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História Perhaps - Chapter Nine


Escrita por: quel5sos

Notas do Autor


Desculpa pela falta de capa, mas não conseguimos encaixar nenhuma foto aqui. E não queríamos pegar imagens de nenhum outro grupo, porque inclusive CALL-U não foi inspirado em nenhum grupo real.

A escola começou a pegar, com provas todas as terças e quintas, e aí ficou mais difícil de nos encontramos para escrever – não estamos acostumadas com essa rotina.

Precisamos agradecer às mais de 900 visualizações e os mais de 40 favoritos – muito obrigada, mesmo.

Esperamos que gostem do capítulo!

Nos vemos nas notas finais.

Capítulo 9 - Chapter Nine


Fiquei parada no batente, sem saber exatamente o que fazer ou o que dizer. Eu havia pensado em como agiria, mas foi muito sábio quem disse que falar é muito mais fácil do que fazer. Comecei a gaguejar algumas sílabas desconexas, até que limpei a garganta e tentei novamente:

– É... me desculpe por atrapalhar seu trabalho. Pela segunda vez.

Jihoon virou a cadeira completamente em minha direção, arrastando as rodinhas no carpete até ficar na minha frente. Rindo e chorando internamente, notei que estava finalmente vendo alguém de cima. Rindo porque sim, era a vista de alguém de cima. Chorando porque só conseguiria ter essa visão se a pessoa estivesse sentada, isso se essa pessoa tivesse uma altura não tão maior que a minha assim.

O garoto se virou rapidamente e desenroscou algo que estava pendurado nas costas da cadeira, esticando em minha direção. Era minha bolsa.

– Era isso? – Ele perguntou.

– Sim... – falei calmamente, pegando o acessório da mão dele. Eu podia estar calma por fora, mas por dentro estava pulando de felicidade. Minha bolsa! – Obrigada.

Sorri levemente, sem mostrar os dentes. Eu ficava realmente travada perto dele – um desconhecido. No meu tempo de trainee, eu podia ter sido capaz de “consertar” minha falta de autoestima, mas isso não fazia de mim a pessoa mais extrovertida com quem eu não conhecia direito. Dentro do SEVENTEEN, eu só ficara próxima de dois membros: Jisoo e Soonyoung. Na verdade, a primeira vez que havíamos trocado algumas palavras sem ser um “olá” respeitoso na frente dos produtores tinha sido bem estranha. Soonyoung tinha sido... bem, ele tinha sido ele mesmo.

Eu me encontrava na sala de dança que estávamos começando a dividir, mas não havia mais nenhuma menina do meu grupo comigo. Todas já tinham ensaiado suas partes, enquanto eu escrevia, e estavam muito cansadas para ficar ali também. Eu entendia. Mas ainda assim, me deixar sozinha, eu, tímida do jeito que era, com alguns meninos do SEVENTEEN... chegava a ser maldade. Eu esperava que pelo menos Joo Ree ficasse ao meu lado. Não foi o caso.

Pelo menos, não eram todos os treze garotos. Somente o Performance Team, que coreografava algum de seus números solo. Ainda assim, eu não estava relaxada. Era muito estranho dividir a sala com eles, principalmente sem o apoio das garotas. Eu definitivamente não estava dançando direito, e sabia disso. Estava com minha própria música, com um fone colocado em um dos ouvidos, somente. Não queria parecer tão rude assim. A pressão de saber que algum deles poderia estar me observando pelo espelho era muito grande. Provavelmente eles estavam mais concentrados em sua própria dança. Pelo menos foi isso que pensei. Para variar, estava errada.

– Para tudo! Pelo amor de Deus! Só para! – Um dos garotos, um loiro com uma faixa preta no cabelo, falou e, por instinto, olhei para baixo, por medo de estarem gritando comigo.

E com isso, acabei por ver o tênis que ele calçava. Era um modelo esportivo verde-musgo horrendo. Adivinhem quem era o dono do sapato. Até hoje não entendo qual é a dele com verde em todos os tons mais bizarros. Mas falta coragem a todos para jogar na cara dele que as cores são simplesmente horrorosas. Quando ele veste algo nesses tons, todos ficam encarando, e ele deve achar que é porque está bonito. Ninguém só não é macho o suficiente pra chegar nele e dizer a verdade.

Tá, parei.

Depois de alguns longos segundos de silêncio, levantei cuidadosamente a cabeça, olhando para frente o suficiente para que ele chamasse minha atenção novamente.

– Você! – O menino apontou para mim. – Meu Deus, você é um desastre para a dança!

