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História Perfect Sunset - Não quebro tão fácil


Escrita por: Myugah

Notas do Autor


VOLTEEEEEEEEEEEEEEI...
Espero que gostem!

Capítulo 2 - Não quebro tão fácil


Acordei um pouco assustado com a tempestade que caía, o barulho estrondoso dos trovões atravessavam a grossa janela do meu quarto sem nenhuma dificuldade, olhando minha cabeceira reparei que o relógio já marcava 7:20, eu estava muito atrasado pra primeira aula da academia tendo em vista que ela começa daqui a quarenta minutos e eu ainda tinha que dirigir até o Recreio. Meu apartamento ficava localizado no Leblon, embora sendo o metro quadrado mais caro do Rio de janeiro, eu não fazia questão em ostentar isso, ele era bem simples, pequeno e nem um pouco luxuoso. Levantei da cama e espiei pela janela observando os coqueiros da orla balançarem com a forte ventania, ficar parado olhando a chuva não adiantaria em nada…

Preparei um forte café, liguei a televisão no noticiário enquanto comia umas torradas, mandei uma mensagem pedindo que a Karin adiantasse a aula pra mim, já que seria impossível eu chegar a tempo. Minha campainha tocou, levantei e fui atendê-la sem nem me incomodar em por uma blusa, afinal de contas eu estava no meu apartamento, raramente eu recebia visitas e quando isso acontecia geralmente era…

-Achei que teria que tirar o seu corpo morto da cama! Não viu as 200 mensagens no seu celular? - Itachi entrou sem nem pedir licença, voltei pro meu café enquanto ele se acomodava no sofá ao meu lado. Seu terno estava impecável como sempre, mas ele não tinha crédito nenhum por isso, todos que viviam com ele sabia que se dependesse dele o seu guarda-roupa seria constituído de bermudas de malha e camisetas, ridículo, mas era assim que ele gostava, sorte do mundo que ele se casou com a Konan, que impedia que ele cometesse qualquer assassinato a moda e ao bom senso.

- Eu até vi, mas não me incomodei em retornar! - Ele levantou pra se servir de café, e colocou uma folha a minha frente…

- Antes que você me pergunte, Não! Eu não quero te obrigar a participar do conselho, mas como o papai deixou metade da empresa pra você eu preciso que aprove cada passo que fomos dar, você pode ler cada uma das 6.755 palavras que descrevem a mudança na coleta de lixo, ou confiar em mim e assinar essa merda logo. - Não pude conter a risada, claro que eu não ia ler. Depois que o papai morreu eu ofereci de bom grado a minha parte da imprensa ao Itachi, mas ele insistiu que eu tivesse parte dela em meu nome, mesmo que não fosse atuar nela.

- Então Sasuke, já decidiu o que vai fazer da vida ou vai continuar apenas com a academia? - Amo o meu irmão, mas odiava quando ele usava esse tom de voz para descrever a minha academia.

-Se você não sabe Itachi, essa academia que você tanto despreza lucra 600 mil por mês e se fosse um pouco mais dedicado ao financeiro ia reparar que esse é um número bem alto. Prefiro ficar com as minhas 8 filiais, do que tentar governar um império que não sei nem quanto lucra ao mês. - Eu tinha que voltar a fazer terapia, estava me irritando muito fácil. Sempre tive problemas com controle da raiva, embora não fosse um cara muito a favor da violência às vezes eu tinha que me controlar.

-Pelo visto alguém acordou com o pé esquerdo… - Ele deu um último gole em seu café, pegou o documento que eu tinha assinado e me deu um tapa na testa com os dedos, aquilo me fez rir, desde criança sempre que ele me via irritado fazia isso, não sei o porquê ou como, mas aquilo sempre me acalmava.

- Mais tarde a gente se fala, a Konan que fazer um almoço em família na quarta…- Ele mesmo bateu a porta quando saiu.

