—Do seu jeito. – Sussurrei para ela. – Eu vou me segurar.
—Podemos manter segredo? – Ela pediu tímida. – Não quero a Dinah me zoando.
—Você é muito fofa tímida. – Dei um selinho rápido nela, que se assustou com o ato. – Desculpa. – Sussurrei. – No seu tempo, quando você quiser, me avisa.
—Amanhã eu começo no colégio. – Ela sorriu para mim. – Você vem me buscar?
—Claro. – Sorri para ela. – Precisamos descer antes que sua irmã e minha futura cunhadinha venha nos puxar.
—Futura cunhadinha? Que isso Jauregui? – Camila perguntou brincalhona e abriu um lindo sorriso.
—Sim, sei que daremos certo. – Peguei sua mão. – Você precisa colocar seu biquíni.
—Me espera na piscina? Sofi está ansiosa e não entra sozinha. – Assenti e desci.
—Quem quer entrar na piscina? – Perguntei animada e Sofi pulou. – Vamos lá. – Fomos para a piscina e passei protetor nela. – Daqui a pouco você pode entrar, espera a Mila descer. – Retirei meu vestido, ficando com o biquíni branco e deixei meu celular na mesinha perto de nós.
—Conversou com ela? – Sofi perguntou e assenti. – Falaram sobre o que? – Perguntou com seu olhar curioso.
—Eu só posso dizer que nos entendemos, se ela quiser falar o que aconteceu, ela te fala. – Seu olhar triste me fez sentir péssima por não poder contar. – Eu prometo que você será a primeira a saber.
—Promete?
—Claro. – Assenti e abracei seu pequeno corpinho. – Quer entrar?
—Você vem comigo? – Perguntou envergonhada. – Não sei nadar e a Kaki sempre entra comigo.
—Claro, princesinha. – Segurei sua mãozinha e fomos para a escadinha na piscina. – Vou entrar e depois você vem.
Entrei e esperei Sofi entrar. Segurei-a em meu colo, que estava grudada e sorrindo. Estávamos nos acostumando com a água gelada, Sofi sorria e me molhava.
—Começaram com a diversão sem mim? – Camila apareceu segurando duas toalhas e com um biquíni preto. – Lauren, vem passar o protetor porque eu sei que a senhorita não passou.
—Não preciso disso, esse treco é pegajoso. – Reclamei. – Vem cá. – A chamei e ela negou.
—Preciso passar protetor para não me queimar. – Sentou na espreguiçadeira. – Passa em mim?
—Passo. Sofi, fica ali na escadinha brincando que vou ajudar sua irmã. – Deixei a pequena na escada e saí, indo até Camila e me sentando atrás dela. Ela me entregou o protetor. Coloquei um pouco em minha mão, esfreguei e passei em suas costas. – É provocação? – Sussurrei em seu ouvido.
—Por quê? – Perguntou sem entender minha pergunta.
—Esse biquíni, esse seu corpo que eu já havia imaginado algumas vezes e me parece melhor do que em minha imaginação. – Sussurrei para ela e observei seus pelos eriçarem. – Gosta quando sussurro para você?
—Lauren, anda logo com esse protetor. – Disse nervosa.
—Camila, não me provoque. – Beijei seu pescoço. – Sofi quer saber o que conversamos e respondi que você falará para ela quando achar necessário, mas que ela será a primeira a saber.
—Acha que tem algum problema dela saber? – Me perguntou receosa.
—Não, só fazer ela prometer não contar, como ela fez hoje. Podemos dizer que se ela contar, não contaremos mais nada. – Sorri maldosa para a latina.
—Você está certa, eu até preciso conversar com ela sobre ter falado para as meninas, mas eu também esqueci de pedir segredo. – Abracei seu corpo, sentindo minha pele na sua. – Sofi, vem cá. – Camila chamou ela e logo a pequena já estava sentada no colo da irmã.
—Sabe o segredo que eu comentei que falaríamos com você primeiro? – A menor assentiu. – Vamos te falar o que é, mas para isso, você precisa prometer que não contará para ninguém. Será um segredo só nosso e as meninas, nem mesmo sua mamãe poderá saber. Combinado?
—Eu prometo. – Cruzou os dedinhos na frente da boca e beijou, repetindo o ato trocando os dedos de posição.
