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História Permanent Vacation - Hey Angel


Escrita por: ilysmtae

Notas do Autor


Hey Angel - One Direction

O ponto de vista da Sophie acontece no mesmo dia que a Margot esperou o Luke no capítulo anterior, e o mesmo não veio.

Capítulo 29 - Hey Angel


Fanfic / Fanfiction Permanent Vacation - Hey Angel

Sydney, Austrália. Fevereiro de 2017.

Ei, anjo

Você sabe as razões pelas quais

Nós olhamos para o céu?

Ei, anjo

Você olha para nós e ri

De quando nos apegamos ao passado?

Ei, anjo


SOPHIE

Eu finalmente terminei de assistir Gossip Girl. Hoje preciso mesmo fazer uma maratona de todos os animes que eu gosto, e... Ah! De filmes da Disney também. Porque pra mim, não tem idade pra ver desenhos.

Só que, como eu já esperava, meu celular toca bem na hora que eu iria ver meus animes. Pego o meu iPhone com a capinha roxa em formato de Cupcake que eu tanto gosto, e desbloqueio a tela.

É o Michael. Michael! O Mike está ligando pra mim!

— Calma, Sophie. Respire. — falo comigo mesma tentando me acalmar. Os costumeiros frios na barriga e os arco-irís em minha barriga começaram.

O nome do Mike continua na tela do meu celular. E eu continuo sem atender. Respire, Sophie.

— Eu atendo ou não atendo? — murmurei, dando pequenos pulinhos nervosos.

Atende, animal! O Mike vai desligar!

Decido atender, mas, como a trouxa que eu sou, Mike encerrou a ligação bem na hora.

— Ótimo! Pelo menos não vou falar com ele e passar vergonha. — ajeitei meu vestido laranja com listras brancas, numa tentativa falha de me acalmar. — Mas... Merda, eu quero falar com ele! E se for urgente? Eu sou tão idiota, sério.

Uma das piores coisas de ser do signo de Peixes com ascendente em Câncer e lua em Escorpião, — falei como a Margot agora — era que muitas vezes eu não sei o que fazer na hora de alguma coisa e fico pensando demais no que fazer, que quando percebo, a coisa que eu estava pensando nem está mais lá.

Graças à minha lua em Escorpião pra me dar uma "segurada" de vez em quando. Eu e Margot somos mesmo umas loucas do signo. Claro que ela manja muito mais disso, mas eu sempre digo à ela que se nada der certo na nossa vida, vamos criar um canal de astrologia no YouTube e ganhar dinheiro com isso.

Como se fosse fácil. Piscianas... Sempre sonhando alto demais.

— Merda, já se passaram 2 minutos que eu tô aqui feito idiota olhando pra tela do celular.

Eu tinha duas opções: Ligar pro Mike de volta e saber o que ele quer. Ou fingir que não vi a ligação e não ligar de volta.

— Eu realmente não sou boa com opções. — sentei na minha cama, encarando uma planta perto da janela.

E mais uma vez fiquei "brisando" enquanto olhava pra tal planta perto da janela do meu quarto. Eu realmente gosto de morar aqui com a família Rocha. Eles são brasileiros, mas moram aqui na Austrália por 4 anos, pelo simples fato de terem uma enorme família australiana por aqui.

Apenas o pequeno Ítalo, filho deles de 4 anos, que é uma peste. Mas ainda assim é fofo.

— Oh merda, Sophie. Pare de pensar tanto e comece a agir! — bati a mão na minha testa, pegando meu celular, tentando ser decisiva. — É nessas horas que eu gostaria de ser Geminiana com ascendente em Áries, assim como a Margot. Porque tanta falta de atitude da minha parte já está me irritando.

Desbloqueio a tela do celular e, tentando não pensar muito, ligo pro Mike. Um frio na barriga misturado com meu coração quase sair pra fora começa de novo, me fazendo quase desistir de ligar pra ele. Eu odeio a forma como esse garoto me faz sentir, sabe, sempre com esses frios na barriga e o coração acelerar quando o vejo.

Pô, não e legal não.

Tuuuu.

O celular chama uma vez. Acho que o Mike nem vai atender.

Tuuuu.

