1. Spirit Fanfics >
  2. Perdido L.S >
  3. Seventeen

História Perdido L.S - Seventeen


Escrita por: brunah179

Capítulo 17 - Seventeen


— O que esta acontecendo? — perguntei, enquanto Harry abaixava os braços lentamente.

— Parece que deixaram o estábulo aberto mais uma vez. — ele bufou. — Mas é a primeira vez que não tenta encontrar a estrada.

 — Ele se perdeu? 

— Não. Já perdi as contas de quantas vezes o capturei perto da vila. Ele conhece o caminho. — ele encarava o cavalo com curiosidade. Storm prestar atenção em todos os movimentos de Harry. Como se entendesse o que ele dizia. 

 Harrydeu um passo à frente com as mãos erguidas, o cavalo recuou um pouco. Harry tentou alcançá-lo pela lateral, mas Storm não era bobo e se afastou um pouco mais, bufando. 

— Calma, cavalinho. O Harry  só vai te levar pra casa. — tentei distrair o cavalo para que Harry pudesse pegar a ponta da corda que estava amarrada em seu pescoço.

 Deu certo. Storm ficou quieto alguns segundos e Harry conseguiu pegá-la. 

— Você tem muito jeito com cavalos, senhor. Especialmente com este aqui. — ele passou a corda de uma forma que prendesse o focinho de Storm. — E eu nunca vi este cavalo dar ouvidos a ninguém! 

— Mas eu não sou ninguém.— brinquei. — Somos amigos. Ele sabe disso. — quando eu disse isso, o cavalo ergueu a cabeça e olhou direto para mim. Senti um arrepio se espalhar por meu corpo. Era como se me entendesse e quisesse me mostrar isso. 

Muito estranho! 

— Acho melhor voltarmos... — Harry começou a conduzir Storm para o caminho que levava até a casa — Antes que ele resolva fugir outra vez. Sozinho, não serei capaz de detê-lo.

 — Tudo bem. — concordei. Andamos em silêncio por um tempo, sua voz dizendo que já tinha encontrado o garoto certo ainda ecoava em minha cabeça. Eu não queria que fosse outro garoto, mas também não queria que fosse eu. Harry estava certo e eu não poderia ficar, mesmo que quisesse — e eu não queria! — e ele se magoaria quando eu voltasse pra casa. 

— Você disse que sente falta de música, não foi? — perguntou ele, me arrancando do conflito interno.

 — Disse. Uma das coisas que mais sinto falta. Eu meio que sou movido à música.

 Seu rosto ficou confuso.

 — Música é como o combustível da minha alma... — peraí, se não tinha carro, não tinha combustível, certo? — A música é como o alimento da minha alma, dá pra entender?

— Sim, dá! Que música prefere? — ele me observava com curiosidade. 

— Ah! Eu gosto de quase tudo, mas minhas favoritas são as de rock, pop rock, rock alternativo... enfim, qualquer tipo de rock. É que o grito da guitarra me arrepia e... Deixa pra lá Harry. Não vou conseguir te explicar isso. — se eu ainda tivesse meu antigo celular, poderia mostrar a ele uma das centenas de músicas armazenadas. Contudo, se eu ainda tivesse meu antigo celular, jamais teria comprado aquela porcaria e nunca teria conhecido Harry. 

Eu estava muito confuso. Minhas emoções e minha cabeça estavam em conflito constantemente.

 — Temos um piano em casa, pode usá-lo quando quiser. — e sorriu. — Adoraria ouvi-lo tocar. 

— Não, eu não toco nada não! — a não ser que campainha contasse como instrumento. — Gosto de ouvir música, mas não sei tocar nada. 

— Talvez... — ele hesitou. — Talvez gostasse de ir à ópera! Sei de uma que estreou na cidade há algumas semanas. Fica há uns cinquenta quilômetros daqui. Se sairmos no início da tarde, poderemos assisti-la.

 — Eu nunca fui a uma ópera, sabia? — e havia muitas em cartaz na minha cidade.

 — Não posso acreditar que nunca tenha assistido um concerto! — Harry não sabia se ria ou se ficava espantado. — Tenho que retificar isso. Como pode dizer que aprecia música e nunca ter apreciado uma ária?

