História Perfume - Prólogo

O corredor extenso estava completamente vazio. A iluminação fraca deixava o local com a aparência mais antiga do que o habital. Afinal, no século vinte um não ter lâmpadas em casa é puro retrocesso.

Movia meus pés cuidadosamente, para que não fizesse barulho que pudesse acordar seja lá quem estivesse na casa de campo.

Eu ouvia nítidamente cada batida exasperada do meu coração. Minha blusa azul grudava em meu corpo devido ao suor. 

Um ruído fez-me correr para trás de um corredor à esquerda, tapando minha boca com minha mão direita, arregalei os olhos e observei cautelosamente o um senhor de aparentemente sessenta e sete anos apagar uma das lamparinas do corredor, segurando um machado. 

O som da chuva e a fúria dos trovões faziam-me vibrar. Por segundos, fechei meus olhos para manter a concentração. Abrindo-os e de pronto arregalando-os, abafei um grito apavorado.

O trovão gritou nos céus juntamente com a risada maldosa e meu coração desesperado por socorro...