1. Spirit Fanfics >
  2. Perdido Na Neve >
  3. Inverno Quente?

História Perdido Na Neve - Inverno Quente?


Escrita por: GreezlyBear

Notas do Autor


Essa oneshot é apenas um aquecimento depois de 4 anos sem criar nada. Espero que vocês gostem!

Capítulo 1 - Inverno Quente?


Sexta-feira. Sete da manhã. Relutante e ainda com sono, Soluço levantou-se da cama resmungando de preguiça e frio. Dentro de uma hora estaria caindo na estrada com sua melhor amiga Astrid e seu primo Melequento, que bem, não era a melhor companhia, mas ao menos sabia como divertir à todos. 

Tomou um banho quente e escovou os dentes debaixo do chuveiro mesmo. Ao sair, se deu ao trabalho de apenas secar o cabelo, sem se importar em arrumá-lo ou assentá-lo. Vestiu as roupas que iria usar para sair e desceu à cozinha para tomar café. Deu de cara com seu primo, Melequento, com uma calça preta e sem camisa, que o cumprimentou com um pedaço de torrada na boca.

-Os anos passam mas você continua sendo um Lord classudo, não? Pelo menos já tomou banho.

-Vê se me erra, Hiccup. Fiz panquecas caso queira, e estou preparando algumas torradas também.

-Uau, o que aconteceu com você?

-Eu cresci, panaca. Vou me arrumar logo pra não nos atrasarmos, o feriado começa hoje então corremos risco de pegarmos trânsito.

-Como se alguém saísse de Berk.

Melequento havia mesmo crescido, agora era musculoso e menos birrento, mas às vezes parecia o mesmo pirralho insuportável que o atazanava quando criança. O tempo lhe havia feito muito bem, todos brincavam com seu cuidado em relação à higiene, coisa que ele não tinha muito quando criança.

Tocaram na campainha e ao atender descobriram ser Astrid. Arrumaram as malas no carro e partiram para seu destino. Passariam o feriado prolongado em uma cidade vizinha, conhecida por seus muitos bares e boates. Apesar de seus vinte anos, Soluço ainda estava tentando se descobrir, não saía muito, apenas bebia bastante, mas quando o assunto era vida amorosa ou sexual, ele era um poço fundo de confusão e gagueira. Bem, já havia tentado namorar Astrid, mas foi tudo um desastre e optaram por continuar apenas amigos mesmo. Soluço se sentia um estranho dentro do próprio corpo, não sabia dizer do que gostava, o que queria, quem era. Resolveu ir para essa cidade pois talvez com tantos bares e boates acabasse se descontraindo e se soltando mais. 

Após 3 longas horas de viagem, chegaram na cidade. Iriam ficar numa pousada perto de uma floresta mais ao sul. Era longe do agito, mas ainda haviam bares e casas de jogatina por perto, a cidade era uma mini-versão de uma fusão de Amsterdã com Las Vegas. Chegando na pousada foram levados à seus quartos, quero dizer, dividiriam um mesmo quarto com três camas, assim nínguem perderia a hora caso marcassem algo pro dia seguinte. A recepcionista da pousada era uma garota de uns 17 anos sorridente e gentil, lhes deu alguns panfletos mostrando os atrativos da cidade e fez até um pequeno comentário sobre a floresta ao lado. Dizia ser guardada pelo espírito do gelo, Jack Frost. O garoto que traz o inverno e congela os pés daqueles que duvidam de sua existência. Soluço riu, como as pessoas vendiam e compravam uma história ridícula dessa? Parecia até brincadeira. Decidiram que iriam num bar localizado a uns cinco minutos de caminhada dali, apenas para começar. Durante a tarde passearam pela cidade e comeram em diversas lanchonetes locais. A comida lá era realmente muito boa, e eles estavam adorando cada nova descoberta gastronômica. No fim da tarde, voltaram para a pousada para descansarem e se arrumarem para saírem de noite. Melequento estava completamente exausto e acabou capotando em sua cama, só acordando perto da hora de sair. Astrid estava linda e arrumada como sempre, apenas esperando os dois ficarem prontos para enfim saírem. 

