Max vem aqui um pouco.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.