Ele deve estar bem puto e decidiu pintar o cabelo de novo e largou o celular em qualquer canto.

Tuuuu.

Ou o celular dele caiu na privada, por isso ele ainda não atendeu.

Tuuuu.

Ou será que ele caiu na privada?

— Sophie? — a voz melodiosa e alta dele soou.

Tomei um susto tão grande, que o celular escorregou da minha mão e caiu com tudo quase fora da cama.

— Merda. — sussurrei, me jogando na cama pra pegar o celular.

— Sophie? Você tá aí?

Como eu gosto tanto dessa voz.

— Oi, Mike! Digo, oi. Tô sim, foi mal a demora. — eu disse toda atrapalhada.

Escutei a risada baixa dele. Apenas isso foi capaz de me deixar arrepiada.

— Você continua a mesma. Porquê não atendeu quando liguei?

Mike parecia tão maduro falando comigo, sem muitas gracinhas. Isso, de alguma forma me fazia pensar besteiras que eu não queria pensar.

— An... Eu estava ocupada tomando chá. — respondi a primeira coisa que me veio na cabeça.

Tomando chá, Sophie? Sério?

— E o teu celular também estava tomando chá, suponho.

Nós rimos, mas se eu não me engano percebi uma pontada de "ciúmes" na voz dele. Já estou imaginando coisas.

— É, ele estava. Diz logo o que você quer, tenho muita coisa pra fazer hoje.

Muita coisa pra fazer hoje = Netflix. Chá de Camomila com Canela, biscoitos de chocolate, brigadeiros, tudo que é doce.

— Ok, Sophie Independente. Eu estava querendo pintar o meu cabelo de colorido de novo.

— Não brinca! — o interrompi, falando mais alto que o normal.

Mike soltou uma risada daquelas idiotas dele, mas que eu gosto mais que pizza.

— Falo sério. Depois de 1 ano eu finalmente quero pintar esse cabelo aqui. E aí, como eu quero que fique algo bem cliffodástico, presumi que a ajuda de alguém mais experiente poderia pintar meu cabelo bem cliffodástico e--

Oh My God! Você está dizendo que quer que eu pinte o teu cabelo?! — sem querer acabei me empolgando demais. Quando o assunto era tinta de cabelos coloridos, eu manjo no assunto.

— É, acho que tô dizendo isso. Claro, se não for um problema pra ti.

Eu estava com um sorriso enorme na cara.

— É claro que não tem problema!

Mike pareceu ficar sem graça, porque a voz dele saiu mais baixa.

— Achei que você ainda estava brava comigo, por a gente ter discutido na universidade.

Revirei os olhos, lembrando de como o Mike foi extremamente irritante hoje. Sempre que eu tentava dizer alguma coisa, ele me interrompia pra contar que faz algo melhor que isso. Eu sabia que era só pra me irritar, e não é legal.

— E ainda estou. — eu disse, com ironia. — Mas, como o assunto se trata de cabelos coloridos, eu tento ignorar que ainda estou com vontade de enfiar tua cabeça na privada.

Mike gargalhou aquela risada infantil e melodiosa. Era como música para os meus ouvidos.

— Ok, vamos esquecer os ataques de raiva. Você quer pintar o meu cabelo na minha casa ou... Na tua?

Seria uma boa ideia pintar teu cabelo na tua casa, porém dado o fato de que vou ficar com vontade de beijar essa boca à todo momento, não é uma boa ideia.

— Na minha casa, claro.

— À que horas, vossa excelência?

Ele riu novamente e eu revirei os olhos. Conviver com a Margot por tantos anos dá nisso.

— Às 14h. Não se atrase ou eu vou cogitar enfiar tua cabeça na privada.

— Certo. Mas... Tem um problema. Eu quero pintar meu cabelo de rosa, só que eu não sei se vai ficar legal de novo!

Deixei escapar um sorriso perante a maneira infantil que o Mike muitas vezes tem. É fofo. Dá vontade de abraçá-lo.

— 14h00, Mike. Não se atrase.

— Isso é tipo, um encontro?

Arregalei os olhos. Eu não via isso como um encontro, quer dizer, eu iria ficar perto do Mike de novo e isso seria ótimo mas... Encontro? Não acho que essa palavra seja apropriada.

