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História Permanent Vacation - On Purpose


Escrita por: ilysmtae

Notas do Autor


On Purpose - Sabrina Carpenter

Capítulo 22 - On Purpose


Fanfic / Fanfiction Permanent Vacation - On Purpose

Sydney, Austrália. Fevereiro de 2017.

E todos esses dias eu nunca pensei

Que eu precisaria tanto de alguém

Quem sabia?


MARGOT

Minha cabeça girava, as náuseas ficando mais fortes. À cada discussão de Luke e Scott, minha cabeça parecia que ia explodir.

— Qual é Hemmings, a gente quase nunca discute. — Scott continuava tomando despreocupadamente sua bebida.

Eu não estava conseguindo ver quase nada. Luke continuava segurando meu braço com força, se ele não estivesse fazendo isso eu já teria caído no chão.

— Tem razão, Scott. Só que eu vou deixar uma coisa clara, sabe, como os amigos que somos. — consegui perceber a ironia na voz do Luke. — Fique longe da Margot.

Scott pareceu achar graça.

— Ok, campeão. Se você quer ela pra você, sem problemas. Sem estresse. — ele levantou da cadeira e eu recuei pra trás devagar. Luke continuou me segurando. — Agora, se me dão licença, tenho uma festa pra aproveitar. Foi um prazer te conhecer... Margot.

Só consegui ver sua silhueta alta se distanciando, depois disso tudo ficou escuro.



Minha cabeça parecia que ia explodir à qualquer momento. Meu corpo parecia ser feito de chumbo. Tentei abrir os olhos mas tudo que consegui foi sentir mais dor de cabeça e náuseas.

Eu podia ouvir uma música tocando baixo, não conseguia distinguir mas eu já tinha ouvido em algum lugar. Consegui abrir os olhos lentamente, tentando ignorar a dor de cabeça que me fazia ter vontade de gritar. 

A primeira coisa que percebi foi que eu estou em um carro. A segunda, era que Luke estava dirigindo ao meu lado.

Ele me olhou com um semblante preocupado, estacionando o carro de frente do que eu poderia imaginar ser a casa dele. Eu ainda estava bêbada, disso eu sabia, pois eu estava assimilando e processando as coisas mais lentamente. E estava irritada e enérgica.

— Onde estamos... Hemmings? — eu disse com o tom de voz embargada.

— Na minha casa, você precisa de um bom banho gelado. — ele tirou os cintos, abrindo a porta do carro.

Segundos depois Luke já estava abrindo a porta do lado que eu estava.

— Vem. — ele tirou meus cintos, mas eu não queria sair do lugar.

— Nããão, está muito cedo pra dormir. — fiz um beicinho. Luke suspirou tentando me tirar do carro à força.

— Margot, são duas da manhã.

Puxei Luke pela camiseta preta. O loiro quase desequilibrou, mas se segurou no meu banco.

— Margot, o que você--

— Shhhh! — coloquei o indicador nos seus lábios. — Minha cabeça dói.

Luke parecia estar se controlando pra não olhar pros meus peitos.

— Por isso a senhorita tem que tomar um banho gelado. E tomar um Tylenol.

— Não, Hemmings, não. — puxei mais o loiro pra perto. Ele estava quase caindo por cima de mim. — Fica aqui comigo.

Ele fechou os olhos, respirando fundo. Eu não sabia porque eu estava dizendo aquelas coisas mas eu queria ele aqui comigo, eu estava cansada de brigar, só queria beijá-lo mesmo que amanhã a gente volte à discutir.

— Margot... — a voz dele estava rouca, produzindo arrepios por todo meu corpo. — São duas da manhã.

— Puta que pariu Hemmings, eu sei, mas eu quero você! — aumentei a voz, ficando irritada de verdade.

O loiro me encarou por alguns segundos com uma intensidade desconcertante. Seus olhos azuis pareceram queimar de desejo. À luz da lua, Luke parecia um anjo caído. Ele não pensou muito e tomou meus lábios em um beijo intenso, ficando por cima de mim com os braços apoiados no banco.

Minhas mãos foram parar mas suas madeixas loiras, puxando ele pra mais perto. Eu não conseguia assimilar muita coisa, eu me sentia como se estivesse sobre efeito de drogas. Tonta, excitada, agitada, irritada. Parecia que o tempo passava em câmera lenta, eu me sentia como as letras da música Drunk do Zayn.

