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História Perdidos no Labirinto - O Desmaio


Escrita por: Thayrii

Notas do Autor


Demorei? Talvez, e peço desculpas por isso.
Eu realmente estava me sentindo muito mal ultimamente no meu estado de luto e quando pensava em escrever um novo capitulo para a fanfic nada me vinha a cabeça e minha animação logo se esvaziava.
Realmente quando uma pessoa próxima de você parte uma cicatriz enorme se forma em você e por esse motivo que eu não consegui escrever nenhum capitulo da fic todo esse tempo.
Mas bem, com todo esse tempo eu melhorei um pouco e também eu acho meio injusto pra vocês ficar sem capitulo todo esse tempo na curiosidade do que aconteceu com a Amanda, o Lysandre e o Armin na floresta.
Boa leitura, meus amores, espero que gostem *---*

Capítulo 7 - O Desmaio


Fanfic / Fanfiction Perdidos no Labirinto - O Desmaio

 

Amanda King

“O desmaio”

 

Já sentiu a sensação de que sua presença em um certo momento é algo terrivelmente insignificante? Pois é isso que eu estou sentindo.

Meus ouvidos parecem sangrar de tanto ouvir as cantadas inúteis de Armin que estava fazendo para a tal de Kristel, sinto pena dela, terá que o aguentar por um bom tempo.

Quando chegamos até a clareira algum tempo atrás não imaginava que tudo seguiria nesse rumo, na verdade, imaginava que iriamos voltar rapidamente para a casa do clã Wiffs e continuar um dia entediante sem café, mas vejo que meus planos não foram realizados.

-Ei, olhe lá. –Armin falou assim que chegamos a clareira, eu estava tão entediada no momento que nem havia percebido as três garotas que estavam próximas de nós –De que clã será que são? Vamos nos apresentar?

Não acho uma boa ideia, vamos voltar para casa? –Pensei para mim mesma, como eu gostaria de dizer isso sem passar por a chata estraga prazeres do grupo.

-Acho que não é uma boa ideia, Armin, elas estão treinando e não é muito civilizado interrompe-las –Lysandre disse tentando colocar algum tipo de bom senso em Armin, mas como sempre, não dará certo.

-Ah amigão, vai dizer que você não quer conversar com nenhuma delas? Olha aquelas curvas! –Armin tentava convencer o máximo que podia Lysandre, deu para perceber que minha opinião não iria servir de muita coisa.

Lysandre continuava com seu rosto neutro, o que me fazia querer falar o que pensava, mas com certeza não seria ouvido. Mantive meu olhar preso nas garotas com destreza, avaliando cada movimento que qualquer uma fazia, nenhuma parecia totalmente excepcional.

Havia uma loirinha com um rosto meio infantil e inocente me levando a conclusão que ela era a mais nova das três. Eu já havia visto a garota em algum lugar, mas acho que nunca prestei atenção o suficiente nela. A loira parecia estar ensinando a platinada a como manejar o arco e flecha, e notava-se de longe que estava sendo muito paciente.

A platinada já era diferente da loirinha, era um pouco mais alta e seu olhar continha muita determinação. Ela manejava o arco como uma criança de cinco anos o que era um pouco cômico pois raramente alguém tem dificuldades de usar um arco e flecha depois que se está conectado a ele.

A terceira que estava deitada na grama aparentemente dormindo tinha as pontas de seus cabelos pintados de azul, ela eu com certeza reconheço, Ikki Slank, uma das mais antigas integrantes do Clã Vertybs, ela havia combatido o Crepinn que vivia nessa floresta, lembro-me que ela quase “morreu” quando ele lançou uma das bolas de luz na direção dela... Se não fosse Lysandre, a morte incerta que envolve a todos nesse Labirinto iria a corromper.

Não há dúvidas, as três fazem parte do Clã Vertybs, principalmente pelo fato delas estarem usando os famosos coletes vermelhos que é a marca registrada do uniforme do Clã Vertybs.

Ouvi um suspiro de Armin ao meu lado, instintivamente olhei para ele e percebi que ele encarava a platinada com uma agonia perceptiva.

