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História Perdoe-se - Anistia


Escrita por: Damadanoite98

Notas do Autor


Cara, será que ainda existe gente aqui? Deuses do mundo, demorei demais. Tenho como explicar (como sempre). Estava tentando voltar a minha rotina de antes (antes da depressão) e estou conseguindo! Yeah! Tentei salvar minhas notas e ter minha vida normal novamente. Estou estudando para ir para a final com o máximo de pontos que eu conseguir. Enfim, perdoem-me, mas o capítulo será pequeno. Quem sabe um lemon no próximo, uh? Eu disse para mim que não iria ter nessa estória, mas é quase impossível não pensar em um lemon para esses dois, né?
Aproveitem o capítulo!

Capítulo 5 - Anistia


Eu queria poder dizer que estava tudo bem.

Mas não estava.

Minha mente continuava a me perturbar após meu beijo com o pirralho. Não porque ele era um pirralho, não. Muito longe disso. O que me preocupava era o seu pai. Primeiramente vamos aos fatos: os dois estão brigados; Grisha é meu chefe; eu sou gay; Eren bissexual; não sabemos se o coroa é homofóbico.

Isso estava me quebrando a cabeça.

Suspirei, encostando-me ao encosto da cadeira de couro de meu escritório no hospital.

“Merda. Tenho que resolver isso.”

Subitamente a porta se abre, revelando o meu chefe e... sogro.

Ele estava ofegante e parou na porta, fechando-a.

– Algum problema, Grisha? – perguntei cauteloso.

– Não, nenhum. Só cheguei atrasado e queria notícias do meu filho. Faz algumas semanas que não te vejo e, bem, não posso ir à sua casa sem sua autorização nem a dele.

Quase cheguei a sorrir. Quase.

– Ele está bem. Indo muito bem, por sinal. Ele visita seu psicólogo e também seu psiquiatra regularmente. Já lhe foi tirado um dos medicamentos e ele reagiu bem. Eren também está fazendo terapias alternativas, como um curso de artes no centro da cidade e voltou a cuidar bem do corpo, indo caminhar todos os dias comigo, quando não tenho plantão.

Grisha sorriu.

– Que ótimo! Ele alguma vez me citou?

– Quer que eu seja sincero? Não, ele não citou. Mas ele fala sobre a mãe e seus sentimentos mais abertamente. Não vejo a hora de ele perder o medo de tocar novamente seus instrumentos.

O velho assumiu uma expressão triste.

– Eu queria tanto ver essa evolução de perto. Porém, tenho medo de que ele não olhe nem na minha cara.

– Você não vai conseguir se não tentar.

Por dentro, eu estava como ele: corroendo-me de medo. Entretanto, isso é uma coisa que não posso demonstrar, pelo bem dos dois.

(...)

Cheguei a casa e encontrei Eren todo largado no sofá, lendo um livro da Agatha Christie e com seu celular e fones de ouvido conectados, ele cantarolava a música. Era uma bela visão.

Fiquei o observando. Fazia uma semana que não nos beijávamos mais. E como eu queria, naquele momento, aquela boca de sensação indescritível.

Como ele estava muito concentrado no livro, não me viu quando me aproximei para fazer algo que eu jamais faria em outra pessoa. Aproximei-me do braço do sofá, onde a cabeça dele estava, e fui chegando mais perto. Seus grandes olhos verdes me olharam surpresos, mas desviei a atenção deles rapidamente, focando naquela boca. Nossos lábios se encostaram e demos aquele beijo estilo homem aranha.

Sorri em pensamento.

Eu estava louco. Louco de amor por aquele moleque.

Passei minhas mãos na pele de seu pescoço, ainda na mesma posição, sentindo alguns arrepios da parte dele. Soltei seus lábios já vermelhos e saí distribuindo beijos pelo seu rosto, até a testa, onde parei.

– Levi... – ele sussurrou.

Enquanto o moleque ainda estava em transe, tirei minha camisa branca social e também meus sapatos, ficando só de calça. Eren corou. E, como sou sádico, deitei em cima dele. Seus olhos se arregalaram.

– Calma! Até parece que não iremos fazer isso um dia. – pensei que essa frase não ia causar algum efeito. Bem, estava enganado.