Tirei o meu fone, pausando a música. Porra, quem ele achava que era para falar comigo daquele jeito? Se eu estava ensaiando, era porque obviamente não estava satisfeita com os meus resultados. E adivinhem o que uma Sae Jin brava fez? Exatamente: nada. Não falei nada do que se passava em minha cabeça. Simplesmente fiquei ainda mais tímida do que já estava, se é que isso era possível.

Não conseguia nem gaguejar uma desculpa. Fiquei abaixando a cabeça repetidas vezes, esperando que ele entendesse.

– Ei, você não fala? Por acaso o gato comeu sua língua? Porque eu me lembro de ter deixado comida para ele de manhã. – Ele provocou. Acho que ele não entendeu.

– Soonyoung hyung, pera aí. Não exagera. – Um garoto mais novo se aproximou, encostando no braço do loiro. Eu o reconhecia de tanto que a Sooyun falava que ele a lembrava de seu irmão mais novo: era Chan, o maknae. – Ela pode estar passando por coisas que você não sabe. Eu na idade dela...

– Como assim?! – Acabei soltando uma exclamação um pouquinho mais alto do que planejava. O maknae achar que eu era mais nova que ele chegava a ser um absurdo.

– Como assim, o quê? – O menino perguntou.

– Quantos anos você tem? – falei, mantendo meu tom de voz calmo, embora ainda estivesse tímida e nervosa. Mas também irritada. Precisava defender a honra de meus muito bem vividos 19 anos!

– Dezesseis.

Tossi, engasgando um pouco.

– Pois saiba que eu tenho dezenove anos! – retruquei, levantando meu queixo e perdendo meu nervosismo.

Aqueles moleques eram muito estranhos. Interromperam o ensaio deles com o objetivo de parar o meu ensaio para me criticar e ainda dizer que eu era mais nova do que um rostinho de dezesseis anos. Que gracinha.

– Sério? Parece que você tem quinze! – O maknae disse, fazendo com que o outro risse.

– Verdade! Parece que ela tem quinze anos mesmo! – Soonyoung comentou, apontando para mim novamente.

– Sabia que é muito rude ficar apontando para as pessoas? – falei, ainda mais irritada.

– Ah, desculpa. – O loiro respondeu, se virando e apontando para meu reflexo no espelho.

Cruzei os braços, suspirando e revirando os olhos. Eu ia conseguir voltar a ensaiar?

– Mas sério, você dança muito mal.

Olhei para ele com os olhos arregalados em surpresa. Será que ele sabia o significado das palavras “respeito” e “desconhecido”? Ele não sabia nada de mim. Que droga. Eu nem dançava tão mal, e a prova era que eu passara na audição e ali estava, sendo uma trainee. E a culpa de eu estar tão travada era exatamente o fato de eles estarem na sala também – mesmo que não soubessem disso.

– Não precisa ficar para baixo, baixinha... não, pera. – Ele riu do próprio trocadilho, enquanto eu só revirava meus olhos novamente. – Desculpa..., mas você tem sorte! Porque eu sou o líder do Performance Team...

Ele continuou falando, colocando títulos para si mesmo, e eu me perguntei se tinha alguma câmera escondida e ele estava fazendo propaganda, porque não era possível alguém conseguir falar tanto assim sobre si mesmo.

Eu só assenti, e depois de um tempo ele acabou me ensinando a minha própria coreografia, que eu nem sabia como ele havia aprendido. Provavelmente tinha sido de me ver errar tantas vezes na frente dele.

E assim eu conseguira meu primeiro amigo dentro daquela empresa. Jisoo só apareceu mais para frente, provavelmente por ter pena de ficar me vendo aguentar as provocações de Soonyoung por todos os corredores. O menino parecia um chiclete! Sempre que tinha um tempo livre, ia atrás de mim para me irritar.

– Sae Jin? Está tudo bem?

Ah, bem-vindos ao presente. O vergonhoso presente no qual eu me encontro com minha bolsa na mão e uma cara de idiota estampada no rosto, ainda parada no batente da porta do estúdio de Jihoon.

– Tudo sim. – ri nervosamente. – Obrigada por ter guardado minha bolsa. E me desculpa por ter atrapalhado seu trabalho.

– Por que você está se desculpando tanto? Não fez nada de errado. – O garoto disse, um esboço de sorriso em seus lábios.

Demorei um pouco para entender, mas descobri que frase ele estava repetindo. Eu mesma havia dito aquilo na primeira vez que tinha ido naquele estúdio.