Ao chegarem no bar, Soluço sentiu falta de sua carteira, e lembrou que havia deixado ela em cima da cama enquanto se arrumava. Disse que voltaria para a pousada para buscá-la e logo estaria de volta no bar. Ao sair, Astrid brincou:

 - Cuidado para Jack Frost não congelar seu nariz!

-Pro inferno com esse cara! Se ao menos ele existisse! - disse rindo enquanto se afastava do bar. 

Perdido em seus pensamentos, só voltou para a terra quando viu alguém se escondendo atrás da pousada. Ouviu também risos. Não deu muita importância, poderiam ser desde pessoas se pegando até pessoas se drogando. Ao chegar mais perto da porta, ouviu um "hey, você, vem aqui!", ignorou, entrou na pousada e foi até seu quarto pegar sua carteira. Não a encontrou. Procurou por todo o quarto e nem sinal dela, então resolveu sair para procurá-la no caminho, talvez tivesse caído. Ao sair, acabou ouvindo de novo, dessa vez o som era mais próximo. Resolveu ignorar de novo e a pessoa disse: "Não finja que não me ouve, eu to falando com você."

Soluço sentiu um leve arrepio causado pela frase, mas não sentiu medo, foi até atrás da pousada, onde começava a trilha, e viu a pessoa que havia visto antes, estava descalço, usando uma calça que mal cobria suas canelas e usava uma blusa com o capuz cobrindo seu rosto.

-Creio que isso seja seu.

A figura encapuzada segurava sua carteira. Soluço não sabia como, mas aquele rapaz na sua frente havia batido sua carteira, num impulso, resolveu correr até ele para tomá-la de volta, e o rapaz correu para dentro da floresta. Soluço em nenhum momento teve medo de que aquilo fosse uma emboscada para fazerem algo ainda pior, só queria pegar aquele trombadinha de merda que havia batido sua carteira. Enquanto corria, algumas vezes tinha visão do rapaz encapuzado e estava ficando profundamente irritado com suas risadas. Quando se deu conta, já estava muito adentro da floresta quase morta pelo inferno, embora estivesse sempre correndo, seu corpo começou a esfriar e a movimentação foi ficando mais difícil. Ao se ver perdido, acabou encostando numa árvore. Para não preocupar seus amigos mandou uma mensagem para Astrid dizendo que demoraria um pouco para voltar, pois havia realmente perdido a carteira. Sentiu o lugar ficando mais frio e viu que o cara que o roubou vinha em sua direção, sentia a ponta de seu nariz ficando extremamente gelada. E seu coração acelerou. 

-Então, você não acredita que eu existo?

O rapaz tirou seu capuz, revelando seus cabelos brancos como a neve. Seus olhos eram de um azul claro tão intenso que transmitiam calma. Estava diante de quem acreditava ser Jack Frost, o garoto das lendas. "Garoto", aparentava ter sua idade, mas se fosse mesmo quem diziam ser ele deveria ter alguns séculos a mais que ele. Seu corpo foi descongelando lentamente, à medida que ele se aproximava.

-Não devia brincar com o desconhecido. Eu vi vocês três desde que chegaram aqui, não guardo só a floresta, como também guardo esta cidade inteira. Sou o guardião do Inverno, e você escolheu a época mais infeliz para dizer que não acredita em mim. Tem sorte em ser um rapaz atraente.

O coração de soluço batia descompassado. Aquele garoto na sua frente lhe causava algo que estava longe de ser medo. Parecia ter sido cuidadosamente desenhado, cada centímetro de seu corpo. Seu sorriso era branco e acalentador. O modo como falava causava arrepios em sua espinha, não sabia dizer se era frio, medo, ou Jack.

Jack jogou sua carteira em seus pés, e caminhou até ele, que havia paralisado encostado na árvore. Tocou-lhe o rosto com as pontas dos dedos e o observou suspirar e soltar a boa e velha fumaça causada pelo ar quente dos pulmões. Gostava de causar essa sensação.

-Escute, está tudo bem. Não vou te causar mal algum. Apenas quero um pedido sincero de desculpas, e garanto que você não vai morrer de frio aqui no meio dessa floresta. Pense bem, eu garanto que ninguem vai conseguir te encontrar aqui. Não se eu não quiser. - Soluço apenas encarava seus olhos azuis, sem conseguir dizer nenhuma palavra. Não soube dizer em que momento ele havia ficado tão próximo de seu corpo, mas quando percebeu estava com as duas mãos na cintura do espírito.

