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História Perdoe-me, por favor - Isso está Certo?


Escrita por: Aramika

Notas do Autor


Olá pessoal, como estão? Espero que gostem desse capítulo! *--*

Capítulo 3 - Isso está Certo?


Depois de se encontrar com Flowey, Frisk seguiu em frente. Mostraria para a flor que o mundo não precisava ser daquele jeito, porém, faria isso mais tarde. Agora estava ansiosa por outra coisa. Sabia que o esqueleto mais velho estaria logo a frente, então apertou o passo, entrando na fria estrada que levava a Snowdin. Tudo correu como na primeira vez em que caiu naquele lugar. Depois de andar um pouco, encontrou um galho robusto, que não dava para pegar porque era pesado. O ignorou e continuou seu caminho.

Ouviu-o partindo em pequenos pedaços. Sans estava se aproximando. Seria sua chance de fazer tudo diferente. Chegou até a ponte e ali ficou parada, fingindo não saber o que fazer. Então, ouviu passos atrás de si. Acabou ficando um pouco nervosa. Já tinha vivido aquele momento antes, mas o nervosismo insistia em continuar em seu corpo.

 

- Humano. Não sabe cumprimentar um novo amigo? Vire-se... – Frisk escutou o esqueleto falar, mas não o deixou terminar a frase, já se virando e apertando sua mão.

- ... – A garota nada disse, só esboçou um pequeno sorriso nos lábios, depois de ouvir a almofadinha de pum fazer seu trabalho.

- Oh, que estranho... Até parece que você já passou por isso antes... Bom, tanto faz. Sou Sans, Sans o esqueleto. – Sans falou normalmente.

- Meu nome é Frisk! – A menina respondeu sorridente.

- Frisk... Certo Frisk. Sabe, era para eu estar caçando humanos agora, mas eu não dou a mínima pra isso. – Sans falou desinteressado. Parecia já ter repetido esse diálogo antes.

- Ahn... E então...? – Frisk questionou confusa. Não era esse o comportamento do esqueleto geralmente.

- Bom, eu não dou a mínima, mas meu irmão, Papyrus, é um caça humanos fanático. Falando nisso, acho que é ele logo ali na frente. Vamos, passe por essa ponte com as barras muito largas. Sim, meu irmão as fez muito largas para prender alguém aqui. – Sans falou indiferente.

- Ok... – Frisk respondeu ainda confusa.

- Viu só? Ele sabe que você cometeu seus pecados! – A voz ecoou na mente da menina.

- Bobagem. Quando eu resetei, todos eles se esqueceram do que eu fiz... – Frisk respondeu incerta.

- Isso é o que veremos...! – A voz falou, rindo e sumindo aos poucos.

 

Frisk atravessou a ponte e parou perto de um abajur, esperando que Sans falasse mais alguma coisa. O mais estranho disso tudo é que ele não disse nada, só ficou parado, olhando na direção de onde seu irmão estava vindo. A garota ficou impaciente, pois Papyrus estava se aproximando cada vez mais. Sans pareceu notar o desespero no rosto da menina, então começou a falar.

 

- Se você quiser, pode se esconder atrás daquele abajur ali. Ele não vai te ver. – Sans disse, parecendo não se importar com a situação.

- O-ok... – A garota respondeu e correu a tempo para trás do abajur.

- Viu só? Ele se lembra. Ele se lembra de cada monstro que você matou. Não adianta se fingir de boazinha mais. Ele nunca irá te perdoar. – Chara disse se materializando na mente de Frisk.

- Como fez isso? – A garota perguntou assustada.

- Com suas dúvidas e medos, fica mais fácil eu tomar minha forma corpórea. – Chara sustentava um sorriso doentio nos lábios.

- Oras, me deixe em paz. Eu vou conseguir fazer todo o caminho sem machucar ninguém... – Frisk respondeu incerta.

- Viu só? Já está se entregando as incertezas. Logo, logo esse corpo será controlado por mim! – Chara falou triunfante.

- Não vou deixar isso acontecer. – A menina respondeu e passou a ignorar Chara o máximo que conseguia. Agora que ela estava em sua fase corpórea, seria mais difícil ignorá-la, mas tentou focar na conversa dos irmãos.

- Sans! O que está fazendo parado aí? Faz oito dias que você não recalibra seus quebra-cabeças! – Papyrus falou irritado.

- Ah mano, dá uma folga prósseu irmão! – Sans falou, fazendo mais uma de suas piadas ruins.

- Sans! – Papyrus chamou a atenção do irmão.

- Ah, qual é? Você está sorrindo! – Sans disse divertido.

- Estou! E eu odeio isso! E se um humano passar por aqui? Eu tenho que fazer todo o trabalho duro! – Papyrus reclamou.

- Você está se esforçando pra osso hein mano? – Sans soltou mais um de seus trocadilhos ruins.

- Sans! Pare de fazer piadas ruins e me ajude! Como poderei me tornar um membro da guarda real desse jeito? – Papyrus continuou reclamando.

- Calma mano, você está de crânio quente! Tem que se distrair um pouco! – Sans disse risonho.

- Meu Deus, eu vou voltar pro meu posto. E você, seja mais... Osso duro em seu trabalho! Nyehehe! – Papyrus disse, saindo logo em seguida.

- Se quiser, já pode sair daí. – Sans voltou a falar com indiferença.

- Ahn... Sans... Deixe-me fazer uma pergunta? – Frisk perguntou receosa da resposta que receberia.

- Você acabou de fazer uma. – Sans deixou escapar.

- Bom, tanto faz... Eu fiz alguma coisa pra você? Ou melhor... Você... – Frisk não pode terminar de falar, já que foi interrompida pelo mais velho.