– Desculpa por estar me desculpando tanto. – repeti também o que ele havia falado naquele dia, continuando a referência.

Jihoon acenou uma vez com a cabeça, em um claro sinal de despedida, se virando de volta para a tela do computador no qual trabalhava. Eu fiquei ali parada, ainda pensando em um assunto para tentar continuar a conversa, mas depois de um tempo desisti e voltei pelos corredores, indo direto para a sala da dança, onde havia combinado de encontrar as meninas.

Nosso debut ainda não havia acontecido, mas nós treinávamos sempre que podíamos para aperfeiçoarmos cada vez mais nossas habilidades de dança e canto, para compensar o extremamente pouco tempo de treinamento que tivemos, já que a Pledis estava com certa pressa de debutar um girlgroup, mas, não só qualquer girlgroup – um ótimo girlgroup. E não podíamos nos permitir ser menos do que isso.

As pessoas já falavam de nós nas redes sociais, principalmente no Twitter – mesmo depois de trainee, eu ainda tinha minha vidinha no Twitter, tá? ­–, normalmente comentando pelo quão pouco tempo de trainee nós havíamos tido. Somente dez meses! Um dos menores tempos de trainee que eu já havia visto era de alguns membros do EXO, como o Chen e o Baekhyun, que treinaram por pouco mais de um ano, mas nunca um tempo tão curto quanto meses – sim, eu era uma espécie de EXO-L incubada, ok? Pode me julgar. 

Eu achava que as pessoas esperavam bastante da gente, já que precisávamos continuar o “legado” que o SEVENTEEN começara a fazer para a Pledis há pouco mais de um ano atrás, sendo um grupo autoprodutor e tal.

O que eu menos queria era que dissessem que estávamos tentando “ofuscar” o SEVENTEEN, ou que um grupo acabava fazendo com que o outro parecesse menos importante. Às vezes, isso costuma acontecer, certo? Um grupo novo debuta e acaba tomando a atenção por completo – isso definitivamente não era algo que eu planejava.

Treinamos por horas e horas naquela sala de dança – novamente – e fomos para os quartos descansar. Afinal, depois de tudo aquilo, acabávamos merecendo um belo descanso, né?

***

– Joo Ree! Pelo amor de Deus, ajuda aqui! Ficou preso! A Hyojin unnie vai me matar! Vai estragar a porra do penteado! Ajuda!

Minha melhor amiga chegou rapidamente do meu lado, me encarando superpreocupada, mas mesmo assim me ajudando.

– Sae Jin, é isso? O seu cabelo? Achei que você tinha morrido. Fica calma. – Ela respondeu, rindo um pouco da minha cara.

– Calma? Calma é o caralho! Se eu estivesse morta, não estaria gritando, não é mesmo? – falei rapidamente, tropeçando nas palavras, e ela somente riu.

Não sei como Joo Ree queria que eu não estivesse nervosa. Depois de meses, estávamos realizando nosso sonho. O dia de debut finalmente chegara. Eu não conseguia acreditar. Depois de todo aquele tempo treinando, aqui estávamos nós no backstage da MBC esperando nossa hora de subir no palco.

Lógico que não seria um debut foda, igual o do SEVENTEEN, com uma hora só para nós e aquele parada toda. Teríamos um debut comum: um palco, uma música.

Mas continuava sendo nosso debut.

Finalmente.

Estreia da nossa música-título, nosso álbum e nosso primeiro MV.

Gravar o MV havia sido realmente divertido, mesmo que fosse cansativo. A história era mais ou menos a seguinte: era um cara, bonito – obviamente eu percebi, de tanto que Joo Ree havia comentado comigo e com as outras meninas –, que deixava papéis com seu número de celular anotado para cinco garotas diferentes. No caso, nós. E todas tentávamos ligar para ele, mas dava que a linha estava ocupada, já que as cinco estavam tentando ligar ao mesmo tempo.

O vídeo tinha três partes, especificamente: quando recebíamos o número de telefone, quando tentávamos ligar, e quando finalmente descobríamos que todas estávamos sendo enganadas e tramávamos uma vingança contra ele.

Conseguimos deixar o vídeo com um conceito agradável, e sim, éramos jovens. Portanto, o conceito não poderia ser tão sexy, mas também não poderia ser tão infantil. Fiquei realmente impressionada que conseguimos fazer algo que encaixou perfeitamente entre os dois extremos, e que ainda assim permanecia interessante.