Tomei um banho bem frio pra me despertar, fui pra academia e tomei meu suplemento. Com a chuva era quase impossível ver o que acontecia do lado de fora do carro, pilotei com calma, Karin havia me respondido a mensagem dizendo que quase ninguém foi a aula. Quer um resumo do Rj com chuva? Engarrafamento, um trajeto que geralmente eu demorava uns 40 minutos se estendeu por quase duas horas de um eterno acelera e freia que me tirava do sério, coloquei música explodindo nos alto-falantes do carro, se era pra mofar aqui pelo menos uma música boa eu ia escutar. De fato para uma segunda feira a academia estava realmente fazia, da entrada eu conseguia ver a Karin dando aula de jump no segundo andar e o Lee ensinando judô a um grupo de crianças, como tudo estava correndo bem fui pra minha sala fazer o de sempre, organizar contas, pagamento dos funcionários, olhar as câmeras de segurança…Pouco tempo depois de eu ter chegado Karin entrou na minha sala.

-Bom dia chefe… - Sorri pra ela, poucas pessoas ficavam bem-humoradas tendo que chegar as 5 da manhã no trabalho, principalmente com o tempo que estava lá fora, mas esse era o normal dela, nem no tempo em que a gente namorava eu via ela ser mal humorada… Nem mesmo quando a gente terminou em meio a uma briga caótica eu a vi expressar um pingo de raiva, ela era simplesmente incapaz de querer fazer mal a alguém.

-Qual o segredo de tanta felicidade? - Perguntei porque de fato eu queria ter esse temperamento, estar sempre feliz e sorrindo deve ser maravilhoso, sem sentir a constante vontade de esganar meio mundo.

-Eu já te disse o segredo, mas parece que desde que a gente terminou você resolveu virar assexuado, já disse você precisa… - Levantei a mão pedindo que ela parece de falar, meu rosto queimava de tanta vergonha e ela apenas ria da minha cara.

-Meus Deus Karin, você poderia ser menos direta as vezes…- Ela deu de ombros como se nem se importasse com o que eu estava falando, e me entregou as últimas advertências que alguns professores tinham tomado, algo que era totalmente proibido aqui era se relacionar com clientes/alunos, e nos últimos meses esse problema vem se repetindo bastante, principalmente desde que chegou um professor novo.

-Kakashi não aprende, já é a sexta aluna que reclama dele essa semana, se ele continuar assim vamos ter que demitir ele. - A irritação que a pouco a Karin tinha afastado voltou com toda força, Kakashi era um dos melhores instrutores que eu tinha, ele tinha que ser tão mulherengo assim?

-A Konan ligou querendo falar com você, disse que você tinha se atrasado, talvez seja por isso que o Itachi foi na sua casa, logo depois que ela desligou ele retornou dizendo que ia te procurar…- Ela revirou os olhos sabendo que eu detestava a invasão de privacidade que meu irmão cometia com tanta frequência e meu irmão fazia questão de me irritar dessa forma sempre que podia.

- Tá de sacanagem com a minha cara, eu tenho 30 anos o Itachi já recebeu o memorando que informa que eu sou responsável pelo meu corpo e as consequências dos meus atos? - Em vez de tomar conta da minha vida ele poderia se preocupar em dar os filhos que a Konan tanto queria afinal de contas o cara já tinha 42 anos, logo logo ele ia sair da ativa ou ia acabar solteiro levando em conta a quantidade de brigas que eles têm por conta de filho.

- Eles se preocupam com você Sasuke, e pra falar a verdade eu também estou preocupada. - Por trás da lente dos seus óculos vi sua testa enrugar em preocupação. Sempre detestei causar essa reação nela.

- Eu to bem Karin. - Levantei da minha cadeira e fui até ela e dei uma sacudida em seu corpo.

- Não tá não, você não foi ao enterro dele e nem chorou desde o acontecido…- Eu alisava seu longo cabelo vermelho, não na intenção de acalmar ela e sim a mim, detestava falar sobre a morte do meu pai.

- Karin, olha pra mim. - Esperei que ela me olhasse nos olhos, segurei a lateral do seu rosto e beijei a sua testa, ela suspirou em descrença.

