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História Perigo : amor eminente - O primeiro suspeito


Escrita por: Mickey-bla

Notas do Autor


A primeira capa que eu faço ♡in love♡

Capítulo 4 - O primeiro suspeito


Fanfic / Fanfiction Perigo : amor eminente - O primeiro suspeito

“ Eu estou aqui, não está me vendo? Posso sentir seu doce cheiro, daquele maldito shampoo de rosas cítricas, ver os farelos do café da manhã ainda sujos envolta de seus lábios, mesmo assim você não me vê”

 

O maldito caso do laço vermelho, ainda estou sem nada sobre o criminoso, tentei verificar as câmeras, envolta do percurso do lugar onde a vítima brigou com o namorado, até o ponto de ônibus, contudo as filmagens de 23:00 horas até 04:00 foram deletadas sem que ninguém soubesse.

No início cheguei a pensar que fosse um crime passional, impossível, o namorado podia estar brigado com ela, mas é um garoto de quinze anos que não levava a menina a sério, era mais fácil ela querer matar ele. Depois pensei se não fosse um cara que a queria e levou um fora daí resolveu se vingar, contudo, não é isso, foi algo premeditado e por isso temos várias armas do crime, foi alguém que a conhecia, ou, a observava a algum tempo.

 

- Bom dia - Soo diz ao adentrar o escritório e eu não sei se o respondo ou se fico o encarando

 

- O que aconteceu? - Pergunto já esperando o pior, ele não costumava dar bom dia desse jeito, deve estar se sentindo mal com algo, ou algum crime foi resolvido e eu não estou sabendo

 

- Nada de mais, apenas estou com os dias contados de uma criminosa - Que merda ele está falando? Não seria da…

 

- Laura Sumiko, já ouviu falar? - Ele pergunta em meio a risos, o que está havendo com esse cara? Pelo menos não é a Aelin, seria um problema ajudar aquela garota agora

 

- Nunca, mas que nome é esse? me lembra uma modelo japonesa, não é ela que você está prendendo, certo? - Brinco com a situação que agora já era mais tranquila

 

- Não e você pelo visto não estudou nada sobre deveres de uma agente, continua tão mal educada quanto antes, brincar com os casos não é algo legal - E já estamos de volta com o Park Soo e suas malditas regras e deveres de um agente 

 

Me viro para o meu computador, o ignorando antes de aquilo virar um sermão longo e chato, por quê alguém leria algo sobre regras e deveres de um agente criminal? Não é como se isso existisse e mesmo assim não se aprende isso em livros e sim na prática... prática... para você aprender algo se precisa de prática 

 

- É isso, Park Soo, seu puto do caralho - Sou ignorada assim como o esperado, esse idiota odeia palavrões e eu sempre me esqueço dessa merda

 

Prática, era isso que eu não conseguia enxergar no meu caso, revendo tudo, agora eu posso saber o que não vi antes.

Primeiro o suspeito avistou a vítima em algum lugar, viu algo nela que o chamou a atenção, a investigou, para ver as pessoas próximas a si e os lugares que a mesma frequentava, quando teve a oportunidade a sequestrou e levou para um provável covil, a matou primeiro para que ela não se mexesse ou gritasse, não queria a maltratar, queria aprender técnicas de tortura, pegar prática para não errar com outras vítimas.

Estamos lidando com um serial killer em potencial e provavelmente teremos outra vítima, não, com certeza teremos outra vítima e eu não posso fazer nada, tem uma pessoa lá fora que vai morrer e eu não estou fazendo nada, não estou chegando a lugar a nenhum mesmo concluindo tudo

 

- Kim Meiko, Park Soo, outro assassinato ocorreu a poucos quilômetros daqui, dessa vez, quero os dois no caso - O comandante diz ao sair de sua sala e se redirecionar a nós

 

- Sim senhor - Park Soo afirma sem nem pestanejar, esse cara deveria aprender seus limites, já está com dois casos e pegar mais um, só iria atrapalhar em seus outros casos

 

- Não senhor, Park tem mais dois casos, creio que esse só iria atrapalhar seu andamento, estou apenas com um caso e gostaria de pegar esse - Digo firme em minhas palavras, precisava estar confiante ou iria perder os dois casos por falta de respeito ao comandante

 