— Mike, pintar o cabelo de alguém de rosa é como um encontro pra você? — tentei soar irônica, mas eu não consigo disfarçar as pequenas esperanças dentro de mim.

— Não sei, diga você.

— 14h00, Mike. Tchau.

— Esperaaaaaaaa!

Comecei a rir, tentando criar coragem pra desligar o celular.

— Fala logo, Mike.

— Você está com aquela tua calça jeans azul que vai até os tornozelos?

Franzi a testa, não sabendo onde ele estava querendo chegar.

— Não. Estou com meu vestido laranja de listras brancas.

Mike suspirou.

— Que merda. Achei que você usaria ela.

— Coloquei pra lavar. Mas porquê você queria tanto que eu a usasse? — eu nem sei porque ainda estou nesse assunto idiota.

— Porque ela marca perfeitamente a tua bunda.

Arregalei os olhos outra vez, congelando no lugar. Eu estou com aquela típica cara de "Wtf?".

— Seu pervertido! — aumentei a voz, mesmo morrendo de vergonha.

— Tchauzinho, Sophie! Até às 14h00.

E o descarado desligou o celular. E eu estou olhando pra planta na minha janela de novo, tentando processar o que eu acabei de escutar. Preciso fazer meu chá de Camomila com Canela.

Saí do quarto e desci as escadas. Eu gosto como essa casa tem um ar todo antigo e moderno. A família Rocha, assim como eu, adoram arte e plantas. A casa é cheia de quadros de artistas, plantas, o chão é de madeira daquelas que rangem ao pisar. Eu gosto. É uma mansão, e mansões deveriam ser como a do Luke. Mas essa casa é simples, antiga e moderna ao mesmo tempo.

E é aconchegante. E tem cheiro de café e areia da praia. É ótimo a casa ser perto da praia Manly Beach.

Entrei na cozinha enorme, abrindo os armários e pegando o saquinho de chá. Eu estava sozinha em casa, o pequeno Ítalo estava na escolinha e seus pais trabalhando em uma empresa de móveis planejados. Enquanto eu preparava o chá e ficava imersa em pensamentos, com direito à música Hey Angel do One Direction ao fundo, não conseguia parar de pensar no que aquele idiota do Mike disse.

O Mike vem pintar o cabelo. Eu vou pintar o cabelo dele.

Mike gosta de olhar pra minha bunda.



— Então aqui é o castelo que vive a princesa Sophie! — Mike jogou a mochila dele no sofá, enquanto olhava pra mansão com aquele sorriso adorável e traquina dele.

O fato de estarmos sozinhos me deixava nervosa, mas eu não podia demonstrar isso. Eu só vou pintar o cabelo dele.

— Exatamente, cavalheiro. — entrei na brincadeira, fingindo fazer uma reverência.

Mike direcionou suas íris verdes em mim. Aquilo foi capaz de me fazer congelar no lugar e sentir aquele frio na barriga, os arco-íris colorindo tudo. Isto estava parecendo um daqueles momentos em que você pensa estar flutuando em uma bolha que só existe você e a pessoa, e tudo isso em câmera lenta.

— Você está bonita. — ele abriu um sorriso de canto, sem tirar os olhos dos meus.

Fiquei imediatamente vermelha, meu rosto estava queimando de repente. Eu definitivamente odeio quando isto acontece.

— Você também não está tão mal assim. — eu disse, tentando soar indiferente.

— Isso é um elogio? — ele levantou uma sobrancelha.

Eu não sei como a Margot não fica sem armaduras quando está perto do Luke. O Mike parece quebrar toda a minha autoconfiança, aqueles olhos verdes podem ver mais do que eu quero mostrar.

E isso não é nada bom pra quem esconde sentimentos por tal pessoa.

— Entenda como quiser, Clifford. Agora pega essa tua mochila suja do sofá e vamos logo pintar teu cabelo. — gesticulei pra mochila dele jogada no sofá, e comecei a subir as escadas na direção dos quartos.

— Ei! Minha mochila é super limpa! — ele disse atrás de mim. Inalei o perfume dele discretamente.