Luke espalhou beijos e chupões por meu pescoço, ombros, qualquer lugar que não estivesse coberto de roupas. À cada toque, à cada beijo meu corpo parecia arder de desejo.

— Puta que pariu, Margot. — ele sussurrou no meu ouvido, mordendo de leve o lóbulo da minha orelha. — Você tira meu autocontrole.

Encaixei minhas pernas ao redor da cintura dele, conseguindo ficar por cima. Ele me encarou surpreso, as chamas de desejo pareciam dançar nos seus olhos. Estávamos se pegando às duas da manhã no carro dele, com as portas abertas. Éramos insanos.

— Eu posso tirar outras coisas, se você quiser. — sussurrei perto dos seus lábios, rebolando devagar em cima dele.

Luke deu um tapa na minha bunda. Mordi o lábio, fechando os olhos.

— Deixa que eu faço isso.

Mas antes que ele tirasse minha roupa, o segurança da portaria apareceu na porta de entrada nos procurando.

— Ah, mas que merda! — saí de cima do Luke, cambaleando pra fora do carro.

Luke veio atrás de mim parecendo irritado também. O segurança viu a gente e acenou pra dentro. Luke indicou com a sobrancelha na direção da garagem, indicando que ele iria estacionar o carro dele hoje.

Um letreiro em néon em um carro estacionado em frente à uma mansão chamou minha atenção. Forcei meus olhos tentando ler o que estava escrito.


"A garotinha fugiu, o lobo mal a pegou. Não olhe para trás agora, o caçador ainda não chegou."


Senti meu corpo congelar no lugar e tive a teimosia de olhar pra trás. Uma sombra passou atrás dos arbustos e eu segurei a mão do Luke.

— O que foi? — ele franziu a testa, preocupado. — Você está branca como papel.

— Nada, vamos entrar.

Eu devia estar imaginando coisas por conta da bebida. Luke sabia que eu estava escondendo algo mas não me obrigou à dizer. Obriguei meus pés a se mover e entrei dentro da mansão com Luke.



Minha aula de fotografia tinha acabado mais cedo e eu estava grata por isso. Acordei em uma ressaca do caralho hoje, eu só queria minha cama agora mesmo. Sophie, Beatrice, Gabbe e os garotos estavam em uma energia impressionante. Enquanto eu estava com a cabeça deitada em cima da mesa quase dormindo.

— Eu estou amando cursar moda, sério. — Sophie dizia orgulhosa, toda feliz com seu curso dos sonhos.

— Digo o mesmo. — Gabbe.

— E eu tô amando cursar videogames, melhor coisa. — ouvi Beatrice dizer, provavelmente comendo sanduíche.

Os garotos estranhamente ficaram quietos, não mencionando o que eles estavam cursando. A curiosidade me fez levantar a cabeça com tudo. Erro meu, porque eu vi tudo girar e alguns pontinhos coloridos e cores ao redor como uma pessoa que tem sinestesia.

— Vocês estão cursando o quê? — me referi aos garotos.

Eles se entreolharam tensos, decidindo se seria melhor contar ou não. O que seria tão grave que eles não poderiam contar o que estavam cursando?

— Eletrônicos! — Calum e Ashton disseram juntos.

— Administração! — Luke e Michael disseram ao mesmo tempo.

Sophie, Beatrice e Gabbe trocaram olhares comigo e eu sabia que eles também estavam desconfiados.

— Desembuchem logo. — disse Beatrice.

— Me obrigue, sapata. — Luke cruzou os braços, comendo uma batata-frita.

A loira fuzilou ele com o olhar. Aposto que Beatrice era filha de Ares.

— Quer ter um soco no seu rosto, Hemmings?

Luke apenas jogou as mãos pra trás como se estivesse se rendendo.

— Só estou dizendo.

— Qual é, falem logo o que estão cursando. — revirei os olhos.

Os garotos iam dizer alguma coisa mas Luke os interrompeu.

— Não interessa, é segredo.

— Ui. — Sophie arqueou as sobrancelhas.

Isso só aumentou mais ainda a minha curiosidade.

— Eu vou descobrir mesmo. — joguei meus cabelos pro lado.

Beatrice riu fazendo graça.

— Ora, ora, temos um xeroque homes aqui.