- Não resolveu nem o primeiro caso de assassinato sozinha, e espera resolver o segundo? - Seu tom era rude e estava claro sua raiva contra mim, por não ter resolvido o primeiro caso

 

- Sim senhor - Afirmo sem mais nada a dizer pois nem adiantaria, seriam apenas desculpas, prefiro ser direta

 

- O caso é seu, tem uma semana para conseguir algo, se não avançar com isso, está fora - Antes de qualquer resposta minha a porta é fechada, me encaminho para a saída após pegar a localização do crime

 

Meu trabalho não era fácil e ouvir que sou ruim me deixava com mais raiva ainda, odeio isso é sempre escuto essa merda, não por eu não fazer meu trabalho direito, mas por ser mulher, a maioria dos caras tinham parceiros, o meu era para ser o Park Soo, porém, contudo, todavia, entretanto, quando resolvemos nosso primeiro caso juntos, ele ficou com toda a glória, apenas por ser homem e eu fiquei como a pessoa que estava “montando em cima” e isso foi um saco.

Hoje trabalho sozinha e até gosto, consigo pensar melhor e chegar a conclusões mais rápidas, quando necessário combate armado eu tenho uma equipe da polícia que vai comigo, o que não acontece muito por eu ser boa no que faço.

 

- Agente Kim, poderia me acompanhar? - Um dos peritos locais me chama para ver o corpo assim que adentro a área da faixa amarela, um senhor já de idade 

 

- Sim - O acompanho até a vítima e me surpreendo não só com o estado do corpo como o que havia em suas costas

 

- Achamos algo, que talvez, pode ser considerado uma marca do autor do crime, ainda não estou certo mas é bem provável que esteja ligado ao caso do laço vermelho - O senhor de cabelos grisalhos diz ao meu lado

 

- Sim, por favor, quero que levem o corpo para que eu possa examinar melhor e tirem fotos de toda a área ao redor, tenho que ir a um lugar -  Digo como minhas últimas ordens e me retiro do local indo direto para o carro

 

Observo todo o lugar e o poste mais próximo, dirijo para a central em busca das filmagens daquelas ruas. Dessa vez não posso perder tempo, ou novamente ele apagará às filmagens e novamente não terei nada em minhas mãos.

Ao chegar na central peço às filmagens da noite anterior das câmeras dos postes das ruas que haviam próximos ao local do crime, espero até que o rapaz volte com alguns CD’s em mãos e me entregar os mesmos.

Enquanto outros assistem séries e filmes ou estudam, aqui estou eu, assistindo aquelas malditas ruas, cada carro que passa eu anoto as placas, para que depois investigue cada uma delas, qualquer um poderia ser o assassino.

Já se passaram horas desde que comecei a ver e ainda não cheguei a metade, isso porque estava vendo de todas as ruas que eram próximas do lugar onde foi achado o corpo, ainda haviam muitas para ver e placas para anotar, minha noite será longa.

 

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- Meiko? Kim? Kim Meiko? Você ainda está viva ou se deixou levar por filmes de terror ontem a noite como sempre faz? - Era Park dizendo ao meu lado, esse cara não tem coisa melhor para fazer não?

 

- Filmes, não me fale em filmes, eu tive que assistir todas as ruas próximas aquele maldito lugar - Não conseguia nem raciocinar direito após não dormir um minuto sequer noite passada e estar até agora sobrevivendo de café e… mais café

 

- Chegou a identidade da vítima para você e também a análise do corpo - Ele coloca os papéis sobre minha mesa e sai em seguida me deixando a sós com minhas loucuras e meus cafés

 

- Vamos ver, nome, Jung Ha-neul, idade, 8 anos, causa da morte, hemorragia causada pelos ferimentos na cabeça e ao longo do tronco - Ler isso era como realmente ver um filme de terror, por quê dessa vez ele não a matou antes de torturar? 

 

Vejo fotos do corpo, esse cara, ele a deixou que sofresse, a deixou que gritasse até suas cordas vocais ficarem danificadas.

Primeiro a fez desmaiar com uma pancada na cabeça, ao contrário da primeira vítima que tinha sido surpreendida com uma droga para cair no sono. 