- Como se você não soubesse... Enfim, vamos seguir em frente. Meu irmão talvez queira te encontrar. Isso faria o dia dele. Se não se importar. – Sans falou e saiu andando para um de seus atalhos.

- Haha! Eu sabia! Ele sabe o que você aprontou Frisk, não tem como fugir! – Chara falou zombando da menina.

- Essa não... – Frisk deixou escapar, enquanto olhava para o caminho que o esqueleto tinha tomado.

- O único jeito é se render a mim agora Frisk. Você não tem escapatória. – Chara insistia, tentando tomar o controle da situação.

- Não. Vou provar a ele que mudei. Não vou deixar você fazer o que quer Chara. – Frisk disse determinada, tomando o caminho oposto ao de Sans.

 

Andou por algum tempo. Estava ventando mais que o normal naquela rota, tornando a visão e o caminho mais difíceis para a menina. Mas isso não a impediu de chegar a seu primeiro destino: o cão guarda real, que não podia enxergar coisas que não estivessem se mexendo. Passar por ele foi fácil. Ela permaneceu imóvel por toda a luta e, quando teve oportunidade, fez carinho na cabeça do cão.

 

- O que? O que foi isso? Fui acariciado por algo que não está se mexendo! – O cão falou. Estava louco, olhando para todos os lados para ver se encontrava alguém.

- Que cachorro estúpido! Se fosse ele, parava de dar importância a coisas que se mexem e ficaria atento as que não se mexem também! – Chara comentou incrédula com a atitude do cão.

- Não fale assim dele... Ele até que é fofinho assim! – Frisk falou, se divertindo com a situação.

- Meu Deus, preciso de alguns biscoitinhos caninos depois dessa! – O cão falou, indo para sua estação de vigia.

 

Logo a luta acabou rápido e Frisk pode seguir seu caminho. Estava com pressa de encontrar os irmãos esqueletos. Queria mostrar ao mais velho que tinha mudado. Não sabia porque estava necessitada disso, mas o faria da melhor maneira possível.

Não demorou muito e os irmãos já estavam a sua frente. Ambos conversavam animadamente, até notarem a sua presença. Papyrus, o mais alto, continuou animado. Talvez até mais animado que antes. Já Sans, a olhava como se não estivesse nem aí com a presença dela.

 

- Oh, meu Deus Sans! Isso é um humano! Mas... Ele me parece familiar... – Papyrus falou, analisando Frisk de cima a baixo.

- Isso te parece familiar porque é uma pedra! – Sans falou, olhando para seu irmão e apontando para a pedra atrás de Frisk.

- Como eles conseguem ser tão idiotas? – Chara comentou, batendo em sua própria testa.

- Deixe-os em paz. – Frisk comentou, enquanto observava a cena com um aperto no coração. O gelo que Sans estava dando nela a matava por dentro.

- Oh sim... – Papyrus respondeu ao irmão em tom desapontado.

- Mas... E aquilo na frente da pedra? – Sans perguntou a Papyrus.

- Oh! É um humano! Se prepare humano! Porque esse será o dia mais difícil de sua vida! Puzzles e refrescos serão providenciados! Você não passará dessa área! Nyehehehe! – Papyrus disse animado indo embora.

- O quão burro ele pode ser? – Chara perguntou olhando-o partir.

- Ele não é burro. É apenas inocente demais... – Frisk comentou.

- Vai falar com o comediante agora? – Chara questionou interessada.

- Vou tentar mais uma vez... – Frisk falou incerta.

- Não vai dar certo. Lute com ele aqui e agora! Mate-o! Deixe-me acabar com isso logo! – Chara falou impaciente.

- Não! – Frisk respondeu alto. Para seu azar, Sans ouviu.

- Não o quê, criança? Está ficando doida? Ah é. O que você fez já prova que você é maluca. – Sans falou olhando seriamente para ela.

- Não quis fazer aquilo por mal... E eu vou provar que eu só quero o bem de vocês! – Frisk respondeu a Sans.

- Só quer o nosso bem? Não me faça rir. Você matou a todos nós. Pensa que eu não lembro? – O esqueleto falou, mudando a cor de seu olho direito para azul claro.

- C-como você se lembra disso...? – Frisk perguntou chocada.

- Isso não vem ao caso. Eu só lembro. E gente como você não muda assim de uma hora para outra. – Sans respondeu.

- Eu vou provar que posso sim mudar. Nem que eu tenha que ficar aqui com você pela eternidade. – Frisk respondeu determinada.

- Eu só não te mato agora porque meu irmão iria estranhar o seu sumiço. E outra, quero ver ele te capturar e te entregar para Asgore. – Sans falou, fazendo seu olho direito voltar ao normal.

- Isso não vai acontecer. Eu com certeza conseguirei um final feliz para todos aqui. – Frisk respondeu tentando não chorar.

- É o que quero ver, pirralha. Mas duvido. – Sans disse, pegando mais um de seus atalhos.

- Viu? Ele não confia mais em você. – Chara falou, atingindo em cheio o coração de Frisk com aquelas palavras.

- Vou fazê-lo voltar a confiar. Preciso só de me tornar amiga do irmão dele... E conseguir ficar na casa deles por uns tempos... – Frisk falou incerta de seu plano.

- Endoidou? Ele vai te matar assim que tiver chance! Eu preciso de você viva para concretizar meu plano! – Chara falou impaciente.

- Você não vai concretizar plano nenhum! E ele não vai me matar também. Eu vou conseguir consertar tudo, você vai ver! – Frisk falou determinada e seguiu em frente.


Notas Finais


E então, mereço comentários? XD


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