O homem de idade já avançada encarada o rapaz de madeixas loiras à sua frente, que mantinha o semblante sério e impassível. Em sua mesa possuía inúmeros papéis, entre eles, dados do perfil de seu subordinado.
“Kyle Leone O’Brien, 25 anos, Investigador de polícia, 6 anos de profissão, 22 casos resolvidos neste período”
— Você tem certeza disso, garoto? — a voz calma do mais velho atravessou os ouvidos do rapaz, que continuava com a mesma expressão. Apesar de não aparentar, o delegado estava apreensivo a quanto mandar um de seus melhores agentes à esse caso, mas o rapaz parecia impassível.
— Nunca estive tão certo, senhor. — segurava com força o envelope entre os dedos, que continha informações do caso. O delegado suspirou, vendo que de nada adiantaria tentar impedi-lo.
— Está bem então. O caso “Komori Yui” é seu.
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Kyle bateu três vezes na porta antes de receber permissão para entrar. Ao adentrar a sala que cheirava a formol e produtos de limpeza, seu olhar parou diretamente na mulher de cabelos negros que residia ali. Ela tinha a expressão cansada e olheiras visíveis. Procurou a cadeira mais próxima e se acomodou ao lado da maca que estava o pequeno corpo sem vida da garota loira.
— O que conseguiu encontrar? — indagou à legista, que retirava suas luvas de borracha. Ela suspirou fundo antes de começar a falar.
— A garota se chama Komori Yui. Pelo o que vi nos exames de DNA e na autópsia, possui no máximo 16 anos e todos os ferimentos parecem ter sido feitos por armas brancas, algo como uma marreta, a julgar pela profundidade e formato dos ferimentos. Também encontrei algumas marcas estranhas no pescoço dela, parecem mordidas.
— Só isso? Não achou mais nada? — o loiro arqueou a sobrancelha, cruzando os braços a frente do tronco.
— Não. Procurei em todas as dobras do corpo e não encontrei nada que pudesse identificar o suspeito. — Kyle suspirou diante da afirmação de Yasu. — Contudo, fiquei sabendo que a garota foi encontrada numa beira de estrada, nas proximidades de uma tal Mansão Sakamaki.
— Nunca ouvi falar.
— Nem eu, mas é uma mansão misteriosa, dizem que nunca viram ninguém saindo de lá. E ao que parece, apenas esse mês foram descobertos mais três assassinatos além de Komori Yui.
Kyle estalou a língua.
— Certo. Obrigado, Yasu. Vou chamar o resto do pessoal. — se levantou da cadeira de estofado encouraçado, batendo as mãos uma na outra. — Eles mal sabem o que os espera.
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