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História Perfect Sin - One


Escrita por: MiojiinhodaLua

Capítulo 1 - One


Fanfic / Fanfiction Perfect Sin - One

Point Of View Karla Camila Cabello Estrabao

        Mais um dia nesse orfanato, não aguento mais ficar aqui. Pelo menos não estou sozinha, tenho minha irmã Sofia comigo, apesar de sermos só nós duas agora, não estou sozinha. Sofi é mais nova do que eu, tenho dezessete anos, estou prestes a fazer dezoito, e ela tem apenas cinco. Nossos pais morreram e fiquei cuidando dela até mesmo depois de vir para esse orfanato horrível.

        Não é que somos cuidadas de qualquer jeito, somos muito bem tratadas aqui, ganhamos uma excelente comida. A única coisa de ruim são as crianças mais velhas que a minha irmãzinha que vivem implicando com ela, mas é só eu chegar perto que elas param e Sofi abre um enorme sorriso.

        —Karla Camila e Sofia Isabella. – Uma das monitoras nos chama e apenas pego a pequena mão da minha irmã. – Uma pessoa está aguardando vocês no pátio.

        Saio segurando a mão de Sofi, indo até o pátio e encontrando uma linda mulher sentada no banco. Ela realmente é muito bonita. A monitora que nos chamou estava sentada ao seu lado, conversando com ela.

        —Karla e Sofia, essa aqui é a senhora Lovato. Ela já veio aqui no orfanato antes, observou vocês duas e quer conversar com vocês, tudo bem? – A monitora perguntou e eu apenas assenti.

        Sentei com Sofi no meu colo, ambas de frente para a bela moça que mantinha um sorriso perfeito nos lábios.

        —Não precisam ter medo, eu só quero conversar. – A mulher falou calmamente. Ela tem uma voz bonita. – Me chamo Demi e pelo que sei, uma é Karla e a outra Sofia.

        —A Sofi não gosta muito de falar com estranhos. – Falei tímida com minha irmã me olhando. – Eu sou a Karla, mas prefiro que me chamem pelo meu segundo nome, que é Camila. O pessoal do orfanato sempre chama pelo primeiro nome.

        —Então essa princesinha é a Sofia. – Ela olhou para minha irmã. – Eu sei que são irmãs e tudo o que passaram. Eu tenho duas irmãs e sei o quão difícil é se separar delas, então imagino que queiram ficar juntas.

        —Eu só tenho a Sofia e ela só tem a mim, se separar nós duas, ficamos sozinhas.

        —Por isso que estou aqui, achei lindo vocês duas no canto juntas, você brincando com ela quando estive aqui pela primeira vez. – Demi falava sorridente. – Eu gostaria de adotar as duas. Eu não sou casada, mas tenho uma vida muito boa, o que me permite isso. Se quiserem, podem passar alguns dias na minha casa, depois decidem se querem ou não.

        —Sofi, você quer? – Pergunto para o pequeno corpo no meu colo.

        —Kaki vai? – Ela pergunta olhando para a moça, como se implorasse para que eu fosse.

        —Claro que eu vou. Eu prometi nunca te abandonar, não é?! – Ela faz um sim com a cabeça.

        —Quando vocês vão querer ir? – Demi pergunta e o sorriso que estava em seu rosto pareceu diminuir.

        —Depende da Sofi. – Respondi. – Quando você quer ir, pequena?

        —Não sei. – Ela disse, porque ela não entende muito disso.

        —Se quiserem, podem ir hoje. A casa tem bastante espaço. – Demi disse. – E Sofi, lá tem vários filmes de princesas. – Automaticamente minha irmãzinha abriu um sorriso enorme.

        —HOJE! – Sofi gritou animada e rimos.

        —Se quiserem podem dormir lá, mas precisam levar roupa. – Assentimos.

        Voltamos para o quarto onde várias meninas dormiam conosco. Havia vários beliches, mas Sofi sempre preferiu dormir junto comigo. Peguei uma roupa para Sofi e uma para mim, não tínhamos muitas roupas, porque crescemos desde que viemos para o orfanato e tudo o que temos era de outras meninas ou doação que alguém dava. Coloquei em uma mochila e segurei a pequena mãozinha de Sofi, indo novamente até Demi.

        —Já podemos ir? – Demi parecia mais animada, assim como Sofi. – Meu carro está estacionado aqui em frente. – Saímos e seguimos Demi até o carro.

        Assim que Sofi e eu vimos o carro, ficamos de boca aberta, ele era muito lindo e parecia ser muito caro. Demi ria das nossas expressões e destrancou o veículo. Abriu a porta de trás e entrei com Sofi, um pouco envergonhada. Era uma BMW branca, muito bonita por fora e por dentro.

