História Perfect Seduction - Prólogo

POV's Melissa White 

- Me solta, Jason! - me debatia nos braços de Jason, meu melhor amigo.

Ele queria me levar embora da boate, mas eu não queria ir. Eu queria ficar aqui até amanhecer, esquecer todos os meus problemas, pelo o menos hoje.

- Cala a boca, Mel! Agente vai agora e acabou - disse em tom autoritário- Olha só para você, está destruída! Tem noção do número de caras que você estava se esfregando esta noite? 

- Muitos - sorri sacana e ele me puxou a força pelo cotovelo 

Jason saiu me arrastando para fora da boate até o seu carro. Ele estava bastante irritado. Mas quer saber de uma? Foda - se ele e as outras pessoas que querem ficar comandando a minha vida. Eu sou maior de idade e rica! Eu faço o que eu quiser e o que eu bem entender dela.

O caminho todo até a minha casa foi um completo silêncio. Sentia o olhar quente de Jason em mim, mas eu não queria olhar na cara dele e muito menos tinha paciência pra discutir agora. Ele me fez pagar o maior mico na frente da boate inteira! Minha vontade era de pular desse carro imediatamente, mas ainda há coisas que eu quero fazer, ou seja, não quero morrer agora.

Quando chegamos, ele ficou me encarando por um longo tempo. Eu não queria olhá-lo, eu estava com raiva! O que há de errado em eu querer exagerar um pouco na felicidade?

- Tchau, Jason. Até outro dia. - disse descendo do carro ainda sem encará-lo. 

Ordenei os seguranças abrirem o grande portão para mim e tirei meus saltos. Os joguei em algum canto e me ajoelhei na grama do nosso imenso jardim, o que eu fiz? Vomitei. Meu estômago estava totalmente revirado. Misturei muitas bebidas. Todas elas muito fortes. 

Sentia alguns olhares de pena dos empregados em mim. Era como se eles soubessem da minha "terrível" dor, mas infelizmente não podiam fazer nada. 

- Melissa Mary White! O que significa isso? - ótimo, meu querido papai, só para terminar de fuder a situação. 

- Eu estou passando mal! - disse entre soluços, eu estava chorando-  olha só pra mim, o meu estado. 

- Não foi assim que eu te criei, Mel. Mas infelizmente - suspirou fundo - você terá que sair dessa casa, e será hoje mesmo. 

Meu pai, meu querido papai. Me pondo para fora de casa. Aonde eu iria morar? Eu não tenho para onde ir. Às vezes eu acho que a minha vida não pode piorar. 

- Pai, pra onde eu vou? - indaguei chorosa

- Isso não me interessa, Melissa. Eu não aguento mais ver você chegando embriagada todo santo dia em casa, menina! Você vai aprender a dar valor o dinheiro, você vai trabalhar para se sustentar. - aquelas palavras me atacavam de um jeito incompreendível 

- Mas, pai... - era inútil eu tentar algo 

- MAS NADA, MELISSA. EU CANSEI, VOCÊ VAI SAIR DESSA CASA AGORA! - ordenou nervoso

- Ok, Erick White. Expulsando sua própria filha de casa. Você como pessoa não pode piorar, não sei mais o que esperar vindo de você. - disse me atropelando em algumas palavras, eu não fazia ideia do que falava

- Melissa, eu não tenho escolha...- o interrompi

- É-é claro que você tinha escolha! Seu merda - gritei me distanciando - MORRA ENGASGADO COM O SEU DINHEIRO, ERICK WHITE! 

Saí da mansão. Sem rumo. Sem casa. Sem dinheiro. Embriagada. Só com a roupa do corpo. Ás vezes eu acho que a minha vida está um completa merda, mas aí, ela só piora.

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1 Ano Depois:

Aqui estou eu novamente, mandando currículos e mais currículos para empresas. Mas não adianta nada, nenhuma envia uma resposta, o até um simples "não". Quem diria, Melissa White, enviando currículos para conseguir emprego. Minha vida desmoronou mesmo. Desde de o ocorrido, eu não sei mas o que é a palavra "felicidade", eu simplesmente me tornei uma pessoa fria e triste, mas, só por dentro. Porque quando as pessoas me perguntam se estou bem, eu respondo um simples "sim". Afinal de contas, ninguém quer saber da sua dor. As pessoas falam como se soubessem o que eu sinto, mas na verdade elas não sabem. E não tem essa de "sinto muito", não, elas não sentem. Quem se importa com você? Quando essa pergunta é feita, muitos se dizem se importar e saber das suas dores. Mas não, não fazem ideia da suas dores, aí eu te pergunto: Quem realmente se importa com você? 

Depois do aconteceu, vim morar no pequeno apartamento da Emma. Minha melhor amiga, desde então. Me sinto um pouco culpa, pois, ela está segurando as contas da casa sozinha, isso não é nem um pouco justo, já que eu moro aqui e obviamente, utilizo os serviços como luz e água. E admito, não é nem um pouco barato. 

- Oi, cheguei! - Emma anuncia - ei, que carinha triste é essa?

- O mesmo de sempre, Emma! Eu não consigo arrumar um simples emprego. - respondo chorosa

- Calma, calma. - diz suspirando - tenho uma ótima notícia para te dar-  seus olhos brilham - arranjei um emprego para você, lá na Bieber's Finanças! 

Sorri largo. Pude perceber o sorriso de Emma também, mas logo o mesmo se desmanchou, parece que sabia o que eu iria indagar. 

- Qual o meu cargo?

- faxineiradosprincipaisandares - diz rapidamente, o que me faz não entender nada.

- Repete, Emma! - exclamo

- Faxineira. Dos. Principais. Andares. - meu sorriso automaticamente se desmanchou

Eu faxineira? Cuidar da maioria dos andares daquela empresa enorme? Isso só pode ser um pesadelo interminável! Que droga de vida.

- Olha, eu posso ver outro? Ou então, podemos esperar... - a interrompi

- Não, eu vou. Não tem problema, Em. Eu não vou morrer. E você precisa de ajuda com as contas da casa mocinha! - Brinquei

- Ai, que bom, Mel! - parou - você começa amanhã, às 7hrs.

- Ok. E obrigada, Em. Não sei o que seria de mim sem você. 

- Quê isso amiga? Estou aqui para isso. - sorriu largo e nos abraçamos 

"Amanhã será um longo, e difícil dia..." - pensei comigo mesma

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Agora eu estou tomando café com Emma. Já estamos prontas para sair, e eu confesso, só estou faltando chorar de tristeza. Eu não quero ir trabalhar de faxineira! Meu subconsciente gritava. 

- Vamos. - Emma me tirou dos meus tristes pensamentos

Chegamos aqui em meia hora. Emma foi ver com uma tal de Abigail como será minha carga horária. Rezando estou para que seja menos de seis horas por dia, amém! O prédio é muito elegante, os provavelmente sócios da empresa, são todos uns pedaços de mal caminho. 

- Oi? Mel? - Emma estala os dedos em minha frente me tirando de mais devaneios 

- Ah, oi! E aí? - perguntei em relação aos horários 

- Carga horária de dez horas por dia -meu coração deu um pulo- das 13h até ás 23h. 

- Não está um pouco tarde, Em?

- Foi unico, Mel...

 - Esquece! Cadê meu uniforme? - pergunto 

- Aqui! - Emma me entrega uma "trouxinha" com o uniforme dentro - agora preciso ir, Jeremy já deve ter chegado, até mais Mel!

- Até... - aceno fraco, sorrindo falso.