- Eu to bem, juro que estou! Eu só não era tão próximo dele…- Ela me encarou durante um tempo e quando ia falar foi interrompida pela porta se abrindo, Neji espiou a sala, ele era o gerente da academia e meu braço direito.

-Desculpe Sasuke, mas tem uma pessoa querendo falar com você. - Passei a minha agenda mentalmente pra ver se lembrava de alguém marcado, mas não veio ninguém a mente.

-Diga pra marcar uma hora com a Karin, eu to ocupado. - Ele colocou seu corpo pra dentro, e antes de fechar a porta olhou pro lado de fora sorrindo.

-Eu acho que você vai querer atender ela, porque eu, com certeza, atenderia todos os pedidos que ela me fizesse…- Ele continuou observando pela persiana da sala enquanto a Karin o fulminava com o olhar.

-Bom se despertou tanto o seu interesse eu não poderia deixar de atendê-la. - Apertei com força a mão da Karin reafirmando que estava tudo bem, mas ela me ignorou e continuou seu ataque mental ao Neji.

Me dirigi a porta rindo pelo fato de eu não ter reparado que eles estavam juntos, foi por isso que ela me pediu pra trocar de horário, eu ia ter uma conversa muito séria com ele, essa vida de garoto de programa que ele levava ia ter que acabar nes…

Toda a razão fugiu da minha cabeça quando eu vi quem me aguardava do lado de fora, os saltos enormes que só faziam destacar o comprimento de suas pernas, sua pele clara estava sendo exposta sutilmente por um vestido champagne que destacava todas as suas curvas e seu cabelo Rosa estava preso em uma trança…

-Sasuke… Achei que não fosse me receber?! - Já tinha se passado quase um mês desde a primeira vez que esbarrei com ela, o que era pra ser apenas uma conversa na praia se tornou uma luta e um jantar tempo o suficiente pra eu continuar impressionado com a sua beleza, Neji tinha razão, se ela me pedisse pra deitar e rolar eu, com certeza, faria.

- Resolveu ter aulas de defesa pessoal? As passarelas do mundo têm mostrado as garras pra você?- Ela sorriu, mas essa alegria momentânea não alcançou seus olhos só então eu reparei as olheiras que abatiam o seu rosto.

- Não… As passarelas eu já adestrei, mas eu estou precisando conversar a sós com você. - Seu rosto tinha um ar sério, mas mesmo abatida ela continuava a pintura da perfeição.

- Claro, vamos até a minha sala!- Apoiei a minha mão na base da sua coluna, guiando até a sala, antes de entrarmos reparei que toda a parte masculina e até mesmo algumas mulheres tinham parado pra observar…

-E vocês voltem a malhar, é só uma moça bonita....- Vários sussurros encheram a academia. Pedi a uma das recepcionistas que trouxessem uma água, depois que ambos estávamos confortáveis prosseguimos com o assunto.

-A que devo a honra da sua visita?- Ela procurou por algo dentro da bolsa, logo depois puxou uma pasta azul e colocou na minha frente. Quando eu a questionei com um olhar, ela acenou indicando que eu olhasse o que tinha dentro. Nem mesmo o pior filme de terror teria me preparado para este susto, dentro da pasta havia diversas fotos do seu quarto de hotel completamente destruído, paredes marcadas com palavras de ódio e além disso tudo ainda tinha dúzias de cartas feitas com letras recortadas de jornal ameaçando ela de morte e até mesmo os seus amigos, tinha também algumas fotos dela em vários lugares diferentes inclusive uma dela conversando comigo na praia. Eu não sei o que ela fez, mas despertou a ira de alguém muito inteligente.

-Já avisou a polícia? - Disse enquanto continuava olhando as fotos, tinha uma série delas que era a sua amiga loira que jantou conosco aquele dia, ela tinha diversas marcas roxas em seu corpo e alguns cortes também. Ela levantou claramente nervosa, seu rosto estava mais pálido e dava pra reparar o tremor em suas mãos. Ela parou no canto da sala passando a mão pelo pescoço.

