Olhamos para os dois. Sofi quase dormia, mas tentava se concentrar no filme.
—Taytay, pede a pizza. – Pedi e ela me olhou. – Por favor. Meu celular está no quarto e se eu for levantar daqui, a Mila tem que se mexer e pode acordar a Sofi. – Expliquei e ela assentiu.
—Só dessa vez. – Disse. – Vem comigo Austin. – Puxou o amigo.
—Vai aonde? – Pergunto e Camila desvia a atenção para mim.
—Para o meu quarto, preciso de um banho e me trocar. – Disse obviamente.
—Ele fica. – Aponto para o menino. – Pode ver televisão com a gente.
—Laur. – Taylor me chama. – Não vamos fazer nada demais.
—Foi nisso de não fazer nada demais que eu tive a minha primeira vez traumática e você sabe toda a história. – Digo.
—Austin, você pode ficar? – Perguntou e ele assentiu, se sentando no sofá vazio. – Eu não demoro.
—Depois vamos conversar. – Camila disse.
—Sofi dormiu. – Apontei para a pequena. – Quer que eu a leve para o quarto? – Pergunto e ela assente.
Levanto e pego o pequeno corpo da minha cunhadinha. Ela me abraça e sigo para o quarto com ela em meu colo. A deito no meio da cama, evitando o risco dela cair. Fechei a porta e voltei para a sala.
—Piscina a cansa. – A latina disse assim que voltei e me sentei ao seu lado.
—Cansa qualquer um. – Falei sorrindo acariciando seu cabelo. Dei um beijo em seu pescoço. – Podemos aproveitar enquanto a Dinah não vem nos atrapalhar, já que a Sofi dormiu.
—Você não tem jeito mesmo. – Diz rindo e negando com a cabeça. – Só dessa vez.
Toco seus lábios com os meus, pedindo passagem e ela logo cede. Coloco minhas mãos em sua cintura, como de costume, e ela pega em minha nuca. Nossas línguas parecem desesperadas por espaço, nossa respiração já começa a ofegar e preciso de mais contato com seu corpo. A puxei e suas pernas ficaram uma de cada lado do meu corpo com ela sentada em meu colo. Desci minha mão até sua bunda e a outra puxei levemente seu cabelo. Aprofundei o beijo e apertei sua bunda, fazendo Camila soltar um gemido em meus lábios.
—Estou sem ar. – A latina disse ofegante.
Desci meus beijos pela extensão de seu pescoço. A morena no meu colo jogou a cabeça para trás, me permitindo ainda mais acesso em sua pele. Beijei tudo o que eu pude e ela arranhava minha nuca do jeito que só ela sabe fazer. Suas mãos puxaram minha cabeça e novamente estávamos nos beijando apressadamente. Coloco minha mão em sua cintura, adentrando sua blusa e tocando sua pele, que está arrepiada com o contato inesperado.
A campainha toca, mas ignoramos. Está muito bom para nos separarmos. Nunca vi Camila assim, com esse fogo todo.
Controle-se Lauren, ela é virgem e você prometeu esperar o momento dela. – Meu consciente me lembra. – Não apresse porque você sabe como é fazer algo por pressão.
Volto minha mão para sua bunda enorme e depois para sua cintura. Diminuo a velocidade do beijo e a campainha toca de novo.
—LAUREN, ATENDE. – Taylor grita de seu quarto, no andar de cima. Dou um selinho em Camila, que volta para o lugar ao meu lado e me levanto.
Pego as pizzas e pago o entregador. Coloco na mesinha de centro que tem na sala e percebo o olhar da latina a cada movimento que faço. Seus lábios carnudos estão vermelhos e inchados, o cabelo bagunçado e tentando normalizar a respiração.
Não nego que estou excitada. Não posso nem mesmo me aliviar. Desde que Camila se mudou para minha casa, eu não me masturbo, e desde que a conheci, não transo com ninguém.
Sento novamente ao lado de Camila, que me olha envergonhada e apenas sorrio para ela. Seu olhar volta para a televisão e só então me lembro de que o menino está na sala. Como uma boa observadora, percebo sua mão entre suas pernas por cima da roupa, provavelmente está tentando esconder a ereção com o que viu.
—Agora sim. – Taylor apareceu usando um vestido e se sentou ao lado do amigo. – Laur e Mila, esse é Austin, meu amigo. – Sorrio vitoriosa para ele e Camila apenas acena. – Essas são minha irmã e a namorada dela. – Ele nos olha e sorri forçado. – Tem o resto da galera que estão se dividindo para tomar banho.
—O jogo hoje é da Dinah. – Falo. – Espero qualquer merda daquela cabeça.
—Ela sempre pega pesado. – Taylor fala. – Falando na peste...
—A mais gostosa chegou. – Dinah entrou falando e se jogou em meu colo, deitando a cabeça nas pernas da latina.
—Uma girafa está me esmagando. – Reclamo e a empurro para o chão. – Melhorou. – Sorrio para ela.
—Já decidi o jogo. – Ela fala quando se levanta.
—Qual vai ser? – Pergunto.
—Só na hora de jogar. – Fala e bufo. – Calma branquela, você vai amar. Prometo ser legal com você.
Pouco tempo depois Ally e Normani aparecem.
—Vou tentar acordar a Sofi para saber se ela vai querer pizza. – Camila levanta e observo enquanto ela se afasta. Não só eu olho, mas o filho da puta do tal Austin também olhava.
—O Troy vem? – Minha irmã pergunta.
—Ele me mandou uma mensagem dizendo que já vem. – A baixinha respondeu sorrindo. – Não deve demorar.
—Sofi está com tanto sono que nem acordou. – Camila voltou. – Tadinha, você cansou ela. – Aponta para mim e pega duas fatias de pizza, entregando uma para mim.
—A culpa não foi minha. – Me defendi. – Ela gosta de piscina, só deixei ela aproveitar.
—Quando meus pais eram vivos, eles tentavam ensinar ela, só que nunca conseguiram. – Sua voz saiu em um tom triste.
—Não fique assim baby. – A abraço meio desajeitada. – Tenho certeza que eles estão orgulhosos de vocês duas. – Beijei sua bochecha.
—Vamos formar a roda para jogarmos. – Dinah disse e fizemos a roda.
Fiquei ao lado de Camila e de Dinah. Austin se sentou ao lado da latina e de minha irmã, depois Mani e Ally. A campainha tocou e Ally abriu a porta, dando um selinho em Troy, que se sentou ao lado dela.
—Agora começa a diversão. – Dinah disse. – Já volto. – Levantou e voltou correndo com uma garrafa de vidro vazia. Colocou no centro da roda, pois afastamos a mesinha de centro.
—Vou buscar umas bebidas para dar uma animada. – Levantei e busquei duas garrafas ainda lacradas e copos descartáveis, assim será mais prático. Entreguei um para cada e servi. – Agora sim podemos começar.
—Então DJ, o que vai ser? – Camila pergunta curiosa.
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