Após ter a garota sem consciência ele a amarrou em uma mesa, provavelmente de metal pelas marcas de debate em seu corpo, a esperou acordar e então abusou da mesma, o que causou todas as lesões em suas partes íntimas, após isso começou com cortes aleatórios pelo corpo da vítima, queria ver a garota sofrer? Esse é o motivo dos cortes? Não, ele apenas a deixou morrer enquanto sangrava, mas não ficou para assistir, o primeiro corpo diz muito sobre o assassino, mais sobre sua personalidade, não tinha maltratado tanto quanto o primeiro, talvez por compaixão.

Um homem cauteloso, com uma raiva e um rancor escondido atrás de sua gentileza, está abusando das vítimas provavelmente por ter problemas sexuais com as mulheres, ou não ter seu amor correspondido, as mata por se arrepender depois? Ou por se arrepender antes mas ainda sim não conseguir se controlar? 

 

- Por quê garotas tão novas? São crianças, esse cara, eu irei fazer com que sofra na prisão o que essas garotas sofreram nas suas mãos - Sussurro ainda reparando cada machucado da menina nas fotos

 

Observo ambas as vítimas, tentando achar algo em comum, algo que pudesse entregar em como ele escolhe suas vítimas, em vão, as idades são diferentes, os lugares onde foram pegas são afastados, não havia nem possibilidade de se conhecerem, entretanto ao repensar nas falas das mães das vítimas eu consigo ver algo em comum

 

“ Ela não ia bem na escola mas ainda sim estava tentando tirar notas boas, seu sonho era poder entrar para uma boa universidade” relatório da mãe da primeira vítima, uma garota de treze anos, o qual o namorado de quinze, afirmou que a menina tinha problemas com a família

 

“ Uma menina gentil, que apesar de não ser muito boa na escola, era esforçada e não havia motivos para alguém querer fazer isso com ela” relatório da mãe da segunda vítima, o qual a menina era adotada, pelo que os professores dizem ela havia acabado de descobrir e não estava se sentindo muito bem na escola

 

Garotas que não são boas na escola, tem problemas familiares e não chamam tanta atenção

 

- Park, estou saindo, preciso ir à alguns lugares, diga ao chefe que em uma semana ele terá o assassino - Digo confiante enquanto vestia meu casaco e saia do lugar

 

- É o que esperamos para que você não seja transferida e não me peça mais isso, não sou secretário aqui - Ouço sua voz quando já saia do escritório

 

Se as vítimas são escolhidas com base em suas notas e em suas relações familiares, que lugar melhor para investigar do que nas escolas mais próximas às áreas dos crimes? Professores são os maiores suspeitos, e provavelmente irei precisar de um mandado para o que vou fazer, contudo, não seria uma agente das melhores se não tivesse lábia.

 

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- Boa tarde senhorita… - A mulher de cabelos curtos faz menção para que eu me apresentasse

 

- Kim Meiko, sou agente especial - Estendo minha mão para comprimentar a mesma e sou bem recebida, mesmo percebendo sua preocupação com minha presença

 

- Ah sim e como posso ajudar, agente Kim? Creio eu que nossa escola não tenha cometido nenhum crime, nossos alunos são muito bem recebidos a onde vão, nossa imagem, eu diria que chega a ser perfeita, comparada a outras escolas de Seul - O que toda diretora fala na hora de ser interrogada, mas não quero causar problemas e irei apenas concordar

 

- Não estou aqui para culpar e prender alguém senhora, peço desculpas se dei tal impressão errada a meu respeito - Sorrio minimamente enquanto descruzo as pernas para poder me levantar da poltrona em sua sala

 

- Podemos dar uma volta na escola enquanto conversamos, se quiser, é claro, talvez tenha vindo apenas olhar para matricular algum parente, verá que é um bom lugar para crianças - A mesma se levanta logo depois de mim com um sorriso agora gentil no rosto

 

- Não será preciso, acho que entendeu errado o motivo de eu estar aqui, devido a alguns acontecimentos próximos a essa área eu vou querer as fichas dos alunos e dos professores, de todos na verdade, incluindo até mesmo as dos empregados daqui - Meu tom era de ordem e minha voz firme, não poderia ficar perdendo tempo

 

- Claro, contudo preciso de um mandando comprovando que sua ordem seja permitida - Por quê as pessoas hoje em dia acham que sabe algo sobre lei somente por verem séries?