— Aham. Vai saber onde você foi com ela. — parei no topo da escada, observando o loiro subir as escadas com os olhos estreitos. Tentei não reparar demais nos músculos que estavam começando a ficar definidos em seus braços.

Mike parou na minha frente, perigosamente próximo demais de mim. Eu podia escutar sua respiração ofegante e seu perfume forte e intenso. Olhei pro cabelo dele mais do que pra ele mesmo, não dava pra encarar por muito tempo seus olhos.

— Está insinuando que eu posso ter ido pra casa de outras garotas com essa mochila? — ele abriu um sorriso malicioso, me fazendo corar de novo.

— N-não. E eu nem sei porque estou falando disso. — revirei os olhos. — Anda, vamos pintar logo teu cabelo que não tenho o dia todo.

Eu não gosto de pensar com quantas garotas o Mike fica saindo. E eu nem devia ter ciúmes. Meu Deus, eu e o Mike nem sabemos o que rola entre a gente!

Meus pensamentos foram interrompidos por as mãos fortes e quentes do Mike estarem na minha cintura. Meu coração começou a bater mais rápido e eu me obriguei a olhar pra ele.

— Está com ciúmes? — ele riu, o rosto próximo demais do meu.

Mais arco-íris e purpurinas pareciam dançar pelo ar quando ele continuou com as mãos na minha cintura. Isso pode soar gay, mas é como eu me sinto perto do Mike.

Abri a boca e fechei, tentando me concentrar e encontrar as palavras certas. Mas eu não sou uma Margot da vida, então o Mike provavelmente vai entender isto como um sim. Merda, Sophie!

— Eu sabia! Você está com ciúmes de mim. — ele sorriu mais ainda, aproximando o rosto dele devagar do meu.

Me afastei de forma brusca, tentando controlar minha respiração.

— Pintar teu cabelo. Agora. Ou eu enfio tua cabeça na privada. — apontei pro meu quarto.

Caminhei até o meu quarto escutando a risada infantil e melodiosa do Mike atrás de mim. Eu sei bem que ele é o mais malicioso dos garotos, e eu já sei que estou ferrada.

— O problema é que eu tenho duas cabeças, então... Acho que vai te dar trabalho! — ele disse alto demais.

Eu entendi o duplo sentido das palavras dele, e isso me fez corar mais ainda. Peguei um travesseiro na minha cama e joguei na cara dele.

— Pelo amor de Deus, cala a boca Clifford! — tentei mostrar que estava irritada, porém eu só queria rir como nunca agora.

Eu não sou santa, então não posso dizer que não gosto dos flertes indiscretos do Mike.

— Ok, vossa excelência. — ele jogou as mãos pra trás como se estivesse se rendendo. — Vamos pintar meu cabelo de rosa Cliffodão!

Era impossível não sorrir com o Mike, sério. Toda minha irritação tinha se dissipado, dando lugar à um sorriso idiota na minha cara.

— Então, mão na massa.

E como de costume, fizemos um high five com as mãos. Claro que o Mike não perdeu tempo de prender minha mão na dele. E eu gosto disso, demais.



— Mike, dá pra ficar quieto? — reclamei enquanto passava o pincel cheio de tinta rosa em uma mecha do cabelo do Mike.

Ele não parou de se mexer um minuto sequer, sempre contando piadinhas idiotas e me irritando.

— Desculpe, é que parece que tem uma energia incontrolável dentro de mim. — ele disse alto demais, como sempre.

— Ou você controla essa "energia", mais conhecida como fogo no rabo, ou eu pinto tua cara de rosa também. — me estico um pouco mais pra frente pra ver se eu não estava esquecendo de pintar alguma parte.

Mike gargalhou, se mexendo na cadeira de novo.

— Aí eu vou virar um Cliffodão cor de rosa.

Revirei os olhos não conseguindo prender o riso.

— Apenas cala a boca e me deixe terminar isso. — continuei passando o pincel em cada mecha do cabelo dele, que já estava ficando grande demais.

Mike finalmente ficou quieto e um silêncio constrangedor pairou entre nós. Eu queria ter algum assunto pra falar, mas parecia idiota tentar falar alguma coisa.

Como sempre, Mike foi o primeiro a tagarelar de novo.