 — Harry, eu gosto de outro tipo de... Epa! — tropecei em alguma coisa, não deu pra ver no que foi com todo o volume daquele vestido idiota, e quase cai de cara no chão.

No entanto, Harry foi mais rápido e agarrou meus pulsos antes que eu me estatelasse na estrada de terra. O problema foi que Storm se assustou com os movimentos bruscos e acabou recuando vários passos e como Harry ainda segurava a corda, se desequilibrou também e acabou caindo de costas no chão, me levando junto com ele.

 A principio, pensei que o chão de terra não fosse tão duro quanto eu havia imaginado, mas depois de tirar as mechas de cabelo que atacavam furiosamente meu rosto, entendi o porquê. 

Eu não tinha caído no chão, mas sim bem em cima de Harry.

 — Harry? Ai, meu Deus! Você está bem? Eu te machuquei? — corri as mãos em seu peito procurando por algo quebrado ou sangue, mas não encontrei nada. — Harry? 

— Estou bem, senhor Louis. — ele disse um pouco sem ar. — Não me machuquei, não fique preocupada. Não é a primeira vez que Storm me derruba e posso lhe assegurar que não será a última.

 Levantei a cabeça para ver se ainda podia ver o cavalo fugindo, mas, para minha surpresa, ele estava bem ali! Storm estava parado, comendo grama tranquilamente, como se não tivesse aprontado nada.

 — Ele não fugiu! — olhei abismado para Harry, ainda embaixo de mim, ainda me segurando.

 Uma de suas mãos soltou meu pulso e, com um movimento muito lento, tocou uma mecha do meu cabelo e depois a colocou atrás da orelha. Meu coração, já acelerado com o susto, batia rápido demais. Harry me encarava com olhos impossivelmente mais verdes que o normal, impossível resistir! Minhas mãos ainda abertas sobre o peito largo que agora subia e descia tão rápido quanto o meu — por conta própria se enroscaram em sua camisa. Senti, através do tecido grosso do meu paletó o calor que irradiava de seu corpo se espalhar para o meu rapidamente. Aproximei meu rosto ainda mais, ainda preso pela intensidade de seu olhar e, quando meus lábios se aproximaram tanto dos dele que pude sentir seu cheiro invadindo meus sentidos, turvando minha mente alguém gritou seu nome.

 — Senhor Styles, senhor Louis! Estão todos bem? — o rapaz corria em nossa direção, segurando o chapéu em uma das mãos.

Senti meu corpo voltar à terra firme, senti o peso dele novamente, senti que era capaz de comandar meus movimentos outra vez. Rapidamente me levantei, sacudindo a terra da minha calça, tentando me recompor um pouco.

Harry ainda estava no chão, me encarando. Estendi a mão pra ajudá-lo mas ele apenas me observava.

 — Vem, Harry, levanta daí! O rapaz vai achar que você se machucou. — seus olhos ansiosos se voltaram para o rapaz e, depois, de volta para mim. — E você não está ferido, está?

 — Não — sua voz rouca e intensa. Um arrepio percorreu minha coluna. 

— Então, vem! — estiquei as duas mãos e agarrei seu braço. Harry era muito pesado! Também, com toda aquela altura... — Muito bem! Tem certeza de que está bem mesmo? Acha que pode andar? 

— Estou bem. — murmurou, se endireitando, porém, não parecia ter tanta certeza disso. 

— Oh! Senhor Styles... — o garoto ofegante nos alcançou. — O cavalo... Fugiu... Estava atrás... Dele... Há horas... patrão.

 Harry não disse nada, apenas encarava, confuso, o rapaz recuperar o fôlego.

 — Errr... Storm não fugiu. — respondi, já que Harry não parecia ser capaz de fazê-lo. — Apenas saiu para um passeio, eu acho.

Estava ficando preocupado. Harry não abria a boca.

 — Será que pode levá-lo de volta? Vou ajudar o Ha... Senhor Styles a voltar para casa. Storm o derrubou. 

— Minha nossa! Está ferido, patrão? Não deveria tentar montá-lo outra vez. Lembra-se da última tentativa quando... 

