- Tá Camilla, para de zueira comigo.. - Ele diz calmo se aproximando e ao aparecer na porta do carro, sua expressão é de assustado.
- Ai meu Deus. - Ele indaga levando a mão ao cabelo - Ai meu Deus Camilla.. O que que eu faço?
- Ficar calmo talvez seria uma boa opção? - Falo e ele vem até mim pegando na minha mão
- Tá.. Vai respira - Ele diz respirando ofegando, me mostrando como eu deveria fazer
- Harry para, idiota - Falo rindo - Vai, chama o motorista, você me fazer rir agora não é muito legal.
- Tá.. Tá bom. - Ele diz me soltando e saindo correndo , mas em segundos volta até mim - Fica calma , tá?
- Vai logo. - Digo rindo, e ele volta a correr pro lado de fora.
Em alguns segundos, ele voltou até mim com o motorista ao seu lado, Anne estava muito nervosa, e me dava vários chutes na barriga, o que me fez ir até o carro gritando de dor. Harry estava mais desesperado do que eu, o que me fez fingir está calma toda vez que ele perguntava se eu estava bem.. Na verdade, eu estava com muito medo.
- O que eu posso fazer para te ajudar? - Ele perguntou. Faltava uns 10 minutos para chegarmos ao hospital, o motorista andava bem rápido, já que o trânsito estava colaborando
- Eu estou bem.. De verdade. - Digo,o encarando - Só, sentindo um pouco de dor..
- Mas está tão calada.. - Ele diz mexendo no meu cabelo
- Só, um pouco concentrada.. - Falo abrindo um sorriso amarelo - É difícil ficar conversando quando se está perdendo bastante sangue, compreende?
- Compreendo.. - ele pausa olhando para o gps - Doí muito?
- Não tanto.. - Digo tentando o explicar - É uma dor suportável.. Já senti dores piores..
- Só não ficar nervosa.. Né?
- O único nervoso aqui, é você e o motorista. - Digo e ele rir
- Me der um crédito.. Nunca passei por isso. - Ele diz engolindo em seco
- Então, arranje algo para te distrair.. - Digo e ele arquea uma sobrancelha - É.. Canta para mim.. Como no dia que nos conhecemos melhor.
- Isso te fará bem? - Pergunta ele e assento. Ele pausa e se deita no meu ombro, e começa a cantar "Perfect", e aos poucos me deparei que eu chorava - Hein, o que foi? - Ele pergunta ao parar de cantar me observando
- É só que.. - Pauso enxugando o rosto - É incrível como essa música faz tanto sentido agora.. Você sempre disse que me amaria profundamente.. Mas nunca séria o cara perfeito..E é verdade.. Nos somos perfeitos. E não somos bons com promessas, e você me fez ver isso.. Que não precisa ser perfeito para ser feliz.
- Para de se despedir - Ele diz me encarando - Isso não é uma despedida..
- Eu sei que não.
- Me promete que você vai resistir a esse parto Camilla Gold. - Ele diz e engulo em seco entrelaçando nossos dedos
- Eu prometo, Harry Edward Styles. Prometo.- Digo, mesmo sabendo que não poderia fazer tais promessas.
**
Já estavamos na sala de parto, eu optei pelo parto normal a alguns meses atrás, então tudo dependia da força de vontade da Anne.
Harry andava para lá e para cá, enquanto os médicos não chegava, ele estava com uma mascara no rosto e a roupa hospitalar, e eu com a mesma, porém branca , um tanto feia, mas era o que tinha para hoje. Ambos tinhamos uma toca hospitalar tampando o cabelo, e máquina mostrando meus batimentos apitava bem alto nos demonstrando o quão meu coração estava acelerado.
- O Harry, pode fazer o favor de sentar? Você vai abrir um buraco no chão. - Falo e ele rir vindo até mim e me dando a mão. A porta se abre e dois médicos e duas enfermeiras entram
- Olá mamãe, está preparada? - Diz a enfermeira meiga botando a mascara assim como os outros . Assento e ela puxa uma mesinha com alguns equipamentos caso fosse necessário. - Bom, essa criança não nascerá necessariamente agora, então peço que fique calma e relaxe.