-Já sim, mas eles não podem me ajudar com muita coisa enquanto não descobrirem quem está fazendo isso. Eles acham que eu tenho que me proteger.- Eu estava ficando confuso, ela queria que eu fosse prestar depoimento? Eu só tinha interagindo com ela apenas uma vez, foi legal a noite foi bem divertida e tal… Mas não via onde eu me encaixava no meio dessas fotos e ela na minha sala.

- Sakura… Sem querer ser grosso, mas onde eu me encaixo em meio a tudo isso?- Ela se aproximou e debruçou na minha frente, mantendo as mãos apoiadas na mesa e me dando uma bela visão da parte de cima dos seus seios, quando desencostei minhas costas da cadeira e estiquei o braço pra me aproximar mais meus dedos roçaram de leve a sua mão fazendo todo o meu corpo despertar, onde nossa pele se encontrava queimava como se cigarros estivessem encostando o local e olhando pra nossas mãos eu vi um arrepio subir pelo seu braço e se estender até o seu peito. Um zumbido entrava pelos meus ouvidos, mas não conseguia registrar nada com que tivesse um sentido.

- Então Sasuke? Você tá me ouvindo? - O toque dos seus dedos em minha testa fez com que eu saísse do meu devaneio. Levei a minha mão a testa tocando o local onde ela encostou.

- Como você sabe disso? - Como ela sabia que isso me deixa concentrado, me acalmava e fazia eu me sentir próximo das pessoas? A única pessoa que fazia isso comigo era o meu irmão.

- Sabia do que?? Prestou atenção em alguma coisa do que eu disse? - Ela estava confusa e eu mais ainda, ela voltou a se sentar na cadeira na minha frente enquanto batucava com as unhas na mesa.

- Não na verdade eu não ouvi nada…- O bater de unhas parou no momento em que ela desencostou da cadeira e cruzou as pernas me dando uma boa amostra delas.

- Preciso de um segurança Sasuke, um dos bons que vá ficar comigo 24hs por dia pelo menos até eu encontrar outra pessoa apta ao cargo, nesta última semana os que eu contratei foram um tanto antiético.- Ela tava falando sério? Eu sou apenas um instrutor graduado em 5 tipos de luta e com problemas de controle de raiva… O mínimo que eu faria é quebrar o braço de quem falasse grosseiramente com ela, isso poderia se tornar uma bagunça e talvez até piorasse os problemas dela.

-Olha Sakura, se você quiser aulas de defesa pessoal eu até posso te ajudar, mas daí a ser segurança é muita coisa e sinceramente eu não sei como vou poder te ajudar. - Ela soltou o elástico que prendia a sua trança, fazendo com que seu cabelo se soltasse em ondas, ela estava ficando angustiada ou nervosa não soube decifrar bem.

- Você lembra como me defendeu daquelas caras e se eu não me engano você se ofereceu pro cargo também alegando querer viajar o mundo, em qual emprego você viajaria mais do que com uma modelo internacional? -Ela sorria implorando com os olhos pra que eu aceitasse o cargo. As esferas verdes em seu rosto tinha um brilho fraco, como se estivesse com medo do que poderia acontecer ou do que estava acontecendo.

- Eu sinto muito, mas acho….- A porta se abriu de repente, quando a Karin entrou na sala como um furacão parando entre eu e a Sakura.

- Ele aceita!- O que ela tava pensando…? Ela ergueu a mão pra mim, pedindo educadamente que eu calasse a boca e deixasse ela falar.

- Você tem que aceitar Sasuke, vai viver um pouco, mesmo que trabalhando você vai desfrutar bastante, né? - Ela questionou a Sakura, que sem pensar duas vezes concordou.

- Você tava ouvindo atrás da porta? - As maçãs do seu rosto ficaram da cor do seu cabelo, mas antes que ela pudesse falar qualquer coisa, a Sakura intercedeu por ela claramente em forma de gratidão por ela ter invadido a sala a seu favor.