E não estou falando tudo isso só porque era o meu debut. Todas as pessoas das equipes de maquiagem, edição, etc., haviam feito um ótimo trabalho. O crédito de todo aquele projeto não era só nosso, de jeito nenhum. Por isso mesmo, tínhamos insistido para que todos tivessem seus nomes colocados no final do vídeo. Mereciam reconhecimento também, porque haviam feito tanto quanto – se não mais – nós.

Porém, a criação da música e da coreografia ficara por nossa conta, por mais que havíamos tido certa ajuda.

Mi Cha pedira assistência aos nossos backup dancers, já que ficava ensaiando até depois dos nossos horários com eles e tinha certa amizade com um em particular, Kim Joon Haeng.

Joon Haeng ajudava bastante Mi Cha com as nossas coreografias, e eu era eternamente grata a ele por ele. Os passos acabavam ficando ainda mais incríveis com duas cabeças os criando. E sim, ele também estava nos créditos.

O processo de criação das músicas vocês já sabem como é, não é mesmo? Só tivemos dificuldade para escrever uma delas, e... bem, acho que já falei sobre isso.

O boygroup INFINITE estava acabando de apresentar, e nós assistíamos do backstage. Eu não conseguia acreditar que estava ali atrás. Meu sonho realmente havia se tornado realidade. Eu sempre quis que aquilo acontecesse; me preparar para entrar no palco de meu debut. Todas estávamos animadas, sorrindo feito loucas. Até mesmo Sooyun estava demonstrando um esboço de sorriso. Chacoalhei a cabeça, “Ela realmente não muda”.

Tudo era tão incrível.

Todos os meses como trainee pareceram ao mesmo tempo um milagre e uma tortura; eu nunca havia trabalhado tão duro por algo em minha vida. Cada respiração era destinada ao meu esforço.

Era difícil, mas tinha valido a pena.

Ouvimos as palmas e os gritos das fãs do INFINITE, e então nossa manager nos empurrava para as pequenas escadas que nos levariam da coxia para o palco. Respirei fundo uma última vez e pisei no primeiro degrau, deixando minha Jinah aparecer.

Durante aquele tempo todo, eu treinara para ser a idol perfeita. A fraca Sae Jin havia sido deixada para trás, pelo menos nos palcos. E naquele momento, eu precisava ser Jinah, não Sae Jin.

A única preocupação que ainda me afligia, mesmo naquele momento, era se as pessoas gostariam da minha música. Ela soava boa para os meus ouvidos, mas e se não parecesse assim para os outros?

E se fosse assim com a música de debut, o que seria de nosso mini-álbum? Eu havia escrito todas as músicas, então aquela responsabilidade pesava muito sobre mim. Era muita pressão.

Nos organizamos, começando a coreografia.

O sorriso que estava no meu rosto foi ao pouco aumentando conforme eu ia realmente assimilando que estava ali, no palco, com uma coreografia que Mi Cha havia criado e uma música que eu criara.

Tudo estava indo maravilhosamente bem. Apesar de meus saltos imensos – maiores do que os das outras meninas –, eu estava conseguindo dançar bem, de acordo com o que havíamos ensaiado.

Mexíamos os quadris e colocávamos as mãos para frente, chamando a plateia. A resposta que estávamos recebendo era incrível. Gritos e sorrisos de pessoas que não estavam ali por nós, mas ainda assim estavam aproveitando nossa performance.

E, pelo visto, nossa música estava sendo aceita. E havia ficado ainda melhor do que eu achava. Eu e as meninas trocávamos sorrisos e olhares significativos durante a apresentação. Nos sentíamos finalmente um grupo. Cinco meninas unidas com somente um objetivo: ter uma carreira. E agora, queríamos ter nossas carreiras juntas. Como um só.

Conforme a coreografia combinada, me afastei um pouco para o lado, sorrindo para a câmera antes de fazer a high note. Sim, eu sabia que tínhamos MR, mas por ser nossa primeira apresentação, todas nós estávamos fazendo absolutamente tudo ao vivo, mesmo que as respirações falhassem e que nos cansássemos mais. Era uma apresentação importante, e precisávamos dar o nosso melhor. A primeira impressão é a que fica.

Com o final da música se aproximando, voltamos à formação original e nos viramos de costas, junto com a última frase da música, levantando a mão direita e fazendo um símbolo simples, mas que planejávamos que virasse característico de nosso grupo: um telefone. Uau. Surpreendente, né?