        Senti um pouco desconfortável no meio daquele luxo todo, Sofi estava adorando e estava admirada, assim como eu. Demi começou a dirigir e colocou uma música que eu conhecia muito bem a letra, ouvia bastante no orfanato.

        —You can take everything I have. You can break everything I am. Like I'm made of glass. Like I'm made of paper. Go on and try to tear me down. I will be rising from the ground. Like a skyscraper. Like a skyscraper. – Cantarolei enquanto olhava a paisagem pela janela. Conhecia essa música.

        —Que linda a sua voz. – Demi me olhou pelo retrovisor e sorri envergonhada. – Não sabia que conhecia minha música. – Gelei na hora, não sabia que era dela a música.

        —Desculpa, não sabia que era sua. – Fiquei vermelha de vergonha. – Lá no orfanato toca algumas músicas, então aprendemos as letras, mas nunca sabemos quem canta.

        —Então eu vou me apresentar para vocês. – Demi disse enquanto entrava em um condomínio fechado e o segurança a deixou entrar. – Eu sou Demi Lovato, cantora, compositora, já fui atriz e também apresentadora. – Estava diante de uma artista sem nem saber. – Agora podem se apresentar.

        —Eu sou a Sofia, tenho cinco anos. – Ela mostrou nos dedos sua idade e sorrimos. É impossível não se encantar com ela. – Nasci em Miami e meu papai e mamãe morreram, mas eu tenho a Kaki e amo muito ela. – Sofi me abraçou.

        —Por que Kaki? – Demi perguntou enquanto entrava numa rua cheia de mansões.

        —A Sofi tinha dificuldade de falar meu primeiro nome, então minha mãe achou mais fácil esse apelido e todos me chamavam assim. Agora só a Sofi me chama, alguns me chamam de Mila, por causa do meu segundo nome. – Expliquei. – Eu tenho dezessete anos, nasci em Cuba, mas meus pais se mudaram para Miami e depois que eles faleceram, fiquei cuidando da Sofi.

        —Foi isso que mais me atraiu em vocês duas, não se desgrudam e acho isso muito fofo, porque eu tenho duas irmãs e sou muito grudada na minha irmã caçula. Como minha vida é corrida, não sobra muito tempo para ir em Dallas visitar ela, minha outra irmã e minha mãe, mas sempre tento ir. – Disse sorrindo entrando numa casa enorme. – Chegamos.

        —E seu pai? – Perguntei curiosa.

        —Ele e minha mãe são separados fazem alguns bons anos, mas nunca foi um problema. – Descemos do carro e entramos na casa.

        A sala era enorme e Demi nos mostrou todos os cantos da mansão. Eu e Sofi ficamos olhando tudo.

        —Fiquem à vontade. – Demi falou. – Separei dois quartos, um para a Sofi e outro para a Camila.

        —Não tia, quero a Kaki. – Sofi fez drama porque não nos separamos.

        —O que você quer, pequena? – Demi se abaixou para minha irmã, que estava prestes a chorar.

        —Ficar com a Kaki. – Falou emburrada.

        —Tudo bem. – Eu disse e ela sorriu. – No orfanato, eu e ela dormimos juntas, não é um problema.

        —Vocês querem ser adotadas juntas?

        —Não vamos nos separar, só temos uma à outra. – Falei meio triste e Sofi me abraçou.

        —Eu quero muito adotar vocês, mas para isso, preciso saber se querem. – Sofi assentiu imediatamente com um enorme sorriso.

        —Tudo bem, se for nós duas.

        —Claro, eu nunca separaria duas irmãs unidas como vocês. – Ela comemorava com Sofi pulando e eu ria da cena. – Amanhã mesmo nós vamos ao orfanato decidir tudo para que a adoção ocorra bem, mas eu sei que vou conseguir, tenho como criar as duas e dinheiro não é o problema.

        —Kaki e Sofi com a tia Demi. – Sofi começou a falar.

        —Sofi, eu posso pedir uma coisinha para você e para sua irmã? – Ela abaixou e minha irmãzinha assentiu. – Eu não quero, jamais quero isso, roubar o lugar da mamãe de vocês, mas se não tiver problema, poderiam me chamar de mãe? É que agora vocês vão ser minhas filhas.

        —Tá bom, mamãe Demi. – Sofi disse de uma forma fofa. A abracei e logo Demi veio.

        —Sabemos que não quer pegar o lugar da nossa mãe, nós nunca a esqueceremos. Porém, assim que tudo estiver certo, nós seremos suas filhas e temos que te chamar assim. – Vi lágrimas caírem de seus olhos e Sofi me puxou para outro abraço, nós três juntas.



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