- Fala isso pro babaca do Harry, daqui a pouco ele come o dedo todo - Digo fazendo os médicos rir e sinto outra contração - Calma querida, só um segundo - Digo passando a mão na barriga
- Então, boa sorte - Ela diz jogando um pano por cima da minha barriga exatamente como no parto de Izzac e posicionando minhas pernas e Harry aperta minha mão abaixando para sua boca ficar perto do meu ouvido
- Por que eles tão fazendo isso? - Cochila ele baixinho de um jeito que só eu ouviria
- Para Anne nascer Styles. - Digo sem o encarar
- Então, deixa eu ver se entendi.. Eles vão te ver pelada, esses veio feio? - Diz ele o que me faz gargalhar
- Vão Styles. - Digo aos risos - E quer um conselho, não olha muito para lá não - E agora ele ria
- Você sabe como faz .. Quando vier as contrações, faça força. - Diz a enfermeira me auxiliando e acento . Harry se levanta para se afastar de mim, mas o impeço de me deixar apertando sua mão com força
- Você queria ver, agora aguenta até o final. - Falo baixo o que faz ele rir na mesma altura. Ao sentir outra contração de Anne, faço força sentindo uma dor terrível o que por reflexo me faz apertar bastante a mão de Harry. Foi assim umas sete vezes , até finalmente os médicos falarem que faltava pouco, eu já estava bem suada, e Harry bastante preocupado com meus gritos de dor. E foi exatamente as 18:25PM que Anne nasceu. Ela ainda estava ensanguentadinha quando botaram no meu colo, Harry a olhava com deslumbre enquanto eu a acariciava, eu não me importava com o fato de que agora a roupa do hospital estava bastante sujinha, e que meu coração estava tão rápido que a máquina estava bastante disparada, parecia que só tinha nos três naquele local, Harry chorava passando a mão pelos poucos cabelinhos louros de Anne, que ainda de olhinhos fechados não chorava, apenas sorria demonstrando que viver foi o que ela desejou desde o inicio.
- Harry - Disse fraca, meu peito ardia em chamas e a máquina gritava tão alto anunciando meus batimentos que passei a perceber que o barulho não vinha dela, porém do meu peito. - Vo-você.. Você, está feliz? - Pergunto e ele me encara com um sorriso, deixo uma lágrima cair ao sentir outra pontada forte no coração
- Você me faz feliz desde o primeiro momento que te vi. - Ele diz passando a mão em minha testa suada . E então tudo aconteceu muito rápido. A máquina começou a apitar mais forte, e Harry me olhou assustado, a enfermeira se aproximou pegando Anne de meu colo e correndo com ela para longe, um paramédico e uma enfermeira puxaram Harry para longe, enquanto o outro homem mais forte correu pegando a máquina de reanimação cardiaca, tudo passava lentamente em minha frente, mas sei que durou segundos. O médico correu até mim botando a máquina em meu peito e me dando um choque. Meu corpo pulou com o movimento , mas não me lembro de ter sentido dor. Na verdade, só lembro que começaram a surgir imagens na minha frente.
- Vai Ella, distrai os seguranças. - Minha voz ecoava, estavamos no show da Gaga, prestes a entrar no camarim da mesma
- Eu ainda te mato, sua maluca. - Ella disse raivosa e se aproximou dos homens musculosos fingindo um desmaio. Eu corrir para dentro de um jeito que eu nem sei que eles não me viram, e foi quanto eu vi a Gaga pela primeira vez, e também tive certeza que Ella era alguém que eu levaria para vida.
Outra imagem surgiu, eu estava na porta da casa de Richard o esperando para ir para escola, foi quando ele apareceu, com os seus cabelos jogados, e um sorriso no rosto. Era lindo, de uma forma que só ele sabia ser.Ele entrelaçou nossos dedos , e pegou na minha cintura começando uma valsa, eu não entendi nada na hora.
- Tá maluco, bebê? - Era a forma que eu o chamava
- Estou feliz Camilla. - Ele diz parando por fim de dançar e me abraçando - E quero lhe fazer um pedido - Ele cochicha em meu ouvido
- Faça, antes que seja tarde demais - Cochicho de volta e ele sorrir me encarando
- Namora comigo Camilla Gold Monroe? - As palavras ecoam pelo quarto médico me trazendo de volta para realidade. Deixo a cabeça tombar passando a encarar ao Harry, ele se debatia tentando se soltar para vim até mim, mas o homem era forte e o segurava, e seu olhar me pedindo para resistir me lembrou o dia em que conheci os meninos.
- Acho melhor nos apresentar. Eu sou o Niall. - Niall disse abrindo um sorriso começando a se apresentar
- Liam. - Liam, o mais gordinho levantou a mão acenando.
- Louis. - O magrela sorriou. Harry o beliscou e na hora eu entendi. Louis, hoje meu melhor amigo, ex do meu namorado, e o melhor conselheiro do mundo.
Harry agora , na realidade , chorava e seus lábios diziam "Camilla, fiquei comigo. Resista"
E uma última imagem surgiu na minha mente, a do encontro entre Harry e Izzac. Harry o tinha no colo, e me olhava por cima do ombro. Ambos choravam, pois já sabiam que seriam cumplices eternamente, e nunca se abandonaria. Tudo fazia sentido agora. Todos os momentos, tudo.Aconteceu o que teve de acontecer, e eu não me arrependo de minhas escolhas.
Se essa criança nascer, ela nascerá orfã. - As palavras da médica de Xangai ecoavam na minha cabeça - Isso, se ela resistir ao parto.
- Eu te amo. - Disse frágil para Harry, soltando por fim minhas últimas palavras, vindo em seguida com o grito desesperado de Harry junto aos apitos da máquina, e então um silêncio, vindo em seguida com a escuridão.
A eternidade longe de todo o resto.
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