Parei o beijo com selinhos e fiz carinho em sua cintura fina. Sofi olhava para nós com a boca aberta e um olhar espantado.
—Igual no filme. – Ela falou e eu ri com isso.
—Está tudo bem? – Perguntei e Camila assentiu. – O que achou?
—Foi maravilhoso, pensei que seria ruim. – Ela ficou vermelha. – Vamos para a piscina? – Assenti.
Camila pegou Sofi e as duas entraram, depois entrei. Sofi jogou água em mim e Camila gargalhava. Peguei Sofi e a ensinei a bater os braços e as pernas, molhando Camila.
—As senhoritas querem algo para comer? – Marissa perguntou.
—Poderia preparar um lanchinho leve? – Perguntei e ela assentiu. – Obrigada.
—Lauren. – Sofi me chamou. – Beija de novo a Kaki. – Pediu.
—Você gostou? – Perguntei.
—É que eu não me lembro de ver ela feliz igual hoje. – A pequena respondeu com um olhar alegre. – Pode?
—Não sei se ela vai querer. – Respondi.
—Faz surpresa. – Deu a ideia e gostei disso.
—Camila? – Estava atrás dela e ela se virou. Assim que ela se virou, ataquei seus lábios com os meus e segurei sua cintura. A latina demorou um pouco para corresponder, mas assim que fez, senti sua língua na minha, sua boca repetia meus movimentos e o beijo foi perfeito. Camila me deu alguns selinhos e depois se separou, só então percebeu que Sofi nos olhava. – O que foi? – Acariciei sua bochecha lentamente.
—Sofi está nos olhando. – Camila me abraçou e escondeu o rosto em meu pescoço. – Sinto vergonha dela olhando nós duas nos beijando.
—Ela que me pediu para te beijar. – A latina me encarou. – Não xinga ela, porque eu entendi os motivos dela querer nós duas juntas.
—Acho que já podemos sair da piscina. – Soltou-se de meu corpo e saiu. A visão de Camila saindo da piscina é maravilhosa. – Vem Lauren. – Me chamou já enrolada com a toalha e Sofi também estava.
Saí, peguei minha toalha e enxuguei meu corpo. Meus cabelos estavam molhados, assim como as irmãs. Entramos e as meninas foram para o quarto e fiquei na sala.
—Branquela, vem. – Sofi me chamou e mostrei língua por me chamar assim. – KAKI, A LAUREN MOSTROU LÍNGUA DE NOVO. – Ela gritou e logo vi Camila vindo até mim só de calcinha e sutiã.
—Jauregui, o que eu falei de mostrar língua? – Camila estava muito gostosa assim e não prestei muita atenção no sermão, só no corpo dela. Ela sabe quando agir de forma infantil com Sofi e também como responsável. – Vai ficar sem beijo por isso.
—Mila, não foi minha culpa. A Sofi que veio me chamando de branquela. – Fiz bico e cruzei os braços. – Ela nunca me chamou assim.
—Dinah disse que podia. – A pequena disse. – Desculpa. – Ela correu e me abraçou.
—Me chama de Laur, mas nada do que ela me chamar. – Pedi e Sofi assentiu. – Agora que já resolvemos, vem me dar um beijo. – Levantei e fui até ela, que virou e subiu a escada.
Subi atrás dela e entrei em seu quarto sem bater. Camila vestia um short curto e uma regata larga, o cabelo estava penteado e com um laço branco.
—Camila, vamos ver um filme? – Perguntei e ela apenas me olhou. – Eu deixo você escolher.
—Lauren, sem beijo. – Me joguei na cama. – Vai molhar a cama. Se você tomar um banho e ficar cheirosinha, eu te dou um beijo. – Me levantei.
—Eu me esqueci de trazer roupa, ou seja, terei que ficar de biquíni. – Camila negou.
—Eu te empresto, tem um monte de roupa na sacola, pode escolher. – Apontou para as sacolas que estavam em um canto.
—Mila, sua bunda é maior que a minha, não vai servir. – Ela me olhou incrédula. – É a verdade.
—Então vai à sua casa e tome banho, depois você vem. – Não queria ter que ir, mas já que não tem jeito.
—Não demoro. – A abracei e dei um selinho. Desci a escada correndo e só peguei meu celular na área da piscina. Entrei no meu carro e dirigi rapidamente até minha casa, já que no condomínio é tranquilo. – Taylor? – Chamei por ela, que deveria estar em casa.