— Não! Ele não tentou montá-lo! — me apressei. Harry ainda me encarava sem dizer nada. 

— É que o cavalo se assustou quando eu tropecei e acabei... Acabei... 

— Leve-o daqui, Isaac. — Harry disse, a voz séria e firme. — Está tudo bem comigo. Apenas leve-o e certifique-se de trancar o estábulo dessa vez.

 Suspirei de alivio. Ele estava bem!

— Sim, senhor! O rapaz correu até Storm — que desta vez não deu trabalho algum — e rapidamente ambos corriam para o caminho de casa. 

Comecei a andar também, querendo chegar o mais rápido possível na segurança da casa, já que   Harry  parecia estar bem. Entretanto, sua mão agarrou meu pulso outra vez, me restringindo. 

— Você não vai fugir desta vez! — pediu com a voz mais alta. Fiquei surpreso com a intensidade que ouvi nela. 

— Não vou mesmo! Eu não fugi nem uma vez, não seria agora que eu faria isso. — retruquei petulante. Tentei puxar meu braço, mas sua mão era firme. Não a ponto de me machucar, apenas firme o suficiente para que eu não conseguisse escapar. — Eu estou com fome. Andamos por horas, sabia? Agora, quer fazer a gentileza de me soltar? 

Eu não conseguia pensar direito quando ele me tocava, e eu precisava pensar muito bem no que estava fazendo. Não cometer erros. Não me meter em confusão. 

Em mais confusão.

— Não. — respondeu simplesmente.

 — Não? — puxei minha mão outra vez, mas ele não me soltou. — Me solte! Agora!

 — Não! — repetiu e rapidamente me puxou para mais perto. Tentei girar meu pulso na esperança de me libertar, mas um braço livre contornou minha cintura antes que eu pudesse perceber o que ele estava fazendo. — Dessa vez, você vai ficar aqui comigo, Louis. 

Olhei para ele atônito. Meu coração bateu forte em meu peito.

 — Do... Que... Você... Me... Chamou? — perguntei num sussurro, meus joelhos tremiam. 

— Louis! Pensei que esse fosse seu nome! — um meio sorriso brincou em sua boca perfeita. —Agora, ouça-me, por favor! 

Gostei muito da forma como meu nome soou em seus Lábios. Gostei demais! 

— Sobre o que quer conversar? — perguntei derrotado e, muito perturbado com sua proximidade. 

— Sobre você e eu. Sobre nós dois. — o calor de seu hálito pinicou meu rosto. Eu não conseguia encontrar uma única parte de mim que quisesse realmente sair do seu abraço. 

Nem uma única célula!

 — Não existe nós, Harry. Então, não temos nada para conversar. — respondi fracamente, hipnotizado por seus olhos urgentes. 

— Existe sim! Sei que você também sente alguma coisa quando estamos assim, — ele estreitou o braço em minha cintura, fazendo meu corpo colar ainda mais ao dele, o que era praticamente impossível. — Não negue! Posso ver isso em seus olhos!

— Você precisa de óculos então. — tentei parecer firme, mas minha respiração acelerada fez minha sentença soar como um gemido. 

— Não posso ter certeza do que você sente, é claro, mas eu sei que não é indiferente a mim. Que sente algo além de apenas gratidão e amizade. E sei, com muita exatidão, como eu me sinto.

 — E como se sente? — eu não queria perguntar, por não queria ouvir a resposta. Tornava tudo mais difícil saber como ele se sentia. Mas minha boca não deu ouvidos ao meu cérebro, e curiosa que só, perguntou mesmo assim. 

— Sinto que posso... Flutuar quando estou com você, como se fosse capaz de realmente voar! Sinto-me completo pela primeira vez, Louis. Há uma força em você que me atrai, que me arrasta para perto, uma força inexplicável que turva meus pensamentos. Não consigo pensar em nada mais, apenas em como seria tocar seu cabelo... — ele afrouxou meu pulso e delicadamente deslizou os dedos em uma mecha perto do meu rosto. — Segurar sua mão... — segurou minha mão por um momento, depois a colocou sobre o peito, sobre seu coração. — Sinta o que acontece com meu coração quando estou com você. — batia forte e rápido, assim como o meu. Eu lutava para respirar. — E quando não estou com você, meu peito fica vazio, como se meu coração se recusasse a bater até que lhe encontre novamente. Sinta! Ele diz Louis, Louis, Louis! Tem sido assim desde a primeira vez que a vi. Desde aquele instante percebi que não era mais dono do meu coração, que ele não me pertencia mais. Então — ele tocou meu rosto, deslizou os dedos por meu pescoço e acabou os prendendo em minha nuca. — Não diga que não existe "nós"!