-É um pouco agoniante ver ela fazendo o posicionamento dos braços totalmente errado, me dá vontade de ajudar... –ele falou em um tom baixo, provavelmente pensando numa maneira convincente de ajudar a platinada sem parecer muito atirado ou zombeteiro.

-Por que você não a ajuda? Ela com certeza lhe agradeceria, creio que ela seja nova no Labirinto. –falou Lysandre com um sorriso tranquilo em seus lábios.

Armin soltou um suspiro pesado e assim avançou em direção a loirinha e a platinada comigo e Lysandre ao seu encalço.

-Olá, garotas, querem uma ajudinha com seus treinos? –a voz convencida de Armin falou dando uma péssima primeira impressão para as duas.

-Quem é você? – a platinada perguntou olhando para Armin desconfiada.

-Meu nome é Armin Harrison, eu sou o líder do clã Wiffs, você é nova aqui?

A platinada assentiu um pouco hesitante prestes a falar algo, mas foi logo interrompida pela loirinha.

-Você é o líder do clã Wiffs? O que faz aqui? Estamos praticamente nos limites do Labirinto. –ela perguntou meio acanhada, mostrando certa hesitação em se dirigir a Armin.

-Poderia fazer essa pergunta a vocês, há tantos lugares bons pra treinar mais perto da cidade... Bom, eu já me apresentei, agora se apresentem.

-Meu nome é Kristel Finn, arqueira novata no clã Vertybs e ela é Bailey Wright, minha superior. –falou a platinada tomando a frente da conversa num tom forçadamente confiante.

Estranho.... Se ela está se mostrando ter um tom confiante significa que ela está insegura, basicamente se ela está insegura significa que ela não é boa com apresentações informais. Sendo membro do clã Vertybs, que é conhecida pelo grande poder que possui cada membro, ela não se encaixa nesses padrões, além disso, se ela é uma novata, por qual razão entrou no clã mais poderoso do Labirinto sendo que nem sua arma principal sabe manejar direito?

Virei meu rosto para encarar a face de Lysandre, ele certamente não havia percebido nada de estranho na tal de Kristel pois continuava com seu encantador e tranquilo sorriso nos lábios.

-Prazer em conhece, Kristel, meu nome é Amanda King –falei voltando a encarar a platinada com um sorriso um pouco forçado –Mas me diga, Kristel, a quanto tempo está no Labirinto?

-Bom.... –a garota de cabelos brancos estava prestes a responder quando foi interrompida.

-O tempo que ela está aqui não interessa a você, certo? –a voz entediada de Ikki invadiu meus ouvidos fazendo-me encarar seu rosto que estava a poucos metros atrás das duas arqueiras –Olá pessoal, quanto tempo não via vocês...

-Digo o mesmo, Ikki, como anda a vida? –respondi a loira num tom meio convencido.

-Isso que estamos passando no Labirinto pode ser chamado de vida?

-Tochè. Continua afiada como sempre, Ikki. –falou Armin intrometendo-se na conversa.

A mesma fez um murmuro de riso, deixando claro que não queria falar muito, mas continuou mesmo assim.

-O que fazem aqui?

-Apenas um passeio, nada importante. –Lysandre respondeu ela com neutralidade –Mas Armin queria saber se não pode ajudar as duas damas a treinar arco e flecha.

De repente a cabeça de Armin girou tão rapidamente para encarar Lysandre que deu a impressão de que iria quebrar. O arqueiro encarava o mago com um pouco de indignação.

-Verdade? Eu adoraria, uma boa ajuda sempre é bem-vinda, não é mesmo, Bailey? –Kristel falou com animação, pelo jeito ela não percebeu as reais intenções de Armin.

A loirinha assentiu timidamente.

-Claro, será uma honra ter o líder do clã Wiffs ajudando no treinamento de Kristel.

Armin encarou as duas por um momento como se estivesse sem palavras, mas depois um sorriso brincalhão assumiu a forma de seus lábios e ele caminhou para mais perto das duas.