 

- Tudo bem, posso voltar daqui dois dias com um mandado e uma equipe de policiais para levar até mesmo os computadores, claro que isso iria gerar uma grande manchete e uma imagem ruim para a escola, creio eu que não se importe - Aí está a tal lábia que citei mais cedo, se era certo ou não usar isso a meu favor, bem, para pegar um criminoso eu não me importo de cometer um ou dois erros assim

 

- Espera, nós podemos lhe enviar tudo por e-mail e resolvermos isso de forma civilizada, tenho certeza que não encontrará nenhum criminoso aqui - Sua credibilidade aos seus contratantes e aos seus alunos era incrível, espero que esteja certa

 

Saio de sua sala após entregar meu cartão, com o endereço de e-mail, e telefone caso ocorra algum engano, agora só faltava mais algumas escolas elementares para pegar todas as fichas pessoais dos alunos e dos contratantes, investigar cada um não será nada fácil, talvez pedir ajuda só de vez em quando não seria tão ruim assim

 

- Aí - Murmuro ao sentir uma pancada em meu baixo ventre quando passava pelo corredor e ao olhar para baixo percebo um ser baixo e incompleto

 

- Desculpa tia, não vi você - O que esse projeto de humano está dizendo? Não me viu? 

 

- Eu sou o dobro do seu tamanho, pirralho, como pôde “não me ver”, sabe com quem está conversando agora? - Digo me abaixando para ficar a sua altura, não é que eu não goste de crianças, apenas prefiro elas longe de mim

 

- Ele não sabe, mas eu julgo que estou falando com uma irresponsável, que fica bêbada e dorme na casa de estranhos, além de agora eu saber que tem como hobby incomodar crianças - O que é isso? A revolução dos baixinhos? O maldição dos menores? A revolta dos sem idade? Ou seria, sem tamanho? Não importa 

 

- Kim Meiko, agente… - Ao me virar para ver a face do outro moleque, hoje com certeza não é meu dia de sorte, melhor eu arranjar um jeito de sair daqui o quanto antes

 

- Muito prazer Kim Meiko, sou Jung Hoseok, professor e cuido de coitados de ruas nas horas vagas - O mesmo estende as mãos e eu me recuso a apertar aquele comprimento ridículo, ele havia me chamado de "coitado de rua"? 

 

- Como professor deveria cuidar melhor de seus alunos, afinal na minha época ainda era proibido correr nos corredores, e alunos que desobedeciam às regras eram severamente castigados - Olho para o pequeno menino, que agora se encolhia atrás do mais velho a minha frente

 

- É só uma criança, ele já pediu desculpas e tenho certeza que não foi por querer, não deveria querer comparar uma época de cem anos atrás com os tempos agora, bem, estou ocupado ensinando os meus alunos a como ter educação, se me dá licença - O moreno se vira para sair andando de mãos dadas ao pequeno anão atrás de si - Mas se quiser assistir a aula e aprender junto a eles, será bem vinda - Suspiro antes de começar a rir do comentário daquele rapaz

 

- Tenho um trabalho de verdade a fazer, não posso ficar aqui brincando de ter responsabilidade, se me dá licença - Me retiro do local e entro em meu carro a passos largos e pesados, espero não bater o carro em alguém, vulgo professor mal educado e agora meu primeiro suspeito

 

- Jung Hoseok, será o primeiro a quem terei prazer de investiga como o principal suspeito - Digo enquanto ligava o carro e saia daquele ambiente nostálgico e horrível de infância 


Deixando claro que eu até gosto de crianças, mas entendam, eu gosto de crianças e não de pequenos seres demoníacos intitulados, pirralhos.


Notas Finais


Gente, queria esclarecer alguns fatos sobre a fanfic, não gosto de escrever fic's que vão rápido de mais e no final as coisas ficam meio que forçadas, sou de escrever tudo aos poucos e explicar cada fato que seja importante, gosto de escrever relações, que tenham um desenvolver e não algo como "te vi hoje e já te amo amanhã", as coisas não são assim e espero ter a compreensão de vocês, obrigada ^^

Obs : Sim, o Hope irá aparecer mais agora, na verdade ele irá aparecer constantemente afinal a fanfic é sobre ele, só queria explicar um pouco mais sobre os personagens nesses primeiros capítulos.

Obs 2 : Essa fanfic não passará de 20 capítulos.


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