 E, lentamente ainda me prendendo com seu olhar, aproximou seus lábios dos meus. Meu coração palpitava com tanta força que doía. Pude sentir sua respiração quente contra minha pele, seu cheiro inebriante me cegando por um instante fazendo tudo ao meu redor desaparecer.

E então seus lábios tocaram os meus delicadamente. Os dedos em minha nuca se apertaram minimamente. Fiquei em chamas, minha pele ardia ansiando por seu toque, um fogo denso e abrasador que me dominou acabando com qualquer resistência. Passei meus braços em seu pescoço e me apertei contra ele. O beijo que havia começado de forma suave e delicada se tornou mais intenso, urgente depois disso. Senti seu braço se estreitar em minha cintura e, apesar de não haver uma única parte de mim que não estivesse colada a ele, ainda assim não era o bastante. 

Separei um pouco meus lábios tentando tomar fôlego e, para minha surpresa, encontrei sua língua começando uma atrevida exploração em minha boca. Uma pequena parte do meu cérebro — talvez a parte que eu usasse para virar as páginas de revistas — ficou maravilhada com esta descoberta. 

Sim! O beijo de língua já existia sim! 

Todo o resto de mim se concentrava nele. 

Senti algo diferente enquanto nossos lábios — e línguas se moviam. 

Alguma coisa dentro de mim ligou, como se eu estivesse adormecida há muito tempo e acordasse só agora. Como se um novo órgão de importância vital começasse a funcionar apenas naquele instante, vinte e quatro anos depois de meu nascimento, nos braços de Harry. Ele tinha razão. Existia o "nós", eu não sabia dizer desde quando, mas existia. E era forte! Tão forte que talvez me quebraria em duas quando eu voltasse para casa. E eu sabia que voltaria, sentia que voltaria. E meu coração se despedaçaria.

 Talvez o dele também.

Meus olhos repentinamente ficaram úmidos e lutei até conseguir me afastar dele. Não por que ele me impedisse, mas meu corpo relutava em deixá-lo.

 — Não! — gritei, tentando recuperar o fôlego.

— Louis... — Harry ficou tão surpreso quanto eu com minha reação. 

— Não. Não diga mais nada, Harry. Eu não quero ouvir mais nada! — me afastei um pouco mais. Meu corpo tremia, querendo desesperadamente voltar para o seu abraço quente. —Não posso me envolver com você! Não quero magoá-lo, e eu irei magoá-lo por que sei que vou voltar para casa! 

Fiquei tão confuso enquanto estava em seus braços, a sensação de conforto e proteção me inundaram tão fortemente que, por um instante, pensei que já estivesse em casa. 

— Louis — ele se aproximou, uma mão erguida para tocar meu rosto. Eu recuei.

— Tudo bem! — levantou as mãos espalmadas como quem se rende. — Não vou tocá-lo, esta vendo? Por favor, Louis, perdoe-me. Eu fui um tolo pretensioso. Pensei que... 

— Você pensou que eu estivesse... atraído por você. Pensou que... Que... Eu quero tanto tocar você que perco a noção de certo e errado. Que quando você me toca é quando me sinto mais vivo. E que quando me beijou, foi como se finalmente minha vida começasse! Que até agora eu estive adormecido esperando que você me despertasse. — eu lutava bravamente contra as lágrimas que teimavam em sair.

 — É assim que se sente? — perguntou, me encarando profundamente. Mais lágrimas inundaram meus olhos e, dessa vez, não pude mais contê-las. Abri os braços, exaurido. 