- Nós acertamos os termos do jeito que você quiser…- Parando pra pensar até que ia ser legal, eu tinha dinheiro pra viajar o mundo todo se quisesse, mas tudo no mundo é mais divertido quando se é conquistado e não comprado… Fora que acompanhar ela até nos ensaios fotográficos ia ser interessante. Tudo bem, elas já tinham até me convencido, devo até dizer que foi graças a Karin. O meu maior receio em aceitar esse emprego era em como ficaria a minha academia, mas já que a parceira do crime estava incentivando queria dizer que ela ia cuidar de tudo por mim.

- Eu vou cuidar de tudo por você, te mandar mensagens quando estiver fora, embora saiba que ela vai fazer uma campanha de duas semanas aqui no Rio. - Ela sorriu envergonhada por demonstrar ser uma seguidora da top model ao seu lado e confirmou tudo que eu já havia pensado.

- Então Sasuke, tudo conspira a favor você aceita?- Perguntou Sakura, que em vez de batucar as unhas não parava de mexer no cabelo. - Olha… Eu sei que a  gente mal se conhece e que sabemos pouquíssimos um sobre o outro, mas você me defendeu mesmo assim naquele dia isso faz de você a pessoa perfeita para o cargo, mesmo que temporariamente.- Ela não sabia, mas já tinha me convencido eu só não ia deixar parecer tão fácil assim.

- Vamos fazer assim, uma aposta!- “Aposta?” As duas mulheres na sala falaram ao mesmo tempo e arregalaram seus olhos com a mudança de ritmo da conversa.

- Sim, e a aposta vai a seguinte: Eu aceito o cargo, mas só se a Sakura conseguir me derrubar no ringue? - Ela estava dando um gole em sua água, quando eu disse isso ela cuspiu tudo de uma maneira nada sofisticada para uma pessoa com tanta classe.

- Como é que é?? Eu não posso entrar em um ringue Sasuke…- Ela ficava fofa quando estava nervosa. Fofa?? Eu realmente disse fofa?. Eu definitivamente precisava voltar pra terapia.

- Karin pega um uniforme limpo pra nossa convidada, hoje ela vai lutar! - Karin correu da sala em direção ao vestiário como se o seu pé estivesse em chamas.

- É sério Sasuke eu não posso me machucar, tenho um ensaio amanhã… - Coloquei a mão em seu ombro e guiei ela até o vestiário, Karin já estava na porta com um uniforme novinho e um sorriso que se estendia por todo o rosto.

- Vai trocar de roupa princesa… Eu te vejo lá em cima…- Empurrei ela pro vestiário e pedi a Karin que a ajudasse. Meu movimento de levar uma delicada modelo a força para o vestiário chamou a atenção de toda academia, que já se reunia nas grades do segundo andar e envolta do ringue no primeiro, eu deixaria eles assistirem. Claro que eu não ia com tudo pra cima da Sakura, na verdade eu não ia fazer esforço nenhum, ia me aproximar e dar uma rasteira pra derrubar ela, mas sem força pra não machucar. Uma série de assobios surgiu quando uma modelo super gostosa saiu vestindo um short de lycra curto e top. Até mesmo um santo teria que ter uma dose extra de força de vontade pra não apreciar aquela maravilha de corpo.

- Eu não acredito que vou fazer isso…- Eu observei cada parte branca exposta, cada curva bem definida, ela não era uma modelo magra do estilo que passa fome, mas sim uma daquelas que simplesmente nasceu perfeita.

- Se eu soubesse que você ficava tão gost… Bem em roupas de ginástica eu teria proposto isso antes. - Suas bochechas ficaram vermelhas me fazendo rir. Ela cobria sua barriga com a mão e me encarava séria.

- Vamos logo com isso? - Levei ela até o ringue ajudando a subir no grande palco montado no meio do primeiro andar. Todos batiam palmas e a Karin já tinha uma folha A4 em mãos com a seguinte frase.

Arrasa Sakura”

Subi no ringue e me aproximei dela, Neji já estava posicionado ao lado do sino que indicaria que a luta começou, a cara da dela era hilária, por um momento achei que ela fosse desmaiar de tanto nervosismo.