Tonto... –falei para mim mesma em pensamento, o jeito de Armin nunca mudará.

O arqueiro então logo foi ajudar a platinada, mas antes a mesma virou-se na direção de Lysandre e perguntou:

-Ei, ainda não sei seu nome.

Encarei Lysandre por um momento, o mesmo sorriu para Kristel com um sorriso um pouco diferente, posso até dizer alegre, o que fez uma faísca brilhar em meus olhos.

-Meu nome é Lysandre Blanck, é um prazer conhecer você, senhorita Kristel.

-Prazer é todo meu. –ela respondeu sorrindo antes de se virar para Armin e começar a ouvir sua explicação.

Tinha necessidade disso? Eis que eu pergunto. Ela poderia simplesmente deixar para conhecer ele depois do treinamento, quando já estivesse acabada, com os cabelos desgrenhados e com seu rosto suado, mas tinha necessidade de mostrar aquela carinha animada para ele? É claro que não! E também tinha necessidade de ele falar com ela com aquele sorriso? É obvio que não!

Encarei a grama com uma certa irritação e logo senti uma mão suave em meu ombro.

-Vamos sentar ali com a Ikki? –ele perguntou não notando nada de errado comigo.

-Claro, eu adoraria.

 

Olivia Kober

Os raios solares invadiam com precisão o quarto verde, fazendo com que meus olhos abrissem incomodados com tal iluminação.

Droga. Dormi demais. Deveria ter acordado mais cedo para perguntar a Kristel se o uniforme havia servido. Passei praticamente a noite toda costurando ele para Kristel, mas admito, deveria ter pegado as medidas dela antes para evitar o ato do uniforme ficar pequeno ou grande demais para ela, mas é claro, Castiel é teimoso demais, veio falar comigo as oito horas da noite. As oito!!! Repetindo, quatro horas antes da meia noite, no momento em que eu deveria estar dormindo.

Não sei até que momento da madrugada fiquei acordada, mas lembro-me que dormi muito tarde e não estou totalmente descansada. Mas é claro, não deixaria Kristel na mão, adoraria vê-la com o uniforme, igualmente a Castiel.

Levantei metade do corpo de cima da cama, sentando-me nela. Ele doía, não vou negar, está doendo muito pelo fato de eu ter abusado muito de minha coluna enquanto costurava em minha máquina. Espero que ao menos tenha valido a pena todo esse esforço.

Olhei preguiçosamente para o quarto, que consistia em cores basicamente completamente verdes, em vários tipos de cor, acho que esse é o mais concreto motivo de eu gostar tanto de verde.

Por onde meus olhos passavam, encarei o objeto que mais me chamava a atenção que se localizava em uma das minhas estantes. Era um quadro com a moldura branca –acho que é um dos únicos objetos que não se propagam em verde nesse quarto –ele havia uma foto que me trazia várias lembranças e que me causavam vários tipos de emoções. Nele se concretizavam todos os integrantes do clã Vertybs, todos, nós estávamos na Floreta do Renascimento, embaixo de uma grande sobra que um grande carvalho fazia, estávamos sentados em cima de uma toalha listrada que continha várias cores, eu me encontrava apoiada em cima do ombro de Mary que estava na minha frente juntamente com Bailey e Kentin, olhando com um grande sorriso para a câmera, Dake estava do meu lado, a câmera havia pegado o exato momento em que o loiro levantava o braço para colocar em volta de meus ombros, Ikki estava no canto esquerdo da foto com a cabeça apoiada nas pernas de Viktor, Daphne e Nathanie ambos estavam em lados contrários da foto com Daphne na direita e Nathaniel na esquerda, os dois seguravam um livro nas mãos o, que me faz pensar o quanto dos dois amam ler, e Emma estava no canto direito da câmera tirando a foto com Castiel beijando sua bochecha.

Esse dia foi com certeza um dos melhores dias da minha vida, todos os integrantes do clã Vertybs estavam felizes, exalando alegria por onde passavam, até mesmo Ikki e Castiel que normalmente exalam somente mal humor.

