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História Perfect Illusion - Prólogo - A calmaria que antecede a tempestade


Escrita por: MadaMew

Notas do Autor


Espero que se divirtam! Vou melhorar essa capa depois kkkk Boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo - A calmaria que antecede a tempestade


A vida de órfão nunca é fácil; Loki sabia bem disso. Foi adotado ainda bebê por seus pais, Frigga e Odin, antes mesmo que pudesse saber o que, de fato, significava ser órfão. Sua mãe teve uma gravidez complicada e um parto pior ainda com seu irmão mais velho, mas ainda tinha o desejo de ter mais um filho, o que a levou adotá-lo três anos depois do nascimento de Thor.

Se dependesse de Frigga, Loki seria tão filho do casal quanto Thor. Odin, no entanto, tinha muita dificuldade em manter a igualdade entre os irmãos. Não que não amasse Loki, pois ele amava e nunca deixou faltar nada a nenhum dos irmãos. Mas, apesar da igualdade material que os proporcionava, o homem não conseguia esconder que Thor era seu favorito, o que acabava por deprimir o mais novo.

Os anos foram passando e Loki achava que, apesar dos erros de seu pai, não tinha motivos para reclamar. Seus pais eram extremamente ricos, sempre lhe deram tudo do bom e do melhor e, assim como Odin não escondia que Thor era seu filho favorito, Frigga também não disfarçava seu favoritismo no mais novo. E, ah, Loki se dava imensamente bem com seu irmão! Até os seus cinco anos de idade, os dois costumavam até mesmo a compartilhar a cama, até Odin achar que Thor estava velho demais para dividir o quarto com o irmão e os separar. Ainda assim, os dois permaneciam grudados como unha e carne, independente das inúmeras diferenças de personalidade.

Aos quatorze anos, Loki conseguiu encerrar seu ensino fundamental, pulando dois anos e indo para o segundo ano do ensino médio. Sempre fora extremamente inteligente e gostava de estudar. Uma parte sua, que ele se esforçava para esquecer, esperava que seu pai lhe desse mais atenção ao ver o quanto ele se esforçava para ser um bom filho. Infelizmente, no mesmo ano em que ele deu dois passos para frente, Thor deu um para trás.

Aos dezessete anos, Thor era o típico adolescente riquinho e mimado que só pensava em ir a festas, beber qualquer coisa que tivesse álcool e fazer sexo com qualquer coisa que se mexa (ou não). Suas notas incrivelmente baixas somaram-se as inúmeras faltas e ele acabou repetindo o terceiro ano. Odin ficou furioso e preocupou-se mais com se irritar com o filho mais velho do que em parabenizar o mais novo. Não que Loki já não estivesse acostumado, mas… Doeu.

O lado bom é que Thor e Loki, que acabaram por se afastar com o passar dos anos, a diferença de idade pesando na relação dos dois, voltaram a se aproximar. Loki agora estava no segundo ano do ensino médio e seu irmão no terceiro novamente, de modo que iam juntos para o colégio e tinham os intervalos no mesmo horário. Loki tinha começado a sofrer bullying por ser o “pirralho nerd” quando Thor e seus amigos deram uma surra nos caras que o pertubavam e o moreno acabou passando a se sentar com eles nos intervalos. Eles até eram bem legais. Se dava particularmente bem com Bruce, um cara tão ou mais inteligente que ele, mas que virava um monstro quando o tiravam do sério, de forma que todos tinha medo até de falar com ele, quem dirá fazer bullying.

Os irmãos também passaram a estudar juntos em casa. Odin e Frigga proibiram Thor de sair de casa até para ir ao mercado antes que o loiro os apresentasse notas no mínimo razoáveis, o que acabou por motivar o garoto a passar tantas malditas horas em frente a um livro de matemática. Sua admiração pelo irmão mais novo triplicou ao perceber a facilidade com a qual Loki lidava não só com a própria matéria, mas também se esforçava para aprender a de Thor para ensiná-lo. Surreal é a palavra que vinha a mente do loiro quando via a genialidade do irmão.

O ano foi se arrastando e todos podiam notar a diferença que a aproximação de Loki estava fazendo na personalidade de Thor. Não que ele tivesse se tornado menos descuidado ou impulsivo, mas havia responsabilidade ali também. Além do mais, ele podia não ser inteligente como os amigos Bruce e Tony, nem mesmo como o irmão Loki, mas não era burro. Tinha preguiça de se esforçar para estudar, verdade seja dita. Mas, ao ver a forma como Loki sempre se esforçava para dar o melhor de si e agradar as pessoas a sua volta lhe deu uma perspectiva diferente das coisas; Passou a entender mais Loki e o sentimento que nutria por ele só parecia aumentar a cada dia. Passava os intervalos implicando com ele, com a ajuda dos amigos e não se lembrava de um período mais divertido de sua escola. Claro que ele sentia falta das festas e mais ainda de sua vida sexual (que estava descansando em paz no momento), mas todos sabiam que ele estava se esforçando.

Loki também não estava imune a presença, agora ativa, do irmão em sua vida. Sua vida sempre fora um tanto monótona, considerando o quão introvertido ele era, mas Thor conseguiu mudar aquilo. Eles até tinham conseguido permissão dos pais para saírem juntos algumas vezes, mesmo que fosse apenas para matar tempo no cinema. As vezes chamavam os amigos, mas outras gostavam de curtir a presença um do outro. E Loki as vezes se assustava com o quanto gostava desses momentos de intimidade que compartilhava com o loiro.

E assim o ano passou e, por um milagre chamado Loki e outro chamado esforço, Thor passou de ano com a melhor nota da turma. Ficou uma dias meio deprimido por ter que ir a formatura de seus amigos de tantos anos e saber que, por puro descaso com a vida, teria que esperar mais um ano para o seu dia chegar. Loki o distraiu o máximo que pode durante esses dias, jogando com ele, assistindo a filmes e fazendo qualquer coisa que o fizesse esquecer-se da autopiedade que o atormentava, mas a tristeza passou assim que seus pais o permitiram voltar as festas (com juízo!) e bebidas, então Loki jurou que tudo ficaria bem.

Mas o destino é uma coisa engraçada. Ele da tantas voltas que acabamos nos acostumando a ver um certo padrão nela e criamos a chamada vida cotidiana, acreditando erroneamente que todos os dias serão iguais aos anteriores. Como somos tolos! Loki não sabia o quão perto estava de descobrir que, quando você se acostuma com a calmaria das voltas que a vida da, ela te derruba e você se perde. A paz na vida daqueles irmãos era apenas uma perfeita ilusão. 



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