—Papai não é assim. – Taylor disse. – Laur que fica implicando.
—Tay, você sabe como ele me trata. – Lauren respondeu. – Ele não me aceita e não quero que ele magoe Camila, que já está recebendo olhares negativos das pessoas.
—Tudo bem, ele não precisa saber. – Falei para terminar a discussão. – Se você não quer falar para ele, não sou eu quem vai te pressionar.
—Obrigada. – Agradeceu e me abraçou. – Você não precisa ouvir as merdas que ele fala.
—Pode me levar em casa para arrumar as minhas coisas e as de Sofi? – Peço e ela assente.
—Taytay, fica com Sofi que vou levar a Mila na casa dela. – Ela avisa a irmã e retira a carteira, pegando dinheiro. – Se o almoço chegar, o dinheiro está na cômoda.
—Tudo bem. – Taylor respondeu.
Segui com Lauren até seu carro e fomos o caminho todo em silêncio. Ela estacionou e descemos, adentrando a casa completamente vazia.
—Pode me ajudar? – Pergunto quando terminamos de subir a escada.
—Claro que ajudo. – Sorriu para mim e adentramos meu quarto e de Sofi. – Leva roupa para nadar.
—Quer me dizer o motivo de não se dar bem com o seu pai?
—Camila, ele fez minha mãe ficar muito triste com a separação. – Ela fala, mas sei que esse não é o real motivo. Dá para ver em seus olhos.
—Eu sei que está mentindo, eu te conheço bem depois desses dias na sua casa, com você. Não vou te obrigar a me falar, porque sei que quando você estiver com vontade, vai me falar. – Digo calmamente e seguro sua mão. – Só quero que saiba que pode confiar em mim.
—Eu vou te contar quando me sentir melhor. Esse assunto não é fácil para mim. – Respondeu.
Arrumamos as roupas e outras coisas para levar. Lauren me ajudou com as roupas de Sofi e levou para o carro, já colocando no porta-malas e depois voltamos para sua casa. Entramos e Sofi veio correndo.
—Kaki, tem aquele treco gostoso que a Laur deu pra gente comer. – Disse animada e Lauren sorriu para ela.
—Você e a Taylor já comeram? – Perguntei e ela negou.
—Vamos comer. – Lauren disse animada e Sofi a acompanhou. – Taytay, vem. – Chamou a irmã e fomos todas para a cozinha.
Nos servimos e Lauren ajudou Sofi a comer. Sempre fico admirada com a forma que elas se dão bem, não só elas, mas com Taylor também. Terminamos e troquei a roupa de Sofi, colocando um vestido nela e uma sandália rasteirinha. Aproveitei e coloquei um short e uma blusa preta justa ao corpo e que mostrava minha barriga. Já Lauren, também resolveu colocar algo mais confortável. Um short jeans um pouco curto com algumas partes parecendo desbotadas e uma blusa com a imagem de um rosto feminino. Colocou seu coturno e depois todas nós descemos.
Taylor nos esperava e Lauren colocou a mala dela e da irmã no porta-malas. Taylor foi para o banco de trás e arrumei o cinto de Sofi, já que ela queria ir olhando pela janela. Procurei por Lauren, que estava na porta da casa e caminhei até ela.
—As duas já estão no carro. – Avisei e ela já terminava de trancar a casa.
—Vamos. – Segurou minha mão e abriu a porta do passageiro para mim. Sentei e coloquei o cinto enquanto ela fechava a porta. Lauren não demorou muito para ligar o carro. – Sofi, toma meu celular para você jogar. – Entregou o celular para minha irmãzinha, que ficou feliz.
—Eu ainda nem sei mexer no meu. – Ri ao lembrar. – Nem estou levando.
—Laur, será que tem como meu amigo ir? – Taylor perguntou e Lauren a olhou.
—Não. – Respondeu de maneira seca e já estávamos saindo do condomínio.
—Não seja assim. – Coloquei minha mão em sua coxa. – Claro que pode. – Sorri para Taylor. – Assim podemos conhecer ele e Lauren para com essa carinha feia. – Olhei para a morena ao meu lado, que estava com um bico enorme nos lábios.
—Vou avisar ele. – Taylor disse animada.
—Não o quero dormindo na casa. – Lauren disse. – Você dormirá com Sofi, eu com a Camila, Mani com Dinah e Ally com Troy.
—Sofi dormirá com nós. – Disse para ela, que me olhou ao pararmos no sinal fechado. – Sabe que não durmo sem ela.
—Tudo bem, mas mesmo assim eu não o quero dormindo lá. – Alertou e Taylor assentiu.
—Por que você pode dormir com a Mila, nada contra. – Taylor disse. – E eu não posso dormir com ele?
—Eu sou a mais velha e você a mais nova. – Lauren respondeu. – Camila é minha namorada e ele é seu amigo. Você é virgem e ele é um menino, o que sabemos muito bem o que ele tem entre as pernas e que pode te engravidar.
—Não vamos fazer isso. – Disse ofendida.
—Eu também sou virgem e durmo com você. – Falei e apertei sua coxa.
—Mesmo assim, eu sou a mais velha e estou responsável por ela. – Disse por fim e Taylor bufou no banco de trás.
Liguei o som para tentar melhorar o clima. Lauren dirigia concentrada e eu não conseguia parar de olhar para ela. Taylor estava no celular e Sofi havia dormido, deixando o celular de Lauren ao seu lado.
Demoramos em torno de uma hora para chegarmos até um condomínio e Lauren entrou com o carro. Dava para ver o grande mar de longe, me fazendo ficar admirada. Faz anos que não sei o que é praia.
Lauren parou em frente uma casa linda e desceu. Ela abriu a porta para mim e depois Taylor estava do nosso lado.
—Chegamos. – Ela disse. – Gostou? – Perguntou para mim, que olhava maravilhada.
—É lindo. – Abracei Lauren. – Me ajuda com a Sofi? – Pedi.
Lauren pegou minha irmã no colo e Taylor já havia sumido.
—Sofi, acorda. – A cutuquei, que coçou seus olhinhos e me olhou. – Chegamos bebê.
—É grande. – Olhou para a casa. – A gente vai ficar aqui? – Perguntou olhando para Lauren, que ainda a segurava em seu colo.
—Vamos. – Sorriu animada. – Eu vou mostrar a casa e depois você pode dormir se quiser.
—Eu não quero dormir. – Disse.
—Tudo bem. – Respondi para ela. – Vamos pegar as malas e depois organizar tudo.
—Vamos comer, pois a empregada deixou tudo pronto e estou morrendo de fome. – Lauren disse e depois ri.
—Se deixar você come o tempo todo. – Falei para ela, que me mostrou língua. – Você sabe o que vai acontecer se fizer isso novamente.
—Eu como mesmo, a boca é feita para isso. – Disse. – Mas também para outras coisas. – Lançou um sorriso safado em minha direção. – É assim que eu mantenho esse corpinho.
—Para onde vai parar tudo o que você come? Não consigo encontrar. – Provoquei.
—Energia. – Respondeu. – No seu caso, sabemos muito bem para onde vai. Ou caso contrário, não teria essa bunda desse tamanho.
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