Todos riram, até o Luke. Ainda assim os garotos pareciam desconfortáveis. Eu iria descobrir o que eles estavam cursando, e seria hoje.



— Você fica na porta, Sophie. — sussurrei pra baixinha, abrindo a porta da sala do diretor com um grampo de cabelo.

— Ai, Margot, você não poderia simplesmente esperar os garotos contarem?

— Não, porque isso vai demorar séculos. — entrei dentro da sala com cuidado.

— Ok, então qualquer coisa grita. — Sophie cruzou os braços, parecendo assustada com tantas estátuas gregas e romanas no corredor.

— Te digo o mesmo. — fechei a porta.

Procurei o interruptor da luz e o encontrei. Acendi as luzes me certificando de que não tinha mais ninguém aqui na sala. Meus olhos passaram por toda a sala analisando cada detalhe à la Annabeth Chase, não encontrando nada suspeito.

Procurei na mesa do diretor os papéis dos alunos que fizeram os testes na minha mesma sala e que tinham passado nos cursos. Não encontrei nada, então os papéis só poderiam estar nas gavetas. Tentei abrir uma, duas, quatro, mas estavam todas trancadas.

— Droga. — bufei, irritada.

Olhei ao redor, percebendo uma chave dourada escondida entre os livros da prateleira. Corri até lá, pegando a chave, que serviu na quarta gaveta.

— Agora eu descubro o que eles estão escondendo. — tirei alguns papéis em uma pasta, tomando cuidado pra eles não saírem da ordem ou cair.

Coloquei a pasta na mesa e a abri. Ali estavam todos os nomes dos alunos de A à Z. O nome de Ashton era o segundo da lista, então procurei o que ele tinha escolhido cursar. Me surpreendi com o nome "Música/Canto/Instrumentos". Isso não era tão grave pra ficar escondendo dos amigos.

Achei o de Calum, que surpreendentemente também tinha escolhido a mesma coisa que Ashton. Tentei me concentrar em achar a ficha do Luke e não em pensar que os garotos talvez estivessem planejando montar uma banda.

Luke e Michael também tinham escolhido a mesma coisa que Ashton e Calum, então as minhas suspeitas estavam certas. Me lembrei no dia do passeio por Sydney, que Luke disse que cantava e gostava de compor músicas, mas que apenas os garotos sabiam.

Decidi então, deixar esse segredo apenas pra mim. Não que eu não confiasse na Sophie, mas ela poderia sem querer contar pra Beatrice alguma hora, e aí iria foder tudo. Guardei a pasta na gaveta e deixei a chave no mesmo lugar de antes. Não me preocupei com as câmeras, afinal, essa era a hora do almoço então eles desligavam por uma hora.

Quando eu ía sair da sala, um bilhete em cima da mesa do diretor chamou minha atenção. Minhas mãos estavam tremendo levemente, eu já estava adivinhando o que seria porque esse bilhete não estava aí antes.


"A garotinha indefesa tem muito interesse em ajudar o lobo mau. Ou seria "os" lobos maus?"


Larguei o bilhete com as mãos trêmulas. Mas quem era o filho de uma égua que estaria fazendo essas brincadeiras comigo? Sério, isso aqui não é PLL! Odeio pessoas que não conseguem dizer as coisas pessoalmente, preferindo mandar bilhetes.

Eu preciso contar pra Sophie, pra alguém. Ou eu vou explodir.

Caminhei até à porta, porém de repente as luzes apagaram. Arregalei os olhos e tentei não gritar, eu não fazia o tipo medrosa. No entanto, o que eu vi nesse momento me fez se arrepender de ter entrado aqui.


"Cala a boca ou eu vou calar pra você"


O recado estava escrito em vermelho néon na lousa. Embaixo estava uma assinatura "- unknown", que significa "desconhecido". As luzes acenderam e eu corri pra porta, não me importando se estava agindo como uma garota medrosa. Abri a porta tentando controlar minha respiração.

— Margot? O que aconteceu? — Sophie perguntou, alarmada.

— Vamos embora daqui. Agora.


Notas Finais


As coisas ficaram meio tensas. Só oq posso dizer é que esse mistério vai se resolver logo, pq eu não quero que a fic fique em estilo PLL. Enfim, comentem oq acharam e até o próximo capítulo!


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