—Eu e Lauren estamos nos gostando. – Camila disse envergonhada.
—Eu largarei algumas coisas na minha vida para fazer isso dar certo, isso inclui Lucy, meninas e essas coisas. – Expliquei para ela, que parecia surpresa com a notícia.
—É sério isso?! – Perguntou saindo do pequeno transe. Assentimos e ela começou a pular. – Vocês estão namorando? Vai morar com a gente igual a Dinah disse? – Disparou as perguntas.
—Sofia Isabella! – Camila a repreendeu e a pequena quietou. – Não estamos namorando e ela não vai morar aqui.
—AINDA não estamos namorando. – Dei ênfase no ainda e Sofi bateu palminhas, o que deixou Camila tímida.
—Lauren, assim você me deixa com vergonha. – Ela me olhou e depois Sofi abraçou a irmã, que caiu em cima de mim e acabou sendo um abraço triplo. – Vamos para a piscina ?
—Não. – Sofi negou e a olhamos sem entender, ela estava ansiosa para ficar na água. – Dá um beijo para mostrar que é verdade.
—Sofi, não faz assim. – Falei calmamente para ela. – Sua irmã é tímida e tudo é uma novidade para ela. – Expliquei e Camila me olhava encantada.
—Sei que também quer, Jauregui. – Só de ouvi-la me chamar pelo sobrenome, já sinto meu coração palpitar. – Só um beijinho e depois todas vamos para a piscina.
—Camila, não precisa fazer isso se não quer.
—Parece que você quem nunca beijou. – Sofi me zoou e lhe mostrei a língua. – Kaki, ela mostrou língua e você me disse que é feio. – Emburrou a cara.
—Lauren, não mostre a língua, isso é feio e vai ficar de castigo se continuar. – Me repreendeu.
—Qual seria meu castigo? – Provoquei.
—Ficará sem beijo. – A olhei incrédula.
—Você não seria capaz de fazer isso comigo. – Retruquei ainda na tentativa de provocá-la.
—Tenta e você verá se realmente não sou capaz. – Camila me respondeu com um sorriso vitorioso nos lábios.
—Camila, não faz isso. – Reclamei e Sofi soltou uma gargalhada. – Do que você está rindo?
—Você é pior do que eu. – Ela ainda ria. – Eu tenho uma mão cheia assim. – Me mostrou. – E você tem muito mais, só que você é que parece a criancinha. – Ela riu.
—Camila, me defende. – Pedi manhosa e fiz biquinho para ela.
—Lauren, ela está certa. – Estou sendo atacada pelas irmãs Cabello.
—Nem minha namorada me defende, estou fodida com vocês. – Reclamei.
—Olha essa boca, nada de palavras sujas. – Sofi me repreendeu, me olhando com uma carinha feia.
—Namorada? Nós nem começamos nada ainda e já está me chamando assim? – Foi minha vez de corar envergonhada.
—E o beijo? – Sofi cobrou e sorri. – Eu quero igual naqueles filmes de princesas.
—Então Sofi, se sua irmã quiser, tudo bem. Aquele beijo que você disse e saiu espalhando foi um beijinho. – Expliquei e ela assentiu.
—Seja a primeira novamente. – Camila me falou.
Levantei e estendi minha mão para Camila, que pegou na minha e levantou. Sofi continuou sentada e nos observava.
—Está tudo bem para você? – Perguntei baixinho para ela, que assentiu sorrindo nervosa. – É só você me acompanhar, não precisa se assustar e nem ter medo.
Aproximei lentamente de seu rosto com o meu, segurei firme em sua cintura e ela rodeou meu pescoço com suas mãos, fazendo um leve carinho em minha nuca. Assim que estávamos próximas, fechei meus olhos e aproximei minha boca da sua, a tocando lentamente. Camila correspondeu também tocando em meus lábios. Calmamente abri minha boca e ela fez o mesmo, o que me permitiu em passar minha língua para dentro de sua boca. Seguindo meu ato, ela passou sua língua para minha boca e nossas línguas se encontraram. Senti novamente algo diferente no beijo, algo irreconhecível. Eu amo a sensação que essa latina causa em meu corpo e dispara meu coração de forma positiva.
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