-Pode ficar calma! Eu não vou te machucar. - Sorri de uma maneira maliciosa pra ela a fim de fazê-la relaxar, o que pelo jeito deu certo levando em conta a maneira com ela revirou os olhos.

- Quando o sino tocar você pode atacar, ok? - Ela fez que sim com a cabeça, escutei Neji contar até 3 e quando o alarme tocou eu não estava nem em posição, já que não estava com alguém habilidoso, mas pra minha surpresa ela se movimentou rápido segurando os meus braços e tirando o meu equilíbrio empurrando minhas pernas pra frente com a parte de trás da sua canela, esse movimento fez com que eu perdesse o equilíbrio e caísse tão rápido no chão que não tinha nem conseguido registrar todo o momento na minha cabeça, uma hora eu estava em pé com uma oponente fraca e no outro segundo estava estatelado no chão com as risadas dos meus alunos e funcionários enchendo a áreas de treino, mas que merda é essa que aconteceu… Quando estava lúcido o bastante pra conseguir registrar algo decente a primeira coisa que eu vi foi a Sakura e a Karin rindo de mim.

- Se você prestasse mais atenção em toda a história, carreira e diversão dela e não só as fotos artísticas, ia saber que ela além de modelo é atriz e lutou judô durante 3 anos. - Karin mal conseguia falar de tanto que ria, e a Sakura rodava por todo o ringue sendo lotada de elogios enquanto o grande babacão aqui só ficava deitado sem nenhuma reação. Agora que isso tinha acontecido fiquei com uma dúvida. Ela veio até mim e estendeu a mão pra me ajudar a levantar, para manter o resto de dignidade que me restou levantei sem aceitar sua ajuda.

- Bom. Se você sabe se defender tão bem porque precisa de mim? - Disse enquanto parava na sua frente, perto dela dava pra reparar que eu era uns 30 cm mais alto e provavelmente pesava uns 30 quilos a mais. Ela perto de mim se tornava minúscula e frágil, talvez tenha sido isso que me fez subestimar a sua capacidade de me derrubar.

- Sasuke… Se você tivesse alerta eu provavelmente não teria nem te tocado, só consegui te derrubar porque você não estava prestando atenção, de qualquer forma nunca vai ser apenas uma pessoa a me atacar… Não muda de ideia, por favor?! - Ela tinha um ponto, em meio ao silêncio que se formou enquanto ela esperava minha resposta o ar pesou entre a gente, sua respiração era lenta, mas dava pra observar seu peito subir e descer… Acorda Sasuke!! Já é a segunda vez em menos de duas horas que você entra em transe por causa dessa modelo.

- Não vou. Vamos acertar tudo em um almoço?!- Que merda estava pensando eu não sei, a única certeza que eu tinha era que queria ao menos mais um pouco de tempo com ela.

- Claro, eu só tenho que passar em casa, onde eu te encontro? - Ajudei ela a descer do ringue segurando sua mão e mais uma vez sentindo uma corrente elétrica se espalhar por todo o meu corpo.

- Na verdade eu estou sugerindo que fôssemos agora, mas se tiver que passar em casa tudo bem, eu posso te seguir com o carro…- Antes de me responder ela entrou pra trocar de roupa, uns minutos se passaram antes dela sair prendendo o cabelo.

- Eu vim de uber, como não é sempre o mesmo carro fica difícil de rastrear a placa. - Ela revirou os olhos e a tensão que tinha sumido com a distração da luta voltou com tanta força que a deixou com uma postura travada.

- Então eu te levo até onde você está ficando e depois vamos almoçar. - Ela fez menção em começar a se desculpar, mas antes que ela pudesse sequer pronunciar uma palavra eu tapei sua boca com a mão.

- Nem pense em dizer não, você já me humilhou demais hoje. Agora vamos, to morrendo de fome.- Ela riu, e me empurrou de leve com a mão. Fui até a minha sala pegar a carteira e a chave do carro.