— Faz alguma diferença? Vi pela expressão de seu rosto — de dor, prazer, angústia — que ele havia entendido. Não pude mais ficar ali. Corri em direção a casa, o mais rápido que pude. Corri até meus pulmões queimarem. Tranquei-me no quarto, ignorando as caras de espanto dos empregados quando me viram atravessar a casa correndo com. Encostei-me na porta, ainda sem fôlego. 

O que foi que eu fiz? 

Deixei meu corpo cair no chão e não segurei as lágrimas que vieram. Não sabia ao certo por que chorava: se era por mim, por Harry, ou pelo "nós" que jamais existiria. Ou se chorava simplesmente porque queria desesperadamente voltar para os seus braços outra vez.

Liam tinha razão, eu nunca me apaixonei antes. Nunca senti tão vulnerável, fraca e tola como naquele momento, a primeira vez, eu não sabia lidar com o que estava sentindo. Mas sabia, com cada fibra do meu corpo, que a agonia só acabaria quando eu estivesse nos braços de Harry novamente.

 BSS. BSS. BSS.

Levantei a cabeça dos joelhos e encarei minha mochila.

O que era agora? 

Rastejei até ela e peguei o celular. Nova mensagem? 

Desconfiado, apertei o botão verde. 

Fase dois: Completa.

 Não tive reação alguma. Apenas olhei para a tela, li e reli a mensagem até ela se apagar e desligar totalmente.

Eu não pude entender. Tudo bem que a conversa com Santiago foi um pouco bem pouco — esclarecedora. O celular que pensei ter visto em sua mão era a prova de que ele também estava naquela enrascada. Mas ela foi muito enfática quando me disse que eu só voltaria se encontrasse o que eu procurava. E, certamente, o que eu estava procurando não era a outra pessoa perdida ali, mas sim algo misterioso e oculto, algo importante apenas para mim... 

E então, como se uma luz de emergência se acendesse, me lembrei do que disse a vendedora quando me ligou pela primeira vez.

E finalmente começar a viver sua vida!

 Depois de ter beijado Harry, eu disse exatamente com eu me sentia, praticamente usando as mesmas palavras. E quando me beijou, foi como se finalmente minha vida começasse.

Será isso? Harry, de alguma maneira, poderia me levar de volta? 

A primeira mensagem chegou quando Harry e eu voltamos da vila. Harry estava comigo. A segunda mensagem chegou depois do jantar em que conheci Santiago, depois que Harry e eu conversamos. Harry estava comigo. E a ultima chegou instante depois de termos nos beijado. Obviamente, Harry também estava comigo. Então seria Harry? Mas como me apaixonar por ele poderia me ajudar de alguma forma?

Pensei sobre isso por um tempo, mas é claro que não consegui ver o que estava bem na minha frente. Talvez a jornada fosse Harry. Mas, se fosse isso, se me apaixonar por ele fosse o motivo real de eu estar presa no passado, como poderia voltar para casa e deixá-lo?

Não fazia sentido!

Não poderia ser Harry.

Então o que era?

 Uma vez que eu resolvesse o mistério, sabia que estaria em casa outra vez. Já estava ali há quatro dias e ainda não compreendia o que a tal jornada significava. Tentei unir as outras pistas que eu achava que tinha: Santiago, Harry, o celular e, talvez, meu livro. Nenhuma delas tinha ligação. Santiago e Harry não se conheciam anteriormente — é claro. Harry não conhecia um celular e nem, aparentemente, Jane Austen. Santiago talvez conhecesse as duas coisas.

 Então onde Harry entrava na equação?

 Talvez, quando estivesse mais calma, ligaria os fios soltos que agora me escapavam.

Guardei o celular de volta na mochila e me levantei, decidido.

 Eu não era disso, ficar sentada chorando e me lamentando. Eu lutava. E agora lutaria ainda mais para tirar Harry da cabeça. Se eu era capaz de aturar o intolerável Carlos todos os dias, suportaria conviver com Harry — que era mais gentil e doce e lindo e forte e, por isso mesmo, muito mais difícil — por alguns dias. 

Lavei meu rosto, ajeitei o cabelo — eu precisava dar um jeito nele, no cabelo e marchei para o corredor.

 

Boua noite Amores Votem e comentem por favor!!



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...