“I’m calling you”

As luzes apagaram e nos dirigimos à saída do palco, ouvindo os aplausos atrás de nós. Por causa do nervosismo, tropecei no degrau da escada, e Joo Ree passou o braço ao redor de minha cintura, me segurando, senão era muito provável de que eu agora fosse dona de um imenso roxo na testa.

Hyojin unnie nos abraçou assim que pisamos na coxia novamente, nos parabenizando. Sooyun, obviamente, fez uma imensa careta no momento em que a manager chegou perto de nós – a desculpa dela era que estava muito suada. Mas todas sabíamos que na verdade era porque ela não gostava de nenhum tipo de contato físico.

Saímos do edifício onde nos encontrávamos e entramos em nosso carro, prontas para voltarmos para a agência. Não me perguntem o que aconteceu no caminho ou sobre o que todas conversaram, porque assim que me sentei, dormi. Realmente, a apresentação fora cansativa. Eu não conseguia me imaginar fazendo aquilo pela grande maioria de dias que se seguiriam.

Quando chegamos na Pledis – infelizmente ­– tivemos que caminhar até os dormitórios, e eu provavelmente tropecei umas cem vezes, para variar. Primeiro porque sou desastrada por natureza e segundo porque estava exausta, com um salto alto imenso e sonolenta. Por não ter me machucado, agradeço à Joo Ree, que me segurou todas as vezes.

Antes de chegarmos em nossos quartos, passamos onde ficava a figurinista para podermos tirarmos as roupas e as maquiagens, e colocarmos roupas normais e confortáveis, já que não ia dar certo tanta gente se arrumando, exausta, num mesmo quarto.

Finalmente, tiramos os sapatos e colocamos as pantufas, nos jogando em nossas camas imediatamente. É... digo nossas camas, mas, na verdade, Joo Ree resolveu se jogar em minha cama.

– Joo Ree, sai daqui. Eu tô cansada... Quero dormir em paz hoje.

– Em paz... – Ela bufou, mas mesmo assim se levantou e foi até sua cama. – Quem sempre acaba jogada no chão sou eu, mesmo.

Ri baixinho e me virei, adormecendo instantaneamente.

***

A manhã seguinte começou normal, embora estivéssemos imensamente cansadas, doloridas e lentas. Fomos ao refeitório, como faríamos em qualquer outro dia. Para efeitos gerais, nada havia mudado. Mas...

– Parabéns, meninas! – Algum garoto nos chamava ao longe.

Demorei um pouco para me tocar quem era, mas Sooyun imediatamente entrou em seu modo de ataque. Seungcheol chegou rapidamente perto de nós e eu e as meninas – Sooyun sendo a exceção – nos curvamos respeitosamente.

– Parabéns, sério. O debut de vocês foi incrível! – Ele nos congratulou mais uma vez.

Sorrimos, mas logo nossa líder se estressou.

– É lógico que foi incrível. Foi o nosso debut.

Sooyun melhorara ao longo do tempo, mas cada vez que o líder do SEVENTEEN chegava perto de nós, ela se transformava naquela pessoa rude e grossa novamente. Poxa, eu realmente queria entender o que acontecia com ela.

Joo Ree puxou-a calmamente pelo pulso, guiando-a para o refeitório. Realmente, ele estava sendo gentil, ela não precisava tê-lo atacado daquela maneira. Sempre que estive presente, ele nunca havia feito algo que a prejudicasse.

Curvei ligeiramente a cabeça e murmurei um rápido pedido de desculpas, enquanto Mi Cha sorria, agradecendo ao elogio por nós.

– O debut de vocês também foi incrível, nem vem. – Sim, eu tinha plena consciência de que o debut deles havia acontecido há um tempo, mas não custava nada devolver o elogio.

– Realmente, a Pledis se empenha nesse tipo de coisa.

No meio de nossa conversa, Hyojin unnie chegou perto de nós.

– Meninas, já tomaram café?

Respondemos que não, em uníssono, ela nos disse que tínhamos somente quinze minutos.

– Mas acabamos de acordar! – Nossa maknae resmungou.

Hyojin nos olhou severamente.

– Se vocês achavam que agora teriam tempo de descansar, estão mais enganadas do que nunca.

 


Notas Finais


Nos desculpem se o capítulo não foi tão interessante quanto os outros, porque foi focado no debut –mas, finalmente, né?
Infelizmente ele não passou de 5000 palavras, que é nossa meta pessoal, mas foi o que deu.
Quem pegou a referência, em um dos muitos pensamentos da Sae Jin sobre o debut - durante a apresentação?
Bolinho pra quem pegar.
Enfim, é isso.
Até a próxima~


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