- Você não ficou com raiva? - A voz da Karin surgiu dentro da sala, ela fechou a porta e se apoiou nela.

- Não, porque eu ficaria? - Ela se aproximou de mim com um sorriso assustador no rosto.

- Sasuke você sempre tem ataques de fúria quando perde uma luta mesmo que pra uma mulher, lembra como você me machucou sem querer uma vez? - Ela sacudiu a cabeça como se quisesse apagar o que tinha dito. Em um treino com ela 3 anos atrás eu acabei perdendo o controle e imobilizei ela com mais força do que deveria, ela ficou três dias com o braço imobilizado, foi naquele momento que eu aceitei a terapia, depois que eu voltei a raciocinar odiei ver ela no chão chorando.

- Você não teve culpa. Hoje eu estava torcendo por ela, mas tinha receio de que o mesmo acontecesse. E pra espanto de todo mundo que sabe da sua dificuldade em lidar com a raiva, no minuto seguinte você estava sorrindo com ela. - Ela parou na minha frente e colocou as mãos em meu rosto fazendo com que as minhas bochechas esquentarem com o calor que saia da palma de suas mãos, mas nada além do natural.

- Sabe que eu não me meto na sua vida, mas essa garota te faz um bem tão grande que em uma hora ela fez você evoluir mais do que eu fiz em 5 anos de namoro, foi por isso que eu disse não quando você me pediu em casamento. - Ela continuou acariciando o meu rosto e quando voltou a falar sua voz estava embargada.

- Não foi porque eu não te amava, mas sim por você não me amar o suficiente pra mudar e eu sinto que isso tudo foi até bom pra nós dois, a gente sempre foi melhor como amigo. - Quando uma lágrima escorreu pelo seu rosto eu não me contive e a abracei com força, enterrando meu rosto em seu cabelo.

- Muito obrigado Karin e sinto muito por tudo que te fiz passar, mas o Neji vai compensar isso. - Ela se afastou de mim enquanto ria nervosamente, ela ajeitava a blusa, limpava a calça e arrumava o cabelo de tão constrangida.

- Não tem problema, no entanto eu vou pedir que vocês se comportem. - Fui até ela, beijei sua testa e acenei recebendo em troca um peteleco na barriga.

- Agora deixa eu ir almoçar… Aliás Karin, ela me acalma demais! - Deixei ela na sala e fui em direção a Sakura que estava observando as fotos na parede da academia.

- Vamos? - Ela assentiu e me acompanhou até o estacionamento a chuva ainda era intensa, chegamos ao carro parcialmente molhados.

-Sério? Uma BMW estilo badboy? - Eu tive que rir, carro era a única coisa que eu fazia questão de ter um dos mais modernos.

- Sakura, você é linda e um amor de pessoa, mas fala mal da chidorinha de novo e vai precisar de alguém pra te proteger de mim. - Ela começou a rir descontroladamente, quando seu corpo começou a se acalmar ela falou comigo.

- O nome do seu carro é Chidorinha??- Ela voltou a rir, tirou um lenço da bolsa pra secar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto de tanto rir.

- Já sei onde vamos… Se prepare para o encontro mais romântico da sua vida. - Falei pensando em tirar ela da sua crise de risos, mas isso só fez com que ela virasse o corpo no banco do passageiro e me encarava com uma sobrancelha erguida.

- Se isso é um encontro eu devo esperar algo a mais no fim dele? - Essa foi a minha vez de ficar completamente vermelho, mas ela estava muito enganada se achou que ia sair ganhando

- Xiiii… Vamos deixar o encontro falar por Ele. - Ela riu, porém estava surpresa. Pelo visto a vida era cheia de surpresas quando se estava com essa deusa de cabelos rosa, fora que eu tava começando a falar “doce” quando se tratava dela. Saí do estacionamento, eu ia seguir meu próprio conselho, ia deixar o encontro falar por ele mesmo.


Notas Finais


E aí??
Estou totalmente aberta a sugestões.
Até o próximo!


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