– Levi! – falou ele em tom de repreensão.

– O que foi? – eu disse segurando o riso. O garoto era pudico.

– Eu sei que iremos fazer e tal. Mas... – desviou os olhos – tenho medo e vergonha também.

Acariciei seu rosto.

– Você é lindo – clichê, eu sei, mas foi isso que eu disse. – Só confie em mim quando estiver mais preparado. Certo?

– Sim! – sorriu.

Sorri também, porém nosso momento foi atrapalhado. A campainha tocou.   

– Vou atender a porta. – disse, saindo de cima dele.

Caminhei até a porta branca, abrindo-a. Não pude deixar de emitir um esboço de surpresa quando vi que era o pai do moleque.

– Posso entrar Levi? – Grisha perguntou cautelosamente.

Engoli em seco. Eu estava aterrorizado por dentro. Sou um ser humano como qualquer outro, então, comecei a suar frio. Naquela hora me perguntei se Eren realmente estaria pronto para perdoar seu pai.

Dei passagem, sem nada responder.

Antes de virar para ir para a sala, escutei a voz exaltada de quem eu menos queria.

– O que está fazendo aqui?

(...)

Depois do que eu pensei ser o fim do mundo, o que não foi, consegui sentar devidamente no sofá. Com o pirralho ao meu lado e seu pai de frente para nós. Eren só deu aquele grito porque ficou surpreso quanto à presença de seu pai. Ele não me contou o que estava acontecendo em seu corpo, mas eu conseguia sentir. Eu percebia o seu nervosismo, o suor em suas mãos, seus olhos arregalados e sua pulsação.

– Desculpe a intromissão tão repentina, não queria causar um transtorno, porém já não aguentava ficar sem te ver, meu filho. – disse Grisha.

Eren se retesou. Sua respiração ficou ainda mais ofegante.

– Eu queria que me perdoasse, sei que não mereço, entretanto. Só peço que me deixe cuidar de ti, dê-me somente uma chance de me redimir. – continuou Grisha.

Um silêncio absoluto pairou sobre nós, até que Eren, minutos depois, falou:

– Eu só queria entender porque não cuidou mais de mim. Veja bem, eu sei que a culpa foi minha pelo acidente, mas não consigo entender como você conseguiu abandonar um filho.

Os olhos de Grisha ficaram marejados.

Eu fiquei atônito. Eren não estava com raiva, só magoado e se sentindo rejeitado. Segurei mais fortemente a sua mão. Ele olhou para mim e sorriu levemente, com lágrimas caindo por sobre o rosto.

Grisha prosseguiu ainda emocionado.

– Não meu filho, a culpa não foi sua. Foi somente uma coincidência você ter ficado doente. Nunca te culpei por isso. Depois da morte de sua mãe eu não queria mais te olhar porque você é a cara dela. Eu amava muito sua mãe. – soluçou – Quando eu quase te perdi, percebi o quanto estive amargurado e triste. Não conseguia aceitar meus sentimentos, queria seguir em frente, mas não podia. Era como se eu estivesse traindo sua mãe, e olhar para você me lembrava disso.

Continuou a chorar. Eren também, mas em silêncio.

Pensei que ele nada fosse falar, porém falou.

– Eu sofri muito, meu pai. – ele engoliu em seco – Isso é um fato. Eu me destruí por muitos anos. Serviu-me de ensinamento. A vida pode ser linda, também trágica, como foram as nossas nesse meio tempo. Eu não quero passar minha vida amargurado, então te dou uma chance. Ainda não te perdoei que fique claro. Porém entendo o que sente o quão conflituoso isso é.

Grisha se levantou do sofá oposto, vindo em nossa direção e parando próximo a seu filho.

– Posso te abraçar?

Eren apenas assentiu em silêncio.

Foi uma cena bonita, pai e filho tão longe em afinidade se encontrando novamente. O abraço foi apertado, com direito a um beijo na testa por parte de Grisha.

– Só espero que me perdoe um dia, Eren. – disse Grisha olhando diretamente nos olhos de seu filho.

O pirralho apenas sorriu e disse:

– Eu também, pai.

 

 

 

 


Notas Finais


Não está revisado. Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.


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