— Você já pintou o cabelo de quantas cores?

— De várias! — me empolguei sem querer. — Já pintei de rosa pink como esse que você quer pintar, já pintei de azul... Menos de laranja.

Mike ficou batendo as mãos na coxa, me fazendo quase pintar a testa dele de rosa pink.

— Poxa, você devia pintar teu cabelo de laranja algum dia! Eu já pintei, fiquei parecendo estar com o cabelo em chamas.

Imaginei o cabelo do Mike pegando fogo, definitivamente não é uma cena legal.

— Vou pensar no teu caso, Clifford. Gosto mais do meu cabelo roxo. — dei de ombros, terminando de passar mais tinta rosa em outra mecha do cabelo dele. — E falando nisso, queria saber qual hidratação que você usou todo esse tempo, porque pra pintar tanto o cabelo igual você e ainda ter esse cabelo macio feito algodão doce não deve ter sido só lavando.

Eu odeio quando eu começo a falar demais quando se trata de cabelos coloridos, hidratação e etc.

— Então você acha meu cabelo macio que nem algodão doce? — Mike me encarou com aquele típico sorriso malicioso, que me fazia querer dar um tapa nele e agarrar ele ao mesmo tempo.

Revirei os olhos, tentando me concentrar no que eu estava fazendo.

— É só a verdade. Nada pessoal.

— Ok, colorida. — ele deu de ombros, ainda com aquele sorriso idiota.

— Ao menos um apelido bom você sabe criar. — guardei o pote de tinta e comecei a massagear o cabelo dele pra espalhar a tinta. Com luvas, claro.

— Eu posso criar outra coisa. E, oh meu Deus faz tanto tempo que não recebo uma massagem no cabelo. — ele fechou os olhos. Já disse que adoro esse jeito adorável e infantil dele?

Sorri, eu gosto de fazer bem à outras pessoas.

— Que coisa você pode criar? — perguntei curiosa, mas tentando soar indiferente.

Mike abriu os olhos de repente, bem na hora em que fiquei de frente pra ele pra pegar a parte da frente da enorme franja dele.

— Posso criar um clima entre a gente. — sua voz foi quase um sussurro, e quando eu digo que Michael Clifford sussurrando com uma voz rouca e baixa é excitante, é porque é verdade.

Fiquei encarando ele sem saber o que fazer, eu não sou boa em agir tão rápido quando alguém tenta me constranger. Mike, no caso, parece sempre estar à procura disso.

— Vai se foder, Clifford. Agora fica quieto por alguns minutos, até a tinta pegar completamente. — tirei as luvas, indo pro banheiro jogá-las no lixo e lavar as mãos.

Saí do quarto, passando por o pequeno corredor e entrei no banheiro enorme. Algumas partes da minha mão estavam meio sujas de tinta rosa, mas eu já estou acostumada. E a tinta até que é linda.

Terminando de lavar as mãos, caminhei até o quarto. Eu espero que o Mike esteja quieto e sentado. Porém, quando entro no quarto vejo ele em pé com as mãos pra trás.

— O que você está aprontando? E o que está fazendo em pé? — perguntei, tentando não ficar brava com ele de novo.

Mike se aproximou lentamente, com um sorrisinho na cara.

— Tenho uma coisa pra te mostrar. — ele disse alegre demais.

Dei um passo pra trás, não querendo pensar que ele estaria pensando em me beijar ou algo assim.

— Nem chega perto de mim! Você vai zoar com a minha cara que eu sei.

— Tem razão. — ele parou na minha frente, fingindo ficar sério. — Eu vou zoar com a tua cara.

E sem que eu pudesse pensar direito, Mike sujou meu rosto de tinta rosa com um pincel de pintura.

— O que você pensa que tá fazendo, caralho?! — me afastei, alarmada.

O que esse garoto tem na cabeça, sério?

— Você acha mesmo que eu vim pra tua casa só pra pintar o cabelo e não se divertir? — ele gargalhou, ainda com o pincel e a tinta rosa na mão. — Entra na zoeira, Sophie.

Olhei pra ele com a mais pura raiva que eu tinha. Agora ele vai ver que não se deve mexer com uma Pisciana com a lua em Escorpião.