Sinto falta desse dia, sinto falta de Emma, sinto falta da antiga parceria que todos nós tínhamos com uns aos outros. Sempre nos consideramos uma grande família, mas essa família vem se quebrando aos poucos ultimamente, mesmo que nenhum de nós queira realmente isso, mas foi inevitável dês de que Emma se foi...

Algumas lágrimas teimosas começaram a rolar sobre meu rosto me surpreendendo no mesmo momento. Uma tristeza imensurável se atolou dentro de mim me corroendo completamente, fazendo com que mais e mais lágrimas rolassem de meus olhos. Queria voltar no tempo, voltar no tempo em que todos nós éramos felizes e parceiros numa irmandade sem tamanho, no tempo em que o desastre de Emma partindo não tivesse acontecido.

O meu choro então logo foi interrompido por tímidas batidas em minha porta.

Merda, mil vezes merda, tinham que vir me acordar agora? –pensei comigo mesma enquanto secava rapidamente as lagrimas ou vestígios de choro no meu rosto.

-Liv, acorda, Castiel marcou uma reunião para as 13 horas e agora já são 12 e 35. –a voz harmoniosa de Dake inundou o quarto me trazendo uma intensa sensação de alivio.

-Já vou! –gritei de onde estava, olhando meu rosto no espelho verificando se não há nenhum vestígio que tenha possivelmente chorado.

Meu corpo estava mais relaxado, o motivo de eu ter me aliviado por ser Dake foi por que eu não precisava me preocupar muito se ele iria notar ou não que eu estava chorando pois ele nunca nota, digamos que Dake não é o cara mais inteligente do mundo na minha opinião.

Rapidamente fui em direção a porta e a abri, e vendo de lá um Dake um pouco sério demais.

-O que houve, por que está com essa cara? –perguntei para ele sorrindo.

Qualquer pessoa com que eu estivesse falando nunca notaria que a poucos minutos atrás eu estava chorando desesperadamente. Esse é o grande poder amaldiçoado de Liv Kober.

-Kentin e Viktor ainda não chegaram e eu estou preocupado, era para os dois terem chegado logo de manhã...

-Então esse é o motivo da reunião que Castiel marcou? –perguntei desfazendo aos poucos meu sorriso, tomada pela preocupação.

-Não sei, mas acho que sim. –Dake falou incerto, não mostrando nenhum requisito de animação.

Não complica as coisas pra mim, Dake... –pensei impacientemente.

-Bom, ainda tem como eu tomar meu café por que eu.... –no momento em que eu ia terminar minha frase, o som de várias coisas se quebrando e caindo tomou por inteira a casa do clã Vertybs.

-O que é isso?! –Dake falou alarmado, mas eu não dei atenção pois logo corri em direção de onde o som havia vindo, era a biblioteca.

Dake correu ao meu encalço na mesma direção em que eu ia, igualmente preocupado com o barulho. Assim que chegamos na frente da entrada da biblioteca paramos pelo choque.

As estantes de madeira estavam todas no chão, juntamente com múltiplos livros que neles estavam, os vidros das grandes janelas estavam completamente quebrados, com pedaços grandes e pequenos estilhaçados no chão. Dentro da biblioteca estava Nathaniel tentado acordar Daphne que estava completamente desacordada no chão com a sua boca saindo um pouco de sangue.

 


Notas Finais


Buuuuuum!!!!
Caiu a bomba.
O que será que aconteceu com a Daphne? Huuuuum....... Fica esse mistério para os Sherlocks de plantão e também fica o mistério do por que só o Nathaniel estar com Daphne. Huuuuuuum.............. Sera que Daphniel estavam de rolo? Não sei.
Bom, espero que tenho gostado, mas antes queria agradecer imensuravelmente a @Thieh por todo o apoio que me deu para continuar a fanfic todo esse tempo.
Valeu =)
E também agora quero agradecer a você que está lendo por ter clicado na notificação e não ter fesistido da fic mesmo com todo esse tempo não postando, obrigada <3


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