- Diga. - Soluço soltou mais uma profunda respiração, com seu queixo tremendo e seus lábios ficando roxos pelo frio.

-D-desculpa... e-eu... faria qualquer...

-Shhh, se poupe, o frio passará com o tempo. Por enquanto, deixe que eu te ajudo a aquecer.

Frost beijou Soluço sem mais cerimônias. Seus lábios gélidos despertaram sentidos que Soluço jamais conheceu, suas mãos correram pela cintura e costas de Jack, enquanto se deixava levar pelo beijo calmo e carregado de desejo. Mil e uma coisas passavam pela sua cabeça, mas sabia que não queria parar, não queria que Jack parasse. Por mais que seu toque fosse gelado e a noite fosse fria, seu corpo esquentou. Esquentou de tal forma que pouco a pouco suas roupas iam cobrindo o chão à sua volta. Até que estavam os dois ali. Abraçados. Nus. Sentindo cada toque. Cada batida do peito. Cada pequeno arrepio subindo as costas. E isso valia também para Frost. O calor que o mortal emanava era incomum e surreal. O desejo escrachado em seus gestos faziam Jack crer que seria loucura parar ali. Seus órgãos se tocavam e Jack sentiu uma leve umedecida na região. Os dois estavam escorrendo. E o frio deu lugar ao suor, pelo menos para Soluço. Sem que vissem já estavam no chão. Enquanto a boca fria de Frost percorria seu corpo sua mente se ocupava apenas em aproveitar cada segundo e cada toque. Quando Jack começou a chupá-lo, ele simplesmente saiu de sintonia, ficou preso em sua própria mente, sentindo aquelas sensações que ele jamais conseguiria explicar em palavras ou até mesmo gestos. O êxtase em sua expressão deixava o guardião cada vez mais sedento por seu corpo quente, o que culminou com ele penetrando em Soluço, lubrificado com o sêmen que escorria de seu pênis. No começo a dor era grande e desconfortável, mas o carinho de Jack somado ao frio de seu corpo foram deixando-o relaxado cada vez que Frost ia e voltava com seu quadril. Soluço pobremente controlava os impulsos de seu corpo, e não pode impedir suas unhas de arranharem aqui ou ali nas costas do guardião, que gemia com sua voz macia em seu ouvido. A confusão entre frio e calor ia deixando tudo mais intenso, e Jack não mais penetrava o jovem rapaz. Estava agora se preparando enquanto montava nele e se encaixava em seu colo, sendo penetrado por seu pênis sem qualquer dificuldade. Soluço deduziu que Frost já deveria ser bem experiente nisso, considerando sua possível idade. Sorriu de canto e viu que o guardião retribuiu o sorriso, como se lesse seus pensamentos. Enquanto Jack cavalgava no colo de Soluço, passava as pontas dos dedos por seu corpo causando arrepios e mais arrepios.

Estavam então sentados. Jack ainda rebolando os quadris em Soluço, cujos gemidos quebravam o silêncio da floresta. Os dedos de Jack percorriam a nuca do jovem fazendo-o suspirar de tesão, pedindo por mais e mais. À medida que sentia o orgasmo se aproximando, Frost o segurava para mais perto, enquanto tinha seu corpo apertado cada vez mais forte. Um gemido alto. E uma onda quente invadiu seu interior, lhe causando tanto êxtase que não pode evitar de soltar três jatos sujando todo o peito de soluço, que continuou segurando-o apertado, extasiado e exausto.

O celular mostrava 15 chamadas perdidas, de Astrid e seu primo. Apenas mandou uma mensagem dizendo que havia encontrado a carteira e estaria no bar em 30 minutos. Jack o levou de volta à cidade, sob a promessa de que iria visitá-lo sempre que pudesse. 

Nas duas noites seguintes de viagem, Soluço sumia no meio da noite para se encontrar com Frost. Finalmente estava descobrindo do que realmente gostava, e estava feliz com isso, ainda confuso, mas excitado. Vez ou outra ainda ia até a cidade vizinha passar horas e horas com o guardião do inverno na floresta. Era jovem, e tudo que queria era se descobrir a cada novo dia.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...