— Ok, entrando na zoeira! — peguei o pincel e a tinta das mãos dele, sujando todo o rosto dele de tinta rosa.

— Ei! Isso não valeu! — ele gritou enquanto ria, assim como eu.

— Você disse pra eu entrar na zoeira! — gargalhei, sujando os braços musculosos dele.

Ficamos nos sujando de tinta e rindo como idiotas. Ambos estávamos sujos de tinta rosa dos pés à cabeça. E quem eu disse que eu estava ligando?

— Acabamos a tua tinta toda. — eu disse ofegante, limpando a tinta rosa do meu rosto.

— Foda-se, foi foda pra caralho! — Mike me abraçou de repente, fazendo nossos corpos se grudarem mais ainda de tinta.

Estávamos parecendo dois idiotas pintados de rosa pink. Mike, com seu cabelo todo grudado pra tinta pegar. Tem cena mais idiota que essa? Eu só conseguia me concentrar nos braços fortes dele ao redor da minha cintura, me trazendo pra perto do corpo dele. Eu sempre quis abraçá-lo, porém parece que sempre ficávamos em situações cômicas e estranhas.

Mike me soltou um pouco relutante, seus olhos verdes encontraram os meus olhos azuis. A intensidade com a qual ele estava me encarando, me deixou nervosa. Mais uma vez aquela sensação de que estávamos flutuando no ar em nossa própria bolha voltou.

— Você é tão linda. — Mike sussurrou, colocando uma mecha do meu cabelo roxo atrás da minha orelha.

Prendi o riso, sentindo meu rosto ficar quente. Eu não quero me iludir, mas ouvir isso da boca dele me fez tão bem.

— Se quer falar de coisa linda, acho que é melhor falar de ti. — eu não sabia de onde veio essa minha coragem de dizer isso.

Os olhos do Mike pareceram brilhar, e ele abriu um sorrisinho tímido. Oh meu Deus, Michael Clifford estava corando!

— Poxa, assim você me deixa sem graça. — ele colocou o polegar na minha bochecha, fazendo um carinho.

Fechei os olhos, amando esse momento. Quando voltei à abrir os olhos, Mike aproximava seu rosto do meu. Não tentei me afastar, não tentei xingá-lo. Apenas deixei que ele me beijasse, apenas deixei que seus lábios macios se encaixassem nos meus como uma perfeita peça de quebra-cabeça.

Nosso beijo lento e tão delicado, suas mãos me trazendo pra mais perto dele, nossos corações batendo mais rápido, as nossas respirações ofegantes, o frio na barriga e as sensações que estávamos sentindo era encantador. Eu não sei o que eu e o Mike sentimos um pelo outro e não pretendo me aventurar em algo que não tenho certeza.

No entanto, Michael Clifford parecia fazer qualquer um topar qualquer aventura com ele.

Continuamos nos beijando, tão intensamente que eu estava tentando controlar a minha respiração. Mike me encostou com um pouco de força — sem interromper nosso beijo — na parede perto da prateleira dos meus livros. Mike começou a beijar meu pescoço lentamente, arrepiando cada parte do meu corpo.

Um livro solto na prateleira caiu do nosso lado, interrompendo mais outro beijo que o Mike trilhava em meu pescoço.

— Acho melhor a gente lavar teu cabelo. — eu disse ofegante, achando graça da situação.

— É, mas bem depois. — e voltou a me beijar.

Sorrimos enquanto nos beijávamos. Como sempre, não estou entendendo porra nenhuma. Mas não trocaria esse momento por outra coisa.


Notas Finais


Eu escrevi esse capítulo com tanto sono, "cê acredita?" (leiam isso na voz do MC Kevinho kkkk). Eu não levo muito jeito pra fazer essas cenas super fofas, ou é porque hoje to meio sei lá e com sono, mas enfim, espero que tenham gostado! Comentem o que acharam e nois se vê por aí.

E se preparem pro próximo capítulo no ponto de vista do Luke e da Margot, vai ser polêmico! Preparem suas espadas e escudos kkkk.

'Cê acredita?'

Perguntinha pra interagir: Pra onde vocês vão nesse carnaval? E vocês gostam de carnaval?

É isso, nois se vê por aí.


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