—Que foi? – Ela apareceu na porta do seu quarto, já que estava quase entrando no meu. – Qual o motivo dessa felicidade toda? Faz tempo que não te vejo assim.
—Estou gostando de alguém. – Entrei no quarto e fui para o closet.
—Não me diga que é a Vives. Lauren, eu sei que não temos que intrometer, mas ela é muito chata, insuportável. Espera, se fosse ela, você teria ficado assim antes, porque já faz um tempo que vocês ficam. – Minha irmã disse pensativa.
—Não é a Lucy, inclusive, não ficarei mais com ela nem com nenhuma outra garota que não seja a minha futura namorada. – Sorri boba e saí com uma calça jeans e uma blusa preta na mão. – Preciso ir tomar banho, mais tarde conversamos.
—Vai me deixar sem saber? – Taylor perguntou. – Nós sempre nos abrimos até com a nossa mãe.
—Ela não quer que eu fale. – Respondi. – Eu prometo falar quando puder. Quer ir à casa da Demi? Camila e Sofi estão lá.
—Eu quero, já que você não vai falar nada e estou no tédio.
—Só preciso tomar banho e me vestir. – Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, lavei o cabelo e saí vestida. – Vamos. – Taylor e eu fomos até meu carro.
Acelerei até a casa e entrei com Taylor atrás de mim. Camila e Sofi estavam no sofá assistindo Cinderela.
—Oi. – Taylor sentou-se ao lado de Sofi, no sofá menor. – Aproveitaram a piscina?
—Muito. – Sofi respondeu animada. – A Lauren queimou. – Apontou para mim.
—Verdade. – Camila sentou e sentei ao seu lado. – Eu disse para passar o protetor.
—É pegajoso e eu odeio passar.
—Não justifica e se você reclamar que está ardendo, você vai ver comigo. – Camila disse e me olhou.
—Qual filme vamos assistir? – Taylor perguntou, já que o filme acabou.
—Podemos ver Frozen? – Camila pediu. – É um dos preferidos da Sofi.
—Tudo bem. – Taylor não se importou e Camila foi colocar o filme.
Camila e Sofi estavam concentradas no filme, Taylor assistia, mas parecia estar pensando e eu não parava de olhar a latina. Abracei a morena, que deitou a cabeça em meu peito e acabamos deitando no sofá. O corpo dela estava praticamente em cima do meu, acariciando meu braço.
—Nunca percebi sua tatuagem. – Ela acariciava o lugar da minha tatuagem.
—Tenho essa e na nuca eu tenho uma libélula. – Falei olhando para seu rosto e ela ainda olhava para o filme.
—Tem algum significado? – Perguntou ainda acariciando minha tatuagem.
—O XXVII, que é vinte e sete em algarismo romano é o dia do meu aniversário, mas possui outros significados. A libélula é em homenagem a minha avó. – Expliquei e ela me olhou.
—Que lindo. – Sorriu para mim e sorri para ela, como um ato automático.
—Eu não resisto quando você sorri. – Passei uma mão por sua cintura, colando nossos corpos e com a outra, coloquei entre seus cabelos e agarrei carinhosamente. – Estou morrendo de vontade de te beijar.
—Agora que já dei meu primeiro beijo e foi com você, você pode. – Sorri ao ouvir isso. – Só você largar a tal de Lucy e serei sua.
—Depois de hoje, eu nem quero mais saber dela.
—Então me beija. – Camila sussurrou de olhos fechados.
Rapidamente já atacava sua boca com a minha, nossas línguas se encontravam e nossos movimentos eram perfeitos. Camila abraçou minha cintura e puxou meu lábio inferior, me arrepiando por completo.
—Não faz isso. – Murmurei entre o beijo.
Ficamos sem fôlego e separamos o beijo com selinhos. Sorri para Camila pelo beijo.
—Foi perfeito. Já quero mais. – Olhei para seus olhos, que pareciam estar brilhando.
—Desculpa pelo o que fiz. – Abaixou o olhar e soltei uma gargalhada baixa.
—Adorei. Só que isso me faz querer mais e você não deve querer. Como eu já disse, será no seu tempo.
—LAUREN MICHELLE, PORQUE NÃO ME DISSE QUE É A CAMILA?! – Ouvi minha irmã gritar e me separei de Camila, que estava assustada como eu. Digamos que esqueci que Taytay está aqui e para Sofi já é natural a gente se beijar, até ela pede isso.
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